What If ? escrita por Jéssica


Capítulo 8
Capítulo 7 (Esclarecimentos)


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap pra v6!:)
Quero agradecer a Minha 1ª recomendação feita pela Thais!
Muito fofo! Ameeeiii demais flor!
Bigada msm!
E dedicar o cap a ela néh? rsrs
Bom espero q v6 gstem! e ñ odeiem o ed!
kkk bjssssssssssss



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-Rose, eu não estou entendendo aonde você quer chegar.

-Ok. Então eu vou explicar. Eu sei do que você sente pelo seu amigo. – A pergunta era se alguém ainda não sabia. Será que a minha atuação estava piorando? –Talvez você seja capaz de enganar a todos os outros, mas não a mim. Ou a Ally.  Bella eu confesso que antes eu odiava a idéia de vê-la com ele. Por isso eu sempre agi... De forma... Tão... Tão errada com você Bells. E peço desculpas por isso. –Ela falava rapidamente e travando em alguns momentos. Como as pessoas falam quando estão nervosas.

-Não se preocupe. Eu também nunca fui muito legal com você. E não entendo porque você e a Alice cismaram com essa loucura. –Ela ergueu uma sobrancelha quando eu tentei negar o meu amor por Edward. 

-Como você espera que ele um dia possa retribuir o que você sente se nem mesmo você aceita isso? –Ela perguntou ceticamente. Desviei o meu olhar para longe. Tomando um ar sonhador.  Depois olhei em seus olhos de uma forma um pouco irritada. Mas irritada comigo mesma.

-Quer saber a verdade? –Perguntei no mesmo tom de ceticismo. –Não espero. Eu não espero que ele retribua nada. Só ...

-Não pretende contar nunca?

-Nunca. –Ela me olhava estranho. Depois suspirou olhando para o outro lado. Visualizou o mural fazendo beicinho. Não havia muitas fotos dela ali. Então virou-se novamente para mim. Encarando-me com uma expressão enigmática

-Você estava me explicando porque me odiava. –Ela riu e revirou os olhos para a escolha das palavras.

-Então... Eu nunca te odiei para começar. –Falou com um humor. Ergui as sobrancelhas. –É verdade. Já percebeu o quanto piorou quando comecei a namorar o Emmentt? – Aquilo era verdade. Depois que começou a namorar o Emmentt Rosalie realmente me odiava e foi nessa época que eu me tornei tão afastada do Emmentt. Eu não sabia ao certo de quando era esse lance dos dois. Antes que tivessem dez anos provavelmente. – Ele sempre ficava falando de vocês. E principalmente de você. Eu realmente odiava isso porque você sempre foi meu diabinho particular da infância. –Nós duas gargalhamos nessa hora. -Por isso fiz aos poucos com que ele não fosse tão ligado a vocês como sempre foi. Sempre fui muito amiga da Tânia Também. E apesar dela nunca ter percebido ou se importado. Eu sempre notei a conexão que há entre você e o Edward. Isso porque eu já estava “de olho em você”. Até por que eu já fui uma vitima suas. – Ela riu. –Tânia sempre pareceu gostar muito dele. Ele falava nele. Falava no quanto seria legal “ficar” com um gato como ele. E para falar a verdade eu gostei muito da idéia. –Aquilo não devia me irritar. –Eu gostava de ver a Tânia com ele. E o tempo que Emmentt ficou me azucrinando sobre Edward fez com que eu gostasse bastante dele também. Tornamo-nos amigos pelo Emmentt você sabe... Então eu estava realmente alegre em vê-los juntos e felizes. Mas... Bella... Eu estava assim porque eu tinha plena certeza dos sentimentos da minha... Da Tânia por ele... Mas... Agora, agora eu não sei mais o que pensar. Eu quero ver o Edward feliz. Sim. E eu sinto que... Que a felicidade dele não esteja nela. E acima de tudo preocupa-me muito ver que você esta tão deprimida.  – Ela me encarava com olhos intensos. No final das explicações da Rosalie nada foi realmente surpreendente. Somente o final. Em que ela afirmava não ter plena certeza dos sentimentos da Tânia. E pior... Insinuara que talvez ela pudesse fazê-lo triste.  –É por isso que eu digo que estou do seu lado agora Bella. Eu vou ajudá-la ou a superar ou conquistar o Edward. Ou pelo menos, se você não quiser minha ajuda. Pelo menos vou estar do seu lado tudo bem? – Assenti.

-Obrigada Rose. Na verdade eu não quero... Não quero... Eu não sei... Conquistá-lo. Eu não pretendo dizer nada... E... Só quero que ele seja feliz. Mesmo do lado da Tânia. –Ela me olhava compreensiva. Sem gozação. Ou nada disso. Apenas compreensão para com o que eu sentia pelo Edward.

-Mas sabe que podemos tentar não sabe? –Ela sorriu travessa. Eu ri ainda descrente.

-Rosalie. Olhe bem para mim. O que você acha que ele iria querer com alguém como eu? Hã? Nada. Certo? A não ser amizade totalmente fraternal. Normalmente, nem mesmo isso. –Declarei um fato mais que obvio que me deixava tão infeliz que chegava a causar dor física. Rose exasperou-se.

