Uma Prova de Amor escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 34
Capítulo 32 - A Vida Por Um Fio




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Capítulo 32 – A Vida Por Um Fio

Rosalie estava terminando de colocar alguns itens pessoais dentro de uma mala de viagem de mão, quando sua tia entrou no quarto. Ela deixou alguns outros itens sobre a cama da sobrinha.

- Emmett já chegou. O Sr. McCarty vai deixá-los no aeroporto, vocês irão encontrar Jasper e sua família lá. – Meredith informou-a.

- Oh, terminei! – Rosalie fechou a bolsa de mão e colocou outra sobre o ombro.

- Documentos?

- Aqui.

- Casaco?

- Aqui. – Ela respondeu, apontando para o casaco preto.

- Passaporte, escovas de cabelo e dente, mudas de roupa?

- Está tudo aqui, tia Meredith. – Ela sorriu. – Acho que é o suficiente. Se eu precisar de alguma coisa, o hotel tem lavanderia.

- Então vamos descer, vocês precisam estar no aeroporto uma hora antes. – A tia de Rosalie comentou, enquanto dirigia-se à porta.

Meredith King dirigiu-se à porta da frente, fez um sinal para Emmett, que esperava Rosalie à porta de sua casa. Quando a loura apareceu, ele sorriu de orelha a orelha e pegou a bagagem de mão dela e colocou no porta malas. O pai de Emmett fechou o porta malas, dirigiu-se a tia de Rosalie e cumprimentou-a. O nome dele era Karl McCarty e tinha exatamente o mesmo tipo físico de seu filho; logo após desceu sua mãe que também cumprimentou Rosalie e sua tia.

- Os deixaremos sãos e salvos no aeroporto. – Michelle McCarty, a mãe de Emmett sibilou.

- Me avise que você chegou bem, Rosie. – Meredith abraçou-a. – Diga a Jasper que estamos orando por ele.

- Sim, titia, direi. – Rosalie abraçou-a e entrou no carro, ao lado de Emmett.

- Foi um prazer conhecê-la, Meredith. – Karl apertou a mão da senhora. – Vamos marcar um jantar em minha casa, assim poderei conhecer o Richard. Diga a ele que estaremos esperando.

- Pode deixar, marcaremos sim. – Meredith acenou para eles e entrou em casa.

(...)

- Infelizmente não poderei ir junto. – Esme queixou-se. – Mas vá com Deus, estaremos todos torcendo pelo melhor para o Jasper, querida.

- Obrigada, Esme. E não se preocupe. Bella e Edward me deixarão lá. – Alice abraçou-a.

- Se tiverem algum problema, é só me ligar. – Carlisle comentou, despedindo-se da filha adotiva.

Edward deu ignição e saiu da propriedade. Alice estava sentada no banco de trás e Bella no carona. Havia uma mala de viagem de pequeno porte, que foi imposta a Alice, já que esta queria levar muito mais roupas do que precisaria. O volvo prateado percorria a cidade rapidamente, pois Edward contornava a cidade pelas vias menos movimentadas, caindo diretamente no caminho que levava ao aeroporto.

O Senhor McCarty estacionou o carro, então Emmett colocou sua pequena mala e a de Rosalie num carrinho. Eles combinaram de encontrar-se no portão principal do aeroporto. Não tardou muito até vislumbrarem a silhueta de Jasper e a de seus pais, que esperavam os companheiros de viagem de seu filho.

- Jared, Margareth! – Karl acenou.

- E aí, Brow. – Emmett deu um tapinha nas costas de Jasper.

- Oi, Jazz. – Rosalie deu um beijo na bochecha. – Alice me enviou uma mensagem. Já está chegando.

- Que bom. Ainda temos cinqüenta minutos até o horário do vôo. – Ele comentou, dando de ombros. O que realmente lhe importava era que Alice estivesse ao seu lado, como ela havia prometido.

