Mestiça - a Uniao dos Mundos escrita por AzeVix


Capítulo 54
Capítulo 54: Bella Corvin x Os Lavinne part 1


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente... A pedido de uma leitora que conheci recentemente criei um Ask exclusiva para os personagens :3 Agradeçam à Sophia Tunner pela ideia, então se tiverem duvidas e perguntas para os personagens é só perguntarem aki -> http://ask.fm/Bella_Corvin
Ah, não se esqueçam de informar pra quem é a pergunta ;) espero que gostem, e nada de spoilers ok? E sem encher o saco da minha Bella ouviu Nando???? u_u



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Pov Bella

Acordei com vários beijos pelo meu rosto, resmunguei e me virei tentando voltar a dormir, ouvi uma risada e então mais beijos cobriram minha pele.

– Me deixa dormir. – resmunguei fazendo beicinho. Não adiantou nada, pois acabei recebendo um ataque de cosquinhas na barriga. – Ok! Já acordei! Já acordei! – gritei me sentando rapidamente.

Franzi as sobrancelhas pro vampiro encima da minha cama que sorria convencido.

– Não sabia que não se deve acordar uma pantera desse jeito? – resmunguei esfregando os olhos.

– E o que acontece se ela é acordada assim? – perguntou ele me desafiando com o olhar, dei um meio sorriso.

– Ela fica meio rabugenta. – sussurrei e então usei meu escudo para jogá-lo para fora da cama. Ele sorriu antes de rosnar de leve em minha direção e então avançar para cima de mim. Acabei no ombro do meu vampiro que começou a correr pela casa me fazendo cosquinhas.

– Edward! Me solta! – gritei com ele, mas sem conseguir para de rir. Quando ele finalmente me colocou no chão eu paralisei.

Aquele vampirinho cara de pau tinha me levado ate o andar de baixo e quando me colocou no chão eu estava de frente para todos os Cullens, corei fortemente e me escondi atrás de uma das pilastras da cozinha. Como aquele sem vergonha me trás aqui em baixo? Eu estava completamente descabelada e de pijama! Vou fazê-lo tomar sangue de rato por um mês!

Rosnei em direção a ele e fiz careta, mas não importava o que eu fizesse aquele sorriso não saia dos seus lábios.

– Você me paga por essa. – ameacei, ele apenas deu de ombros piscando pra mim antes da Alice se postar na minha frente.

– Deixa de bobeira Bella, ele já fez isso com todas nós garanto. – disse ela baixinho, olhei para a Esme que concordou com um aceno de cabeça, suspirei e então sai de trás da pilastra.

– Bom dia gente. – sorri timidamente, todos sorriram para mim e o Emmett piscou, pelo jeito aprovando minha roupa, corei novamente. – Alice, me ajuda numa coisa?

– Claro Bells, o que foi?

Ao invés de responder eu apenas segurei sua mão e a puxei atrás de mim enquanto voltava para o quarto onde eu dormira.

– Pode deixar, já sei o que fazer. – disse a fadinha de repente, sorri. Tinha me esquecido de como seu dom funcionava. Eu ia pedir para que ela me ajudasse a me vestir enquanto isso eu pensaria em algo para me vingar do Edward.

– Já aviso Alice, se eu não gostar, não vou usar. – avisei com um sorriso.

– Aff! Esta bem. – bufou ela enquanto remexia no armário.

De fato ela era muito boa com moda, ela escolheu uma calça jeans preta e uma blusa azul escura com umas flores brancas bordadas que eu realmente gostei, nosso desentendimento foi na hora de escolher o sapato.

– Alice! Não vou usar salto! Esquece! – resmunguei batendo o pé.

– Uma bota com plataforma então? – sorriu ela esperançosa, cruzei os braços.

– Não.

– Que coisa! Calce isso então. – disse ela me entregando um par de tênis all star preto. Sorri alegremente.

Depois de arrumar meu cabelo rebelde finalmente descemos, Edward assobiou pra mim, mas eu resolvi dar um gelo nele como vingança. Esme me fez comer pão, cereais e algumas frutas como café da manha, algo em mim disse que aquilo era armação do meu vampiro, me fazer comer tanto, mas ignorei isso e comi enquanto conversava com Esme.