-A, por favor, Isabella! Crise de baixa auto-estima não! Você é uma garota incrível! Seu querido amigo que é muito cego! Alem do mais é linda. Sabe muito bem disso. Até seu queridinho reconhece isso. –Dessa vez eu tive vontade de rir. Eu linda? Era como dizer que William Shakespeare não foi o melhor escritor romântico inglês já conhecido. Ela com certeza percebeu a falta de otimismo em minha expressão sarcástica. E olhou-me de cara feia. 

-Você devia parar com essa mania de inferiorizar-se. É linda sim. Talvez não saiba disso eu aceito. Mas se eu pudesse ajudá-la a descobrir... –Falava sorrindo maquiavélica antes de eu interromper.

-Nem continue! –Sabia bem onde ela queria chegar. Apostava minha mesada que Rose naquele momento queria sugerir. “Mudança do visual” Em minha própria cabeça imaginei uma vozinha fina para as palavras. Ela riu.

-Sabe que seria legal. Na verdade seria ótimo. Teria todos aqueles idiotas que já te fizeram mal nas suas mãos. Edward ficaria louco.  Aposto que seria muito mais fácil para ele perceber a garota maravilhosa que você é. –O pior era que eu podia imaginar a cena. Imaginar-me deixando todas as lideres de torcida e todos os rapazes que já me humilharam de queixo no chão. Sendo o tipo de garota perfeita e confiante que eu gostaria de ser. Mas naquele momento eu sabia que aquilo não era para mim. Não acontecia na vida real. Apenas nos filmes. Isso só acontecia em Hollywood. Não em Forks. Não comigo.

-Não quero isso Rose. –Ela logo Captou o meu humor e parou. O melhor de estar com a Rose era que ela parecia perceber quando era a hora de parar, quando devia recuar e quando sabia que podia continuar.  Ficamos conversando coisas frívolas. Às vezes falávamos do Edward. Ou os outros. Decidi que não esconderia mais nada da Alice. Primeiro por que ela já sabia e depois porque se descobrisse que Rose soube antes dela... Eu não iria querer estar em minha pele. Ri com isso. Ela pediu para ver algumas das minhas composições.

-Claro! Elas estão aqui. –Fui até a gaveta para abrir. Ela riu. Eu não costumava ficar animada para mostrar as coisas que eu fazia. Em geral em não costumava ficar animada para mostrar. Talvez eu fosse boa no violão. Todos os que eu permitia ver diziam isso. E embora eu gostasse muito de ter meu trabalho reconhecido era muito difícil colocar-me de frente as pessoas e me apresentar.  Todas as vezes que eu tentava acabava vomitando, dando para traz e sendo vitima de gozações e insultos por meses.

-Então... Há alguma musica feita para alguém especial? –Perguntou maliciosa. Eu sorri. Não havia mais razões para esconder nada. Eu me sentia tão estranhamente confiante perto da Rosalie que chegava a me assustar às vezes. Sim, eu nunca confiava em alguém plenamente. Mesmo que a pessoa tenha estado comigo por anos.  No entanto com ela eu tinha essa capacidade.  O que era realmente assustador tanto quanto era encantador. –Então?

-Mas é claro. Vamos ver se você advinha! –Falei inexplicavelmente animada com meu sofrimento. Procurei entre as musicas de Edward e vi uma que eu gostava e que era um pouco mais antiga... O nome era I’d lie*

-Não tenho nem a mais remota idéia. – Ainda sorrindo levei até a suas mãos os papeis. Ela revirou os olhos.

-Bella. Não vai tocar? Como acha que eu vou entender alguma coisa? –Já não era suficiente eu sair entregando as canções? Bufei divertida. E peguei o violão. Ela deu um largo sorriso.

-Ok... Vamos logo antes que eu mude de idéia. -falei resmungando. Ela jogou os cabelos para trás. Respirei fundo e perguntei-me se eu conseguiria fazer isso perto dela. Eu podia tocar para o Edward. Melhor, com ele. Mas conseguia. Para a Ally também. E eles eram os únicos. Nem meus pais eu conseguia. Então coloquei a musica em minha mente e refiz mentalmente algumas notas. Iniciei timidamente a introdução. Fingi que minha amiga não estava ali. Treinando alguns movimentos. Rapidamente eu já podia sentir a magia tomando conta do meu corpo. Sem fazer muita bagunça tocava a musica cantando todos os trechos que eu havia inventado sem nem um segundo ter deixado de pensar nele.

