Coalescência escrita por Lany


Capítulo 17
Tristes Comparações


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo escrito com muito carinho e dedicação. Esse vai dedicado a Shakiraleeloo que sempre pede capítulos maiores, e apesar de tudo que passou nesses últimos dias continua por aqui.
Boa Leitura!



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     Como esconder os sentimentos daquele que é capaz de sentir o que sinto? A duvida martelava em minha cabeça a dois dias, tentei ao máximo esquecer o que havia acontecido e as bobagens sem nexos que ouvir, mas, se não foi possível deletar totalmente as palavras de Mandy de minha mente é porque eu sabia que nelas haviam um fundo de verdade.

 Sequei os cabelos, as asas e as lagrimas, vestir uma Roupa confortável, estava pronta para dormir. Fechei os olhos firmemente dizendo a mim mesma que não choraria mais, continuaria com meus sentimentos neutros até esquecer... Abrir a porta do banheiro, voltando para o quarto e me deparando com um par de olhos curiosos sobre mim. Jasper estava sentando sobre a cama, a janela – Sua porta particular – estava semiaberta, como por instinto o escudo se expandiu por meu corpo formando uma segunda pele. 

 -Você vai passar quanto tempo fingindo que nada está acontecendo? –Perguntou ele, os cabelos bem arrumados dava um ar mais serio que o esperado.

-Não estou entendendo? –Dei de ombros me encostando na porta atrás de mim.

-Sim, você está! Eu procurei te da um certo espaço, esperei que você me contasse o que está lhe perturbando nesses últimos dias... –Jasper fez uma pausa analisando minha expressão. –No entanto, cansei de lhe ver tão aérea, calada e triste, –Em uma velocidade que me deixou zonza ele se aproximou , tocou meu rosto com o polegar delicadamente.  –Estou preocupado vida! O que lhe perturba?

 Suspirei derrotada.

-Na quarta-feira passada, quando as aulas acabaram encontrei Mandson no corredor...

        ~Flashback On

-Então é verdade? –Perguntou ela curiosa.

-Como? –Não havíamos almoçado juntas, e só agora a tinha visto.

-Não se faça de tolinha Alice. –Ela girou os olhos.

-Não me faço daquilo que não sou.

-Ok! Depois discutimos isso –Como Jasper havia dito, as pessoas estavam curiosas, no entanto, nenhuma delas me abordara como Mandson. –Mas agora me diga, você e Jasper estão realmente juntos? –Apertei os livros contra o peito.

-Desculpe Mandy, mas, não vejo como isso pode lhe interessar! –Apesar da rispidez em minha voz, tentei ser o mais educanda possível.

-Claro que interessa! Não me leve a mal Alice, mas, Jasper e você é quase impossível, é uma equação que não daria certo. –Mandson ajustou o óculo sobre o nariz, analisando-me.

-Serio isso? –Ri sem humor.

-Muito, Alice você é bonitinha...

-Bonitinha? –Interrompi sem a menor das vontades de ver o fecho dessa discussão.

-É Alice! Bonitinha, só tenta intender que garotas bem melhores que você já se interessaram por ele. 

-Bem melhores? Como você? –Perguntei irônica.

-Isso é você quem está dizendo. –Disse empinando o nariz. Meu sangue ferveu, minhas mãos suavam excessivamente e eu não sabia em que me concentrar: Nos meus dons que poderiam fazer um estrago ou na minha mão que teimava em ir de encontro ao rosto de Mandson. -E ao menos eu não preciso me cobrir com toneladas de peças de roupas, você mais parece um pacote.

  Sentir as lagrimas umedecer meus olhos.

-Agora chega! Quem você acredita ser pra falar qualquer coisa sobre mim ou sobre Jasper? –Vociferei calma, o que tornou as palavras mais ameaçadoras. –A única coisa que você sabe fazer é falar da vida dos outros e destilar veneno...

-Como... –Tentou falar ofendida.

-Calada! Ainda não terminei. –A interrompi, controlando o ar a minha volta para que não se transformasse em uma ventania. -Mas, comigo não. Você não me conhece, não sou fútil, mimada ou fofoqueira como você. –Ela bufou irritada. -A minha vida e a vida de Jasper não lhe diz respeito.

