Sophia fitou Blair incrédula. Não acreditava no que ela estava dizendo. Filha de David?

- É verdade Sophia. - disse ela. - Sou filha dele. Minha mãe morreu pouco antes do meu pai. Naquela noite, que meu pai trouxe vocês para o cativeiro, ele me pediu pra fingir que era uma vítima. Mas aí você tentou bancar a mocinha, e liderou a fuga. Quando aquelas pessoas queimaram a casa do meu pai com ele dentro, eu jurei vingança. Acabei me casando com Erick, eu o amava de verdade, era o único que não tinha que morrer.

" Quando eu descobri que aquele colar poderia trazer de volta a alma do meu pai, eu fiquei louca. Fui ao apartamento de Victória, roubei o anél. Tive que roubar mais algumas jóias também para não dar muito na cara. Neste mesmo dia fiz o feitiço e invoquei a alma do meu pai. O trato era ele matar a todos os fugitivos, menos Erick, mas quando você pegou o anél, o trato se quebrou e ele matou meu marido. Agora quero que você morra. "

- Sua cobra! - gritou Sophia.

- Não, cobra é aquelas ali que irão alcançar sua filha em alguns minutos.

Sophia olhou pra Anie e depois desviou o olhar para o chão. Algumas cobras se movimentavam em direção da garota. Sophia se desesperou. Blair deu um sorriso macabro e depois se afastou.

- Se eu sair viva dessa, eu te mato sua desgraçada! - ela disse antes de entrar.

Quando deu o primeiro passo, o ronco de uma moto a fez parar. Olhou pra trás, os faróis a cegaram. Ela se jogou pro lado, desviando da moto. O motorista invadiu o depósito, passando por cima de algumas cobras. A moto parou. Jhon tirou o capacete. Sophia olhou pro amigo e se levantou.

- Jhon? - gritou. - Graças a Deus. Tire minha filha daí!

- Suba Anie. - disse o porteiro do parque para Anie.

A garota subiu e Jhon acelerou para fora dali. Blair furiosa pulou em cima de Sophia. As duas começaram a brigar no chão, rolando pela grama úmida do parque. Blair tentava a todo momento tirar o anél das Mãos de Sophia, mas a mulher a impedia com tapas.

David conor surgiu ao lado do depósito sorrindo. Jhon parou a moto, Anie desceu e depois ele se virou pro palhaço e acelerou.

- Desgraçado! - gritou.

A moto de Jhon atravessou o palhaço batendo na parede de madeira do depósito. O palhaço foi até o motorista caído no chão e o ergueu no ar. Jhon sentiu uma dor forte percorrer seu corpo.

Zac se aproximou trazendo a gasolina e uma caixa de fósforos. Ele parou ao ver Sophia brigando com Blair e o palhaço erguendo o porteiro no ar.

- Hey, David, por que não me pega? Covarde! - disse ele.

O palhaço sorriu, apontou um dedo em direção de Zac, e pregos começaram a se desprender da cabana e voarem em direção de Zac. Os pregos atingiram as pernas do policial, ele caiu ao chão. Anie correu até ele.

- Zac? - perguntou ela vendo o xerife sangrar.

- Anie? Que bom que está bem querida. Escute, eu não posso andar, está vendo aquele galão ali do lado? - ele apontou para o galão com gasolina. - Quero que pegue ele, e com muito cuidado espalhe dentro do depósito. Depois saia correndo, pegue os fósforos, acenda um e atire na cabana. Pode fazer isso?

A garota olhou para o depósito com medo. Depois viu sua mãe brigando com Blair no chão, e os gritos de Jhon.

- Posso, vocês já fizeram muito por hoje.

A garota pegou o galão com muita dificuldade. Olhou para David, ele estava concentrado torturando Jhon. Correu cuidadosamente para o depósito. Blair viu a garota entrar no local, e se levantou.

- Desgraçada! - disse ela correndo para o depósito.

- Não encosta na minha filha! - Sophia foi atrás.

Anie abriu o galão e começou a derramar a gasolina no chão. Algumas cobras rastejavam em direção a ela. A garota jogou o líquido no caminho que elas faziam. Blair entrou correndo e segurou Anie.

- Você não vai queimar meu pai sua pirralha!

