Mestiça - a Uniao dos Mundos escrita por AzeVix


Capítulo 46
Capítulo 46: Caçando para o Damien


Notas iniciais do capítulo

Oiiii, sei q sumi e sei q vcs tambem sumiram
Fiquei triste ao ver que muitos dos meu leitores se foram, acho q talvez o motivo seja por eu demorar tanto a postar, maaaas a minha inspiração só vem com os reviews de vcs.
Entao graças aos reviews de Anne Albuquerque fiquei inspirada a escrever e postar e aki esta :)



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Pov Bella

Dei as costas e sai, já seguindo o cheiro do Edward. Me transformei para seguir melhor seu rastro, já que minha forma pantera tinha o olfato bem mais apurado. Depois de uma caminhada de poucos minutos seu cheiro ficou mais forte e junto com ele, também senti um cheiro de sangue fresco, ele ainda devia estar caçando. Eu encontrei a carcaça de sua presa antes de vê-lo, o alce estava caído no chão com o olhar apavorado e não havia muito sangue ali, Edward sabia aproveitar ate a ultima gota. O mesmo estava sentado de costas pra mim e longe da sua recente presa, me transformei antes de me aproximar, para que ele ouvisse meus passos.

– Olá Bella. – ele falou sem olhar pra mim, mesmo com poucas palavras pude notar o quanto a sua voz estava estranha.

– Oi Edward. – falei e me sentei ao seu lado, mas ele não olhou pra mim. Parecia concentrado em alguma coisa. – Edward? – chamei vacilante, ele virou a cabeça lentamente em minha direção. – Qual é o problema?

– Nada. – respondeu ele desviando os olhos de mim rapidamente.

– Não confia em mim? Sei que tem alguma coisa errada e quero ajudar, mas não posso fazer nada se você não falar o que é. – falei triste. Eu o conhecia o suficiente para saber que tinha algo realmente errado, e eu já tinha uma ideia do que era, mas acho melhor eu ouvir dele próprio. Edward fechou os olhos com força e suas mãos tremeram por um momento.

– Você esta gostando dele. – ele disse ainda de olhos fechados.

Eu sabia que estava certa, mas ainda assim doeu ouvir isso dele, ele achava mesmo que eu estava desistindo dele, de nós. Eu não era capaz disso, eu jamais seria, meu amor pelo Edward vai além de qualquer atração física ou emocional. Eu estava ligada a ele, de todas as formas possíveis e impossíveis, eu tinha que fazer ele acreditar nisso, que não vai existir um eu seu ele, não vai existir uma Bella sem um Edward.

– Olhe pra mim. – pedi, mas ele não me olhou. Suspirei me levantando e me ajoelhei na frente dele, coloquei minhas mãos em ambos os lados do seu rosto. – Olhe pra mim. – pedi novamente.

Ele respirou fundo antes de abrir os olhos.

– Se você perguntar se eu gosto dele, eu digo que sim, eu gosto dele. Mas como um amigo, nada mais que isso. E não, eu não o amo. Eu amo você. E nada e nem ninguém vai mudar isso, não importa onde eu estiver e nem a distancia entre nós. Eu te amo e sempre amarei. Só existe você. Você entrou em meu mundo, você mudou tudo. Me fez ver coisas tão lindas, coisas que eu não achava que existisse. Só com você eu vi o que é o amor. – falei tudo de uma vez. Eu não acredito que ele enfiou na cabeça que eu amo o Jacob! Ele abaixou a cabeça envergonhado e segurou minhas mãos com as suas.

– Por que chegou a essa conclusão? – perguntei, eu não ia terminar essa conversa enquanto não esclarecer tudo.

– Pra falar a verdade, eu não sei. Acho que me senti substituído quando vocês foram caçar juntos. – ele admitiu.

– Edward, só porque eu e ele somos da mesma espécie, não quer dizer que ele seja melhor pra mim ou que eu tenha que ficar com ele. Eu sei como deve ser difícil passar por tudo sem apoio e sem ajuda. Eu só não quero que ele passe por isso também.

– Eu sei disso Bella. Me desculpe, eu não devia ter deixado esse ciúme idiota tomar conta de mim.

