Segundo Passo escrita por Gyane


Capítulo 1
Férias


Notas iniciais do capítulo

Por onde começar... Ahhh continuação da fic E se fosse verdade. Aeeeee até quem fim ....
Acho que ela vai ser bem mais romantica que a outra, mas ainda vai ter muita confusão, também pretendo que seja curta, já que não tenho mais tempo para escrever.Vamos ao cap...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/155744/chapter/1

Não quero saber
         Das opiniões dos outros
         Deixe que eu descubro sozinha (As Vezes)

Eu não sabia exatamente em que momento as férias havia perdido a graça para mim, mas se eu tivesse que chutar eu diria que foi no exato momento em que o avião decolou de São Ângelo para Florida. Apenas duas semanas atrás.

Olhei novamente para o visor do meu celular faltava apenas cinco minutos para seis da tarde. O refrigerante em cima da mesa mal havia sido tocado, e eu mal conseguia prestar atenção no movimento a minha volta.

— Eu não acredito que você esta fazendo isso de novo. —A voz estridente da Nice chegou até mim, me tirando dos meus pensamentos.

—Fazendo o quê? —Eu perguntei confusa olhando agora para uma Nice de cabelos curtos e rosto mais arredondado do que o normal.

—Esperando por ele. —Todo mundo sabia que a Nice tinha um dom todo pessoal para ser irritante, mas ultimamente ele parecia ser mais freqüente principalmente se assunto era namoro, mas propriamente o meu namoro. —Porque você não aproveita. —Ela disse fazendo um gesto amplo com as mãos. — Você precisa de um namorado novo.

Eu suspirei pesadamente. Eu não ia agüentar outra sessão daquela. A minha melhor amiga parecia ter desenvolvido um aversão pelo meu namorado. Eu simplesmente não entendia porque, às vezes eu achava que ela estava me escondendo algo, mas na maioria das vezes era por pura implicância.

—Eu já tenho um namorado. —Eu a lembrei mesmo sabendo que não era necessário.

—Ah é. —Ela me devolveu um olhar incrédulo. —E onde ele esta mesmo?

Bom ela havia tocado no meu ponto fraco.

—Admiti Iza, ele não de deu nenhum telefonema nessas ultimas duas semanas, você nem sabe se ele se lembra de você?

Uau. Essa tinha doido. Principalmente porque eu sabia que era verdade.

—Mentira. Ele me ligou quando chegou lá. —Eu não queria dar o braço a torcer.

—O que esta pegando? — O Jerry perguntou sentando ao lado da Nice e abraçando-a. Ele continuava sendo alto e magro demais para idade dele, mas isso não parecia incomodar a Nice.

Porque eles tinham que ser o casal perfeito?

—Implicância. —Resmunguei.

—Provavelmente ele conheceu uma americana gostosa e te esqueceu. —A Nice prosseguiu como se não tivesse ouvido nada.

—Nice. —O Jerry a repreendeu e pela primeira vez na vida, o que parecia um milagre, eu estava satisfeita por ele ter feito isso.

—Mas é verdade. —Ela olhou abismada para o Jerry. —Você precisa de cara novo. —Ela disse se virando para mim e depois para a porta de entrada da lanchonete. —Ei, Fred. —Ela disse abanando as mãos para o garoto loiro de olhos verdes que acabara de entrar na lanchonete com um sorvete nas mãos.

No ano passado tínhamos aula de biologia juntos.

—Sério eu não preciso disso. —Eu disse me levando. A Nice estava passando dos limites.

Ela estava paranóica com essa historia toda. Eu estava com medo te der que mandar minha melhor amiga para o hospício. Ou de pegar a doença dela.

—Tchau Jerry. —Eu disse passando pelo Fred que caminhava na direção da Nice.

Tudo bem. Eu disse para mim mesma enquanto caminhava pelas ruas. E daí que ele não tinha me ligado. Isso não significava nada. Ou significava...

Eu devia estar com raiva dele, mas tudo que eu conseguia sentir era saudade.

Eu não tive tempo para pensar direito porque alguém gritava meu nome desesperadamente no meio da rua, fazendo com que todo mundo olhasse para mim.