- Vai dar tudo certo, Jasper. – Michelle lhe confortou-lhe.

- São os melhores médicos, você verá como vai ser uma recuperação rápida. Afinal você é um Withlock! – Jared comentou sorrindo, esperançoso.

Quase dez minutos depois, Edward estacionou. Bella pegou a mala de Alice e caminhou abraçada com a irmã pelo estacionamento. Edward alcançou-as e pegou a mala da mão de Isabella. Quando chegaram ao portão principal, encontraram Emmett acenando. Bella teve que pedir para Alice se conter e não sair correndo pelo aeroporto.

- Mãe, esta é a Bella. – Jasper apresentou a cunhada a sua mãe e, logo após, ao seu pai.

- Muito prazer, Bella. – Os dois disseram juntos e deram uma risada contida.

- O prazer é todo meu. Por favor, tomem conta de Alice. – Bella abraçou-a.

- Com toda certa. – Margareth sorriu e deu um beijo no rosto da nora.

- Oh, eu sou um tonto! – Emmett gargalhou. – Bellinha, - ele imitou Alice – este é meu pai, Karl, e minha mãe, Michelle.

- Eu lembro-me de vê-la de relance no noticiário. Fico feliz que tenha ganhado uma família tão boa quanto a de Esme e Carlisle! – Michelle abraçou-a.

- Jazz, sabe que eu gostaria de ir e poder esperá-lo acordar, mas não existe necessidade de todos nós irmos, então vou esperá-lo aqui. – Edward abraçou-o.

- Não se preocupe. Além do mais, alguém precisa ficar aqui. – Ele sorriu, entendia os motivos do amigo. Ele não deixaria que Isabella fosse sozinha e também não a deixaria aqui, então preferia ficar ao lado dela e ajudar no que fosse preciso quando o amigo voltasse.

- Jazz, estaremos esperando você aqui. – Bella abraçou-o. – Alice, minha querida irmã, me ligue quando chegarem, quando ele entrar em cirurgia, quando acordar...

- Eu entendi. Não se preocupe. – A menor abraçou-a.

- Boa viagem, Brow. – Edward deu um abraço rápido em Emmett e despediu-se de Rosalie e os pais de Jasper.

Os pais de Emmett despediram-se de Isabella e Edward e seguiram seu caminho. Quando voltaram ao carro, Edward abriu a porta, sentou-se; Bella fez o mesmo e pôs o cinto de segurança, porém, quando ia perguntar a Edward se havia algum problema, constatou que o rapaz não estava bem.

- Ele vai ficar bem. – Bella confortou-o. – Se você se sentir melhor, vá com eles.

- Não vou deixar você sozinha. – Ele disse baixo.

- Eu tenho seus pais, ou meus, em todo caso. – Ela sorriu levemente.

- Mesmo assim, não vou deixá-la aqui. – Ele sorriu, mas de uma forma intranqüila.

Edward estava com medo. Conhecia Jasper há muito tempo e, lembrava-se de todas as asneiras feitas e de Jasper dizendo-lhe o quanto era errado beber e encher a cara numa noite e ser pego dirigindo preso. Mas mesmo com as brigas, Jasper era seu conselheiro, ombro amigo, ou melhor, era quase um irmão. E Bella entendeu o que se passava, só de olhar para Edward.

- Só de pensar que algo poderia acontecer com ele, eu fico com um nó no estomago. Eu-

- Ei, Jared disse que são os melhores médicos e eles vão fazer o que podem.

- Bella, eu sei que você me entende, sabe como é perder alguém. Eu não demonstro na frente de Jasper ou Alice, mas tenho medo, medo de perder alguém que esteve ao meu lado, mesmo quando eu não era eu mesmo. – Edward apoiou a cabeça sobre as mãos no volante.

- Ei, se ajudar, eu vou ver o que Carlisle consegue saber sobre isso.

Edward levantou a cabeça e desviou o olhar para o relógio digital no painel do Volvo.

