Alice Jackson os Heróis do Olimpo escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 10
Capítulo 10 - Um titã. Uma ilha no meio do nada.


Notas iniciais do capítulo

Algumas aventuras na ilha misteriosa, um possível primeiro beijo e um novo meio-sangue.



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            E de novo nós estávamos em um lugar provavelmente cheio de monstros, e correndo constante risco de vida, sem poder respirar sem correr o risco de ser atacado e morto. Vida de meio-sangue é facilzinha…

            _O que exatamente aconteceu e como você não viu que nós estávamos vindo para cá?_perguntou Yasmin.

            _ Eu estava apertado, então deixei Cristal no volante e fui ao banheiro._ respondeu Percy.

            _Pensei que peixe não ia ao banheiro._ Brincou Yasmin.

            Olhei para o volante, Cristal dormia em cima dele.

            _ Olha só! Você não sabia disso?_ Gritei com ele apontando para Cristal, e Percy abaixo a cabeça.

            _ Você e a Annabeth sabem ser cruéis…

            E para meu dia melhorar, fui comparada com a bobinha da Annabeth, que ela não me ouça.

            Eu estava verdadeiramente furiosa com o Percy, como ele pode deixar isso acontecer? Todos, nós quatros, descemos do navio. A batida tinha feito um belo estrago, não seria fácil consertar.

            _Eu posso tentar consertar. Mas vou precisar de algumas coisinhas, tipo um balde cheio de lesmas…_ Dizia Yasmin. Que nojo, pensei._ Um tipo de erva roxa, chamada hera terrestre; fogo; uma pedra grande…_ ela ficou pensativa._ E é claro, um sanduiche natural.

            _ Bom, tem um balde no navio, eu posso tentar fazer fogo…_ começou Percy.

            _ Acho melhor não, Nemo._ brincou Yasmin.

            _ Uma pedra grande é fácil de achar_ Percy ignorou o comentário de Yasmin._ Alice, será que você pode ir atrás das lesmas?

            _Claro, por que não? Já que sou uma garota e você é um menino._ Disse irônica, tentando fazer com que ele fosse pegar as lesmas.

            _Ótimo_ ele não percebeu a ironia em minhas palavras._ Vou pegar um balde. Você pode aproveitar e procurar a erva, né?

            _ E por que não?_ Só faltava ele me pedir para ir atrás da pedra e do sanduiche, para que será que a Yasmin quer um sanduiche?

            Percy voltou para o navio e Yasmin falou:

            _ Eu faço o fogo, o Percy pega o sanduiche e a pedra, você as lesmas e a erva_ ela falou para mim.

            _ E a Cristal?

            _ Ela dorme e tenta lembrar-se de algum sonho._ Disse Cristal acordando por alguns segundos.

            _Ótimo…_ resmunguei.

            Quando Percy apareceu com o balde, o fuzilei com o olhar e tomei o balde da mão dele, virei de costas e foi entrando na floresta escura que estava a poucos metros de onde o estávamos.

            Entrei brava e comecei a caçar a droga das lesmas e a procurar a hera terrestre do mau.

            Que horror, que gosmento! As três primeiras lesmas estavam no balde. Isso era repugnante!!! Eu iria matar o Percy! A única coisa boa era que eu já estava terminando, depois de mais de meia hora eu finalmente estava acabando.

            Quando alguma coisa cobriu minha boca, tentei gritar, mas não consegui.

            _ Quem é você? Você é um deles?_ Ouvi a voz perfeita sussurra na minha orelha, e senti uma coisa pontiaguda nas minhas costas.

            A mão do garoto continuou tampando minha boca de modo com o qual eu não podia falar. Segurei-me na mão em minha boca, tentando falar. A coisa em minhas costas (uma espada, um caco de vidro ou uma adaga, não sei!) quase perfurava minha coluna.

            _Responda!_ O garoto ficou bravo.

            O que eu queria saber era como ele esperava que eu respondesse se a mão dele cobria minha boca! Finquei as minhas unhas em sua mão, vi o sangue, o garoto me soltou por completo, gritando.

            Rapidamente me virei e chutei sua canela, sinto muito, gatinho! O menino segurou o pé e ficou pulando enquanto gritava. Vi uma adaga no chão, a peguei e ataquei o garoto, a adaga em seu pescoço, ele parou de gritar na hora, nossos lábios a centímetros de distancia.