Primeiro eu pensei na Nice, mas definitivamente aquela voz era grossa demais para ser dela, então quando eu me virei para mandar o Jerry calar a boca eu fiquei totalmente paralisada.

Quer dizer, a Nice tinha o Dom mesmo.

—Cara eu não acredito que a Nice te convenceu a vir atrás de mim. —Eu perguntei indignada para Fred, que corria até mim segurando aquele maldito sorvete na mão.

—Eu apenas pensei que você gostaria. —Ele disse se aproximando, a respiração acelerada pela corrida.

—Eu não sei o que a Nice te disse, mas... —Eu não entendia como até hoje eu era amiga da Nice. —Eu já tenho namorado. —Eu esperava que o Fred entendesse de boa.

—Sério? —Ele pareceu duvidar por um instante.

—Sério Fred. Eu acho você legal... —Cara eu não tinha o menor jeito para aquilo, mas com certeza eu tinha jeito para matar a Nice. —Você é... Simpático, bonito, mas eu não estou a fim. De verdade.

—Nossa obrigado. —Ele disse sorrindo abertamente, e eu imaginei se não tinha exagerado nos elogios. —Mas eu só vim te trazer o seu celular que você esqueceu. —Ele disse me mostrando o aparelho na sua mão.

Enfiar a cabeça na terra, o chão me engolir, um meteoro cair em cima de mim... Porque a única coisa que me acontece é ficar vermelha quando isso acontece.

—Você ficou vermelha. —Ele disse rindo abertamente de mim. Eu nem precisava dizer que ai foi o suficiente ficar ainda mais vermelha.

—Obrigada Fred. —Eu disse pegando o celular e voltando a caminhar. Como eu era burra.

—Você fica bonita quando fica vermelha. —Ele disse me seguindo.

—Muito gentil da sua parte. —Eu disse sem olhar para ele novamente. Eu tinha certeza que aquele comentário tinha feito meu rosto ficar mais vermelho ainda.

—Que isso, eu sei que você esta acostumada a receber elogios. —Ele disse caminhando do meu lado me estudando atentamente.

—Muito obrigado Fred. —Eu disse parando de andar e fitando ele. —Pelo celular, mas acho que você tem mais coisa para fazer do que me acompanhar. —Eu disse sendo mais rude do que pretendia.

Ele abriu novamente aquele sorriso “colgate” para mim.

—Eu não estou te acompanhando, é que minha casa fica na mesma rua que a sua.

Eu nem precisa dizer que meu queixo chegou ao chão mais rápido do que meteoro. E que novamente meu rosto estava pegando fogo.

—Realmente você fica linda vermelha. —Ele disse rindo novamente de mim.

—OK. Parece que vou ter que me acostumar a essa cor ao seu lado. —Eu disse olhando para chão.

—Não se preocupe. Eu conheço a sua fama. — Lá estava o Fred novamente com aquele sorriso.

Eu preferi ignorar essa parte. Então resto do caminho foi em silencio, o Fred me seguindo a um passo de mim, isso me pareceu meio desconfortável principalmente porque eu tinha a nítida sensação que ele estava olhando para minha bunda.

—Iza. —Fred me chamou quando chegamos na esquina de casa.

Eu me virei, trombando com ele, que estava colado em mim. Eu não me movi, então ficamos assim apenas olhando um para o outro.

—Desculpa. —Ele pediu mas não se afastou.

—Hã. —Será que eu estava tão carente assim.

—Essa é minha casa. —Ele disse se virando para casa na esquina, eu acompanhei seu movimento o que foi um tremendo erro. Nosso rosto ficou ainda mais perto.

Ele passou a mão pela cintura e foi como se eu tivesse acordado, dando um pulo.

—Desculpa. —Ele percebeu minha reação.

—Tudo bem. Quer dizer... Eu já vou. —Eu disse me virando e congelando no mesmo instante.

Meu coração parecia que ia sair pela boca, e tudo que eu tinha sentindo até agora sumiu.

Ele estava lá. Parado. Encostado no carro olhando para mim, com a expressão inabalada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acho que estou meia travada shauahashuahsauhs
Quero muitoooooo reviews para continuar.
Falando sério agora, eu meio que travei nesse começo, sempre é dificil o começo para mim... mas espero que gostem