Mestiça - a Uniao dos Mundos escrita por AzeVix


Capítulo 50
Capítulo 50: La Push


Notas iniciais do capítulo

Hey gente, tava com saudades de vcs, mesmo que estejam com raiva de mim e-e
Pessoas, é muito importante que vcs leiam as notas finais, por favor.
E nesse cap vcs verão o final do Jacob (mentira, mas ele vai dar uma sumidinha e só aparecer mais pra frente) Espero que gostem :)



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Pov Jacob

Passar todos esses anos achando que meu pai estava morto... Eu tinha perdido meu lugar, minha casa, minha terra. Jamais pensei que voltaria aqui e principalmente que meu pai estaria vivo! Mesmo que eu e o sanguessuga não nos suportávamos eu sabia que o que ele disse era verdade, Billy estava vivo e esperava por mim.

Minha patas me lançaram cada vez mais rápido a minha frente, estava ansioso para encontrá-lo, queria tanto vê-lo e contar o que aconteceu, mas... O que eu vou dizer à ele? Minhas patas travaram no solo, e pela primeira vez em muito tempo tive medo. Estava costurado às torturas de Volterra, passar dias e semanas sem comer, mas nunca tive medo deles, não depois daquela noite que me capturaram e atiraram em meu pai, prometi a mim mesmo que nunca mais teria medo e enfrentaria qualquer perigo que aparecesse em minha frente.

Mas isso era diferente. Não! Bella estava certa! Não posso ter medo, tenho que ir vê-lo, eu preciso. Determinado eu segui em frente em direção a casa avermelhada de madeira, me escondi entre as arvores e esperei um pouco, logo um homem saiu de dentro da garagem e eu me trasformei, respirei fundo antes de entrar.

Pov Billy

Nove anos... Hoje faz exatamente nove anos desde que levaram meu filho, Jacob. Suspirei, eu tinha prometido a Sarah que cuidaria dele custe o que custar, mas não fiz isso, não cumpri minha palavra e o perdi. Segurei uma foto sua que ficava no balcão, melancolicamente passei a mão pelo quadro, eu sentia tanta falta dele, se ele estivesse aqui teria dezesseis anos. Teríamos comemorado como fazíamos, teríamos acampado na praia com seus amigos, faríamos uma fogueira, jogaríamos bola...

Sai dos meus devaneios quando ouvi o sino da porta tocar, anunciando a entrada de um novo fregues.

– Boa tarde. - comprimentou ele, acenti com a cabeça e escondi o retrado embaixo do balcão. - Ainda tem aquela espécie de minhoca que me vendeu outro dia? - perguntou alegremente, me recordei de que ele tinha vindo para La Push a pouco tempo e estava extramente muito ansioso em pescar grandes peixes, ele comprou muitos materiais aqui e eu lhe indiquei uma espécie diferente de isca que lhe interessou bastante.

– Tenho. A caixa esta lá em casa, já volto. - respondi sem muito ânimo e dirigindo minha cadeira de rodas para fora da garagem.

Apesar de acostumado a ir e voltar da garagem era sempre um custo, quanto mais velho eu ficava mais dificil era. Tive dificuldade para pegar o viveiro de minhocas e colocar em meu colo antes de ir novamente para a garagem.

– Aqui está. - falei colocando a caixa sobre o balcão.

– Pode colocar bastante. - instruiu ele, coloquei um punhado em um pote de plástico com um pouco de terra, em seguida furei a tampa para que entrasse algum ar pra elas. - Quanto fica? - perguntou, lhe falei o preço e ele acabou dando um pouco a mais do que o necessário, agradeci e forcei um sorriso quando ele se virou para ir embora.

Estava separando alguns produtos que tinha chegado quando ouvi o sino da porta tocar novamente, quando olhei era uma fregues novo, um rapaz jovem e moreno que usava apenas uma bermuda, franzi a sombrancelha. Ele tinha os pulsos machucados, os braços feridos e um corte no olho, pelo jeito era um daqueles rapazes rebeldes que odeiam o mundo e todo o resto, bufei.

– É falta de educação andar por ai só de bermuda rapaz. - falei olhando-o.