– E então querida? O que vai fazer hoje? – perguntou a mãe do Edward, suspirei.

– Vou ver o Jenk lá na escola e depois... Vou no hospital ver a Jane. – respondi a contra gosto.

Noite passada Edward lhes havia contado o que houve lá na casa da Jane e o estado em que ela ficou, eu tinha que ir ver ela e não estava nem um pouco afim de fazer isso, não estava pronta para encará-la, mas eu não podia adiar mais.

– Obrigada por tudo Esme, prometo voltar aqui o quanto antes. – sorri e lhe abracei agradecendo.

– De nada querida, e lembre-se de uma coisa... Você agora faz parte da nossa família, pode contar com a gente a qualquer hora, esta bem? Já te considero como minha própria filha. – disse ela com aquele tom de mãe que eu sempre sonhei em ouvir, uma lagrima rolou pelo meu rosto que ela enxugou com a ponta dos dedos antes de beijar o topo da minha cabeça.

Me despedi do Carlisle e dos meninos que estavam no quintal, foi muito bom ver o modo como Emmett tratava a Rose e como o Jasper cuidava da Alice, fiquei muito feliz quando me despedi deles.

Vamos? perguntei ao vampiro que, ate então, estava quieto me seguindo. Ele sorriu e logo me transformei e entramos na floresta rumo à minha escola de feitiços.

Esta com raiva? perguntou após alguns minutos de corrida, suspirei.

Eu não conseguiria ficar com raiva de você nem se quisesse, é impossível. sorri.

Corremos seguindo a estrada principal, mas tomando o cuidado para que ninguém nos visse. Quando estávamos próximos à cidade eu voltei ao normal, segurei a mão do Edward e fomos andando até a FeitiçoTec.

– Bella! Que saudade! O Jenk disse que você viria! – Nanny me recebeu com um abraço super apertado que acabou tirando risadas de mim.

– Também senti sua falta Nanny, é bom voltar. – sorri para ela e então apontei para o meu vampiro. – Nanny esse é o meu namorado Edward, e Edward essa é Rayane, secretaria da escola e uma amiga minha.

Edward como sempre cavalheiro pegou a mão da Nanny em sua mão, beijou e então fez uma leve reverencia.

– É um prazer conhecê-la senhorita. – disse ele gentilmente, sorri quando minha amiga praticamente derreteu sob o seu olhar.

– Onde está Jenk? – perguntei tentando tira-la de seu transe.

– Ahn? Quem?

– O Jenk, Nanny. Onde ele está? – perguntei novamente rindo alto.

– Ah, sim. Esta na sala dele, eu acho. – disse ela sorrindo que nem boba e corando fortemente, agradeci e puxei o Edward em direção a sala dele.

– Você tem que parar com isso. – resmunguei baixo para o vampiro ao meu lado.

– Parar com o que? – sorriu ele.

– Fala serio, não sabe o que causa nas pessoas? Principalmente mulheres?

– Algo... Desse tipo? – perguntou ele de repente sussurrando em meu ouvido e esfregando meus braços, arrepiei na hora.

– Sossega Edward! – resmunguei empurrando-o de leve, mas sorrindo.

– Bella! – gritou uma voz feliz no final do corredor. Meus olhos provavelmente brilharam quando eu consegui distinguir a silhueta da pessoa que gritou meu nome.

– Jenk! – gritei de volta correndo ao seu encontro.

Ele me abraçou tão forte que eu achei que não fosse mais me soltar, agora que eu tinha ficado dias sem vê-lo pude sentir realmente a falta que ele fazia em minha vida, e o quanto eu o amava. Se eu tivesse um irmão, ou um pai só consigo imaginar alguém como ele cuidando de mim, envolvi seu corpo com meus braços e o apertei forte.

– Que saudade. – choraminguei contra seu peito.

– Ora, Bella. Foram só alguns dias. – sorri ele quando nos separamos. – Você mudou, esta mais bonita... O que andou aprontando hein? – sorriu ele esfregando meus braços.