- Eu disse que você estaria no hospital o mais cedo possível. Carlisle vai ficar irritado.

- Não vai não.

- Não com você. – Edward deu de ombros e saiu do estacionamento.

(...)

Seriam quarenta minutos de vôo até Edimburgo, capital da Escócia, cidade onde a parte paterna de sua família tinha uma empresa que tratava de negociações internacionais. Entretanto, por conta do mal tempo e de outros atrasos, eles demoraram cerca de uma hora e dez minutos até Edimburgo. Mas quando chegaram lá, já entraram num SUV e foram levados ao hotel.

Durante todo o percurso, Alice percorria com os olhos a paisagem da cidade escocesa, mesmo que naquela situação, ela jamais imaginou que teria a chance de estar num outro país – mesmo que um país vizinho.

- É tão lindo. – Ela disse baixo, num tom quase bobo.

- É mesmo. – Rosalie concordou, pois partilhava da mesma opinião de Alice, embora não soubesse que a amiga pensava dessa forma. – Nunca pensei que poderia visitar outro lugar assim.

- Nós vamos visitar muitos lugares, Ursinha. – Emmett deu um beijo estalado em sua bochecha.

- Emmett, nós poderíamos ir conhecer Praga, algum dia? – Rosalie encarando-o.

- Achei que você ia falar em Paris, New York, Madrid, Miami, Acapulco, Caribe, Cancun... – Ele mencionou. – Embora eu ache os franceses muito afrescurados.

- Vamos fazer uma viagem todos juntos. – Jasper falou. – Vamos para Praga todos juntos.

- Isso seria fantástico! – Alice sentiu os olhos brilharem.

Jasper deveria ficar em jejum por algum tempo, ela fora instruído a ficar em jejum por oito horas, assim, o transplante seria feito quando ele chegasse no hospital. Então, antes de darem entrada no hotel, o SUV¹ seguiu diretamente para o Royal Edinburgh Hospital, localizado no centro da cidade.

Um casal, tios de Jasper, os esperava no hospital e eles cumprimentaram o sobrinho e os acompanhantes dele assim que chegaram.

- Boa noite, sou o Dr. Pierce. Preciso pedir que Jasper me acompanhe. – O médico de estatura alta, cabelos castanhos claros e pele clara, instruiu.

Jasper virou-se para seus pais, abraçou-os, ouviu as palavras carinhosas e reconfortantes de sua mãe e o até logo de seu pai. Emmett e Rosalie o abraçaram, deixando Alice por último. E antes de despedir-se dela, ele voltou para o médico e fez um pedido. O Dr. Pierce assentiu e chamou por Alice.

Rosalie ficou com o casaco e a bolsa de Alice, enquanto ela seguia o médico e o namorado.

Alice foi levada por uma enfermeira a uma pequena sala, onde ela pôs touca, luvas, sapatos especiais, uma túnica e onde teve suas mãos lavadas e esfregadas até o antebraço. Ela aguardou junto à enfermeira, enquanto Jasper passava pelo mesmo processo.

- O que está havendo? – Rosalie voltou-se para Michelle.

- Ele pediu que Alice fosse com ele. – Ela explicou. – Eu não sei o porquê, provavelmente ela poderá explicar quando voltar.

- Vamos nos sentar e esperar. – Jared murmurou, já tenso.

Como o transplante de órgãos exigia rapidez no processo, pois o órgão não podia correr o risco de ser danificado ou começar a entrar em decomposição, todos os preparativos para esse procedimento, já eram pré-preparados antes mesmo do paciente ou o órgão a ser transplantado chegar ao hospital.

Sendo assim, Jasper foi enviado a uma sala onde ele pôde retirar suas roupas, vestir a túnica, a touca e deitar na maca, onde seria realizada a higienização do local do transplante, de forma que apenas a região do tórax ficaria exposta.