            _ Quem é você? E o que faz aqui?

            A respiração do garoto ficou mais profunda.

            _ Sou seu pior pesadelo.

            O garoto de cabelos castanhos e lindo de morrer, provavelmente 1 ano mais velho que eu, enroscou a perna na minha e me derrubou. Cai no chão com tudo, mas sem largar a adaga.

            _Ai!_ disse baixinho.

            E ele me olhou, novamente a uma distancia perigosa, meus lábios virgens asseando pelo momento do toque, mas em minha cabeça a imagem de Art apareceu.

            _ Eu perguntei primeiro, loirinha, quem é você?

            Rolei para o lado, me pus em pé e coloquei o pé em cima dele em um tempo que imaginei impossível. Ele caiu no chão.

            _ Sou eu quem faz mais perguntas aqui, queridinho.

            E ele pegou minhas pernas de algum jeito e me derrubou no chão de novo.

            _ Acho que não, loura.

            E nós dois nos levantamos, percebi que estava sem a adaga dele e quando a achei, ela estava na mão do moreno.

            Soquei-lhe a cara, vi sangue de novo, quando tentei de novo, ele desviou. Depois ele me empurrou contra uma árvore e me prendeu lá com seus braços fortes.

            _Quem é você?_perguntou ele de novo.

            Eu poderia ter facilmente saído dali, mas sabia que se fosse assim isso nunca teria fim.

            _ Alice._ disse eu.

            _Você é uma deles?

            _ Eles quem?_perguntei sem diminuir o tom de voz que ia aumentando cada vez que um falava.

            _ Eu quem faço as perguntas!_Ele estava praticamente gritando.

            _ Verdade? Verdade mesmo?_ diminui o tom de voz, para um tom misterioso, deixando-o confuso.

            _ É claro que sim._ Ele diminuiu o tom de voz.

            _ Então vamos ver.

            Abaixei e passei por de baixo de seu braço, e comecei a perguntar:

            _Quem é você? Quantos anos têm? O que faz aqui? Quem é você?_ quando consegui escapar, eu pegara a adaga dele, que agora apontava perigosamente para ele, andando em círculos envolta do garoto.

            Ele cuspiu um dente e sorriu.

            _ Muito boa, muito boa mesmo.

            _ Agora diga, vamos! Responda!

            _ Meu nome é Orb. Mas especificamente Orb Dodger.

            _ Filho de quem? _ Eu brincava com a adaga.

            _ De Hécate.

            _Interessante.

            _ E você, loira?_ Ele me pressionou de novo contra a mesma árvore, segurando meus pulsos.

            _Filha de Atena._ Me soltei com a força.

            _ Atena, legal._ E eu dei as costas para ele e já ia partindo com a adaga dele quando me virei e a joguei no chão aos seus pés.

            _Vamos fingir que isso nunca aconteceu._ E fui saindo, estava quase alcançando o balde de lesmas, mas o filho de Hécate era persistente.

            _ E se eu não quiser?_ele sussurrou em minha orelha.

            Parei.

            _Prefere morrer?

            _ E se ao invés disso você me beijar?

            Ótimo! Perfeito! Meu dia não podia ser pior.

            _E se eu gostar de outro?

            _ Me diga quem e eu quebro a cara dele.

            Virei-me de repente, chicoteando a cara dele com o cabelo.

            _ Faça isso e nem um pedaço seu vai restar para contar a história!_berrei.

            Ele levantou as mãos.

            _Calma, loura.

            _ Não me chame assim!_ gritei, furiosa.

            _Oh, alguém está irritadinha aqui.

            Bufei com ódio e girei nos calcanhares, arrebitei o nariz e sai andando.

            _Espera, é perigoso ficar sozinha._disse Orb.

            Virei-me para ele de repente e só então percebi que a roupa que usava estava toda rasgada e suja.

            _Acha que não sei me defender sozinha?_ Com as mãos na cintura, gritei.

            _ Eu vi o que você é capaz de fazer, acho que morreria._ Ele caminhou em minha direção.

            _ Eu consegui te vencer.

            _Isso porque eu deixei.

            E ele estava a uma distancia tão perigosa, que podia sentir seu hálito. E sua boca continuou avançando, ultrapassando os limites.

