Wir Sterben Niemals Aus escrita por Robertaa_R


Capítulo 2
An Deiner Seite (Ich Bin Da)




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Capítulo 2

Eu só estou aqui para te dizer

Você não está sozinho

Eu estou ao seu lado

(An Deiner Seite (Ich Bin Da) Tokio Hotel)

- Está tudo bem com você? – Ouvi uma voz grossa, que acho que vinha do homem sentado ao meu lado, perguntando.  

- Eu pareço bem? - perguntei com a voz mais sarcástica que eu tinha.  Depois que eu virei o rosto e tomei um susto ao ver como ele era lindo, tinha um rosto bonito com um piercing no lábio, tranças afro, e uma bandana preta na testa. 

- Bom, para dizer a verdade, você está horrível – deu um sorrisinho de lado.

- Obrigada – eu agradeci com a voz fraca, eu estava sem forças até para responder a um estranho que tinha me insultado, depois do que tinha acontecido. Quando me lembrei disso as lagrimas vieram com força novamente e parece que chorei mais do que antes. Percebi que o cara ao meu lado arregalou os olhos se eu não tivesse tão mal tenho certeza de que eu estaria rindo da cara engraçada que ele fez.

- Hey, me desculpe, eu só estava tentando ser engraçado. Você não está horrível, quer dizer tá, - fez uma careta - mas tenho certeza que é por causa da chuva que nós estamos pegando agora.

- Não é por isso que estou chorando – minha voz estava rouca.

- Porque é então?

- Vi meu padrasto traindo minha mãe no sofá e quando contei pra ela, ela não acreditou e me expulsou de casa – não acredito que eu estava contando meus problemas para um estranho, um lindo estranho se posso dizer. – Não tenho onde dormir e estou com fome.

- Nossa! Que bela vida você tem, uh? – olhei pra ele com uma sobrancelha arqueada. Sério? Eu estou aqui me desabafando e ele fazendo gracinhas. – Desculpe, é involuntário.

- E você, o que você tem? – eu sabia que um cara lindo como esse não ia está sentado num banco de uma praça, na chuva, e no fim de tarde, sim já era fim de tarde e até agora o que eu tenho no estomago é a panqueca com mel do café da manha.

- Quem disse que eu tenho alguma coisa? – ele levantou o queixo numa atitude mimada.

- Tenho certeza que você não ficaria na chuva por nada.

- Por que eu diria para você, se nem sei seu nome.

- Deborah, prazer – estendi a mão pra ele, ele pegou balançou uma vez e soltou. – e você diria pra mim porque eu acabei de contar minha triste historia pra você, tenho esse direito.

- E por que você quer tanto saber?

- Ouvir problemas dos outros me ajuda a esquecer os meus. – era verdade, ocupar a mente com outras coisas sempre ajuda.

- Eu briguei com meu irmão.

- Porque?

- Eu não entendo! A casa é nossa, mas só ele que dita as regras. É proibido levar garotas pra dormir lá em casa, mas ontem eu estava meio bêbado só percebi que tinha levado alguém quando acordei e vi uma menina só de calcinha e sutiã na minha cama. Levei um torra dele, como se ele fosse minha mãe. E eu sou o irmão mais velho! – ele parecia estar falando mais consigo mesmo do que comigo.

- Aposto que se você tentasse por uma regra que seja boa para os dois ele deixaria.

- Por que eu iria por uma regra?

- Por que você acabou de reclamar de que só ele dita as regras – eu ri de leve com a confusão que ele estava fazendo.

- Certo. Ainda está chovendo vamos para um café nos aquecer. – assustei com a mudança repentina de assunto, mas quando ele disse café, ele queria dizer comida. Levantei num pulo, mas depois sentei novamente quando lembrei que não tinha dinheiro.

- Por que sentou? – ele já estava de pé.

- Não tenho dinheiro - Minhas bochechas coraram, eu tenho certeza, é vergonhoso dizer isso. Ele olhou pra mim com uma cara estranha.

- Eu convidei, eu pago – já disse que eu sou muito orgulhosa? Pois é eu sou, não queria aceitar caridade de ninguém, embora precisasse. – Venha logo. – ele disse quando percebeu que eu não iria. – você não vai vir? Sério, que você não vai aceitar tomar um café com Tom Kaulitz? – já ouvi esse nome em algum lugar. – Então tudo bem, se você não for eu também não vou – sentou do meu lado.

Eu estou com fome, de verdade, vou engolir esse orgulho agora, antes que ele desista mesmo de me levar para comer. Levantei-me num jato, assim que ele sentou.