A enfermeira entrou com Alice logo depois, havia outros enfermeiros assistentes do cirurgião, luzes ligadas, e aparelhos enormes, sobre o qual ela não entendia, mas para Alice, ali só havia Jasper, deitado sobre uma maca.

- Ele é tudo o que eu tenho. Por favor, traga-o de volta. – Alice pediu ao Dr. Pierce, que murmurou um “sim”, por baixo da máscara.

- Você vai ser a última pessoa que eu vou ver hoje e a primeira quando eu acordar. – Ele sorriu.

- Eu prometo. Vou ficar o tempo todo ao seu lado no quarto e quando você abrir os olhos estarei segurando sua mão. – Ela sibilou, derramando uma lágrima que logo foi absorvida pelo tecido da máscara em seu rosto.

- Eu te amo, Ali - E Jasper fechou os olhos e mergulhou na inconsciência antes mesmo de terminar a frase. Quando ele dormiu, a enfermeira levou Alice para fora.

(...)

Bella chegou ao escritório de Carlisle apressadamente. Ela havia encontrado Ângela quando estava no elevador, e pedira para a amiga procurar saber algo sobre o caso de Jasper.

- Desculpe o atraso. – Ela murmurou.

- Não se preocupe. – Carlisle desviou os olhos da tela do computador e encarou Isabella. – Está tudo bem?

- Vai ficar bravo comigo se eu pedir para ver o arquivo de Jasper? – Bela perguntou, um tanto receosa.

Carlisle suspirou e abriu uma gaveta, retirando uma pasta de cor branca, com uma etiqueta no meio. Bella constatou ser o arquivo de Jasper.

- Se você tem o arquivo de Jasper... Isso significa que...

- Não precisava pedir á Ângela, eu já tinha uma cópia. – Carlisle colocou sobre a mesa e Bella o pegou, logo após sentar na poltrona em frente ao médico.

- O órgão não é compatível, é isso?

- Não, todos os exames foram feitos e o órgão é compatível, em tamanho, peso, volume...

- Então o que é?

Bella estava prestes a acomodar-se na poltrona, entretanto, o pager que ela carregava começou a ser bipado. Ela olhou o número e suspirou, teria que ficar para outra hora a conversa. Ela se desculpou e levantou-se rapidamente, saindo apressada do escritório.

Havia uma enfermeira entrando rapidamente no quarto. Uma de suas novas pacientes estava estirada sobre a cama, com os lábios ficando ligeiramente arroxeados. Bella apressou-se e abriu caminho para aproximar-se da cama.

- Parada cardiorrespiratória! – Ela exclamou ao colocar o estetoscópio e constatar que não havia pulso e não se ouvia a respiração da paciente.

A enfermeira entrou empurrando um aparelho.

- Afaste. Um, dois, três. – Ela contou e deu o choque sobre o peito da paciente.

- Voltou, Bella. – A enfermeira olhou os bipes nos monitores e visualizou a linha dos batimentos e respiração.

- Por que a ficha dela ainda não chegou a mim?

- Ela deu entrada esta noite, eu ia entregar-lhe agora, junto aos outros prontuários. – A enfermeira anotou algumas coisas na ficha da paciente.

- Tudo bem, termine aqui que vou ver os outros. – Bella comentou, pegando as fichas armazenas em pastas brancas.

Isabella passou o resto da tarde verificando seus pacientes. Ela teria tempo para voltar ao escritório e conversar com seu pai, sobre o que ele sabia sobre o caso de Jasper, mas talvez ela não tivesse coragem de encarar a realidade e, muito menos, de contar a Edward. Talvez somente os pais de Jasper soubessem e talvez ela não merecesse saber.

Eram em torno de oito horas e quarenta minutos, quando o celular de Isabella tocou. Era Alice e ela estava quase entrando em pânico por não ter recebido uma ligação poucas horas antes.

