Sabe aquele momento, em que alguém te salva, e você acha que tem que retribuí-la como se fosse seu herói? Bom, eu estava vivendo ele.

Simplesmente agi por impulso tentando agradecer o meu salvamento, mas nesse momento de salvamento parecia que eu tinha me esquecido que o meu salvador fora James Metido Potter. Tudo bem que seria mentira se eu negasse que ele beija bem e é muito bonito mas, eu NÃO, repito, NÃO gosto desse maroto, apanhador, inteligente, lindo, e...vocês já devem ter entendido que eu não gosto dele!

Me separei dele abismada com o meu ato, respirei lentamente esperando o ar faltar para eu cair desmaiada ali mesmo. Acho que no momento eu prefiria ficar presa com o Régulo me torturando, á ter que ficar presa aguentando os meus amigos me torturando com um possível interrogatório sem fim.

Todos estavam me olhando paralizados, o choque deles parecia superar o meu. Estavam tão congelados no lugar que poderiam ser estátuas. Mas algo finalmente os tirou do estado de transe. Ouviam-se passos apressados vindos da escada. E de repente, a voz da senhora Black vinda de lá:

- Que estardalhaço foi esse?? O quê houve?? - e parecia estar apertando o passo.

- Depois vamos conversar sobre isso moçinha! - James...pos, Potter me disse mais como o meu pai do que como o meu "colega" de sala.

Ele mal terminara de falar e, a Sra Black passou pela porta e ficou chocada ao se deparar com aquela cena. Quando olhou ao redor e bateu os olhos em Sirius, parecia ter se chocado mais ainda se fosse possível.

- Você?? - perguntou para ele totalmente abismada - Você Sirius?? Não pode ser, você não pode ser meu filho! Você é praticamente um aborto! Quantas vezes já não disse para não andar com esse povinho? - ela gritava tanto que seu rosto chegou a ficar púrpura. E, se fosse possível, naquele momento eu estava com mais medo dela do que eu já fiquei de Você-Sabe-Quem.

- Esse "povinho", é muito melhor do que o seu povo mãe! - Black contra-atacou.

- Já chega! Você não é mais o meu filho! Fora dessa casa! - por um momento até me esqueci que estávamos no meio de uma pequena "batalha" e a Sra Black e Sirius também pareciam ter-se esquecido.

Discretamente peguei minha varinha e, logo mirei-a na Sra Black.

- Estupefaça! - eu berrei.

- Melhor irmos logo, lembrem-se aqui é o refúgio dos Comensais! - Sirius foi logo nos alertando.

Potter me puxou pelo braço e me levou até a saída. Sirius e Dothy já haviam feito um contra-feitiço nos corpos estuporados de Frank e Alice. Estávamos quase partindo, já estávamos montados nas vassouras. Um pingo de esperança de finalmente ir embora daquele lugar bateu em mim.

Mas quando menos esperávamos, mais ou menos uns dez Comensais aparataram e quando nos demos conta, estavam nos perseguindo.

Saimos voando ás pressas pela noite escura. Eu estava montada na mesma vassoura de Potter.

Me virei e berrei "Estupefaça" para um Comensal cujo qual eu acertei. Eu disparava feitiços ás cegas esperando acertar um dos Comensais. Vários raios de luzes verdes disparavam cortando ar daquela noite. De repente um vago pensamento me veio. Os trouxas lá em baixo pensavam o quê?? No mínimo, pensavam estar vendo fogos de artifícios...

...um súbito grito me tirou dos meus pensamentos, um grito que me fez pensar o pior. Era a voz do Sirius ele havia berrado um "Não, não pode ser! Por favor não!" eu não sabia se o meu coração parava ou disparava.

Não dava pra saber o que tinha acontecido, a noite estava muito escura para poder enxergar qualquer coisa! Do nada, Potter  começou a fazer uma curva com a vassoura, ele parecia saber o que tinha acontecido, seu olhar estava muito triste.

- Precisamos voltar, ajudar os outros Potter!! - eu gritei quando vi que nós estávamos nos distanciando dos outros - o que houve?? Por que o Sirius gritou?? - mas ele não me respondeu, simplismente disse:

- Eles vão ficar bem, não podemos voltar! Precisamos ir agora! - pela primeira vez eu tinha a "honra" de ver James Potter exasperado.