– Não devia mesmo. Em meu peito há lugares para muitas pessoas, mas para o amor só tem um lugar, que foi ocupado assim que eu te conheci.

Seu sorriso foi o maior que eu já vi assim que eu disse essas palavras, ele avançou pra cima de mim, levando nossos corpos de encontro com o chão.

– Então você me desculpa? – perguntou ele fazendo uma carinha de dó, mas eu tive uma ideia melhor, sorri deixando bem claro que eu estava tramando alguma coisa.

– Não acho que você mereça ser perdoado. – resmunguei debaixo dele. Ele se aproximou mais, deixando nossos corpos cada vez mais colados. Ele pousou uma mão na lateral do meu corpo e foi subindo fazendo caricias.

– E agora?

– Não. – minha voz estava começando a falhar, isso não era um bom sinal, ele sorriu mais.

Ele subiu mais a mão acariciando meu tronco e depois indo ate a barriga e voltando, ele chegou mais perto e deixou nossos lábios se tocarem rapidamente.

– Agora me perdoa? – perguntou ele sem parar de sorrir.

– Estou começando a pensar sobre isso.

Uma pequena risada fluiu dele e ele se aproximou mais, beijou o canto da minha boca e foi se afastando beijando minha mandíbula, meu queixo e indo em direção ao meu pescoço. Senti os pelos do meu corpo se eriçarem. Ele não parou, começou a beijar meu pescoço indo ate perto da minha orelha e depois voltando, minha respiração já estava completamente irregular e eu já não controlava mais minhas mãos que deslizavam pelo seu peito e barriga.

– É a sua ultima chance de me desculpar querida. – anunciou ele sussurrando em meu ouvido milésimos antes de me morder de leve, dessa vez soltei um som que nunca tinha soltado antes, mas que o fez rir mais ainda.

– Ok! Tudo bem! Tá desculpado! – minha voz saiu tão alta assim?

Se eu achava que não tinha como ficar pior (ou seria melhor?), eu estava enganada.

– Era o que eu estava esperando ouvir. – disse ele antes de finalmente tomar meus lábios com os seus e colando nossos corpos mais do que nunca. Eu sei que ele era um vampiro e que vampiros eram frios, mas ele não estava assim. Ele estava quente, ou eu que estava tão quente que acabei aquecendo seu corpo também, o que era muito provável. Não importa, só o que eu sentia era seu corpo aconchegado no meu.

Suas mãos continuaram a explorar meu corpo, meu rosto, cintura e braços ele se demorou ali, mais do que eu queria, senti seus lábios ficarem rígidos.

– O que foi? – perguntei preocupada quando ele se afastou, a confusão estampava seu rosto. Ele franziu a testa olhando pra mim, esperei confusa a sua resposta.

– O que são essas coisinhas no seu braço? – ele perguntou. Pensei por um estante enquanto ele continuava a analisar meus braços, levei alguns segundos para pensar em algo que ele poderia estar sentindo ali. – São cortes!?

Sorri meio sem graça, achei que eles já tinham cicatrizado. Mas pelo jeito eram mais graves do que pensei. Os mais superficiais devem ter sumido e os mais profundos devem ser os que o Edward esta sentindo.

– Onde você arrumou esses cortes? – ele praticamente gritou ficando cada vez mais nervoso enquanto continuava a alisar meus braços, barriga, pernas e eu podia sentir pequenos incômodos onde ainda havia ferimentos, meu corpo todo estava coberto por cortes pelo jeito.

– Arrumei uma coisa diferente pra caçar hoje. – falei sorrindo.

– O que vocês dois caçaram? – ele perguntou estreitando os olhos, revirei os meus. Ele não esperava eu terminar de falar e acabava tirando conclusões completamente erradas.

– Eu e o Jacob não caçamos juntos, ele pegou um alce enquanto eu fui caçar outra coisa.

– O que você caçou foi o que te fez isso? – ele perguntou meio confuso.

– Bem... Tecnicamente não, mas sim.

– Hã? Sim ou não?

– Não foi exatamente a lebre que me machucou, mas meio que foi por causa dela. – eu já estava rindo ao me lembrar da caça.