- Me solta! - Anie mordeu o braço de Blair, a garota berrou e soltou a menina. - Mãe, tome os fósforos.

Anie jogou a caixa para Sophia, e depois correu para fora do depósito. Sophia acendeu um fósforo.

- Não! - gritou Blair.

- Morra vadia! - ela jogou o fósforo e correu para a saída. O fogo rodeou Blair. Depois Sophia pegou o anél e o atirou em Blair. - Você não queria ele?

O fogo atingiu Blair. A garota gritou desesperada. David Conor surgiu atrás de Sophia.

- Desgraçada! - gritou ele segurando o braço da loira. - Isso não acabou.

- Isso era pra ter acabado a anos, seu idiota.

O fogo atingiu todo o corpo de Blair. O anél também foi tomado eplas chamas. Uma fumaça preta começou a saír do anél. Um fogo atingiu o corpo de David na frente de Sophia. Ela protegeu seus olhos, depois o palhaço sumiu no ar.

- Até nunca mais. - disse Sophia.

Ela foi até Jhon. O garoto ainda viva.

- Obrigada, sem você minha filha ainda estaria lá dentro. - disse ela.

- Não agradeça, só fiz o que eu faria por qualquer pessoa.

Ela sorriu e o ajudou a se levantar. Foram até o xerife caído no chão.

- Conseguimos Zac. - disse ela.

- Sim. Acabou.

- Você precisa de um médico. - disse ela.

Mais tarde, Sophia entrou no quarto de hospital onde estava Zac. Ele estava sentado em uma cadeira de rodas.

- Olha o que te aconteceu! - disse ela o abraçando.

- Eu disse que te protegeria, não disse?

Quando viram, já estavam se entragando a um beijo. Anie surgiu na porta, interrompendo o ato.

- Filha, eu posso explicar, é que...

- Mãe... - interrompeu ela. - Não precisa me explicar. Papai não te merece. E o xerife Zac é tão legal. - a garota correu até ele e abraçou o xerife.

Alguns dias depois...

- Amigos, quero dizer algumas palavras. - disse o prefeito no palco montado no cemitério para a cerimônia em homenagem aos que morreram nas mãos de David. - Hoje nos despedimos de heróis. De jovens que lutaram até o fim para defender esta cidade. Hoje, estamos aqui para agradecer. Esta homenagem é simples para tamanho ato que fizeram. Bedland será grata a todos, inclusive a Sophia, Anie, Jhon e o xerife Zac, que foram os sobreviventes dessa luta.

Todos aplaudiram os quatro. Depois o prefeito desceu do palco, e entregou uma medalha para cada um.

- Isso, é uma lembrança da gratidão da população de Bedland para vocês.

Os quatro agredeceram... Depois da cerimônia, Sophia depositou uma rosa nos túmulos dos amigos e junto com Anie e Zac foram para sua casa.

Decidiram viajar, queriam tentar esquecer o pesadelo vivido por eles. Arrumaram as malas, fizeram reservas no aeroporto da cidade vizinha.

- Pra onde vamos mamãe? - perguntou Anie.

- Rio de Janeiro. - respondeu Sophia empurrando a cadeira de rodas de Zac.

No caminho encontraram Jhon. Se despediram do amigo. Chamaram um táxi. O motorista ajudou Sophia a colocar Zac no carro e depois partiram.

No parque...

Funcionários limpavam a bagunça que ainda restava do incêndio. Uma mulher viu algo brilhando em meio as cinzas. Se abaixou e pegou. Era um pedaço de pedra vermelha. Ela olhou para os lados, ninguém estava vendo. Pegou a pedra e a colocou no bolso.

          Um autor muito agradecido: 

Agradeço a todos que leram Esta história. Os comentários de vocês foram fundamentais para a conclusão desta aventura macabra. Eu espero que continue comigo, lendo minhas histórias que virão. Deixo aqui o nome de todos que comentaram até o fechamento desta história. Novamente, obrigado! 

Luansouza2011

Dinha

Tacyelle123

Realista

Yuki_Snow

Marcellee

Brunaraiane

Mlfaccini9

Mariaina

Fenix

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Fosforosmalone

Matheusguirra

A-Nonima