- Vamos logo! – ele deu uma risadinha baixa e se levantou andando do meu lado com as mãos no bolso.

Andamos o percurso todo, que não era tão longe, em silêncio. Ao chegarmos no café ele empurrou a cadeira pra trás para mim, uma atitude de um cavalheiro. Agradeci baixinho e me sentei. Logo uma garçonete veio até nós, olhou maliciosamente para Tom e perguntou com uma voz que acho que era para ser sedutora:

- O que vai ser hoje?

- Só café, bem forte pra mim – ele respondeu olhando para ela do mesmo modo e passando a língua no piercing, preciso dizer que aquilo foi muito sexy.

- E você? – ela se virou preguiçosamente pra mim.

- Quero achocolatado e biscoitos de chocolate. – tenho certeza que meus olhos azuis estavam brilhando. Eu simplesmente amo achocolatado com biscoitos.

- Ok – ela saiu rebolando. Olhei pra Tom com um sorriso tímido, esperando que ele começasse um assunto.

- Nós vamos a um café e você pede achocolatado com biscoito?

- Não gosto de café, embora achocolatado engorde hoje eu me permito comer.

- Desde quando você precisa se preocupar com isso, você é magrinha.

- Desde que eu danço balé na melhor academia de Berlin – dançava - e não posso engordar.

-Você é bailarina?

- Sou. – respondi tão rápida, e depois que percebi o erro me corrigi – era.

- Porque ‘era’?

- Por que fui demitida hoje e não vou poder pagar o curso. – respondi olhando pra mesa.

- Seu dia tá muito legal hoje em?

- Vamos mudar de assunto? – estava me sentindo desconfortável de ficar falando dos meus problemas.

- Como queria. Onde você vai ficar essa noite, já que está sem casa? – antes que eu pudesse responder a garçonete chegou com os nossos pedidos. Aah quase babei quando a vi pondo aquele copo enorme de achocolatado na minha frente, fazia tanto tempo que não tomava.

- Obrigada. – agradeci por mim e por Tom quando vi que ele não estava com a intenção de fazê-lo.

Eu tinha mania de por um biscoito na boca depois por um gole do achocolatado e ficar mastigando os dois juntos pra depois engoli-los. Estava fazendo isso distraidamente quando percebo que tom ta me encarando, engoli tudo de uma vez e perguntei com os olhos arregalados.

- O que foi?

- Por que você faz isso? – entendi do que ele estava falando, eu achava que isso era normal ate ele perguntar.

- Mania, isso é muito normal.

- Não é não, é estranho.

- Obrigada – não sabia o que dizer depois de ouvir que o modo com que eu mastigava era estranho, ele riu.

- Então, você ainda não me respondeu, onde você vai dormir se está sem casa?

- Não sei. Na rua, na praça, no chão, vou ficar acordada. Tanto faz, contanto que amanhã eu esteja viva.

- Por que você tem que estar viva amanhã? – que pergunta estranha.

- Sabe, por mais que me vida esteja uma meda, como está, é legal viver.

- Ah sim. Se você quiser você pode dormir lá em casa.

- Hmmm. Obrigada, mas uma das regras do seu irmão não é que é proibido levar garotas.

- É proibido quando você for fazer coisas proibidas com ela. Nós vamos fazer coisas proibidas? – ele perguntou passando a língua no piercing, eu quase disse que sim depois de ele ter feito aquilo.

- Não, eu estou me guardando para o Dirk. – ele engasgou.

- Você é virgem? – ele estava com os olhos arregalados como se isso fosse muito raro, o que não é verdade, ainda tem muita menina direita nesse mundo.

- Sou até o Dirk me chamar para sair – eu dei um sorriso sapeca.

- Quem é Dirk?

- Aah é um bailarino da academia, ele é o melhor de Berlin, pelo menos em minha opinião. Ele é lindo, têm os olhos azuis, o cabelo louro quase branco, ele é....

- Argh eu não quero ouvir uma garota bonita falando para mim de outro cara – ele me interrompeu com a cara fechada.

- Certo.

- Então, já que nós não vamos fazer nada proibido, você vai dormir lá em casa?

E agora? O que eu vou responder, eu quero muito dizer que sim, mas é estranho já que conheci ele hoje, tenho um pouco de medo. E ainda tem o irmão dele, se ele me tratar mal? Se bem que é só por uma noite. Amanhã eu passo em casa e pego minhas escassas economias e vejo se durmo em alguma pensão enquanto durante o dia procuro um emprego. Ainda assim...