I don’t think that passenger seat.  (Eu não acho que esse banco de passageiro)

Has ever looked this good to me (Já pareceu tão bom para mim)

He tells me about his night  (Ele me conta sobre sua noite)

I count the colors in his eyes (Eu conto as cores em seus olhos)

Won’t ever fall in love  (Nunca vai se apaixonar )

He swears, as he runs his fingers through  His hair (Ele jura enquanto corre suas mãos pelo seus cabelos)

I’m laughing ‘cause I hope he’s wrong (Eu estou rindo porque espero que ele esteja errado)

 And I don’t think it ever crossed his mind (E eu não acho que ele faça ideia)

He tells a joke I fake smile (Ele conta uma piada, Eu finjo um sorriso)

But I know all his favorite songs (Mas eu sei todas as suas musicas favoritas)

And I could tell you...  (E eu poderia te contar)

His favorite color’s Green… (A cor favorite dele é verde)

He loves to argue… (Ele ama discutir)

 Born on the seventeenth… (Nasceu no dia 17)

His sister’s beautiful… (A irmã dele é linda)

He has his father eyes… (Ele tem os olhos do pai)

And if you ask me if I love him… (E se você me perguntar se o amo)

I’d Lie…”  (Eu mentiria)

Na verdade ele nascera no dia 20 de junho. Mas ficava impossível de encaixar na melodia. E seria inteligente deixar alguma informação errada para... Se um dia eu fosse ser corajosa o bastante. 

He looks around the room (Ele olha pela sala)

Innocently overlooks the truth (Inocentemente Ignora a verdade)

Shouldn’t I like your walk? (Eu não deveria gostar de seu andar?)

Doesn’t he know that I have it memorized for so long? (Ele não sabe que eu tenho isso memorizado a tanto tempo)

He sees everything in black and white (Ele vê tudo em preto e branco)

Never let nobody see him cry (Nunca deixa que o vejam chorar)

I don’t let nobody see me wishing he was mine… (Eu não deixo ninguém me ver desejando que ele seja meu)

I could tell you...  (Eu poderia te contar)

His favorite color’s Green…  (A cor favorite dele é verde)

He loves to argue… (Ele ama discutir)

 Born on the seventeenth… (Nasceu no dia 17)

His sister’s beautiful… (A irmã dele é linda)

He has his father eyes… (Ele tem os olhos do pai)

And if you ask me if I love him… (E se você me perguntar se o amo)

 I’d Lie…” (Eu mentiria)

He stands there then walks away (Ele esta la e depois vai embora)

My god if I could only say (Meu dues se eu pudesse apenas dizer)

I’m holding every breath for you… (Eu estou guardando cada respiração para você)

He’d never tell you (Ele nunca te diria)

But he can play guitar (mas ele sabe tocar guitarra)

I think he can see through everything but my heart (Eu penso que ele pode ver atraves de tudo)

First thought when I wake up  (1º pensamento quando eu acordo… )

is my god his beautiful  (Meu deus como ele é lindo)

So I put on my make-up and pray for a miracle (Então eu ponho minha maquiagem e rezo por um milagre)

Os trechos que eu sabia de cor entravam em meu coração... Cortando-o com o carinho que eu cobra teria com sua presa. A vagarosidade cruel do desejo e no prazer de matar. Era exatamente assim que eu poderia imaginar a minha dor. Continuei com as conhecidas palavras.

 Yes I could tell you... (Sim, eu poderia te dizer)

His favorite color’s Green…  (A cor favorite dele é verde)

He loves to argue… (Ele adora discutir)

 Oh, and kills me… (Oh, e isso me mata!)

His sister’s beautiful…  (A irmã dele é linda)

He has his father eyes… (Ele tem os olhos do pai)

And if you ask me if I love him… (E se você me perguntasse se o amo)

 I’d Lie…”  (Eu mentiria)

(I’d lie. Taylor Swift)

Estremeci sentido a letra encaixar-se cada vez mais ao horror que era a minha vida. E então virei meu rosto só para ver a Rosalie que chorava descontroladamente. Parei de tocar e ela me olhou confusa. Os olhos vermelhos e o nariz rosa. Trazia na boca um biquinho como se estivesse se segurando para não continuar a chorar. “Fala serio!” Pensei começando a me irritar com a Rose.

-Qual é? Se alguém aqui tem que chorar esse alguém sou eu! –falei mal-humorada. Ela fungou.

-Sabe... É que... Que... Ah Bella! Você sabe...Isso foi tão real. Tão... Tocante. Quem não choraria? – Ela tinha a voz grossa pelo choro.  “Pessoas emocionalmente ajustadas, por exemplo?” Perguntei-me sarcástica. Respondendo a pergunta da Rose.

-Eu não vou responder. –Falei sem achar nada que pudesse encaixar-se normalmente a situação. Decidimos logo depois fazer um lanche.

Continuamos nossa conversa. Rose jantou conosco e depois saiu quando “um carro” De um Emmentt apareceu na porta. Rose foi com um sorriso tão grande que devia doer.

Quando voltei para o meu quarto. Entrei sem nenhum animo. “Amanhã será pior que hoje não se preocupe.” Aquelas vozinhas pessimistas que estão sempre em nossas mentes me disseram.

Fui até o banheiro tomando um banho demorado e quente de mais. O que me deixara um pouco ativa. Podia sentir minha pulsação desregular-se um pouco. A sensação era desconfortável então sai do banheiro. Fiquei irritada procurando meus moletons surrados e percebendo que eles ainda não haviam ido para a máquina de lavar. Nem meus vestidos velhos e nada que eu gostasse de usar pára dormir. “Que droga!” Reclamei realmente estressada. Eu não conseguia entender porque Renée insistia em tomar a liderança das coisas se ela não ia fazer nada direito e no tempo certo. “Tudo bem! Ela só quis ajudar” Pensei.