- Alice! Que demora, está tudo bem?! – ela dizia, enquanto andava pelo corredor do hospital, indo direto para o escritório.

Sim, B. Ele já está na sala.”

- Queria estar aí, Allie, mas não posso. – Bella fez um biquinho.

“Está tudo bem. Estou no corredor, ainda não voltei para a recepção. Eu volto a ligar, eu preciso... Não sei do que preciso.” A baixinha confidenciou.

- Vá descansar, vá ao hotel, tome um banho, coma alguma coisa. Eles vão avisar quando terminarem a cirurgia.

Alice agradeceu, encerrando a chamada e Bella voltou para o escritório. Ela ainda não havia decidido se gostaria de saber o que Carlisle tanto guardava naquela ficha, que nem Edward – e quem dirá Alice – sabia. Ela bateu a porta do quarto de Mandy Pembrose e do Sr Fitzgerald para avisar que passaria para vê-los em pouco tempo.

- Alice ligou. – Ela disse ao entrar no escritório.

- Presumo que ele já esteja em cirurgia.

- É, ela disse que estava com ele até agora. – Bella sentou-se na cadeira estofada. – O que você sabe?

Carlisle endireitou-se em sua cadeira, fechou os prontuários que tinha que assinar e encarou Isabella, que esperava - não tão – pacientemente por uma resposta.

(...)

What Is Love? – Take That

- Alice! – Rosalie levantou-se e correu para abraçar sua amiga. Constatou que Alice estava pálida, com as mãos suando e tremendo. – Você está pálida.

- O que aconteceu, fadinha? – Emmett assustou-se com a aparência da menina.

- Sente aqui, querida. – Margareth pegou-a pela mão e Alice sentou-se na poltrona.

- “Você vai ser a última que eu vou ver hoje e a primeira que vou ver quando acordar.” – Ela citou o que Jasper havia lhe dito.

- Eu entendo perfeitamente. – Margareth sorriu docemente e abraçou Alice.

- Ele é...

- Ei, Tampinha, o Jazz é tudo para nós também.

- É tão desconcertante vê-lo daquela forma. Eu não sei como Bella consegue. – Alice desabafou.

- Vamos para o hotel. – Jared voltara da recepção, onde uma enfermeira lhe passava alguns avisos. – A cirurgia vai demorar de seis a oito horas. Nós voltaremos quando ligarem.

Enquanto isso, na sala de cirurgia, o Dr. Pierce iniciava os procedimentos, junto á sua equipe:

- C.E.C.², pronto para uso? – O Dr. Pierce perguntou.

- Sim, senhor, perfusionista a postos. – A auxiliar de enfermagem disse.

- C.E.C. iniciando e operando. – O Perfusionista sibilou.

O Dr. Pierce era um cirurgião especializado em procedimentos cardiorrespiratórios, era ele quem comandava a equipe, que era composta por um anestesista, dois auxiliares de enfermagem, o perfusionista e um instrumentista. O primeiro procedimento era a iniciação de uma máquina chamada C.E.C², que fazia a circulação extracorpórea, ou seja, ela funcionava como um pulmão e um coração, bombeando e oxigenando o sangue, enquanto todo o procedimento do transplante era executado. O perfusionista era o responsável por operar a máquina de circulação extracorpórea.

O peito de Jasper já estava aberto, as costelas foram cerradas para a abertura da caixa torácica, e assim, começaram os principais procedimentos para a retirada do coração.

A cirurgia levaria em torno de seis a oito horas, pois o procedimento era deveras complicado. Quando o Dr. Pierce retirou o coração, o outro foi colocado rapidamente no lugar; as principais artérias e veias cardíacas e pulmonares começaram a ser religadas, com uma linha especial, que era absorvida pelo organismo e não deixava danos.

(...)

- Tudo bem. – Bella fez uma careta. – Eu sei o que significa sigilo médico. Não vou contar a Edward... Ele ficaria arrasado.

