até que a Fama nos Separe. escrita por bieberpizzabr


Capítulo 8
Quando sua casa não é mais seu lar.




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- Ei, eu tenho que ir. – eu disse,meio perturbada e com um pouco de falta de ar por não ter conseguindo processar a última frase de Justin – acabei de me lembrar que prometi que ajudaria meu pai com a limpeza da casa antes de ir para o jantar – menti. - e...

- Você não gostou, não é? – ele abaixou a cabeça e guardou o papel com a letra. – eu... eu posso melhorar, ainda não está acabada, você sabe...

- É claro que gostei. É simplesmente maravilhosa, é sério. É só que eu tenho que ir... Me desculpa, mesmo. E Justin... eu vou dar um jeito de ir amanhã. Nem que eu tenha que sujar minha ficha escolar para te ver progredir. É uma promessa, por favor, lembre-se disso. – lhe lancei um olhar que, do fundo do meu coração, gostaria que ele entendesse. A minha vontade era de lhe abraçar e dizer obrigada eternamente, mas infelizmente a vida nem sempre é como desejamos.

Saí do quarto, indo para a porta da frente. Doía ter que fazer isso com ele, mas era isso ou ter que ver Braddy ferrar mais com a minha vida, ou pior ainda, com a vida de Justin. Eu iria encontrar um jeito, cedo ou tarde, de me acertar com quem eu realmente amo e de me livrar daquela ameaça terrível.

Já ia voltando para casa, quando me lembrei de devolver a pulseira de Bárbara. Não queria ficar nem mais um dia com aquilo na minha bolsa, e então virei a esquina e fui tocar a campainha em sua casa.

- O que faz aqui, Suzzie-ladrona? – Bárbara me desprezava desde que eu havia chegado a cidade. Ela atrapalhava minhas aulas, e como se não bastasse, havia decidido me arruinar armando com Braddy.

- Vim devolver esse lixo de pulseira. Qual é a sua e do Braddy?

- Ei, vê o jeito com que fala comigo. Quem sabe eu não deixo acidentalmente alguma outra coisa cair em sua mochila? – ela gargalhou. – e me diz uma coisa, aquele seu amigo gatinho, é Justin né? Ele ta disponível? Porque eu acho que me interessei...

- Nem se preocupe em perguntar pra ele. Ele não se interessa por vadi... – interrompi a frase no meio, pois a mãe de Bárbara havia chegando no portão. – enfim, pegue sua pulseira de volta. Vou deixar na caixa do correio.

Saí em direção a minha casa, pois tinha acabado de lembrar que hoje era o dia em que eu iria encontrar meu pai e sua nova... namorada. (ou minha madrasta?)

Entrei, subi e fui tomar um banho enquanto era cedo. Aproveitei para pensar como eu faria para cumprir minha promessa que eu havia feito,sendo que no outro dia eu teria suspensão que com toda certeza acabaria tarde.

- Suzzie? – era a voz do meu pai no corredor. – é melhor se trocar logo, vou levar você. É um novo restaurante que abriu na cidade, Mary vai me encontrar lá.

- Já vai, Pai. – aproveitei para desligar o chuveiro e me secar, já que eu havia trazido as roupas para o banheiro. Coloquei e desci, sem me preocupar com minha aparência. Eu tinha certeza que eu não seria a mais feia presente, já que “madrastas não tem uma aparência boa”.

Entrei no carro e fomos até um restaurante no centro da cidade. Dentro do mesmo, Mary estava sentada em uma mesa afastada com pouca iluminação. Ela era uma mulher extravagante, não brega; mais o bastante chamativa para ser percebida em qualquer lugar por onde passava.

Me sentei no lado oposto da mesa, me distraindo com o porta-guardanapos.

- Então, Lizzie... – ela puxou assunto.

- Suzzie – eu a corrigi rapidamente.

- Ah, me desculpe, Suzzie. Lindo o seu nome, Suzanna, não é? Minha falecida tia-avó tinha o mesmo nome que o seu e...

- Que tal decidirmos o que vamos pedir? Aposto que estão com fome. – meu pai sorriu, tentando aliviar a tensão e chamando o garçon.

- Não sei, pai. Pode pedir para mim o que você for comer. Eu não to realmente faminta... – ele fez o pedido, e então um silêncio tomou conta de nossa mesa.

Os músicos do local se colocaram em seus lugares e começaram a tocar. Cada vez mais chegava mais gente, e o lugar, já pequeno, ficava abarrotado.

- Precisamos conversar sobre um assunto, Suzzie. – meu pai limpou a garganta, tentando assumir aquela pose que ele só assumia quando tinha algo importante para dizer. – É que nós, eu e Mary, nós estávamos pensando em nos unir simbolicamente... Já que ela foi morar em casa. Já está sabendo, não é, filha?

- Quer dizer que vocês vão se casar? – eu os olhei, assustada. Não sabia o que pensar sobre aquilo, não no momento. – tipo... na igreja?

- Sempre gostei de matrimônios. – Mary deu um falso sorriso em uma ruim tentativa de parecer simpática. – e seu pai, bem, ele gostou da idéia.

O garçom trouxe os pratos, mas o pedido foi em vão. Nada iria me descer até que a idéia de meu pai se casando novamente e de Mary morando em casa desaparecesse de minha idéia, e foi aí que surgiu uma desculpa.

- Tenho lição de casa. – eu levantei da mesa.

- Mas você nem tocou no seu prato – exclamou meu pai. – sente-se e coma...

- Me desculpa, pai. Mas eu não posso.

Saí sem destino pela rua, até que me surgiu uma idéia. Fui para casa e joguei algumas roupas em uma mochila, enquanto arrumava alguns pertences pessoais.

Saí pela rua, e fui até a casa de Caitlin. Bati na porta, e quem atendeu foi a mesma.

- Oi, Cait. – eu disse, sem jeito. – eu... posso ficar uns dias aí? Eu não consigo agüentar a situação em casa. – não consegui terminar a frase. Lágrimas rolavam pelo meu rosto.

- É claro que pode. – ela respondeu, emocionada também. Entrei, e comecei a pensar no que eu havia acabado de fazer, e no que ainda estava por vir.

Minha vida ultimamente não estava sendo exatamente fácil.


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