Encontrei pelo meu quarto um pijama ridículo que eu nunca ousava usar. Que era parecido com um baby-doll. Mas ele era branco de coraçõezinhos rosa. Definitivamente horrível. Vesti aquilo e me senti ridícula. Peguei meus cabelos e sem me preocupar em penteá-los amarrei em um coque mal feito e feio. No entanto quando me olhei no espelho estava melhor do que se estivesse vestida em moletons velhos obviamente. Não que eu não gostasse de me sentir bonita. No entanto não era assim que eu me sentia a maior parte do tempo. Estranhamente as peças maltraquilhas de baby-doll infantil eram confortáveis.

Estava sem sono e muito alerta. Não conseguia parar de pensar no meu amigo. A conversa com a Rosalie não me fizera bem com certeza. Na verdade eu estava sempre pensando nele. A cada segundo. Mas quando eu estava concentrada em outra coisa o meu tormento tornava-se secundário ou terciário. Como se estivesse ali sempre presente mas, de alguma forma menos consciente que naquele memento. Olhei sua foto. Ele sorria largamente estava feliz. Vestia um casaco cinza claro com botões grandes e uma calça preta. Seus cabelos voavam e ele estava em cima de uma pedra em La Push usando óculos escuros. Parecia um Deus. Eu não podia me conformar. Meu coração acelerava-se apenas em olhar aquela foto. Minha respiração irregular tentava controlar as lágrimas.

Acordei cedo e atenta. No entanto sem vontade de me levantar. Mesmo assim o fiz. Preparando-me sem nenhuma animação. Escolhendo as mesmas roupas velhas de sempre. Havia algumas novas que a Alice me dera que eu fiz questão de enfiar dentro das ultimas gavetas cobertas por edredons. Passei o pente pelo meu cabelo que estava excepcionalmente pior naquela manhã. Um verdadeiro caos. Os bolos de fios se prendiam ao pente e outros se desembaraçavam. Bocejei entediada e cansada.

Quando cheguei, a escola já estava agitada. Os alunos todos se espalhavam pelo estacionamento e corredores. Procurei por entre os alunos uma baixinha de cabelos espetados ou uma loura muito bonita. Mas não vi ninguém.

-Oi Bella! – Fiquei alguns segundos tentando imaginar de onde Jacob aparecera. Mas ele estava ali sorrindo e eu não cheguei a nenhuma conclusão.

-E aí Jake? –falei descontraída. Ele sorria. Fomos juntos andando alguns metros. Suas mãos estavam presas as minhas. Não me importei com a atitude dele. Embora tenha achado estranho. Algumas garotas olharam com um pouquinho de raiva. E eu me senti muito bem com aquilo. Um bem que era mal, mas que na minha situação era mais que aceitável.

 De repente senti meus olhos voarem. Como se houvesse uma conexão. Um extinto que iria me fazer olhar e vê-lo só para sofrer mais. Edward estava lindo como sempre. Usava uma calça jeans pretas e uma camisa de mangas verde, que como dizia na musica era sua cor favorita. Ele parecia pensativo e estranho. Não consegui desviar o olhar nem por um segundo até eu perceber que Jake entendera minha pose e me olhava com as sobrancelhas erguidas.

-Vamos. –Falei sem graça ele fez que sim ainda com os dedos entrelaçados aos meus. Edward virou-se, percebendo nós dois, uma expressão de cólera passou por seu rosto. Fechei a cara imediatamente. Jake também. Ele viera em nossa direção fingindo não notar que não era bem vindo. Começou com uma conversa meio estranha e foi e depois fez algo que nem eu meus melhores sonhos eu poderia imaginar. Ele pediu desculpas. Mas, não foi um pedido de desculpas qualquer. Pediu desculpas ao Jacob. Edward Cullen pedindo desculpas ao Jacob?  Não era uma coisa só impossível. Eu sabia que aquilo era muito estranho. Também eu captei algumas expressões em seu rosto e tive certeza imediatamente que algo estava errado. Só não sabia o que era. Apesar de tudo eu não consegui não ficar feliz pela atitude dele. Seja qual fosse a razão por trás dela. Quando Jacob saiu, eu o abracei e naquele momento me senti muito ridícula. Ele correspondeu parecendo confuso. Depois mais decidido. Quando o soltei sua expressão estava um pouco dolorosa. Não gostava do que eu via. Ele me encarou por alguns segundos.

-O que esta acontecendo? Diga eu sei que há algo errado. –Logo depois ele me olhou como se tivesse descoberto algo muito óbvio. Suspirou.

