Eterno Verão. escrita por _BieberHot


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

ÚLTIMO CAPÍTULO!
Boa leitura!



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Kim esperava por Justin em uma mesa de janela, curtindo a vista da cidade, num restaurante de Sausalito.

- Se incomoda se eu sentar?

Ela se virou pra ele, espantada, depois riu.

- Pensei que você era um paquerador. – Ela sorriu pra ele, que retribuiu o sorriso.

- Quer uma bebida? – Perguntou, e ela fez que sim. – Kim?

- Eu sei, vai me dizer que odiou os anúncios. Eu também não gosto deles, mas tenho outras idéias.

- Deixe isso pra lá, podemos falar disso depois. Quero te perguntar outra coisa.

- O que é?

- Marie.

O coração de Kim quase parou.

- Você a viu?

Mas ele apenas sacudiu a cabeça.

- Não, e você? – Kim fez que sim com a cabeça. – Tem alguma coisa errada? Encontrei quatro dos quadros dela numa galeria de Sausalito, e não estou entendendo. Por que venderia os seus trabalhos aqui? Sabe por quanto estavam sendo vendidos? Por 160, 175 dólares. É uma loucura, não faz sentido. E disseram algo sobre ela ser uma artista local. Local de Sausalito. O que está acontecendo? - Kim ficou olhando pra ele por um momento, sem dizer nada. Não tinha certeza do que podia dizer. Tinha marcado uma visita pra Marie nessa tarde, logo depois do almoço. O que poderia dizer a Justin? – Kim, por favor, me diga. Você sabe? – Os olhos dele imploravam; estavam cheios de preocupação.

- Talvez uma outra pessoa tenha vendido os quadros à galeria depois de tê-los comprado dela. – Tinha que falar com Marie antes de lhe dizer qualquer coisa, mas estava com vontade de falar agora.

- Não, não é isso. A moça disse que tinham sido dados por ela, mas por quê? Por que uma galeria dessas, e aqui? Está tentando vendê-los sem que o marido saiba? Está precisando de dinheiro? – Os olhos dele suplicavam a Kim que falasse, e ela soltou um suspiro longo e angustiado.

- Ah, Justin, o que posso dizer? Muitas coisas mudaram na vida de Marie.

- Mas não o bastante pra ela ligar pra mim.

- Quem sabe ligará, com o tempo.

Ele concordou, silenciosamente, e ficaram calados por algum tempo. A última coisa que queria discutir agora eram negócios. Só conseguia pensar em Marie, sabia que havia algo errado. Ergueu de novo os olhos pra Kim, e ela teve vontade de morrer diante da expressão dos seus olhos.

- Ela está metida em alguma encrenca?

- Ela está bem, está mesmo. Acho que está feliz pela primeira vez. – Teve vontade de arrancar fora a língua depois de ter falado. Marie tinha estado ainda mais feliz no verão anterior, mas Kim não sabia como alterar o que havia dito. – Tem pintado muito.

- E está feliz. – Olhou pra Kim. – Com ele... – E de repente Kim não agüentou mais. Sacudiu lentamente a cabeça. – O que quer dizer com isso?

- Ele voltou pra França. – Marie tinha lhe dito isso no mês passado. Mike finalmente voltara pra sua casa.

- Só por um tempo? – Justin parecia atônito. Kim negou com a cabeça. – E ela ficou. – Agora havia desespero nos olhos dele. Ela não tinha ligado pra ele. Mike foi embora, e ela não ligara. Mas enquanto baixava os olhos para o seu drinque, sentiu a mão de Kim tocar a sua, gentilmente.

- Dê uma chance a ela, Justin, muitas coisas aconteceram.

- Ela está morando aqui, em Sausalito? – Nada daquilo fazia sentido. Por que não estava morando na casa deles? – Está querendo me dizer que estão se divorciando?

- Sim, estou.

