As Gémeas Pierce escrita por AnaTheresaC


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Preparem os vossos lenços!
Oiçam esta música enquanto lêem o capítulo: Jason Walker - Echo: http://www.youtube.com/watch?v=4rFYJgc-NZk



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Capítulo 13 – Narrado por: Elena Pierce e Stefan Salvatore

Parte 1 – Elena Pierce

Dois dias passaram-se desde aquela notícia horrível. Em apenas 48 horas, a vida dos Salvatore tinha mudado, e não haveria nada a fazer para a repor no lugar.

Bonnie entregou-me o chapéu preto e eu coloquei-o enquanto uma lágrima escorria pelo meu rosto.

-Miss Elena tem que ser forte. Tanto Damon como Stefan estão a contar com o seu apoio.

-Eu sei Bonnie – falei num sussurro e limpei a lágrima com a mão. – Tenho que descer.

Bonnie abriu a porta e eu saí do quarto. Katherine abriu a porta dela também e toda ela vinha de preto, tal como eu. Descemos as duas em silêncio. Ela iria acompanhar Stefan e eu ia acompanhar Damon. Os dois, a minha irmã e Stefan, estavam muito ligados ultimamente. Assim como eu e Damon, talvez este fosse o nosso destino, eu com Damon, e Katherine com Stefan. Contudo, eu também gostava muito de Stefan. Eu ainda não tinha esquecido o que ele me tinha feito no baile, mas perdoar é um dom.

Entrámos na sala e os três já lá estavam. Dei o braço a Damon e seguimos, logo atrás de Master Salvatore, que tinha o olhar fixo no chão.

Durante o caminho até ao cemitério não falámos nada. Mystic Falls tinha aparecido em massa.

-Elena. Katherine – falou a nossa mãe. Ela e Mrs. Salvatore eram boas amigas. – Como estão, meus amores?

-Bem, obrigada mãe – foi Katherine que teve a coragem de proferir algo. Seguimos com Damon e Stefan até ao pai deles, que era o que estava mais próximo do caixão.

Apertei o braço de Damon quando lá chegámos, numa tentativa de o confortar, mas ele estava inconsolável.

O padre começou a recitar a Bíblia. Master Salvatore manteve sempre o olhar fixo no chão e quando o caixão assentou na cova, ele pegou numa mão cheia de terra e atirou-a lá para dentro. De seguida foi Damon e depois Stefan. Olhei para Katherine, tentando conter as lágrimas. A dor de Stefan e Damon era a minha dor, eu sentia-a.

Peguei numa mão com terra e atirei lá para dentro, depois, Katherine fez o mesmo. As pessoas aproximaram-se mais de nós e deram os seus pêsames, abraçando e apertando as mãos dos Salvatore, numa tentativa de os consolar.

Regressámos a casa, também em silêncio. Master Salvatore retirou-se para o quarto e disse que não queria ser incomodado até ao dia seguinte.

-Vou para os meus aposentos também, Elena – falou Damon e beijou-me a testa. – Obrigado pela sua companhia neste momento.

-De nada Damon – falei e apertei a sua mão.

Ele sorriu e olhou-me nos olhos. E que olhos! Cheios de dor e reconhecimento, com lágrimas prestes a cair, e com um brilho que nunca tinha visto, talvez pela acumulação de lágrimas.

Vi-o subir as escadas. Stefan foi logo de seguida e eu e Katherine fomos dar um passeio pela propriedade. Mandámos arrear dois cavalos e ficámos à espera. Quando eles já estavam prontos, começámos a andar a passo.

No início não falámos, mas depois ela começou:

-Eles estão realmente muito tristes.

-Sim, estão – reafirmei. – Custa-me muito vê-los assim.

-E Mr. Salvatore está… inconsolável.

-Damon e Stefan também, mas… tens razão. Master Salvatore perdeu a esposa. Agora, só lhe restam os filhos.

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto.

-Vai-nos acontecer o mesmo, não é Katherine?

-Mas nós estaremos juntas. Juntas – falou ela, determinada. – Viveremos debaixo  do mesmo teto. Nunca iremos ficar separadas.

-Mesmo assim… olha o Stefan e o Damon! Eles têm-se aos dois, e mesmo assim estão naquele estado!

Comecei a entrar em histeria, com lágrimas a brotarem constantemente dos meus olhos.

-Não! – exclamou Katherine. – Nós somos fortes. Damon e Stefan perderam a mãe muito cedo, nós não! Nós iremos perder os nossos pais quando eles já forem muito velhinhos.

-Tenho que voltar – falei para Katherine. – Tenho que os apoiar, porque é isso que eu queria que fizessem comigo.

Virei o cavalo e corri a galope até casa.

Parte 2 – Stefan Salvatore

A porta abriu-se de rompante e uma Elena chorosa entrou.

-Elena – disse, surpreendido.

-Desculpe interrompê-lo, Stefan – disse ela soluçando. – Mas eu não suportava estar lá fora, sabendo que está a sofrer.

Por instinto, abraçou-me e eu retribuí o seu abraço. Ela estava verdadeiramente assustada. Talvez fosse a primeira vez que ela enfrentava uma morte muito próxima. Eu também já passei por aquilo, quando o meu avô morreu. Nunca tinha lidado com uma morte tão próxima, e fiquei em choque.

-Elena, olhe para mim.

Peguei no seu queixo e fi-la olhar-me.

-Vai ficar tudo bem, está bem? A dor vai continuar, mas começará a ser suportável. Tal como o frio que faz no inverno todas as manhãs. Não gostamos dele, mas habituamo-nos.

-Mesmo?

-Mesmo, Elena.

Abracei-a, não sei se para a consolar, ou para me consolar a mim mesmo. Eu gostava muito de Elena, essa era a verdade. Desde o primeiro momento que a vi que ela me tem deslumbrado, mas Katherine tem aquele fogo, aquela vida, que eu nunca vi em ninguém. Ela é como o sol: ofuscante e hipnotizador. Já Elena, é a flor mais bela do jardim, que nos faz olhar para ela durante horas a fio, apenas a pensar em como ela é perfeita. São tão parecidas e diferentes ao mesmo tempo, que é difícil decidir.

Katherine foi ter comigo quando eu corri o mais que pude, mas Elena sabe que eu preciso de um amigo naquele momento. As duas completam-se.

Qual das duas devia eu escolher? E porque estou eu a pensar nisso agora?

-Stefan – falou Elena, olhando-me nos olhos. – Em que está a pensar?

-Em como Elena e a sua irmã são tão parecidas e diferentes ao mesmo tempo.

Os seus olhos arregalaram-se.

-Porque diz isso?

-Porque é a verdade.

Ela acenou e olhou para o chão.

-A verdade Stefan, é que eu estava precisamente a pensar no mesmo. Eu gosto muito de si, mas também gosto do seu irmão. Os dois são a metade que falta ao outro.

Sorri.

-Então parece que não somos perfeitos.

Ela retribuiu o sorriso.

-Mas é para isso que serve amar, não é? Quando amamos essa pessoa, amamos tudo nela, incluindo os seus defeitos, e quando nos juntamos, completamos essa pessoa.

Acariciei o seu rosto. Ela era tão linda, tão pura, tão verdadeira.

-Elena, eu amo-a.

-Eu também, Stefan – falou ela e abraçou-me. – Mas será o suficiente?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Momento Delena, Kathlena e Stelena. Ah, como eu adoro escrever momentos entre irmãos!
Bjs