Pov Edward

– Edward anda, vamos embora! – Alice me chamou da porta do meu quarto, sua mente se encheu com paisagens de uma floresta bem verde e sem nenhum sinal do sol.

Ela está doida há dias, quer dizer ela sempre foi doida, mas eu acho que ficou pior por causa dessa viajem.

– Já vou Alice. Me ajuda aqui! – disse terminando de empacotar as minhas coisas. Em menos de um minuto descemos com tudo.

Carlisle e Esme foram na Mercedes prata com a Alice no banco de trás. Eu fui em meu Volvo preto e o Emmett veio junto comigo.

Carlisle foi na frente, já que conhecia o caminho e eu o segui sem dificuldade nenhuma mesmo nós dois dirigindo em alta velocidade.

Eu sou Edward Cullen e essa é a minha família. Antes de qualquer coisa, quero deixar uma coisa bem clara: somos todos vampiros.

A história de cada um de nós é meio grande, então resumindo...

Carlisle viveu com os Volturi (uma espécie de realeza para nós vampiros) por um tempo e enquanto esteve lá descobriu que eles trancafiavam seres místicos. Muitos dos prisioneiros morriam por causa das experiências do líder, Aro Volturi, que eles eram obrigados a fazer. Carlisle uma vez tentando descobrir mais alguma coisa, encontrou Alice e Emmett que estavam trancafiados por terem poderes e também para serem feitos de cobaia futuramente. Alice pode ver o futuro e Emmett é o vampiro mais forte que eu já vi. Carlisle se apagou muito a eles e acabaram virando grandes amigos. Um dia Carlisle descobriu que o Aro pretendia fazer uma experiência neles e que a mesma havia matado vários outros vampiros e até mesmo lobisomens que estavam lá. Carlisle ajudou Emmett e Alice a fugirem antes de serem mortos e deixou os Volturi logo em seguida.

Alice há alguns anos atrás, teve uma visão sobre mim e nela ela me viu morrendo durante uma guerra na qual eu era um soldado. Eles decidiram me encontrar. Me acharam um pouco tarde demais, eu estava muito ferido e tinha perdido muito sangue e para me salvar, Carlisle me transformou. Eu vivo com eles desde então. Carlisle sempre trabalhou no hospital, nos quais ele sempre é um doutor ou cirurgião, ele gosta de ajudar as pessoas. Até hoje não sei como ele faz para não atacar as pessoas, ainda mais quando elas aparecem lá com tanto sangue exposto.

Aff! Só de pensar já me deu sede. Vou ter que ir caçar hoje mais tarde.

Tá, mas voltando... em um dos seus dias de expediente Carlisle teve uma emergência com uma mulher, foi amor a primeira vista. Esme tinha acabado de perder um filho recém-nascido, por causa da dor da perda ela acabou se jogando de um penhasco. Na queda ela se machucou muito e seu coração estava muito fraco quando foi socorrida. O pessoal do hospital já tinha falado que ela estava morta, então não deram falta do corpo. Carlisle a levou para a nossa casa e a transformou. Ela aceitou tudo numa boa, até mesmo ser uma vampira agora e virou a parceira de Carlisle.

Ele e Esme adotaram Alice, Emmett e eu como seus filhos e nós, sem problema nenhum, os adotamos como pais. Por sermos irmãos nós sempre pegamos no pé um do outro. Eu leio mentes, Alice vê o futuro e Emmett sempre vem com ideias novas para jogos e competições diferentes. Ninguém merece! Na verdade, não sei como nossos pais nos aguentam.

Esme sempre tenta a todo custo arranjar companheiras para nós, porém até hoje nenhum de seus planos deu certo. Mas é injusto, ela não pega no pé da Alice por ela não ter parceiro tanto quanto pega no nosso.

Por sermos vampiros, não podemos morar em um lugar por muito tempo. Então mais uma vez, estamos nos mudando senão os humanos podem perceber que nós não envelhecemos.

Saímos do Alasca e fomos em direção a Forks, uma pequena cidade do noroeste do estado de Washington, na península Olympic.

Não somos pobres, mas também não somos podres ricos. Também néh? Quando se é um vampiro e não se gasta dinheiro com bobagens humanas (como comida, camas, alguns utensílios, entre outros), você acaba tendo um dinheiro a mais. Apenas temos carros caros por puro prazer, amamos correr.

Chegamos a nossa casa e estacionamos na frente da mesma.

– Temos que decidir algumas coisas. – disse Carlisle depois que descemos dos carros.

– Querido, deixe-os arrumarem seus quartos primeiro. – Esme pediu.

– Tudo bem. - ele concordou dando um beijo nela. – Assim que terminarem vão para a cozinha.

Todos concordaram e começamos a retirar as coisas dos carros.