- Foi iniciativa dele ou dela? Kim, você tem que me dizer, tenho o direito de saber.

- Sou a primeira a concordar com você, Justin. – Mas tente dizer isso a ela... – Foi iniciativa dela, mas ele concordou. Não teve outra alternativa.

- Como ela está? Está bem?

- Está ótima. Está morando numa casinha engraçada, trabalhando em novos quadros, e se preparando pra... – E então parou, já tinha ido longe demais.

- Se preparando para o quê? – Estava confuso de novo, e Kimberly o estava deixando maluco. – Kim, aquela galeria fajuta vai fazer uma exposição dela? – Estava furioso. Como tinham a coragem?

- Sabe de uma coisa? Isso é uma loucura. Estamos aqui sentados brincando de fazer perguntas sobre como Marie está, quando a única coisa que ela precisa é você. – Tirou uma caneta da bolsa e puxou um pedaço de papel do meio dos seus anúncios. Anotou o endereço e passou-o pra ele. – Vá, esse é o endereço.

- Agora? – Parecia atordoado enquanto tirava o papel da mão dela. – Mas, e se ela não quiser me ver?

- Vai querer, mas, de agora em diante, está nas suas mãos. – Soltou uma risada.

Ele abriu um sorriso e olhou pra ela, confuso.

- E quanto ao nosso almoço? – Só o que queria era se mandar dali e correr ao encontro de Marie. Não estava querendo ficar sentado nem mais um momento ali com Kim, mas ela sabia, e sorriu.

- Dane-se o nosso almoço, vá.

Ele se inclinou pra beijá-la no rosto e apertou-lhe o ombro.

- Um dia, Kim, eu vou te agradecer. Mas agora – finalmente retribuiu o sorriso – tenho que correr.

Ainda sorria quando chegou ao carro, e cinco minutos depois que deixou Kim alcançava o beco sem saída. Olhou de novo para o pedaço de papel e logo viu que era a casa oculta pelas grandes moitas de margaridas e rodeada pela cerca de estacas. Ficou se perguntando se ela estaria em casa. O que diria pra ela? E se ficasse zangada por ele ter vindo? Não poderia suportar tal reação por parte dela, depois dos longos meses de sonhos. Saiu do carro e caminhou até a porta. Podia ouvir alguém se mexendo lá dentro, e um rádio tocava jazz baixinho. Tocou a campainha, e depois bateu. Mais depressa do que esperava escutou a voz dela dos fundos da casa.

- Oi, Kim! Está aberta, entre! – Abriu a boca pra dizer que não era Kim, mas fechou-a com igual rapidez. Não queria que ela soubesse da verdade até ele estar lá dentro, até tê-la visto, ao menos uma vez, mesmo que por um momento. Só mais uma vez. Empurrou a porta com a mão, entrou na salinha da frente, e não encontrou ninguém. – Já entrou? Estou pintando o outro quarto, já estou indo. – Sentiu como se as suas entranhas estivessem se derretendo, enquanto escutava a voz dela pela primeira vez em cinco meses. Ficou simplesmente parado no mesmo lugar, esperando que ela saísse. Queria lhe dizer alguma coisa, mas não conseguia. Quase sentia que não tinha forças. Mas, então, ela chamou de novo. – Kim? É você?

Dessa vez, ele teve que falar; não queria que ela ficasse assustada.