            _ Para de tentar me beijar!_ gritei.

            Ele se afastou, peguei o balde com as lesma e fui indo embora, ele se pôs ao meu lado, tomando o balde da minha mão.

            _Para que você quer isso?

            A droga era que metade das lesmas tinha escapado.

            _ Meu primo deixou minha amiga no comando, e ela dormiu, o navio bateu e minha outra amiga precisa disso para consertá-lo.

            _Lesmas?

            _Ela é uma feiticeira.

            Ele ficou quieto, não sabia se ele tinha ou não entendido o que eu tinha falado, mas não me importava muito. Só o queria era ele longe de mim, longe da minha boca e principalmente longe do meu bumbum!

            Deixe-lhe um tapa na cara, só para ele aprender a não fazer isso comigo.

            _ Deixe sua mão longe de mim, seu tarado!

            Minha mão ficou perfeitamente desenhada em vermelho no rosto dele.

            _Ai! Essa eu mereci.

            Peguei o balde da mão dele e nossos dedos se tocaram, passe o balde para a outra mão e ele segurou minha mão livre.

            _Some, Orb!_ disse tirando minha mão.

            Nem bem terminei de dizer isso e uma menina saltou de uma árvore para o chão. Ela era negra, devia ser mais nova que eu e usava tanta maquiagem… Pensei em Afrodite na hora.

            _Onde é que vocês pensam que vão?

            _Eu não penso nada. Eu vou ir para a ilha de Polifemo!_berrei, irritada.

            _E por que você pensa isso?_ a garota se endireitou.

            _Porque nada pode me parar!_ e ataquei a menininha.

            Minha intenção era apenas imobilizá-la, devia ter 9 anos, não podia ser má.

            E a garota estalou os dedos e alguma coisa gigante me pegou por trás. Dei uma olhada enquanto me debatia. Era um GGG, garoto grande e gigante. E feio, como era feio! Filho de Ares ou Hefesto, não me importava. Eu queria me soltar, sair dali e nunca mais voltar, mas parecia impossível.

            Eu sei, eu sei. Vocês acham que eu sou muito pavio curto, mas era que naquele dia meu humor estava péssimo. Vou contar um segredo, eu estava de TPM.

            E outro GGG apareceu pela frente, dei um pulo e chutei-lhe, o que não seria possível se o GGG1 não estivesse me segurando por trás.

            Depois, levantei a perna para trás e acertei o ponto fraco do GGG1, que imediatamente me soltou. Olhei para Orb, que sorria.

            _ O que você esta olhando?_perguntei brava.

            _Nada.           

            E um GGG3 atacou Orb por trás, mas Orb foi mais hábil com a adaga e se virou de repente, e o esfaqueou. O garoto caiu no chão, e ficou lá, agonizando.

            De repente os GGG1 e 2 me atacaram um de cada lado. No último minuto me abaixei. Eles bateram com a cabeça e ficaram meio tontos, não chegando a desmaiar. A garotinha deu um grito:

            _ Os filhos de Ares são uns sem cérebro.

            _Emily ficara furiosa quando souber!_disse o GGG2, retomando os sentidos.

            Emily? Seria a Emily do acampamento? Que estranho!

            O GGG1 veio por trás de mim, eu o senti, mas estava ocupada de mais lutando com o GGG2, ele iria me pegar e seria o fim!

            _Alice!_gritou Orb jogando sua adaga para mim.

            E a peguei no ar e de costas mesmo para o garoto, o esfaqueei, o ouvi cair com estrondo. E aproveitei a distração do GGG2 para fugir dali, eu tinha que encontrar um lugar onde eu pudesse pegar meu chicote.

            Orb veio atrás de mim, era a oportunidade perfeita.

            _Ficou com medo?_perguntou ele para mim.

            _Nenhum pouco._ Respondi sem me virar para ele.

            _Então por que fugiu?_ identifiquei a confusão em sua voz.

             Eu não me dignei a respondê-lo. Atrás de nós, uma voz terrivelmente grossa falou:

            _Gabe esta morto! A loira o matou!

            A primeira pessoa que eu matava, não sabia se ficou feliz ou triste.                       

            _Peguem eles!_ a voz aguda da filha de Afrodite ordenou.

            Três garotos vieram atrás de nós, mas como já estávamos muito longe, me escondi atrás de uma árvore com Orb e eles nem viram.