– Perae! Uma lebre? Como um bicho desses pode fazer algo assim com alguém? – Edward agora também ria de mim.

– Não foi ela. Depois que percebeu que eu a estava caçando ela começou a tentar me despistar, mas não conseguiu por muito tempo e então entrou em um arbusto cheio de espinhos.

– Dai você acabou indo atrás dela e agora a culpa é do bicho. – terminou ele.

– Ninguém mandou ela também se machucar com aqueles espinhos, depois que senti o cheiro do sangue dela eu nem pensei e... – eu mesma me cortei quando a ficha caiu. – Tá bem! A culpa é minha mesmo! – falei meio emburrada enquanto o Edward não parava de gargalhar de mim.

– Você ainda teve coragem de culpar o bicho. – continuou ele, me deixando cada vez mais nervosa.

– Eu já admiti que a culpa foi minha. – resmunguei, mas ele não parou de rir, trinquei os dentes rosnando levemente. Ele estava gostando de me irritar.

– Ok, calma. Estava só brincando.

Estreitei os olhos e de repente nos virei ficando por cima dele.

– Você sabe realmente ser chato quando quer hein? – resmunguei.

– Foi você que começou. – disse ele fechando os olhos e cruzando os braços atrás da cabeça, o sorriso ainda brincava em seus lábios, revirei os olhos bufando. – Esta com raiva? – perguntou Edward olhando meio confuso pra mim.

– Não. – resmunguei, mas falei a verdade, só estava um pouco irritada, mas não com raiva. Me levantei e estiquei minha mão para ajuda-lo. – Vamos voltar, eu ainda tenho que arrumar alguma coisa para o Damien comer.

– O que você esta pensando em dar a ele? – perguntou ele pegando a minha mão e se levantando.

– Carne obviamente, é o que nós comemos. – respondi dando de ombros, ele sorriu e apontou para o alce que ele havia matado para se alimentar.

– Pegue um pedaço dele, não deve ter muito sangue, mas a carne ainda esta boa com certeza.

– Acho melhor não. Pode haver veneno seu na carne e eu não sei se isso fará mal ao Damien. – falei olhando meio torto para a carcaça do alce.

Eu não tinha muita certeza do que eu tinha falado, mas se o Edward o mordeu então seu veneno foi injetado no corpo do alce. E pelo o que eu sei sobre veneno de vampiros é que eles neutralizam a presa para que não possam fugir, agora se isso causa dor, desconforto ou se apenas a presa perde os movimentos eu não sei dizer. Não vou arriscar a vida do Damien nisso.

– Faz sentido, então é melhor não. Vai caçar pra ele?

– Queria que ele mesmo caçasse, mas ele ainda é pequeno, não sei se ele sabe fazer isso ainda. Então sim, eu vou caçar alguma coisa. – respondi e ele deu um sorriso amarelo.

– Bem que a Esme disse que amor materno é coisa seria.

– Como é? – perguntei confusa.

– Amor materno Bella. Não vai me dizer que você mesma não reparou nisso! – respondeu ele rindo. – Desde que esse filhotinho apareceu você só quer protege-lo, lhe deu ate um nome e agora quer alimenta-lo.

Isso é impossível! Eu estava cuidando do Damien como se eu fosse mãe dele? Claro que não! Eu só quero o bem dele, quero deixa-lo seguro, longe de qualquer perigo, quero o bem pra ele, e se ele esta com fome é claro que vou arrumar algo para ele comer. Eu não posso estar com sentimentos maternos sobre ele! Ou... Ou será que posso? Pensando bem, acho que sim. O que eu sinto por ele não tem muita diferença entre o que uma mãe pensa a respeito do próprio filho. Quando vi aqueles olhinhos azuis me fitando tudo o que eu mais queria era poder abraça-lo e protege-lo.

– Eu não tinha pensado nisso. – respondi ainda perdida em pensamentos.

– O que vai fazer agora? Vai ficar com ele?

– Não sei Edward, mas não posso simplesmente ignora-lo, pode parecer esquisitice, mas eu acho que estamos ligados um ao outro, de alguma forma. Sinto que eu tenho que protegê-lo.