- Não, Marie, não é. – Fez-se silêncio, então, ele escutou uma coisa caindo. Ficou parado ali, silencioso, imóvel, à espera. Mas não apareceu ninguém, nada aconteceu, ninguém se mexeu. E ele começou a se dirigir para os fundos da casa. Alguns passos e estava parado à porta do quarto minúsculo. – Marie? – Ela estava parada ali, uma mão sobre um berço, apoiando-se sobre a última parede por pintar. Os olhos dele dirigiram-se para os dela, e não pôde reprimir um sorriso. – Desculpe, eu... – E então ele viu, enquanto os olhos dela se dilatavam e o queixo começava a tremer. – Meu Deus, você está... Marie... – Não queria perguntar, não sabia o que dizer. Quando, como e de quem? E, então, sem se importar com o de quem, cruzou a distância que os separava e tomou-a nos braços. Era por esse motivo que estava vendendo os quadros, que estava sozinha. – É nosso, não é? – Perguntou. Ela assentiu, as lágrimas caindo sobre o ombro dele. Justin apertou-a fortemente nos braços. – Por que não me contou? Por que não me procurou? – Afastou-se apenas o suficiente pra lhe olhar o rosto. Ela estava sorrindo.

- Eu não podia. Abandonei você, não podia voltar desse jeito. Pensei que talvez... Depois do bebê...

- Você é louca, mas eu te amo. Por que depois do bebê? Quero estar do seu lado, quero... Ah, Marie, é nosso! – Voltou a apertá-la nos braços, com risos e lágrimas.

- Como me encontrou? – Ela riu enquanto o abraçava. Quando ele não respondeu, ela soube. – Kim.

- Quem sabe? Ou quem sabe aquela galeria que está vendendo os seus trabalhos? Marie, como pôde... – A sua voz foi sumindo, e ela abriu um amplo sorriso.

- Precisei.

- Não precisa mais.

- Mas é que consegui fazer tudo sozinha. Fiquei independente, me virei. Sabe o que isso significa?

- Que você é maravilhosa. Está se divorciando? – Ele a segurava nos braços e lhe tocava suavemente a barriga. Deu um pulo quando o bebê chutou. – Foi o nosso garoto? – Ficou com os olhos embaçados de lágrimas de novo quando ela fez que sim com a cabeça.

- E sim, também estou me divorciando. Vai ser definitivo em maio.

- E o bebê?

- Vai ser definitivo em abril.

- Nesse caso, sua mulher maluca e independente, nós também vamos ser definitivos em maio.

- O que quer dizer com isso? – Mas agora ela estava rindo, e ele também.

- Exatamente o que você está pensando. Arrume suas coisas, vou te levar pra casa.

- Agora? Nem terminei de pintar o quarto do bebê, e...

- E nada, meu amor, vou te levar pra casa.

- Nesse momento? – Largou o pincel e abriu um sorriso.

- Nesse momento. – Puxou-a pra junto de si novamente e beijou-a com toda a ânsia dos últimos cinco meses. – Marie, nunca mais vou ficar sem você de novo, nunca mais. Está me entendendo?

Mas ela apenas sacudiu a cabeça, sorridente, e beijou-o, enquanto a mão dele se dirigia lentamente para o futuro filho deles.

                                                  FIM.


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Notas finais do capítulo

E aí? Decepcionei vocês ou surpreendi? Era como vocês esperavam, melhor ou pior?
Me digam, eu quero muito saber o que todas vocês acharam. E até aquelas leitoras fantasmas e me deixaram 3, 4 reviews na fic toda, apareçam agora e me digam o que acharam desse final. Eu, particularmente, gostei.
Bom, eu só queria agradecer a todas vocês por tudo o que me disseram durante toda a fanfic, pelas palavras de incentivo, pelos conselhos, pelas dicas, por tudo mesmo. Essa foi a primeira fanfic que eu escrevi e confesso que não esperava que tantas pessoas fossem gostar, vocês superaram minhas expectativas. Quero dizer um obrigada especial pra Kaah_1 que foi a única leitora que deixava 1 review em todo capítulo. Muitas vezes eu pensei em desistir de continuar postando, mas ela tava ali me incentivando. Muito obrigada, garota do nome bonito. :)
Todas vocês fizeram um papel muito importante nessa minha jornada como "escritora", e eu só tenho a agradecer. De coração.
Eu amo vocês e nunca vou me esquecer de tudo o que vocês escreveram pra mim nos reviews. ♥
Até algum dia, quem sabe.