            Quando os três passavam por ali, pulei na frente, eles meio que tentaram me pegar, mas antes disso, passei a mão na perna, em uma pose sedutora, o bumbum empinado e a boca meio aberta. Os três pararam, me admirando.

            Ótimo, pensei. Eles haviam caído, enquanto eu passava minha mão na perna eu sentia meu chicote se soltar, quando o soltei por inteiro, chicoteei os garotos, acertei o olho de um, que deve ter ficado cego. Os três saíram correndo, berrando de dor, eu colocara toda a minha força no chicote.

            Ouvi um barulho as minhas costas, e como os três já estavam fora de vista, me virei e me deparei com Orb, aterrorizado e chocado.

            _Você tem um chicote? Por que não me contou que tinha um chicote?_ vi a histeria crescer em sua voz.

            _O que eu posso dizer?

            E sai andando, passando por ele. E ele ficou lá parado, boquiaberto, esperando sei lá o que.

            Continuei andando, passando pela plantas e prestando atenção com relação a aranhas, quando de repente Orb passou correndo por mim e gritou:

            _Corra!

            _O que…?_comecei a dizer, mas quando olhei para trás, umas dezenas de meios-sangues estavam correndo atrás de mim.

            Eu não podia lutar e viver, então sai correndo, atrás de Orb.

            _Desde quando todo mundo começou a querer nos matar?_perguntei.

            _Desde que nascemos!_ele gritou de volta.

            O som dos passos dos meios-sangues atrás de nós era ensurdecedor. Senti quando uma lança quase me deixou sem orelha; e quando por sorte tropecei e uma flecha voou por cima de mim.

            Olhei para Orb quando minhas forças estavam se esgotando.

            _E agora?

            _ Eu não sei. Acho que é o fim._ disse ele.

            _Mas não é mesmo.

            E então o ouvi gritar, ele cambaleou e quase caiu, o ajudei a ficar em pé e continuamos correndo.

            _ Uma flecha acertou minha perna, me deixe e salve sua vida._ Ele quase implorava.      

            _ Deixe de ser dramático.

            E continuei correndo, dando apoio para o filho de Hécate e pensando em como me livrar de todos eles.

            Em uma tentativa de achar um jeito de sair dali, me virei para os meios-sangues correndo e identifiquei um filho de Apolo. Minha Atena! Como era parecido com o Art… Era mais velho, mas era lindo e loiro. Imaginei-me olhando para o Art e sabe se lá de que jeito eu olhei para ele, o garoto abaixou o arco e me olhou, simplesmente.

            Depois voltei a olhar para frente, continuei correndo e de repente vi o que pareceu minha salvação. Ordenei a Orb que continuasse correndo se ele não quisesse ter a cabeça arrancada e lhe tomei a adaga. O vi tirar a fecha da perna e praguejar em grego, peguei novamente meu chicote e comecei a tentar impedir que os semideuses avançassem. Foi um ato idiota, conclui depois, mas na hora pareceu ótimo.

            As pessoas foram se afastando, se afastando e isso deu tempo o suficiente para Orb correr na frente. Quando ele já estava a uma distancia considerável, corri atrás dele o mais rápido que minhas pernas agüentavam, o ajudei a correr e quando havia uma bifurcação do caminho, entramos no meio da mata, os meios sangues passaram reto por nós, minutos depois.

            _Ufa…_ finalmente me permiti relaxar.

            Orb disse “Ai!” por causa do machucado na perna.

            _Vem, vamos nos esconder naquela caverna._ disse eu apontando para uma caverna escura e medonha._Vem, antes que alguém tente nos matar.

            E nós dois corremos para lá. Minha Atena, ser meio-sangue é cansativo! Entramos na caverna, mas em lugar onde ainda tinha luz, examinei a panturrilha direita de Orb. A flecha tinha veneno. Agora ele corria o risco de termos que arrancas a perna dele para não se espalhar para o resto do corpo.

            _Você vai morrer._ Eu disse simplesmente.

            Rasguei um pedaço da camisa dele e apertei um pouco acima de onde o veneno estava, para ele não se espalhar tão rápido, a sorte dele era que o veneno era fraco.

            Se eu o levasse até a Yasmin ela poderia o curar.

            _Ei,_ ele disse._ Não esta brilhando lá?_ ele apontou.