– Umas coisas que você vai adorar. – sorri igual a uma criança.

– Aposto que vou.

– Ah, Jenk. Esse é Edward, meu namorado. – sorri tímida quando o apresentei.

E ele pode ler mentes ok? Menos a minha. completei por pensamento, ambos sorriram.

sorriu ele desafiando meu namorado com o olhar.

Novamente meu vampiro sorriu educado e o cumprimento, depois de apertarem as mãos Jenk nos puxou ate sua sala. Ele se sentou em sua velha poltrona e eu e Edward nos sentamos juntos à sua frente.

– Você é filho do senhor Carlisle Cullen, certo? – perguntou Jenk sorrindo.

– Sou, conhece meu pai? – perguntou curioso.

– Claro, é um bom homem, e espero que você siga os passos dele, se magoar minha Bella terá um grande problema rapazinho. – sorriu Jenk, fechei a cara pra ele. Ele chegava a ser grosso de tão delicado. E ao contrario do que pensei Edward riu, logo acompanhado pelas gargalhadas do meu professor.

– Eu jamais magoaria a Bella, senhor. – meu vampiro sorriu para mim.

– Ótimo, menos uma preocupação para mim... E então querida? Me conte tudo, desde que você sumiu as coisas aqui ficaram bem chatas.

Sorri alegremente, eu era tipo a aluna especial dele, meus poderes raros me obrigavam a ter aulas especiais e em todas elas Jenk era o meu professor, pois não queríamos que mais ninguém soubesse sobre mim. Em cada aula eu descobria algo novo, isso deixava todas as nossas aulas bem emocionantes.

E então como Jenk pediu, lhe contei tudo desde que comecei a minha pequena viagem. Lhe contei sobre o vampiro que matei e de como eu e Edward começamos a nos entender, daí já falei da viajem toda e de tudo que aconteceu, falei do Jacob, da Rose, do Jasper e de todos os Cullens. E quando eu me esquecia de algo Edward completava a historia, só não toquei no assunto das descobertas sobre meus dons, eu preferia mostrar.

– Poxa, que confusão. Fico feliz que você esteja de volta e da próxima vez que você arrumar confusão avise ok? Eu quase fiquei careca de preocupação garota! – reclamou ele, mesmo que ele tenha me chamado a atenção diversas vezes eu só sabia sorrir.

– Você ainda é muito jovem sabia? Vai demorar pra cair essa cabeleira toda. – sorri para ele apontando para seu cabelo. Ele apenas deu de ombros sorrindo. – Ah! Jenk, descobri mais algumas coisas sobre meus poderes.

– Pode dizer Bella. – sorriu ele se inclinando para frente completamente interessado.

– Bem... Quero saber uma coisa antes. – hesitei, queria discutir isso primeiro, ele assentiu concordando. - Você me disse que viu o que aconteceu naquela noite, pode me dizer o que aconteceu? Como eu acabei virando... Aquilo?

– É uma boa pergunta... – disse ele voltando a se encostar na poltrona e mexer em sua gaveta.

Ele tirou um livro velho lá de dentro, tinha uma capa velha de couro, parecia ter sido costurado a mão e quando ele abriu o livro sobre sua mesa vi que a escrita havia sido feita manualmente. Jenk foliou algumas paginas e vi admirada desenhos de vários animais, meu professor parou em um que se parecia ligeiramente com o que eu havia me transformado.

– Depois que vi o que tinha acontecido eu comecei algumas pesquisas. Pelo o que eu pude entender os transfigurados possuem uma forma evolutiva de suas transformações, mas apenas alguns conseguem evoluir sua forma. Achei um caso de um transfigurador lobo que após décadas de treinamento evoluiu; achei mais sobre seres que enfrente ao perigo, morte ou ate mesmo para proteger alguém ou algo evoluíram. Mas essas duas formas são um pouco diferentes das que você se transformou. – explicou ele.

– Diferentes como? – perguntei curiosa, ele voltou algumas paginas do livro e me entregou.

