Pov. Taylor

Eu costumava odiar você, mas agora eu te amo

Ainda como uma rosa

Ainda como uma rosa

E quando você me beija, eu quero te dar um tapa

Desculpe, está perdido

Eu sinto que eu perdi

Eu mastigo minhas unhas para baixo, eu olho para o chão

Estou chateada

Eu sou tímida

Porque você me jogou, no liquidificador

Eu sou quente

Eu sou fria

            Bom, a primeira estrófe tinha ficado boa.

Só que meio complexa, sei lá.

Eu resolvi soltar um pouco na segunda, e e deixar as coisas bem mais claras.

Você quer me conhecer

Você quer aprender a entrar na minha cabeça

Você quer começar a tocar-me

Porque agora o meu ex está oficialmente morto

Ok, Jensen não estava morto, exatamente.

Mas a palavra “morto” é legal, então eu vou deixar essa mesmo.

Eu não lalalala gosto de você

Eu lalalala te amo

Eu costumava hahaha odiar você

Mas agora eu te amo pra caralho

Bem, eu estava no meu quarto, com uma caneta preta e um caderno do Iron Maiden que eu uso pra compor.

Escrevendo uma música sobre... bem, continuemos com a música.

Estou me sentindo idiota, mas eu não vou te dizer

Eu sou loira

Eu me sinto idiota

Eu sorrio docemente, no dia

De noite eu mudarei

De noite eu mudarei

Eu fumo os meus olhos, esperando que você grite

Seja minha namorada

Seja minha namorada

E quando você apenas flerta, eu vou te dizer que dói

Eu quero mais

Eu quero mais

Você quer me conhecer

Você quer aprender a entrar na minha cabeça

Você quer começar a tocar-me

Porque agora o meu ex está oficialmente morto

Eu não lalalala gosto de você

Eu lalalala te amo

Eu costumava hahaha odiar você

Mas agora eu te amo pra caralho

Eu botei a caneta na boca e mordi de leve a ponta, e por algum motivo essa ação me lembro o Tigrão, o personagem daquele desenho do Ursinho Pooh.

Não pergunte.

Parei de pensar coisas sem sentido e voltei a escrever.

Poderia, poderia, poderia, poderia guardar um segredo

Será que você, você, você, você iria querer mantê-lo

Não, não, não, quero fazer um escândalo

Mas eu poderia te pegar, te pegar, te pegar pela alça

E se você, se você, se você, se você realmente me sente

Então você me pegou, me pegou, me pegou pensando talvez

Por um minuto, talvez dois, mas não em público

Eu vou fazer você lalalala doente de amor

Assim que eu acabei de escrever a penúltima estrofe, ela virou a minha parte favorita da música. Não só por causa da letra, que ficou até legal, mas porque eu podia ver que depois que acertasse a melodia, seria a parte da música mais divertida pra cantar.

Eu não gosto de você lalalala

Lalalala eu te amo

Eu costumava odiar você hahaha

Mas agora eu te amo pra caralho

Eu não gosto de você lalalala

Lalalala eu te amo

Eu costumava odiar você hahaha

Mas agora eu te amo pra caralho

Eu repeti o refrão e então eu acabei Blender, ou I Really Fucking Love You, uma música sobre... bem, você sabe, eu sei, todos nós sabemos que a música é sobre Jared.

Não que eu queira ser namorada dele, e não que eu o ame pra caralho mesmo mas... bem, eu botei só porque ficou legal.

SÓ por isso.

            Eu acabei de compor a melodia e tentei cantar a música.

Não ficou ruim.

Sei lá.

Eu precisava de uma opinião, então eu fui correndo pra casa de Lilo pra ela me dizer o ela achou.

E pra ela me contar as novas.

E pra gente fazer fofoca dos outros durante e nos enchermos de sorvete até explodir.

            Pov. Lindsay

            Lá estava eu, linda, bela, maravilhosa e claro, modesta, na minha humilde residência nova-iorquina, pinta minhas unhas do pé (de roxo :D), quando algum ser dos infernos resolveu bater na minha porta.

Se fosse uma daquelas garotinhas Raio de Sol pedindo pra eu comprar biscoitos, eu juro que matava.

Desci as escadas com cuidado pra não borrar o esmalte e atendi a porta.

- Ah, você. – eu disse quando vi Taylor parada na minha porta, toda enxarcada.

- Ah, obrigada, cara melhor amiga. Eu estou feliz em vê-la também. – Taylor ironizou.

- A culpa não é minha se você resolve aparecer justo quando eu estou ocupadíssima com as minhas queridas unhas dos pés. E, de qualquer jeito, já que você já veio e eu vou ter que te aguentar, por que você está desse jeito? – perguntei, me referindo ao fato de que ela estava molhando o carpete da minha sala.

- Eu estava vindo pra cá, mas caiu uma chuva e eu fiquei com preguiça de voltar pra pegar o guarda-chuva.

- Ah tá. – eu disse. – Sabe onde pegar umas toalhas.

Ela assentiu e correu até o armário do banheiro.

Subi as escadas e voltei a pintar as unhas.

            Depois de alguns minutos, Taylor apareceu na porta do quarto, com o cabelo longo e loiro ainda meio úmido caído pelos ombros, e usando o meu mini-vestido cor-de-rosa, que eu pude deduzir que ela achou no banheiro e resolveu vestir.

- Tá gata. – eu gargalhava descontroladamente da cara de nojo da Taylor.

Ela odeia cor-de-rosa.

- Haha.- ela disse, irônica.

- É sério. – eu disse, ainda rindo. – Imagina se o Jared te vê com esse vestido? O cara enlouquece. – eu ria que nem uma criatura insana.

Pareceu que ela até gostou da ideia.

- Você não tem um preto desse aqui, né?

- Não. Mas você pode ficar com esse.

- Tá. Depois que eu conseguir o que eu quero dele, eu te devolvo.

- Você fala como se estivesse usando-o.

- Eu estou.

- Não está não, você o ama, admita.

- Não amo.

- Ama sim.

- Eu não. E para de rir, sua louca.

- Não dá. – eu continuava a rir.

- Que seja. – ela deu de ombros, enquanto enrolava os dedos na barra do vestido.

            - Você não sabe! – eu gritei, enquanto pintava de as unhas das mãos de Taylor, de preto, é claro.

- O que?

- O John. Ele está com a Falze.

- Não brinca! – a Taylor quase surtou, quase, quase, quaaaaase como eu.

Mas não foi tão quase.

- É sério! E você não sabe o que mais...

- Ah, espera. – ela disse, me cortando. – Eu escrevi algo. Quero que você veja.

- Tá bom.

Ela pegou um caderno dentro da bolsa cheia de coisas furantes (lê-se: tachinhas) e abriu em uma página que tinha uma música.

- Toma. – ela me mostrou o caderno. O nome da música era “Blender”.

            - Uau. – eu disse, assim que acabei de ler. – Você está caidinha pelo tal médico gostosão.

- É. – ela disse, corada.

- Eu não acredito que você ainda tem vergonha de mim.

- Eu não tenho.

- Tem sim.

- Eu não.

- Você sim.

- Não.

- Sim.

- Não.

- Sim.

- Não.

- Não.

- Sim.

- Há! Te peguei, sua otária! – eu gritei pra Taylor e depois me joguei no carpete e retomei as gargalhadas.

Ela me olhou com uma cara tipo “eu mereço...”.