POV Freddie:

As coisas estavam meio ruins entre mim e Sam, quase não nos falavamos, evitavamos nos olhar, por mais que eu desejasse olhar nos profundos azuis de seus olhos, ela sempre virava a cara ao perceber que eu estava a encarando. Era muito chato. Eu queria muito uma segunda chance. Apenas uma única, para mostrar a ela como a amo, e sei que ela me ama também. O sinal bateu me afastando de meus pensamentos, só aí percebi que não tinha copiado nada da matéria, vi meu amigo nerd Brad sair da sala, e então fui atrás dele.

- Hey, Brad, você me pode me emprestar o caderno para eu... - Fui falando enquanto me aproximava de meu amigo no armário, mas parei quando vi Sam com ele conversando. Me escondi atrás dos armários para ouvi-los.

- Você é muito especial pra mim, e eu não sei se você sabe mas eu te amo muito, e se não sentir o mesmo por mim, pode acreditar que não vou desistir de você. - Ouvi Brad dizer. Meus olhos se arregalaram.

- Ah, Brad, que lindo, quero que saiba que não precisa lutar por mim, você é o amor da minha vida e quero ficar ao seu lado para sempre, eu também te amo. - Ouvi agora A SAM dizer.

Como ela pode? Sai de trás dos armários com os olhos marejados.

- Então é isso? Venho aqui para te pedir a matéria que eu não copiei e vejo você e a Sam se declarando? - Perguntei a Brad, para depois virar para Sam e dizer - E você, loira, agora sei que não me ama e nem nunca amará. Você é uma diaba mentirosa, não merece meu amor, e você Brad, não merece minha amizade. Eu odeio vocês dois com todas as forças que ainda me restam! Tenho nojo de vocês.

Vi os olhos de Sam se encherem de lágrimas e algumas escorrerem, porque ela estava chorando?

- Meu Deus, Freddie, como você teve coragem de falar isso? Você mais uma vez cometeu aquele erro, não esperou pra ouvir a conversa até o final! - Sam chorava.

Não entendi muito bem o que ela quis dizer, até que chegou o Gibby, ou melhor, o guarda-costas dela e a viu chorando. Fiquei até com medo de meu amigo tentar me atacar ali por ter feito Sam chorar na frente de todos, DENOVO!

- Sam, o que aconteceu? - Ele perguntei abraçando Sam. Senti uma pitada de ciúmes,  o que eu mais queria era ter a loira em MEUS braços, e não nos DELE.

- Gibby... O Freddie... Só me tira daqui. - Ela falava soluçando.

- Tá bom... - Gibby a levou dali. Brad me olhou com raiva.

- Não acredito no que você fez cara... - Ele brigou.

- Eu que não acredito, eu amo a Sam e você tenta rouba-la de mim assim? Porque não esperou até eu me recuperar desse amor não correspondido?

- Você entendeu tudo errado, Freddie! Magoou a Sam por nada. Ela te ama, e eu amo uma amiga minha de um curso aí. Eu quero me declarar a ela, e ela tá me ajudando.

FLASHBACK ON:

- Vamos Brad, você consegue, eu vou te ajudar. Finge que eu sou ela... - Sam falou.

- Tá bom, Sam... Vamos lá. Kelly, eu... eu te... a-amo.

- Ai, que horrível, não, assim nenhuma garota vai te querer, respira e começa tudo de novo.

Brad pegou a mão da loira e começou com as declarações, imaginando o rosto da amada ali.

FLASHBACK OFF

- Não acredito que magoei a Sam a toa. - Falei, me xingando em pensamentos. - Preciso pedir desculpas, será que ela me perdoa?

- Duvido! Cara, você falou coisas horríveis, falou que odeia ela, que tem nojo e tudo mais... - Ele tinha razão.

- Sim, mas não é verdade.

- Eu sei disso, você sabe disso, mas ela não. Pegou pesado dessa vez, mas tudo bem, eu te perdoo, agora com licença, que o Brad aqui tem uma garota para conquistar. - E dizendo isso ele saiu. Como já era hora da saída, corri pra fora da escola, atrás de Sam.

POV Sam

Gibby me levou pra casa, até agora o menino mais gentil que conheci, Freddie me odiava, tinha nojo de mim, e nem era verdade o que ele estava dizendo. Eu estava agora sentada no meu sofá me recuperando do choro. Gibby me trouxe uma caneca com chocolate quente:

- Quer? - Ele perguntou.

- Não, obrigada. - Respondi.

- Sam Puckett recusando o chocolate quente? Acreditando ou não, se não aceitar eu vou gravar esse momento de você recusando a bebida e postar no Twitter. - Eu ri, pegando a caneca.

- Bobo! É que estou muito chateada.

- Sam, se eu fosse você esquecia o Freddie, poxa, tudo o que ele já te fez passar, foram ou não os piores momentos da sua vida? - Ele perguntou.

- Sim, mas... - Me levantei ficando de frente pra ele - EU AMO O FREDDIE! É PRATICAMENTE IMPOSSÍVEL ESQUECE-LO!

Até que derrepente ouvi uma voz dizer: - Também acho impossível te esquecer, Sam.

Era de Freddie, olhei a porta e ele estava parado com um sorriso no rosto, só faltava essa, ele vir brigar comigo na minha casa. Gibby logo se levantou e me escondeu atrás dele.

- Ela não quer conversa! - Ele me protegeu.

- Eu não vim aqui brigar, juro! Sam, me escuta por favor... - Pedi.

Olhei para Gibby, sussurrei um "obrigada" e pedi que saísse, meu amigo obedeceu.

- Entra... - Fui até Freddie e fechei a porta atrás dele - O que quer?

- Falar com você, sobre tudo o que eu falei. - Ele se aproximou e eu afastei.

- Sai, você não tem nojo de mim? Então, porque quer ficar perto?

- Sam, sabe que não era verdade nada do que eu falei. Eu te amo, com cada pedaço do meu ser. Amo, amo, AMO! - Ele chegou perto de mim denovo e apertou meus braços - Me perdoa Sam, eu te peço mais uma chance, não quero ficar longe de você, por favor.

Não aguentei a felicidade, abri um sorriso largo, ele já chorava, que fofinho!

- Ei... - Sussurrei - Eu te perdoo.

Sorrindo, ele me encarou:

- E volta pra mim? Mas muito mais do que só uma amiga?

- Sim! - Sorri, e me joguei em seus braços. Ele me beijou calmamente, as lágrimas escorriam de nosos rostos, nossas línguas se encontravam e dançavam, estavam abraçados e eu queria ficar daquele jeito para sempre. Até que ouvimos Gibby dizer " Que fofo " nas escadarias. Paramos rapidamente.

- Ei, pombinhos, não parem só por minha causa, eu já vou indo mesmo, boa sorte a vocês. Tchau! - E assim ele foi embora, correndo.

Sorrimos um para o outro, e passamos a noite inteira olhando as estrelas na varanda de meu quarto.