Bella e Carlisle andavam pelo corredor principal do andar da oncologia, caminho que era percorrido inúmeras vezes no mesmo dia. Algumas vezes, quando havia alguma emergência no hospital e que precisava de clínico-gerais, como Ângela ou Isabella, por exemplo, Bella nem chegava a entrar no escritório.

- Senhor Fitzgerald, me desculpe pela demora.

- Não se preocupe, Bella. – O homem de meia idade falou. – Olhe, eu consegui comer hoje. Oh, Dr. Cullen!

- Vejo que está bem hoje. – Carlisle olhou o prontuário. – Bem, minha vinda aqui é justamente para assinar sua alta.

- Isso é maravilhoso, achei que eu só poderia sair semana que vem.

- Nós já avisamos ao seu filho, ele virá amanhã pela manhã. – Isabella entregou alguns papéis para que o paciente lesse.

(...)

O Dr. Pierce estava, meticulosamente, fazendo suturas em veias e artérias, que exigiam paciência e muito tempo, porém, um pequeno esguicho avermelhado brotou de uma veia.

- Hemorragia! - Ele exclamou. – Está aumentando o fluxo!

O fluxo sanguíneo era lento, entretanto, possuía grande volume. Um sangue fluido e escuro jorrava de uma veia que rompera o ligamento.

- Estancando hemorragia. – O Dr. Pierce pressionou um amontoado de gases. – Verifique o pulso.

- Pulsação baixa. Se a hemorragia continuar ele não vai resistir! – Uma das auxiliares exclamou.

- Continue a pressão aqui. – Ele instruiu a auxiliar. – Não deveria ter acontecido, o sangue está afinando. Perfusionista?

- Operação normal, pulsação diminuindo. O fluxo está diminuindo a 70%. – O operador sibilou.

Porém, diminuir a pulsação através da máquina não estava adiantando, a hemorragia continuava fluindo, dessa vez mais rápida, fazendo com que Jasper perdesse muito sangue.

- Volte com a circulação extracorpórea total agora. – O cirurgião instruiu calmamente. – Ele está entrando em choque.

(...)

Rosalie estava adormecida em sua cama, ao passo que Alice estava sentada na varanda, com as portas de vidro fechadas, observando o movimento daquela cidade magnífica. Mal pregara os olhos, sequer havia deitado em sua cama, que permanecia quase que inteiramente arrumada. Bem distante, no horizonte, uma linha avermelhada se formava, indicando o amanhecer.

Alice estava em pânico. Parte da noite, em alguns momentos em que conseguiu dormir, e mesmo quando não o fazia, ela permanecera calma, mas fora nas duas últimas duas horas que uma estranha palpitação lhe atingira. Ela não sabia o que era, talvez fosse nervosismo e preocupação, ou talvez outra coisa, mas Alice sabia que algo tinha acontecido.

- Você não dormiu. - Rosalie disse sonolenta.

- Não. Não consegui. Pelas minhas contas, eles deveriam ter ligado há quase três horas, Rose.

~~

¹SUV – Sigla para determinar veículos do tipo van ou mini vans.

²CEC - A circulação extracorpórea (CEC) tem o objetivo de preservar artificialmente o bombeamento sanguíneo no organismo, dentro dos limites fisiológicos, enquanto o coração permanecer excluído temporariamente do sistema cardiocirculatório. 


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Notas finais do capítulo

Olá, olá!
OH MEU DEUS, o que será que vai acontecer com o Jasper??! O que será da Alice??!! haha~
Eu tive que fazer isso e deixá-las no escuro porque as senhoritas não comentaram muito... Brincadeirinha... Mas, realmente, onde estão os comentários?!
Só volto a postar quando eu tiver mais comentários... Eles me dão animo!! E, quem sabe o jasper não morre... muahuahua *risada maléfica*
Estou brincando meninas... Apenas comentem me dizenod o que acharam....
Beijinhos o/



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