– Você pode me dar o telefone ou não?

– Pra que você quer o telefone da Simone, Deba?

– Anda logo Georg, eu não posso falar!

– Só te passo se você me disser.

– Eu não vou te contar.

– Então eu não te passo.

– Você não esta em condições para negociar. – pensei um pouco, esse Georg estava mesmo me irritando, eu precisava falar com a mãe dos meninos.

– Se eu te falar você vai ter que me ajudar. É isso ou nada. – estreitei os olhos.

– Só por que eu estou muito curioso. Diga primeiro.

– Vou fazer um jantar para os Kaulitz, mas é surpresa. Eu vou chamar a Dona Simone, por isso preciso do telefone dela, você vai chamar os outros, que eu não conheço.

– Legal, vou te dar o telefone sim. Mas por que você se importa tanto? São só seus patrões.

– São meus amigos. – dito isso ele me passou o telefone.

Era hoje, 1 de setembro. Aniversários dos gêmeos. Confirmei mais uma vez com Andreas, um amigo dos meninos – descobri por intermédio de Georg – foi difícil consegui o telefone dele, tive que pegar do celular no quarto de Tom, quase que ele me pega mexendo nas coisas dele, a sorte que eu tinha um paninho na minha mão e usei como desculpa de que estava limpando a escrivaninha, por isso precisei levantar o celular. Ele não pareceu acreditar muito mais não comentou mais nada. Pegou a carteira e o celular e estava saindo de casa.

– Hey Deba, eu e Bill vamos sair agora com Georg, não sei o que deu nele, meio que nos obrigou a sair com ele hoje. Você quer ir?

– Não! – respondi muito rápido e ele estreitou os olhos. – Quer dizer, não obrigada. Tenho que terminar de arrumar algumas coisas, mas é melhor você sair. É seu aniversario, divirta-se!

– Claro... Então até mais tarde.

Estava realmente complicado escolher uma roupa para noite. Eu queria algo que falasse ‘eu sou e mereço ser amiga dos gêmeos’, mas nada que falasse que eu era mais que amiga deles – além de empregada -. Depois eu lembrei que roupas não falam e peguei o primeiro vestido que vi, sapatos vermelhos e jóias douradas, modesta a parte, eu estava linda.

– Está bonita Deborah – ele estava vermelho ao dizer isto.

– Obrigada Gustav, você também. Já esta tudo pronto? – ele estava sendo de grande ajuda no preparo deste jantar.

– Sim só faltam os convidados. – foi só ele falar que a campanha tocou.

Fui atender e não entendi o porquê eu estar tão nervosa, não é como se a mãe dele fosse um bicho de sete cabeças. Abri a porta e me deparei com uma mulher linda de cabelos curtos e lisos, louro quase branco. Linda!

– Oi – dei o meu melhor sorriso.

–Olá! Você deve ser Deborah, certo?

– Sim, pode me chamar de Deba. Entre.

– Oh então você é a famosa Deborah, de quem tanto Tom fala. – o padrasto dele disse.

– Ele fala? - eu estava extremamente curiosa.

– E muito. – foi Simone quem respondeu – Falando nele, ele vai amar esse jantar. Bill também, eles nunca ganharam nada desse tipo – dei um sorriso.

Aos poucos a varanda já estava cheia de convidados e só faltavam os anfitriãos. Estava tudo correndo bem, ate eu me surpreendi com essa idéia de presente. Mas os Kaulitz foram bons amigos, e nada melhor de que reunir todos os outros para comemorar essa tão especial data.

– Georg, eu não acredito que você me fez ir com você nesse passeio inútil – é claro que quem disse isso foi Tom. Eles tinham chegado. Todos, na varanda ficaram em silencio.

– Poxa, eu pensei que vocês iam gostar do presente – Georg poderia ser ator.

– Nós gostamos – Bill disse – Mas eu preferia que você tivesse me dado algo. – fiquei nervosa, será que eles iam gostar?

– Então venham ver o da Deba. – e como planejado Georg os estavam levando a varanda.

– Mãe! – Tom correu para abraçá-la – O que está fazendo aqui?

– Ora, é o aniversario de vocês, sua amiga Deborah me ligou para jantarmos juntos.

– Deborah? – ele sussurrou

Enquanto Bill abraçava Simone, Tom estava olhando no fundo dos meus olhas me deixando constrangida. Deu um sorriso leve e se virou para conversar com Andreas. Depois de muitos agradecimentos da parte de Bill e Tom, finalmente fomos jantar.

Tudo foi um sucesso, pensei enquanto terminava de ajeitar minha cama para ir dormir. Eu estava com sede, fui beber água. Enquanto lavava meu copo senti olhos sobre mim, e o famoso perfume masculino.

– Vai ficar me olhando Tom? – perguntei sem me virar.

– Como sabe que sou eu? – ouvi passos dele se aproximando. Eu dei uma risadinha leve.

– Oras, eu... – me virei, ele estava próximo de mais.

– Foi o melhor presente que já ganhei – encarávamos uns os olhos do outro.

– Foi simples – respondi com a voz fraca. Eu estava tonta, para que ele tinha que estar tão perto?

– Foi você quem deu. – e encostou os lábios nos meus.

Meu coração palpitou, minhas mãos suaram, e instintivamente foram parar em volta do pescoço de Tom. Era um beijo bom, calmo, delicioso. Posso dizer que foi um dos melhores que já dei, com a melhor pessoa também. Tão de repente com começou o beijo terminou.

– O que foi isso Tom? – ele estava me deixando confusa com essas ações.

– Obrigado. – deu um pequeno sorriso e saiu da cozinha sem realmente me deixar uma resposta que acabasse com a confusão em minha mente.

Levei meus dedos aos lábios e senti um pequeno sorriso que tinha se transformado em meu rosto.