– Eles são mais ‘animais’ do que ‘humano’, tem a cabeça idêntica à do animal e o corpo mais selvagem posso dizer. – disse ele enquanto eu olhava o livro, de fato a imagem que Jenk me mostrou retratava resumidamente um lobo sobre duas patas.

Comecei a foliar as paginas fascinada, vi desenhos de leopardos, lobos de varias cores, leões, tigres, guepardos e ate mesmo ursos.

– Então como explica a minha... Forma? Tem algo aqui parecido com o que me transformei? – perguntei olhando-o.

– Sim, no final do livro. – disse ele, virei todas as paginas e finalmente parei no desenho certo. O ser retratado realmente lembrava muito a minha forma daquela noite, corpo animal e humano, fundidos em uma única forma, cabelos humanos e olhos claros, mas no caso se tratava de algum animal da família dos lobos. – Pesquisei bastante sobre esse tipo de evolução, foram retratados com pessoas que possuíam o sangue puro dos transfiguradores, apenas eles podiam fundir suas formas humanas com seus animais com tanta perfeição.

– Esta dizendo que eu sou...

– Sim, você possui o sangue puro dos transfiguradores. – disse ele com aquele ar de professor que eu tanto conhecia.

– O que isso quer dizer? – perguntou Edward entrando na conversa.

– Isso eu ainda não consegui descobrir ao certo. Tudo indica que sangues puros nascem com o dom da transformação, como você Bella. Mas o que vocês podem fazer eu não sei dizer. – disse ele chateado, apesar dos seus esforços e de ter descoberto tanta coisa ele odiava deixar alguma pergunta sem resposta. Tentei ajudar a melhorar seu humor fazendo mais perguntas.

– Eu posso... Me transformar naquilo novamente? – perguntei temerosa, naquele dia Edward me ajudou a voltar ao normal, mas e se da próxima vez ele não estiver por perto? O que eu farei?

– Também não sei dizer. A transformação ‘normal’, a que você esta acostumada, ocorre por vontade própria, você escolhe o momento que quer se transformar, mas essa evolução parece ser ativada com outra coisa, mas não sei o que.

– Então é possível que eu nunca mais me transforme naquilo? – perguntei.

– É possível. – disse ele dando de ombros. Ok, eu não melhorei a situação como achei que faria. Plano B então.

– Não acho que eu queira minha forma evoluída novamente... – resmunguei.

– Por que não? Tudo indica que essa é a forma mais poderosa de qualquer transfigurador. – disse Jenk surpreso.

– Bom, primeiro que eu me transformei quando eu estava em perigo, não quero ficar em perigo novamente para me transformar. Alem disso sabemos, mais ou menos, como se tornar naquilo, mas não sabemos como voltar ao normal. – resmunguei, correr risco só para me tornar aquilo não me parecia muito convidativo.

– Você tem razão, não pensei nisso. – disse Jenk com raiva. Ah, droga, lá vai ele se remoer.

– Ah, Jenk. Descobri isso durante nossa viagem. – falei rapidamente, logo seus olhos curiosos se forçaram em meu braço levantado. Me concentrei e logo fiz meu braço mudar de forma, mostrei as garras e mexi meu braço mostrando-o, Edward sorriu ao meu lado.

Logo seus olhos brilharam e ele se aproximou para examinar, ele segurou minha pata e a examinou fazendo algumas perguntas.

– Dói quando você faz isso? – neguei com a cabeça. – Isso é interessante, podemos nos focar nisso nas próximas aulas o que acha?

– Adoraria. – sorri. Foi então que tive uma ideia.

Antes de dormir eu tinha decidido que precisava enfrentar a Jane sozinha, mas eu não sabia como dizer isso ao Edward. Sabe-se lá como a Jane vai reagir quando me ver, mas eu tinha certeza de que depois do que aconteceu meu vampiro não quer que eu fique menos de vinte metros daquela vagabunda. Sabia que tinha que despistar o Edward, só não sabia como, ate agora...

– Tem mais uma descoberta Jenk. – sorri alegre, transformei meu braço de volta e me levantei indo ate ele, segurei sua mão e o puxei. – Acho que posso expandir meu escudo, para proteger outra pessoa.