-Não esta acontecendo nada. –Ele mentiu. Fiz uma expressão irritada mostrando que eu sabia que ele estava mentindo. Ele me encarou intensamente. As sobrancelhas franzidas e uma expressão complicada como em uma luta interna. Seu corpo estava próximo demais. Eu odiava quando ficávamos assim, porque eu sempre enlouquecia. Sentia minha pele formigar.  –Você é minha melhor amiga. –Atestou. Assenti. –Eu te amo esta bem? –Comecei a me preocupar com a sanidade dele. Será que ele realmente tinha passado das drogas licitas? Assenti de novo em saber o que responder. Então de repente seus braços me apertaram forte contra si. Fazendo tudo no meu corpo reagi instantaneamente como fios desencapados. Ondas elétricas passavam fazendo minha pele eriçar-se ridiculamente. Sua respiração em meus ombros fazia meu estomago revirar-se. No entanto mesmo com cada célula do meu corpo estando em ebulição não pude deixar de achar que ele havia enlouquecido de vez.

-Você sabe disso não sabe Bells? Que é minha melhor amiga? E que eu te amo certo? – Sem afastar-se de mim ele olhou em meus olhos. Próximo demais. Próximo demais... Repetia para mim mesma. Tentando manter o resto do controle.  

-Esta bem... Quer dizer... Eu acho. Por que você não me parece nada bem... Esta meio louco. –Falei algumas coisas meio desconexas depois. Eu fiquei preocupada com a aparente loucura dele. Ele soltou uma risada preocupada. E continuou olhando-me carinhoso. Meu coração foi a mil. E senti uma respiração quebrar.

-Só queria... Queria que nunca duvidasse de que sou seu melhor amigo. E que te amo. –Falou intenso e me causando ao mesmo tempo alegria e tristeza. Ele amava-me mas não da forma certa. E isso era mais que doloroso. Será que ele não podia ver em meus olhos o que eu sentia? –Promete que nunca se esquecerá disso? –Naquele momento lembrei-me de um acontecimento de alguns anos atrás. De uma fala que desde então era nosso lema.

-Enquanto o sol brilhar.  –Falei com minha respiração pesarosa.

-Sim. Até que as estrelas se apaguem.  –Ele concordou.  Seus olhos brilharam ainda mais. Olhando-me confuso. Depois sorrimos.

-Temos que entrar. – Ele declarou. Depois de algum tempo em silencio.

-Sim. –Andamos juntos até a sala. Por um momento desejei que ele fizesse como Jacob e segurasse minha mão. Mas eu sabia que era uma bobagem. Que ele não faria isso.

Quando chegamos a sala, Tânia ainda não estava lá. Senti-me triste ao vê-lo procurá-la. Suspirei.

-Ela não esta aqui. –Disse.

-Eu sei. –Ele riu nervoso. –Pergunto-me onde ela poderia estar.

-Eu não sei. Deve estar retocando a maquiagem. –Ele olhou-me como se tivesse percebido a ironia em minha voz. –Qual é? Eu só disse que ela deve estar se arrumando. –Ele deu um risinho irônico.

-esta bem. Tenho certeza que não há nenhum motivo para eu achar que você não esta sendo nada má com ela. –Fiz a minha melhor cara de anjo. Balançando a cabeça negativamente. Ele me olhou. Uma cabeça mais alto que eu. Sorrindo largamente.

-Bella? –Ele me chamou de repente.

-Sim? –Perguntei automaticamente.

-O que você queria me falar no domingo passado?- É claro que ele não iria esquecer.

-Hã... É sobre Esme. –Sua expressão endureceu um pouco. –Podemos falar sobre isso mais tarde se quiser. Acho que não é muito serio, mas merece alguma observação. –

-Ok. Pode ir na minha casa hoje?

-Não. Rosalie Hale convocou uma reunião. – Revirei os olhos. Ele deu um sorriso torto divertindo-se. Aquele sorriso que eu amava e fazia meu coração parar. Que naquele momento ia me fazer perder o ar.

-Tudo bem. Eu também tenho que falar com a Tânia. À noite então eu passo em sua casa.     

Alguns minutos depois Edward sentou-se em sua mesa. Fui para uma mais longe da dele. A que ficava ao lado de Ângela Weber. Mas ela havia faltado. Sem nenhuma surpresa percebi que a aula de trigonometria era muito chata. Mas o que me surpreendeu foi ver que a Tânia não iria aparecer. Ela estava matando aula. Quando também percebeu, ele me lançou um olhar de dúvida. Eu balancei a cabeça negativamente. Não nos comunicamos mais. E ele não apareceu na aula de biologia também.

Como sempre no final da aula Alice e a Rose. Já estavam a minha espera. ”Casa de Rosalie Hale amanhã.” Havia recebido a mensagem por SMS ontem à noite.

A casa da Rose era diferente da minha ou da dos Cullen. Ela tinha um estilo clássico e era bem grande. No entanto Não muito elaborada. A sala clássica trazia um tapete de cores escuras e o piso em madeira envelhecida. Um aparelho de TV não muito moderno se encontrava no centro de frente para um sofá de listras e uma poltrona igualzinha. Tinha papel de parede florido e era escura. Um pouco mal iluminada com luzes amarelas. Havia mesas com objetos de decoração em alguns cantos e uma enorme estante de livros CDs e DVDs. No canto oeste da casa subia uma escada de madeira envernizada. Com um tapete em um tom de verde que parecia vomito de sopa de ervilha, escorrido por todos os degraus. O corri mão era largo também em madeira no mesmo tom com entalhes elegantes.