Ele me olhou pensativo por um momento, em seguida sorriu.

– Esta bem, se você quer assim, assim será, pode contar comigo. – disse ele, sorri largamente.

– Obrigada. – ele beijou meus lábios por um instante.

– Venha, já que esse alce não dá vamos procurar outra coisa. – chamou ele me estendendo a mão em um convite, aceitei de bom grado e começamos a andar em direção a onde eu tinha vindo.

Durante o caminho eu procurei manter total concentração nos sons a minha volta, o que foi um pouco difícil já que de tempos em tempos o Edward se inclinava pra mim para sussurrar em meu ouvido ou beijar meu pescoço. Eu já estava completamente arrepiada quando ouvi pequenos passos.

- Ouviu isso? – perguntei me virando na direção do som.

- Ouvi, acho que é um esquilo. – disse ele olhando para os troncos das arvores a nossa volta.

- Esquilo? Não pode ser, eles não são noturnos. – exclamei confusa, eu nunca vira um esquilo em plena luz do luar.

- Eu sei disso, mas é realmente um esquilo. Talvez ele esteja perdido ou ele esta tentando se matar mesmo. – disse ele dando de ombros.

- Hum. Isso pode ser legal, nunca cacei um antes. – pensei alto. Era perfeito, e não era nem muito grande e nem muito pequeno para o Damien. Edward sorriu e beijou meus lábios.

- Divirta-se. A arvore grande esta logo ali. – disse ele acenando para a esquerda de onde estávamos antes de rir. – E eu acredito que esse esquilo esteja bem atrás de mim, te encontro no acampamento. – disse ele antes de seguir por entre as folhagens.

Olhei para onde ele havia indicado e procurei pela minha presa, logo a encontrei perto de uma raiz solta de arvore. Sorri e me agachei já me transformando, meus ombros se tencionaram, minha cauda balançava lentamente enquanto eu seguia bem devagar, meus olhos não desviaram nem uma vez do esquilo que comia uma noz preguiçosamente.

Quando cheguei a uma distancia de um pouco mais de três metros o esquilo sentiu a minha presença, ele ficou de pé nas patas traseiras pouco antes de subir a arvore rapidamente contornando-a como se fosse um pequeno parafuso.

Eu o segui, minhas garras tiveram um pouco de dificuldade para se firmarem no tronco duro da arvore, mas seus galhos me davam exatamente o impulso de que eu precisava. Quando já estávamos em uma altura bem razoável minha presa entrou em um buraco na arvore, rosnei frustrada eu não ia me deixar perder por isso, pude perceber só de olhar que aquele buraco não era exatamente de esquilos, era de um pássaro. Então não tinha uma saída secreta ou coisa assim. Minha presa ia sair exatamente por onde entrou.

Golpeei o tronco da arvore algumas vezes com a minha garra, ate que eu consegui abrir um buraco que caberia a minha pata. A minha intensão era ataca-lo ali mesmo e depois tirar seu corpo de lá, mas ele mudou os meus planos saindo rapidamente e voltando a subir a arvore.

Foi ai que notei uma coisa, ele sempre subia dando a volta na arvore, mas ele ia muito rápido, tão rápido que se um predador soubesse exatamente como atacar o esquilo não teria a mínima chance. Foi o que eu fiz enquanto o esquilo subia indo pela esquerda eu subi um pouco mais pela direita, em questões de milésimos ele veio pra cima de mim, bem em direção a minha boca.

Logicamente que ele tentou uma nova escapada, mas estava perto demais de mim, assim eu consegui prender sua pata de trás entre meus dentes. Fui rapidamente para um galho grosso o bastante para suportar meu peso, me agachei e pus o esquilo entre as minha garras, e com os dentes eu quebrei seu pescoço. Saltei pelos galhos descendo com a presa ainda entre meus dentes e andei lentamente ate a arvore em que estávamos.

Ate que foi divertido, caçar em cima de uma arvore era muita adrenalina, a altura e as vezes que eu me desequilibrei exigiram alguns dos treinos que aprendi na FeitiçoTec, principalmente o de equilíbrio.


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Notas finais do capítulo

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