– Isso é muito bom Bella. – sorriu ele confuso com a minha agitação.

– Vou te mostrar. Edward tente ler os pensamentos dele. – meu vampiro assentiu concordando, cobri Jenk com meu escudo e logo comecei a colocar minha ideia em ação.

Jenk, preciso da sua ajuda. falei apressadamente.

Pode dizer.

Distraia o Edward, eu preciso enfrentar a Jane sozinha e ele não vai me deixar fazer isso. expliquei. Pude ouvir sua voz mental bufando para mim, pelo jeito nem ele gostava da ideia de eu enfrentá-la sozinha. Por favor, sabe que eu preciso fazer isso.

Esta bem, já sei o que fazer.

– E então? – perguntei ao Edward que nos olhava concentrado.

– Nada, não escuto nada. – disse ele sorrindo para mim.

– Você esta melhorando Bella, isso é muito bom. Parece que teremos muito que fazer quando você voltar. – sorriu Jenk.

– Parece que sim. – sorri sem jeito. Ser o centro das atenção realmente não era meu forte.

– Bella, pode ir à biblioteca pegar esse livro para mim? – pediu ele me entregando um pedaço de papel com um nome estranho escrito. – Preciso falar algo com o Edward enquanto isso. – sorriu ele.

Franzi a testa, ele não era nem um pouco bom em mentir, assim como eu. Então ele de fato tinha algo para falar ao Edward, mas o que?

– Esta bem. – falei indo em direção a porta e saindo.

– Então... O que quer falar comigo? – ouvi a voz do Edward, sorri. Pelo jeito Jenk sabia esconder bem seus pensamentos e isso o deixava inquieto.

– É a respeito de Isabella, eu tive uma ideia e gostaria de discuti-la com você... – ouvi a voz do Jenk feliz. Do que diabos ele estava falando?

Bella, vai! a voz do Jenk soou em minha cabeça, só então percebi que era a minha deixa para ir ao hospital.

Andei apressada pelo corredor, quando passei pela Nanny dei a mesma desculpa que o Jenk deu, estava indo a biblioteca. Quando cheguei na rua me repreendi mentalmente por estar enganando meu companheiro, com um suspiro eu fui em direção a um beco deserto.

Quando tive certeza de que ninguém me veria eu escalei a parede e quando já estava lá encima me transformei para pode avançar mais rapidamente. Não demoraria muito para que Edward soubesse onde eu estava e viesse ao meu encontro. Avancei em passos rápidos pelos telhados das casas ate alcançar a floresta novamente, o hospital ficava do outro lado da cidade e para que eu chegasse rápido e sem que ninguém me visse a melhor forma era passando pela floresta.

Enquanto corria tentei pensar em algo para dizer a Jane. E se eu falar a verdade? Que eu estava com um vampiro e nós nos juntamos com mais dois imortais bebedores de sangue para salvar um transfigurador de uns vampiros do mal. E adivinha só? Eu também sou uma transfiguradora! Poxa! Isso ficou estranho ate pra mim!

Com certeza contar a verdade estava fora de cogitação, e se ela souber que eu estava com um garoto todos esses dias com certeza vai dar um chilique.

Corri por trás das casas e dos prédios procurando um lugar que desse acesso novamente para a cidade, achei um beco vazio perto do hospital era bem estreito e por sorte não tinha ninguém. Me transformei de volta ainda na floresta e fui rapidamente para o hospital, assim que passei pela porta principal o cheiro de sangue fresco invadiu meus pulmões, agradeci mentalmente pelo Edward não estar ali comigo.

O cheiro de sangue vinha de um homem que estava deitado em uma maca e indo rapidamente para o pronto socorro, em seu peito pude ver assustada um cabo de alguma espécie de faca grande cravada em seu peito. A cena que vi me paralisou no lugar, eu queria ir ate o homem e salva-lo, arrumar algum jeito de fazê-lo sobreviver, mas não fazia ideia de como fazer isso.