Subimos juntas até o quarto da rose. Era definitivamente o cômodo mais louco da casa. O estilo moderno de seu quarto contrastava inacreditavelmente com a decoração clássica de todo o resto. Havia no piso carpete branco. E Umas cadeiras estranhas. Na maioria das paredes do quarto uma espécie de plataforma se estendia branca. As paredes eram pintadas de branco com enormes círculos abstratos em vermelho Sangue. Uma cama com uma cabeceira estofada em couro também vermelho, mas vinho. Tudo no quarto da Rose era loucura. Havia na parede sul uma TV grande presa em uma parede que se inclinava um pouco. Um aparelho de som moderno, e estantes com CDs, programas e DVDs. Aquilo era um I-mac touch screen naquela mesa? Eu ri do quarto da minha amiga. Alice pulou na cama grande e cheia de tecidos grossos e felpudos. Rosalie foi mais normal na aproximação e eu também. Supostamente eu contei para as duas sobre tudo. Alice ficou dizendo coisas como “Eu sempre soube” e felizmente algum tempo depois eu já não era mais o tema principal. Ficamos tocando algumas musicas e eu achei que fosse bater na Rose quando vi que ela chorava de novo. O pior era que a Alice também estava chorando. E dois minutos depois eu era quem estava chorando e elas me consolavam.

-Ah Bells... Não fique assim. Sabe que te amamos. –Eu solucei mais. –E quer saber? Ele também... –Mas não amava da maneira certa e isso me partia ainda mais. Como facadas de uma lâmina muito afiada. Senti as lágrimas me enlouquecerem mais. Lagrimas que eu segurei por tanto tempo. As que nunca foram consoladas por ninguém. Havia algo bom em tê-las ali comigo. Se alguma coisa podia ser reconfortante naquele momento talvez fosse minhas amigas.

Depois de ficar desidratada de tanto chorar eu sai dali e fomos comer um lanche preparado por uma dona simpática, a quem Rose chamou de Sra.Lewy.

 Ainda não estava recuperada. Ainda sentia pontadas em meu peito. Mas eu sabia que eu nunca seria curada. Eu sabia que ele sempre seria uma parte tão grande de mim, que me consumiria aos poucos como chamas altas. Eu conseguia até ficar feliz por alguns momentos, até eu senti que eu nunca teria o sonho e amor da minha vida ao meu lado. 

Apesar de tudo comi com Rose e Alice fingindo ao Maximo que eu podia estar alegre. Elas caíram facilmente criando um clima diferente do que eu estava por dentro.

-Acho que podíamos ver um filme. –Alice falou entediada depois que já estávamos algum tempo fingindo que tomávamos sol na piscina coberta que havia no fundo da casa.

-Sim. Pode ser legal o que vocês querem ver? –Rose respondeu sem muita animação. Eu não queria ver nada. Eu não queria fazer nada. Só queria ficar parada e sofrendo.

-Que tal vermos a Branca de Neve?  -Rosalie olhou para Ally como se ela fosse um ET. Eu desconfiava disso.

-Você esta falando serio?- Rose perguntou incrédula.

-É claro! É uma historia bem legal. –ela falou seria. Suspirei. Eu me recusava a opinar.

-Pelo amor de Deus!- Elas iniciaram uma pequena discussão e não assistimos filme algum. Felizmente. Depois as duas perceberam a minha maré e ficaram tentando animar-me o que me deixou com o humor péssimo.  No entanto não demorou muito até que eu estivesse de volta ao normal. Eu não ia permitir que isso estragasse a tarde com elas. Não foi difícil me distrair, uma vez que naquele momento eu realmente queria distrair-me.

Na despedida eu estava realmente bem. Ou o mais próximo que eu podia disso. Fomos no carro da Alice para sua casa. E ela olhava-me seria durante o caminho Provavelmente pensando sobre minha vida. Este era o problema. Era exatamente por isso que eu não queria contar nada nem mesmo para a Ally. Eu não queria que elas pudessem ver através do meu sofrimento. Não gostava de me sentir tão vulnerável. E era como eu me sentia quando me mostrava daquela forma. Balancei a cabeça tentando me livrar dos pensamentos.

Para evitá-los pensei em como seria o dia de amanhã. Provavelmente não haveria muitas mudanças. Lembrei-me de Ângela Weber. A garota legal que eu conhecera. Ela havia faltado naquele dia. E também pensei no Mike e na aula de biologia. Mike nunca mais falara comigo desde então. O que era bom. Eu só havia visto o Edward no intervalo. Mas ele estava ocupado demais provavelmente aprendendo como combinar rosa com laranja com as amadas lideres de torcida, e sua namoradinha.