 Dei as costas e sai pisando firme.

Flashback Off

Jasper absorveu cada palavra atentamente, e disse por fim: Sinceramente? Não acredito que você se deixou abalar por isso!

-Ela está certa Jasper! Você é tudo, você é bonito, alto, atlético, inteligente, misterioso –Fiz uma pausa, fungando baixinho. -e eu? Eu sou só uma garota estranha, com visões do futuro.

-Você faz muito pouco de si mesma vida! –Declarou ele acarinhando meus cabelos.

-Por que você está comigo Jazz?

-Não entendo o que isso tem haver com...

-Apenas responda! –Fechei os olhos contendo as lagrimas, não querendo desabar, não ali, não na frente dele.

-Porque a amo! –Disse depositando um sigiloso beijo em minha testa. -Porque você é a criatura mais linda que conheci em minha existência!

As lagrimas desceram na mesma proporção que o sangue chegou ao cérebro .

-Linda? Jasper eu sou uma aberração! –Solucei desvencilhando-me de seus braços.

Com os dedos trêmulos desabotoei os pequenos botões, deslizei a blusa de mangas compridas por meu corpo, ficando apenas com o suporte para as asas e o sutiã.  Jasper analisou calmamente cada marca, cada linha que revestia meus braços.

-É isso que eu sou Jazz, uma bizarrice, eu nem ao menos posso vestir uma camiseta sem mostrar o mostro que sou.

 Jasper suspirou triste, ele se aproximou lentamente pegou minha mão, deixando um delicado beijo sobra à palma onde o ponto que dava inicio as marcas começavam. 

 E foi a sua vez, com agilidade a blusa de botões azul escuro foi rapidamente arrancada, se juntando com a pequena pilha de roupas que se formou no chão do quanto.

 Os braços fortes e o abdome bem definido não era o que mais chamava atenção.

-O que aconteceu Jazz? – Perguntei sem conter o espanto. Toda a extremidade de seu troco era coberta por marcas de mordidas. –Quem fez isso com você?

-É uma longa historia. –Sorriu fraco.

-Acho que temos tempo. –Insistir sem esconder a curiosidade e com uma vontade insana de acabar com a criatura que o tenha machucado daquele jeito.

-Não quero lhe assustar. –Advertiu-me. Seu rosto uma mascara de seriedade.

-Eu não me assusto facilmente.

 Jasper percebeu que eu não desistiria, voltou a suspirar e se acomodar na cama, puxei a cadeira da escrivaninha e sentei de frente para ele.

-Eu nem sempre fui isso que sou, já fiz muitas coisas das quais não me orgulho Alice. Vou lhe contar minha historia mais lembre-se: Posso mudar o futuro, mas o passado sempre será o mesmo. –Assenti, o estimulando a continuar.

-Eu nasci em 1844, no Texas. Entrei para o exercito confederado em 1861, fui Major na guerra civil. –Seus olhos brilharam com a lembrança, era evidente que ele se orgulhava desse fato de seu passado. -E em 1863 fui transformado por uma vampira chamada Maria. Maria era... Difícil de se lidar, era impaciente, exigente, desconfiava de tudo e todos, entretanto era esperta, ela tinha um faro para vampiros com dons, o que era bom já que o seu objetivo maior era formar um exercito...

-Um exercito de vampiros? –O interrompi completamente absorta em sua historia.

-Exatamente! Um exercito de vampiros recém criados. –Jasper me encarou sobre os grandes e volumosos cílios louros. -Eu me destaquei rapidamente, não sei ao certo se foi pela minha liderança, por ter experiência ou se foi por ser capaz de controlar as emoções.

-Vocês lutavam? Você lutou contra eles? As marcas são...? –Não fui capaz de proferir uma única frase coerente.

-Essa era a intenção, e modéstia parte eu fui um bom lutador. –Ele sorriu de uma forma ameaçadora, se em algum momento senti medo de Jasper, ali naquele quarto pouco iluminado foi onde cheguei mais perto. -Foram batalhas intermináveis, a maioria por território , mas, cansei, cansei de matar, cansei da carnificina, eu só queria algo diferente. Fuji de Maria e me juntei com um amigo.  