Só consegui me mover quando um médico passou correndo pelo corredor indo ate a maca, eu podia jurar que era o Carlisle, mas não sabia se ele tinha me visto ou não. Fingindo que não aconteceu nada fui rapidamente ate a recepção.

– Boa tarde. – cumprimentei um pouco sem jeito, eu realmente odiava hospitais.

– Boa tarde. – respondeu o homem sorrindo educado.

– Pode me dizer qual é o horário de visita? – perguntei.

– Das duas às cinco e meia. – disse ele, desviei meus olhos dele para olhar o relógio acima da porta de entrada do pronto socorro, era um pouco mais de duas horas da tarde.

– Posso visitar minha tutora? – perguntei voltando minha atenção a ele, parte de mim queria desesperadamente que ele dissesse não.

– Claro, você sabe qual é o nome dela no registro? – perguntou, me esforcei para não rosnar baixo.

– Jane Lavinne Sullivan, ou alguma coisa parecida. – falei ele mexeu rapidamente no computador. Suspirei, estava tão desesperada para acabar com aquilo que já estava ate esperando o Edward entrar pela porta da frente e me tirar dali.

– Aqui, achei. Ela está no terceiro andar, quarto quinze. – disse ele sorrindo novamente.

– Ok, obrigada. – agradeci forçando um sorriso.

Me virei e fui ate os elevadores, a cada passo que eu dava o meu coração batia mais rápido e a minha respiração ficava cada vez mais irregular, de alguma forma eu sentia que eu estava indo em direção ao perigo, esta com medo e odiava admitir isso. Preferia enfrentar dez Kirras do que a Jane, ela me fazia sentir um medo irracional que tomava conta de todo o meu corpo.

Por sorte o elevador que eu peguei estava vazio, o tempo que passei lá dentro gastei tentando fazer meus olhos permanecerem com a cor normal, mas não obtive muito sucesso com isso. Sussurrei algumas palavras em uma língua diferente que fariam meus olhos ficarem dourados por algumas horas, não importava o quanto eu fique com raiva ou nervosa eles não ficariam azuis, mesmo se eu me transformasse.

Sai do elevador e andei o mais devagar possível ate o quarto quinze, toda aquela pressa que eu tinha para acabar com aquilo, para me ver livre da Jane foram embora instantaneamente. Respirei fundo antes de entrar no quarto que me indicaram.

– Resolveu finalmente aparecer. – falou Alec debochadamente assim que entrei.

Seu tom de voz fez algo se acender em mim, algum tipo de raiva preencheu meu corpo quando ouvi sua voz, dele eu não tinha medo. Levantei a cabeça e cerrei os olhos em sua direção enquanto fechava a porta atrás de mim.

Jane estava deitada em uma cama no centro do quarto e parecia estar dormindo, sua perna esquerda estava enfaixada e suspensa, havia vários curativos pela sua cabeça e pelos seus braços. Felix estava sentado em uma cadeira dobrável perto da mãe, em seu colo tinha uma bandeja de comida e ele também dormia. E Alec estava sentado em uma poltrona no canto do quarto, sua feição era de desafio e raiva quando se levantou e veio em minha direção.

Desviei meus olhos dele, estava determinada a não deixá-lo me intimidar então olhei pela janela. Estava começando a chover, um barulho de trovão ao longe indicava uma tempestade a caminho.

– Como ela esta? – perguntei ao Alec sem ao menos olhar para ele.

– Por que isso te importaria? – perguntou ele com raiva e ouvi seus passos cada vez mais próximos de mim.

– Na verdade, não me importa. – respondi simplesmente e sorri desafiando-o quando ele trincou os dentes para mim

– Onde você esteve esses dias? – grunhiu ele me olhando de cima a centímetros de mim, mantive minha postura e olhei fundo em seus olhos.

– Não vejo como isso possa ser da sua conta. – respondi sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Bem, na verdade esse era pra ser o penúltimo capitulo dessa temporada, mas acabei empolgando demais e resultou em dois capitulos. Entao... sem contar esse, faltam dois para o fic da temporada :v
Posto o outro provavelmente no fim do mes, entao beijos e ate la