Naquele momento lembrei-me que ele iria até minha casa para saber sobre o que eu estava falando no domingo. E imediatamente pensei também sobre como Alice sentia-se em relação ao que ela sabia. Pensei se ela não devia me contar tudo. Já que eu também contei tudo. No entanto eu podia entendê-la, embora ficasse um pouco aborrecida com isso. Não era nada demais. Virei o meu rosto para o outro lado. Eu devia conversar com ela? Será que ela conseguiu superar? Ou ela estava apenas fingindo como o meu amigo? Lembrei-me do semblante dela naquela noite e imaginei que provavelmente ela estava como o Edward. Eu acreditava que ela não sabia que se tratava de Black também. Do contrario ela seria inimiga dele também certo? E ela nunca mostrou antagonismo para com ele. Desejei não saber de nada. Eu não queria me envolver nos problemas deles. Mas parecia que era eu também. Se eles ficavam mal era como se eu também estivesse mal. A empatia que havia entre nós era extraordinária.

 -Alice? –Chamei. Eu havia decidido rondá-la até que ela me contasse e eu conseguisse ajudá-la.

-Sim? – Ela respondeu sem tirar os olhos da estrada. Diferentemente do irmão Ally era bastante responsável no trânsito. Ela dirigia com cautela e atenção. Já ele parecia um demônio da velocidade. Ele devia ser mais cuidadoso. Ele não pensava que poderia sofre um acidente? Estremeci com o pensamento perturbador.

-Estava pensando que agora que eu decidir contar tudo a você... Que agora realmente não existem mais segredos entre nós. –Sorri genuinamente. –Isso é legal, não acha? Já se perguntou se a Rose esconderia algo de nós duas? – Ela olhou-me sem se esquecer da estrada.

-Acho que não. Ela não parece ter nenhum segredo que não possa revelar. – Olhei-a em seus olhos.

-Deve ter razão. Ela também não teria coragem de fazer isso. Quer dizer nos revelamos a Rose tão profundamente. Acho que ela não nos enganaria. – Eu não era muito boa naquilo. Definitivamente eu não conseguia dramatizar. Mas, teria que funcionar.

-Acho...  Bem... Eu acho que se ela quisesse esconder algo não seria completamente horrível... Você sabe. Quer dizer, se não for algo que pertence a ela por exemplo? – Estava dando certo?

-Eu não sei o que pensar. Acho que seria errado. Ficaria muito triste. Você não seria capaz de me esconder nada não é? –Eu não achava que ela não devia ter sua própria vida. Não concordava com o que eu estava dizendo, mas eu não tinha escolha. Não queria falar que sabia de tudo. E também eu cogitava a possibilidade de ela não saber de nada. E eu esfregar tudo em sua cara.  Preferia saber se ela era capaz de conversar sobre isso primeiro. Ela olhou-me decidida. Do jeito que ela ficava quando queria enganar bem as pessoas.

-Não. –Falou como se estivesse concentrada na estrada.

-Eu também não. A coisa de Edward foi bem difícil de esconder. Eu só não queria me sentir vulnerável. Foi bem complicado. – Ela olhou-me com a sobrancelha franzida.

-Verdade? Achei que tivesse soltado tudo por que a loirinha siliconada descobriu. – Ela falou rindo com o apelido para Rose. Realmente ela era bem mais observadora do que eu imaginava.

-Também. Acho que vi nisso uma espécie de... Desculpa para falar tudo. -Ela sorriu alegremente. Fiquei feliz ao perceber que não estava mentindo.

-Que bom! Pelo menos eu já sabia há algum tempo então ela não descobriu antes. – Riu engraçada. Não íamos perder o foco.

-Tem razão. Você sempre soube. – Fitei seu rosto que estava muito claro à noite. Algumas vezes algumas luminárias de rua passavam iluminando o carro escuro. Fiquei calada decidindo o que eu faria. Eu definitivamente não havia conseguido tirar nada dela. Isso me chateou. Ela não confiava em mim? Edward não pestanejara em me contar tudo. Em compartilhar tudo comigo. Por que ela faria isso? Suspirei obstinada.

Quando chegamos na casa dos Cullen Ally foi em direção a entrada para carros. A garagem estava escura, e então algumas luzes externas acenderam-se automaticamente o que deu ao ambiente um ar meio assombroso. A falta de luminosidade no local era estranha. Estranhei ver o C30 de Edward ali. E o outro que ele ganhara a pouco tempo que eu não consegui nunca identificar também. O Jipe de Emmentt também não estava lá. Sai do carro e alegremente percebi meu Sentra ali. Evitei pensar na diferença entre um Porsche brilhante e um Sentra de segunda mão. Fomos na direção da porta da garagem que dava acesso a sala. Num canto afastado dela.  Entramos de mãos dadas e a casa estava vazia. Normalmente Carlisle nunca estava em casa. Sempre no hospital trabalhando como um louco. Ou pesquisando em um laboratório que ele tinha em Seatle, estudando, participando de encontros, ou estudando. Esme em geral estava sempre cuidando das coisas da família. Segundo Edward essa era uma das razões para as frequentes brigas entre eles. Mas naquele momento, Esme não estava ali. O que era estranho. Mas talvez fosse bom. Incentivasse a Allie a tocar no assunto.

-Onde estão os outros? –Perguntei curiosa.

-Carlisle deve estar trabalhando, Edward com Tânia e aposto que assim que saímos a Rose ligou correndo para o Emm. 

-E Esme?- Ela fechou a cara.

-Eu não sei. –Falou fria. Antes de pensar na possibilidade de Alice também saber sobre a mãe, eu nunca havia notado como ela ficava quando tocávamos indiretamente no assunto.

