Secret Girl escrita por lubizinha


Capítulo 12
Capítulo 11 - SG&Matt


Notas iniciais do capítulo

"Bem, espero que gostem. Quero agradecer a todas aquelas que mandaram recomendações para a história, uma das mais recentes foi de AnnyAzevedo e Babifurfuro. Obrigada garotas.
Boa leitura.
Secret Girl"



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– Amanhã quero a resposta. – disse Tiffany que de repente ficou com pressa de ir embora e foi exatamente isso que ela fez.

Logo depois Mark chegou e fomos juntos para o ônibus. Minha cabeça estava rodando, meu estômago estava embrulhado, minha visão ficando desfocada e me sentia tonta prestes a cair. Mas cheguei em casa bem e fui para o meu quarto pulando o almoço.

O que eu faria? Putz, essa deve ser a pergunta mais difícil que eu já precisei responder. Eu me sentia num meio de um deserto, se eu pedisse a água emprestada a Tiffany ela ia me fazer de escrava pra sempre, mas se não eu morreria. Se estou dramática só há um motivo: minha vida está arruinada! Espera um minuto ai... Ela não tem provas certo? Ufa! É, não tem como ela provar. Estou salva então? Nãoooooo, ainda havia problemas não resolvidos. Mas eu não sabia se procurar o Matt ou se ele me procuraria. Preferi esperar. Mas eu precisava desabafar, e a Lisa não parecia a melhor pessoa naquela hora então peguei uma caneta e uma folha e comecei a escrever.

Eu já cometi muitos erros na minha vida, mas o pior deles, o qual eu teria que acrescentar em minha lista, seria lhe perder. Metade de mim acha que perdeu, mas a outra metade ainda tem esperança de você entrar por essa porta e dizer que me perdoa. A sinceridade era uma das minhas melhores qualidades, mas de uns tempos pra cá eu a perdi. E nesse caminho eu perdi muitas coisas até quase perdi minha melhor amiga, o que me deixou com depressão, mas eu superei. Mas superar viver sem você, é como superar viver sem o medo, impossível, porque é o fato de ser melhor que me faz crescer. O fato de estar com você e ser uma pessoa melhor me faz crescer. Por isso preciso de você por perto, porque antes de você ser meu namorado, você foi meu amigo.

Secret Girl

Senti-me tão aliviada, mas não o suficiente enquanto essa história não acabar não iria dormi em paz, mas eu não pretendia levar essa carta para o jornal da escola, provavelmente botaria minha identidade em risco, mais do que já está. O meu celular tocou, uma mensagem nova:

Amanhã quero a resposta. – Paul.

Subitamente senti raiva então digitei algumas palavras que não são nada bonitas e enviei. Meu celular tocou de novo.

Você está na minha mão, palavrões não adiantam. – Paul

Digitei outra mensagem.

Não estou mais, contei tudo já.

Não recebi mensagem de volta, mas algo me dizia que ele estava surpreso então me arrumei e fui dormi.

No outro dia eu desci do ônibus ao chegar à frente da escola, Lisa não veio comigo. Quando eu estava para entrar alguém veio e me puxou para o outro lado.

– O que você quer Paul? – perguntei tentando me soltar.

– Não acredito que você contou. – falou ele com raiva.

– Você não pretendia contar também? – era mais uma afirmação.

– Eu blefei. – respondeu Paul botando as mãos na cabeça. – É por isso que o Matt tem andado estranho, você destruiu o coração dele. – aquelas palavras fizeram muito efeito em mim.

– Tudo isso é culpa sua! – gritei com as lágrimas prestes a cair, mas antes corri para dentro da escola e me tranquei no banheiro. A dor de saber que Matt estava machucado por minha causa era horrível, eu o magoei, eu o feri, eu sou um mostro.

– Eu sei que você está ai, abre. – era a voz de Lisa. Abri devagar e ela entrou com uma expressão de tristeza. – Amiga isso passa.

– Então você pode me explicar porque eu vi você conversando ontem com o Paul e você disse que ele havia ferido seu coração. – o rosto de Lisa mudou totalmente de expressão eu só não sabia se era de espanto ou arrependimento.

– É uma longa história... – disse Lisa.

Sentei-me no chão sem medo de desarrumar minha roupa enquanto dizia:

– Podemos perder as primeiras aulas.