– Desculpe-me senhor, é que eu vim de longe. - respondeu ele meio acanhado.

– Não me chame se senhor, me faz parecer mais velho ainda. - falei para descontrair, ele sorriu um pouco, mas ainda parecia nervoso com alguma coisa. - Em que posso ajudá-lo rapaz?

– Er... Eu... Bem... O que o você tem para acampamento? - ele perguntou indeciso com a propria fala, tinha algo estranho naquele garoto. Deixei isso de lado e o levei ate o fundo da garagem onde tinham sacos de dormir, barracas e outras coisas para acampar. Ele começou a remexer nas estantes, mas não parecia estar realmente prestando atenção no que fazia e a cada poucos segundos ele olhava em minha direção como se quisesse confirmar minha presença.

– De onde você veio, meu rapaz? - perguntei para distraí-lo, ele parou o que estava fazendo e fitou o vazio a sua frente antes de me responder.

– Eu vim... Da Itália. - falou olhando pra mim, quando olhei seu rosto mais atentamente senti uma coisa estranha no peito, os olhos dele eram iguais aos de Sarah, iguais aos de...

– O que o fez vir a esse fim de mundo? - perguntei curioso.

– Vim com mais dois amigos. - respondeu simplesmente e voltou a olhar distraidamente as barracas. Olhei-o atentamente, ele parecia cansado, com fome e muito preocupado com alguma coisa.

– Você parece com fome. - observei, ele me olhou curioso. - Venha, vou lhe arrumar alguma coisa para comer. - falei me virando para sair da garagem. Durante o caminho ele empurrou minha cadeira de rodas e me ajudou a chegar à cozinha. - Sente-se no sofá, não demorarei. - propuz e ele foi em direção a sala. Arrumei uma torrada com suco e levei para a sala, o rapaz estava sentado olhando umas fotos que tinha sobre a mesa.

– É seu filho? - perguntou ele apontando para uma das fotografias a sua frente, suspirei colocando o prato e o suco sobre a mesa, antes de olhar a foto que ele indicou.

– Sim, meu filho Jacob. - falei com um suspiro.

– O que aconteceu? - ele perguntou sem olhar para mim, mantendo os olhos na foto.

– Tiraram ele de mim. - respondi simplesmente, sempre que me faziam essa pergunta eu respondia assim, mas de qualquer forma... Mesmo que isso tenha ocorrido a tantos anos, a dor era a mesma. - Onde estão seus pais? - perguntei sem pensar.

Ele me olhou assustado por um instante, pareceu relutante com a pergunta e abaixou a cabeça antes de responder.

– Não conheci minha mãe. - ele falou ainda de cabeça baixa.

– E seu pai?

– Me tiraram do meu pai quando eu tinha sete anos... Fiquei muitos anos sem vê-lo. - disse ele baixo. Nesse momento eu senti aquele mesmo calor no peito de quando estavamos na garagem, só que dessa vez mais forte.

– Qual é o seu nome rapaz? - perguntei com a voz falha. Seria possivel?? Será que ele era mesmo...???

– É Black senhor Billy, Jacob Black. - disse ele dando aquele sorriso que eu não via a anos e com o rosto banhado por lágrimas.

Arrastei minhas cadeira para perto dele o rápido que pude, e mesmo assim não foi rápido o bastante, logo senti seus braços ao me redor me abraçando com força, com o rosto já molhado de lágrimas envolvi meus braços em volta do meu filho.

Eu não conseguia acreditar que era mesmo ele! Que ele tinha voltado! Meu filho voltou! Eu quis gritar o mais alto que eu podia, queria falar tudo o que esteve preso por anos em minha garganta, mas me contentei em abraça-lo e chorar de saudades. Eu jamais o perderia novamente, nunca!


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Notas finais do capítulo

Ficou pequeno, eu sei. Mas enfim...
Então pessoas como disse antes estamos na fase final da fic, acho q só mais uns 2 ou 3 caps e eu termino com um prologo.
Eu ia dizer mais alguma coisa '-' mas não lembro o q é, se eu lembrar eu coloco aqui ok? Bejos meus lindjos