A casa tem três andares, no primeiro andar fica a cozinha, a sala e o quarto dos nossos pais. No segundo andar tem mais quatro quartos. O primeiro da esquerda será o do Emmett, o da Alice será bem ao lado, vi ambos entrarem a saírem repetidas vezes dos aposentos para arrumarem suas coisas. Eu escolhi o quarto que fica a direita no corredor e em frente ao do Emmett. O ultimo quarto ficou vago para servir a algum hospede não que fossemos receber alguém é apenas para mantermos a fachada humana. No terceiro andar tem uma varanda bem grande e aberta e um pequeno quarto para jogos.

Eu tenho poucos pertences, então acabei de arrumar meu quarto rapidamente.

Ah é! Quase esqueci de contar! Nós não somos vampiros normais. Ou seja, nós não tomamos sangue humano, apesar de termos dado uns escorregões por ai, mas isso não vem ao caso, e já faz tempo que isso aconteceu. Nos alimentamos apenas de sangue de animais, não é tão bom quanto o sangue humano, pois nunca ficamos completamente satisfeitos, mas nos mantém vivos. Se é que estamos vivos.

Desci as escadas e fiquei de frente para a enorme janela de vidro da cozinha, vendo o sol se pôr. A janela ocupa praticamente a parede toda. Todas as janelas da casa que estão viradas para o oeste são assim, bem grandes. Até uma das paredes de meu quarto. Toda a casa foi feita pelas ideias de Esme e devo dizer que ficou perfeita, é tão aberto e não precisamos nos esconder como fazíamos.

O sol mostrou seu ultimo brilho antes de desaparecer atrás das montanhas.

– É lindo não é? – perguntou Alice aparecendo do meu lado.

Quando concordei Alice teve uma visão: uma linda garota sentada em uma cadeira no canto mais distante da cantina de uma escola. Ela parecia estar olhando pra nós... não, ela estava me olhando. Assim que a visão acabou um nome veio em minha mente de uma hora pra outra: Isabella.

– Quem é ela? – Alice perguntou se virando pra mim. Olhei em sua direção.

– Não sei, eu nunca a vi antes. – respondi enquanto aquela bela garota aparecia varias vezes em meus pensamentos.

Esperamos todos chegarem e nos sentamos à mesa quando todos apareceram.

Carlisle tomou a frente e começou.

– Não precisei mudar nada, na verdade. Alice, Emmett e Edward vão ser irmãos e terão o sobrenome Cullen. Vocês serão os nossos filhos adotivos. Todos vocês estão matriculados na High Forks School e as aulas começam amanhã. Eu vou trabalhar no hospital de Forks e Esme vai ser a nova arquiteta da cidade. – falou abraçando a cintura de Esme. – De acordo?

Assentimos concordando. Bom... pelo menos não vai ser difícil manter a história, Carlisle e esme são nossos pais mesmo e eu já considero Alice e Emmett como se fossem os meus legítimos irmãos.

Fiasco foi uma vez que eu e Alice fingimos ser casados, foi apenas uma brincadeira e a ideia foi da própria Alice. Estava indo tudo bem, até que o Emmett deu com a língua nos dentes e falou para o colégio todo que nós éramos irmãos. Foi uma confusão danada e tenho que admitir, foi muito divertido. Tivemos que deixar a cidade no dia seguinte, não podemos chamar qualquer atenção para nós.

Esme, apesar de não demonstrar, eu sei que já quis que eu e Alice fôssemos parceiros, mas eu sou apenas um irmão pra ela e a mesma é apenas uma irmã pra mim.

Alice foi para a sala para ler alguma revista que estava pensando e quanto ao Emmett é lógico que foi para a sala de jogos. Então me despedi de meus pais e fui caçar.

Não precisei ir muito longe, encontrei um bando de cervos que pareciam ser muito comuns aqui. Sequei as veias de dois e quando estava acabando com o terceiro Esme apareceu.

– Oi filho! – Eu gostaria de caçar com você. pensou ela.

– Claro mãe, tem uns cervos correndo naquela direção. – lhe disse abrindo um sorriso e apontando pata o leste.

Quando já estávamos satisfeitos nos sentamos em uma rocha perto de um rio nos arredores de casa.

– Alice nos contou sobre a menina. Ela é humana? – perguntou Esme. Odeio quando eles me pegam de surpresa, mesmo eu lendo mentes minha família aprendeu de algum modo a bloquear alguns de seus pensamentos, escondê-los de mim.

– Não sei. – lhe respondi sinceramente e olhei para a lua. – Mas eu acho que o seu nome é Isabella.

Esme apenas assentiu com a cabeça.

– Por que não tenta conhecê-la? – Esme sugeriu, sorri pra ela. Sempre tentava dar uma de cupido.

– Mãe, foi apenas uma visão e não sei quem ou o que ela é. Nem mesmo sei se ela está no mesmo continente que a gente. – eu lhe disse sorrindo.

– Ah. – ela falou tristemente e fez-se silêncio por um bom tempo.

– Esta amanhecendo, é melhor voltarmos.

Nos levantamos e corremos de volta pra casa.

Chegamos lá e eu fui direto para o meu quarto para tomar um banho e ir para a escola. Acabei e fiquei esperando a Alice e o Emmett. Fomos para a escola no meu carro mesmo para não chamar muita atenção.