Ela parecia querer adiar aquele momento, mas era inevitável. Tentei pensar o motivo de tudo daquilo que ela disse, mas não consegui. A Lisa não poderia gostar de alguém como o Paul? Eles eram diferentes, certo? Eles eram como feijoada e peixe, inverno e verão, Tiffany e eu, pizza e sushi.

– Eu amo o Paul. – revelou Lisa nervosa, fiz cara de surpresa, mas me mantive quieta e ela prosseguiu. – Mas ai ele destruiu meu coração dizendo que gostava de você e não de mim. No começo eu tentei esquecê-lo porque vi que vocês estavam próximos, mas foi difícil pro meu coração e eu não consegui. Você tinha que ouvir as palavras que ele disse para mim, foram algo como: Nós somos muito diferentes. – aquilo subitamente me lembrou que foi o mesmo que eu disse a ele no domingo:

Flashback on – Domingo – Dia do Jantar

– Se eu já não te disse vou dizer agora: nós somos muito diferentes. – falei lentamente para ele compreender. – E você nunca foi meu dono então para de falar comigo todo autoritário.

Flashback off

Aquilo me fez sentir pior do que um mostro, eu estava me comparando a ele.

– Por que não me contou? – perguntei com a cabeça abaixada.

– Porque eu tive medo. – respondeu Lisa começando a chorar. – Eu sempre fui a garota forte, mas não. Ele apareceu e fez isso comigo, eu me apaixonei pelo idiota.

– Sei como é isso... – falei pensativa.

– O pior de tudo é que ele disse tudo sem um mínimo de sensibilidade e compaixão. Ai que raiva! – gritou Lisa caindo no chão ao meu lado.

– Achei que gostasse do Harry. – disse.

– Eu também achava isso. – falou ela triste. – Eu me iludi.

Flashback on – Alguns dias depois da festa do amigo do Paul

– Eu gosto de você. – disse Lisa com sinceridade. Paul a encarou surpreso, mas logo se recuperou da notícia e falou:

– Não vai rolar nada entre a gente, eu gosto da sua amiga, não de você. – algumas lágrimas já teimavam em cair no rosto de Lisa. – Nós somos muito diferentes.

Lisa saiu correndo pela escola, se esbarrando com um monte de pessoas até encontrar um lugar vazio, a quadra de basquete.

A porta se abriu, logo depois dela entrar. De lá surgiu Harry com uma expressão triste. Ele se sentou do lado de Lisa e alisou sua mão.

– Eu vi você correndo enquanto chorava pelos corredores. – Lisa também soluçava. – O que houve?

– O Paul me machucou. – respondeu Lisa gaguejando.

– O quê? – se levantou Harry irritado. – Onde?

– No coração. – ela soluçou mais. Harry voltou com sua expressão de tristeza e se sentou novamente ao seu lado.

– Ele é um idiota. – disse Harry. – E você é uma garota legal. Ele não merece alguém como você.

– Mas ele merece a ******? – perguntou Lisa olhando para os olhos azuis de Harry.

– E-eles...

– Ele gosta dela. – disse Lisa. – E eu não posso culpá-la.

– Tudo vai ficar bem. – falou Harry olhando em seus olhos. – Eu prometo.

Flashback off

– Então quando a gente brigou... Foi porque...

– Você não só havia roubado o Harry como havia roubado o Paul de mim. – disse Lisa chorosa.

– Eu sinto muito. – falei. – Eu não quero nenhum deles, se isso a faz se sentir melhor.

– Sinceramente, não importa mais. – disse Lisa olhando para o teto. – Ele nunca vai gostar de mim.

O sinal tocou, mas nenhuma de nós se mexeu, para a primeira aula. Eu me sentia culpada pela tristeza da Lisa e eu não podia fazer nada.

– Sabe... – falou Lisa. – Eu não quero que aconteça isso entre você e o Matt até porque o Paul já estragou muito.

– Troque o muito pelo tudo e eu concordarei com você. – disse triste.

– Nem tudo. – Lisa sorriu e eu ri. É, ela tinha uma ideia.

No intervalo eu e Lisa não comemos invés disso saímos que nem loucas atrás do grupo musical da escola. Conseguimos reunir duas back vocals, um guitarrista, um baterista e um saxofonista.

Fomos até o refeitório, olhei em volta e dei meia volta.

– Não, não, não. – disse Lisa me empurrando para o refeitório. – Você vai.

– Mas...