            Olhei para dentro da caverna, para onde ele apontava. Sim, tinha um leve brilho.

            _Vamos dar uma olhada._ Disse eu me levando da pedra em que havia me sentado.

            Ele se levantou também e nós dois entramos caverna adentro. Escura, e mais a frente, sempre tinha uma luz, continuamos avançando.

            Quando de repente uma mão fria tocou meu ombro, gelei. Sabia que Orb estava a minha frente, ouvia os passos dele, a mão em meu ombro não era dele.

            Virei-me bruscamente, e de repente uma luz se acendeu. O filho de Apolo que eu tinha visto antes, era ele. E ele estava brilhando!!

            _ Calma! Não vou te machucar.

            Ouvi quando Orb parou e se virou para nós.

            _ Will?_ disse ele.     

            _Shhh_ o filho de Apolo disse._ Não façam barulho.

            _O que você esta fazendo aqui? Seu… seu…_ Orb procurava um bom adjetivo, claramente furioso.

            _Quem é você?_perguntei.

            _ Sou William Solace. Mas me chame de Will, todo mundo me chama assim.

            _Você é o irmão do Art!_ exclamei.

            _Shhh. Que Art?

            _Arthur Polo._ disse eu, séria.

            _ Sou. É que todo mundo comece ele como…

            _ Eu sei.

            E então Orb entrou no meio de nós dois, olhou bem para Will e perguntou:

            _ Foi você quem fez isso, certo?_ ele apontou para a própria panturrilha.

            _ Você não entende, Orb…_ começou Will, mas foi cortado.

            _ Eu não entendo? Você quer me matar? Seu traidorzinho idiota, eu não entendo o quê? É você quem não entende o significado da amizade e da lealdade. Seu vermezinho inútil! Eu vou morrer, mas, pelo mesmo, eu não sou você!_berrou Orb com todas as suas forças, o filho de Hécate estava realmente irritado.

            _ Eu só estava entendo salvar a…_ Will se virou para mim e perguntou._ Qual seu nome mesmo?

            _ Alice.

            _ …Alice e acabei te acertando acidentalmente. Uma lança de um idiota de um filho de Ares ia acerta ela e eu joguei a flecha. Felizmente não acertou as costas dela, como deveria, mas a flecha te acertou. Foi mal, cara!_ disse Will sem se alterar.

            _ Você e eu éramos amigos. Nós dois viemos parar aqui. Você não tinha nada que se juntar aos idiotas. Nós estávamos juntos nessa, você só pensou eu salvar a própria pele!_ a voz dele começava a indicar que ele chorava ou esta preste a chorar, eu não sabia, estava de costas para ele.

            _Você tem noção de quantas vezes eu pensei que seria melhor se eu me matasse? Você sabe quantas vezes eu não me culpei por isso?_ gritou Will, perdendo a calma._ Mas eu agüente firme. Pensando que o meu melhor amigo poderia compreender tudo e me perdoaria. Mas vejo que você não entende!

            Mas no meio da gritaria, eu fiz minha voz se sobressair:

            _ Alguém pode me explicar o que está acontecendo!?

            Os dois olharam para mim. Como se só se lembrassem que eu estava ali agora.

            _ Eu e ele éramos amigos._Começou Orb._ Recebemos uma missão há uma semana e viemos parar aqui. Estava quase no fim. Mas quando chegamos aqui, pareceram esses meios-sangues malucos. Eles pretendem reerguer o titã Cronos e serem donos do mundo. O Will agora é um deles. Mas eu não aceitei, é claro.

            _Ah. Então era isso que você queria dizer com “um deles”._ Eu tentei imitar a voz dele.

            _ Mas, quando eu aceitei, na verdade, foi para evitar que Cronos se reerguesse. Eu venho tentando matar “acidentalmente” _ ele fez aspas com a mão. _ todos esses loucos. Tento impedir que outros se juntem a eles e outras coisas.

            _ Vou acreditar em você._ Eu disse para Will._ Não me faça me arrepender disso.

            _Você pode confiar em mim. Ei, você é filha de quem? Você lembra alguém…_ ele pareceu pensativo.

            _ De Atena.

            _ Ah, sim! Você é irmã daquela garota, a namorada do Percy Jackson, não é?

            _ Sou.

            Comparada com a Annabeth de novo? É o fim!