-Você passou quanto tempo com o exercito?

-Tempo suficiente para aprender o necessário.

-Alice –Ele pronunciou meu nome lentamente, de uma maneira agourenta. -Antes de me juntar aos Cullen eu me alimentava de sangue humano. –Engoli em seco. Não estava com medo, o orgulho que senti de Jasper se tornou palpável e ele me encarava de uma forma interrogativa.

-Você é um guerreiro sabia? –Declarei.

-Como pode dizer isso vida?

-Você lutou, e se você está aqui é porque venceu! Você foi mais forte que seus instintos. –Ele negou com a cabeça. Levantou-se nervoso se recostando na parede próxima a janela. Aquilo mais parecia uma brincadeira de gato e rato: Eu me afasto, ele vem atrás; Ele se afasta, eu vou atrás; Eu volto a me afastar, ele volta a se aproximar; Ele senta, eu sento; e continuando o jogo de gato e rato que era capaz de destroçar corações eu o seguir.

-Você vê agora quem é o mostro? –Disse ele de costas para mim.

-Você não é um monstro. –Declarei firme.

-Você não é bizarra, então pare com isso! –Ele continuava de costas para mim. As visões não me mostravam nada e eu era incapaz de ler seu rosto.

-Você não é um monstro. Você não é um monstro. Você não é um mostro. Você não é um monstro. –Me agarrei em suas costas, repetindo ardentemente a maior verdade que tive na vida.

 Jasper virou-se lentamente.

-Sabe por que a amo? –Sussurrou em meu ouvido. O ar faltou em meus pulmões, ama? Ele havia dito isso mesmo?

 Suas mãos pousaram delicadamente em meus ombros. -Por que você é linda... –Seus lábios roçaram nos meus. -Por que você é curiosa...  -Suas mãos espalmaram carinhosamente as asas atrás de mim. -Por que você é mais teimosa do que eu gostaria que fosse. -Ele mordeu meigamente minha orelha provocando-me arrepios. -Por que você é dona de um bom coração. –Seu dedo indicador caminhou lentamente pela marca que chegava até a lateral do seio esquerdo, seus olhos sempre nos meus, sempre pedindo permissão.

 Quando o desejo foi maior que qualquer outro sentimento, me joguei por completo, entrelaçando as pernas em sua cintura.

  Jasper tomou meus lábios, nossos desejos misturando-se em uma dança quente e perigosa.  Ele cambaleou encostando-se à parede mais próxima.

-Eu quero você. –Sussurrei.

-Alice! –Advertiu.

-Jazz! –Mordisquei sua mandíbula traçando meu próprio caminho pelo seu pescoço.

 Jasper escorregou pela parede, se rendendo ao desejo, ao amor. Fiquei sentada sobre suas pernas com os joelhos apoiados no piso de madeira. Suas mãos me trouxeram para mais perto, estava começando a duvidar daquela famosa lei de Newton que dizia que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço.

 Ele deslizou o suporte para as asas sobre meus braços, elas estavam frenéticas.

 Minhas mãos estavam firmes em seu peitoral de mármore, enquanto uma de suas mãos estava sobre minha perna e a outra tentava me trazer cada vez mais para si, um pequeno barulho se fez ouvir juntamente com um pozinho que caia da parede que foi rachada.  Jasper se levantou me levando junto consigo.

-É melhor pararmos por aqui! –Ele apoutou para a rachadura na parede com um sorriso maroto nos lábios.

 Concordei com a cabeça, verdadeiramente temendo o que aconteceria com o meu quarto se continuarmos com aquilo.


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Notas finais do capítulo

Olá moranguinhos com Mel!!! Estou tão feliz com os comentários de vocês que fiz o possível e até mesmo o impossível para postar rapidinho...
Sei que vocês já conhecem a historia do nosso querido e amado Jasper, então tentei ser o mais rápido possível, eu gostei do resultado, no entanto, o que realmente importa é a opinião de vocês... Então comentem & Recomendem.
NOVOS LEITORES SEJAM MAIS QUE BEM VINDOS!
Bjoksss