– Vai! – gritou Lisa e deu sinal para os outros que começaram a tocar em harmonia. Todos olharam para mim e para a banda. Um buraco se abriu no meu estômago. Lisa jogou o microfone para mim. O plano era eu cantar a música que Matt fez para mim, a mesma música que ganhou o concurso. Um plano simples, porém complicado demais para mim. – Eu preciso de você, toda hora. Eu não consigo te esquecer, garoto. Então tente entender que hoje é o nosso dia, só eu e você, eu quero ver quem vai nós deter. - dei um grito afinado.– Meu coração está sempre acelerado, porque eu sempre estou ao seu lado. Então deixa eu te dizer. – as back vocals fizeram coro – Eu amo você. Meu coração acelerou e é agora. Ou nunca irá acontecer, se não fomos logo. Hey, hey, hey.

Então um garoto moreno de óculos maneiros em uma das primeiras mesas do refeitório foi até o meu lado e com a ajuda dos amigos, que fizeram uma batida, ele cantou um hep:

Pensar em você, só pensar em te querer. É agora ou nunca ou você quer esperar? Porque pra mim o que vale é o nosso amor e pra você? O que importa é sonhar.

Todos do refeitório começaram a bater palmas e eu subi em uma mesa.

Meu coração está sempre aceleradooooooooooo. Hey, hey, hey. – cantei ao som do saxofone.

Meu coração acelerou. – todos do refeitório começaram a cantar o refrão.

– Meu coração está sempre acelerado, porque eu sempre estou ao seu lado. Então deixa eu te dizer. – as backing volcais fizeram coro – Eu amo você. Meu coração acelerou e é agora. Ou nunca irá acontecer, se não fomos logo. LOGO! O tempo não pode parar. Se estivermos juntos. Continuar! Porque nós podemos. Se estivermos juntos! Porque aqui é só você e euuuu. – todo mundo bateu as palmas e de longe vi dois olhos azuis, era Matt ele sorria, tinha quase certeza que aquilo em seus olhos era lágrimas. – Essa música eu cantei para o meu namorado, para o Matt. – todos aplaudiram.

Eu só tenho algo a dizer: foi um dos melhores momentos da minha vida. Parecia que eu e a escola trabalhávamos em sincronia pela primeira vez. E isso era maravilhoso!

Sai do refeitório em direção a sala, todos aplaudiram quando eu e Lisa entramos, menos a Tiffany.

– Mandou bem! – gritou Jennifer, sorri enquanto agradecia. Tudo parecia perfeito, mas como tudo na minha vida, o que é bom dura pouco.

Quando cheguei em casa, haviam dois olhos azuis me esperando na varanda. Pedi para Mark entrar que depois eu ia e me juntei a Matt.

– Eu não sei o que dizer. – disse Matt com as mãos nos bolsos, o que fazia quando estava nervoso, sim eu o conhecia bem.

– Mas eu sei. – falei. - Diga que me perdoa.

– Eu te perdoo. – disse Matt, eu sorri. – Mas...

– Mas? – perguntei.

– Mas eu não sei se poderemos continuar. – falou Matt me deixando triste.

– Eu entendo. – uma parte de mim acho que já sabia, mas não queria acreditar e essa era a parte da esperança e da persistência. – Podemos ser amigos?

– É claro. – respondeu Matt e nós abraçamos. Foi um abraço bom, carinhoso e puro. Quando nós soltamos o meu celular vibrou. – Bem, é melhor eu ir agora. – ele deu um sorriso torto e foi embora. Abri a mensagem:

Você tem trinta minutos para se arrumar e vim para cá. – Tiffany.

Bufei de raiva e corri para dentro de casa, para almoçar e me arrumar. Eu consegui, não sei como, em tempo recorde chegar na casa da Tiffany. Ela mesma que abriu a porta.

– Entre. – disse ela. – Já se decidiu?

– Você não tem como provar nada. – falei entrando e parando no hall, me sentia segura e confiante.

– Ah não? – perguntou ela. – Então me siga.

Subimos a escada e fomos até um quarto rosa, que deveria ser o quarto dela pela quantidade de bobagens e fotos dela penduradas na parede, o que também pode ser incluído no setor bobagens pela autoadoração.

– Quando você ver isso vai desejar ter sido mais legal comigo todo esse tempo. – Tiffany deu um sorriso falso e ligou o notebook.

– Ai. Meu. Deus.


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Notas finais do capítulo

Não foi um capítulo bom para aquelas leitoras que torcem para o casal SG&Matt, mas fazer o quê né? Postei rápido de novo (Uhuuuuuu!). A música foi eu mesma que fiz, nada de plágio!