            _Sou prima do Percy, sabe…_falei, tentando parecer importante.

            _ O que é aquele brilhou, Will?_Perguntou Orb.

            _É Cronos. Venham ver.

            E nós três avançamos, Will brilhando na frente. Então chegamos a um lugar mal iluminado, com um caixão dourado e brilhante no meio, era Cronos.

            _ A consciência dele esta começando a se formar, isso vai causar outra tragédia._Will sussurrou para nós.

            Ficamos a certa distancia, tive medo, uma coisa rara.

            _Vamos embora daqui. Esse lugar me dá arrepios._ Eu disse e todos nós saímos da caverna.

            Cronos estava se formando novamente e não havia nada que se podia fazer… O jeito era esperar e tentar acabar com ele o mais rápido possível.

            Estávamos indo embora, Will tinha ido e se juntara a equipe de procura que estava atrás de nós.

            _Vem,_falei._ Vamos ir para o navio e ir embora daqui. Estou cansada…

            E nós dois fomos para a praia. Passamos pela floresta, as árvores era torta e completamente medonhas, era impossível ver o sol e a copa das árvores, tudo tinha um aspecto de filme de terror. Eu havia perdido o balde de lesmas há tempos, o que queria dizer que eu teria que pegar mais, mas antes tinha que voltar a navio e avisar sobre tudo.

            Quando de repente eu espirrei, e eu era super alérgica a pólen, e tinha uma única margarida, mas me fez espirrar e então vi um meio sangue ali perto, ele havia nos visto. Era tão pequeno que duvidara que ele soubesse manusear a espada direito. O pequeno apenas deu um grito:

            _Eles estão aqui!

            Foi o bastante para eu sair correndo feito uma louca, Orb atrás de mim. Ouvi os passos atrás de nós, dezenas talvez centenas de meios-sangues.

            _Espere, Alice!_ ouvi Orb atrás de mim.

            Apenas olhei para trás, meu cabelo caiu sobre meu rosto e não pude ver nada, então voltei a olhar para frente.

            E continuei correndo, não sabia se minhas pernas ou minha cabeça fossem agüentar. Talvez eu desmaiasse, e era capaz mesmo, pude senti minha cabeça girar, mas lutei.

            Só parei em uma bifurcação do caminho, quando tudo estava girando e eu tinha certeza de que seriamos mortos, mas guiada pelo instinto tomei a esquerda e continuei correndo. Meu coração disparado, eu em pânico e com a certeza de que não tinha mais que minutos de vida.

            Senti minha cabeça latejar, tudo começou a ficar escuro, mas lutei e tudo voltou a ficar claro. Minha visão começou a ficar embaçada e eu não tinha certeza de nada, só continuava correndo como se estivesse no escuro, apenas correndo, sem ter muita certeza do que eu fazia.

            _Corre, Alice! Eles vão nos alcançar, corra!_gritava uma voz irritantemente macia e bonita.

            Correr, eu tinha que continuar correndo. Vi uma luz no final da floresta, e corri naquela direção, quando passei por lá, eu tinha ido para em uma praia de areia branca e mar lindo, o sol quente e brilhante lá no alto me cegava. E um navio grande, três adolescentes sentados perto dele, sendo duas meninas e um menino mais velho que as outras duas.

            Eram Cristal, Yasmin e Percy.

            Os três se levantaram quando me viram, gritei para eles entrarem logo no navio, eles me olharam confusos. Somente depois de Orb já ter saído da floresta e os meios sangues também, foi que entenderam a gravidade do problema. Eu já estava subindo, quando os três subiram seguidos pelo Orb.

            Vi quando o navio começou a andar e ouvi os berros dos que tinham ficado.

            _Yasmin…_chamei.

            Ela chegou perto de mim. Cristal examinava Orb com os olhos quase se fechando. Percy tratava de nos tirar da ilha o mais rápido possível.

            _ Que foi, Ali…?

            E eu não ouvi mais nada, minha cabeça ainda doía e eu ainda estava completamente tonta. Só me lembro de tudo ter escurecido…


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Notas finais do capítulo

Finalmente apareceu um concorrente a altura do Art. Será que a Alice não vai trocar ele não? Tá bom que eles começaram com o pé esquerdo, mas isso pode ser o início de uma bela amizade, ou até de um pequeno romance.