-Esta tudo bem?- Perguntei para continuar a puxar o assunto.

-Sim. Por quê?- Ela perguntou ainda distante.

-Nada. –Olhei ao redor. –Você pareceu estranha quando falei na Esme. – Ela levantou a cabeça me olhando nos olhos. Procurando algo que talvez, somente ela pudesse ser capaz de ver. Então balançou a cabeça negativamente.

- Esta tudo Ok. –Falou definitiva.

-Para mim você não parece nada OK. -Ela riu um pouco dura mas, divertida.

-Por que ainda não estamos fazendo nada. O que quer fazer? –Perguntou parecendo animada.

-Exatamente o que estamos fazendo agora é uma opção? –Falei esperançosa.

-Não. –Claro.

Cheguei em casa por volta das Nove PM. Peguei o celular no meu bolso e não havia nenhuma chamada ou mensagem. Subi para o meu quarto. Meus pais também haviam saído. Onde estavam? Aquele devia ser o dia dos desparecimentos suspeitos. Ri com isso. Comecei a assistir a um seriado famoso de investigação. O suspense me deixou atenta.

Meus pais chegaram meia hora depois de mim. Eles haviam saído para jantar. Pelo menos não tinha nada ligado a investigações do FBI. Ri novamente. E subi para o meu quarto esquecendo-me da serie que prendera minha atenção a alguns minutos atrás. Quando subi lembrei-me de Edward. O que eu diria a ele?

Um tempo depois imaginei se ele viria. Já passavam das 10:30. E ele não estava ali. Ele não costumava esquecer-se das regras gerais básicas de boas maneiras. Ou seja, não iria querer chegar a minha casa depois das 11. A não ser que fosse convidado. Coloquei o pijama proibindo-me de ficar magoada ou triste com a atitude dele. Mas, eu não podia deixar de pensar que ele poderia ter me avisado. Seria educado. Suspirei. Tomei um banho e coloquei o pijama. Enfiei-me nos edredons e dormi mal como sempre.  Antes de apagar fiquei pensando nele e não consegui não ficar chateada. Ele devia estar com a Tânia esquecendo-se de tudo. Imbecil! Ally devia ser mais importante que gemidos! Isso me matava aos poucos.

Fiquei pensando no que eu iria fazer. Eu já havia desistido dele. Já havia tentado esquecê-lo e nada adiantava. Eu simplesmente não deixava de amá-lo. E isso me fazia sentir raiva às vezes. Raiva por sofrer tanto. Uma raiva irracional porque alem do meu coração ninguém tinha culpa. Muito menos ele que não era obrigado a me amar da mesma forma.

No outro dia Meu amigo pareceu estranho. Cumprimentou-me na aula de biologia e de trigonometria, mas sempre afastado. Pelo visto voltaríamos a como em algumas semanas atrás antes da saída das meninas. Dessa vez eu não perdoaria tão facilmente. Procurei achar isso melhor. Talvez sem ele nublando minha mente com suas loucuras eu talvez ficasse um pouco curada. Sem ele com seus problemas, suas mudanças de humor e atitudes.

Eu não falei com Edward nem ele comigo. Na verdade tentei perguntar sobre o outro dia mas, ele “tinha pressa”.  Eu realmente fiquei irritada com isso. Tânia agarrava-se a ele o tempo todo e em alguns momentos o vi conversando com Jacob. Isso era tão estranho que chegava a me assustar. Quando perguntei Jacob sobre isso ele pareceu tão surpreso quanto eu. Dizendo que não sabia a razão para ele mudar assim. Perguntei também a razão por ele desculpá-lo rapidamente. Jacob hesitou um pouco depois assumiu nunca ter sentido um ódio muito louco por ele. Somente a rivalidade por causa das meninas e as brigas. Era raiva, mas não ódio como Edward. E depois falou algo relacionado a “Edward também ajudaria-me com alguns interesses pessoais.” E depois ficou enigmático. Preferi ignorar a ultima fala dele.

Um rancor pelos acontecimentos daquele dia e da noite passada passou por mim. Decidi que também o ignoraria. Exatamente como ele.

A única parte legal do dia foi que eu me tornei mais amiga da Ângela. Almoçamos juntas e ela voltou cedo para a sala. Tive que ouvir Alice e Rose falarem na minha cabeça. Mas, eu realmente era quem não ficaria naquela mesa junto com Edward e a Tânia. O idiota às vezes decidia levar a loira de esquina dele para nossa mesa. E eu não suportava a companhia da Tânia. Aquele foi um desses dias. Perguntei-me se ele estava tentando me irritar. Mas logo cheguei a uma conclusão que doía ainda mais. Ele não percebia. Ele era muito cego mesmo! Rosalie tinha razão.

“He stands there then walks away… My good IF could only say... I’m holding every breath for you… He’d never tell you but he can play guitar… I think he can see through everything, but my heart… First thought when I wake up… Is my good he’s beautiful… So put on my make up… And pray for a miracle…”

Fim


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Notas finais do capítulo

*_*
Recomendo q ouçam a musica.