- Não se preocupe, eu não vou te estuprar – ele disse rindo.

- Então eu vou dormir lá. – eu disse antes que desistisse da minha decisão, ele assentiu, concordando – heey e...  Hm...  Muito obrigada por isso ok?

- Por nada. Agora vamos? – ele perguntou se levantando de deixando 10 euros sobre a mesa

- Vamos.

Ao sair lá fora eu tremi de frio, minhas roupas ainda estavam molhadas e estava ventando muito, acho que Tom percebeu porque pôs os braços sobre meus ombros, eu não comentei nada, eu estava com frio. Estávamos indo em direção a casa dele, e era perto da pracinha, quando vi que casa era eu tomei um susto!

- Como eu não pude perceber antes, eu sabia que eu o conhecia de algum lugar, você é daquela banda certo? Como é mesmo o nome...

Eu ficava estralando os dedos tentando lembrar o nome da banda, eu tenho certeza que era uma conhecida, por que vira e meche eu passava em frente a essa casa e estava cheia de fãns com pôsters  a espera de que seu ídolo saísse a porta.

- Tokio Hotel – ele respondeu por mim.

- Isso! Ah que legal vou dormir na casa de uma banda famosa. – ele riu com minha empolgação.

- Você não gosta de Tokio Hotel Deborah?

- Me chame de Deba, Débora é formal de mais. Não é que eu não goste, é que não tenho tempo para ouvir musicas, sempre estou ensaiando ou preparando aulas.

- Sei... – ele não parecia muito convencido.

Pegou a chaves de um dos bolsos daquela calça enorme, que tenho certeza que cabia dois dele dentro delas e abriu a porta, ele entrou na minha frente e me convidou com um aceno de cabeça para entrar também, jogou a chaves na mesinha no centro da sala.

- Bill? – gritou a procura de alguém, acredito. – Gustav? Georg? – esperou por respostas e nada. - Bom, acho que não tem ninguém em casa. Venha, vou pegar uma toalha pra você tomar banho e tirar essa roupa molhada. – saiu me puxando pela mão escada acima. A casa era enorme.

Ele entrou no seu quarto, pelo menos eu acho que era, pelo numero de tênis que tinham espalhados pelo chão. Pegou uma toalha e me entregou.

- O banheiro é ali, vou tomar meu banho no quarto de hospedes.

- Não devia ser o contrario? – perguntei sorrindo.

- O chuveiro daí é melhor.

- Obrigada. – peguei sua mão – obrigada mesmo, de verdade.

- Tá tudo bem – ele sorriu fraco, pegou uma toalha pra si e saiu do quarto.

Fui direto para o banheiro tomar meu banho, e ao tirar a roupa estava grudando no meu corpo, ainda estavam bem molhadas. A água quente do chuveiro relaxou todos os meus músculos, eu quase gemi de tão bom que foi quando ela entrou em contato com minha pele. Resolvi não molhar meu cabelo, já que não estava em minha casa não poderia demorar muito no banho, passei o sabão pelo meu corpo e sai do chuveiro me enrolando na toalha. Só depois que sai do quarto que percebi que não tinha nenhuma roupa para vestir, sentei na cama de Tom, e fiquei esperando ele chegar. Ele entrou e olhou pra mim e quando percebeu que eu estava só de toalha passou a língua no piercing.  Eu juro que ainda agarro esse menino quando ele fizer isso.

- Não tenho roupa pra vestir – declarei melancólica.

- Por mim tudo bem você ficar pelada.

- Tom! – o repreendi.

- Certo, Foco tom foco. – ele parecia estar falando com sigo mesmo – que tal você por uma blusa minha? Elas são grandes e é só pra dormir mesmo.

- Por mim tudo bem.

- Você pode por uma cueca minha também, tem umas novas que eu nunca usei.

- Iria ser bom, já que minhas peças intimas estão molhadas também, mas não vai ficar grande? – ele começou a rir escandalosamente, depois percebi o que eu tinha dito – não! Quer dizer... Aah eu não quis dizer isso... Eu nem sei o tamanho do seu... Argh... – eu estava um pimentão eu tenho certeza.

-Tá tudo bem, eu entendi. – ele continuou rindo, me deixando mais envergonhada ainda. – Já arrumei o quarto lá para você dormir. – ele dizia enquanto pegava naquele closet enorme uma cueca e um blusão pra mim, ele me deu com os braços estendidos. – vou sair para você poder se vestir.

- Não precisa. – ele me olhou estranho, mas era verdade, não precisava.

 Ainda de toalha pus a cueca, ficou um pouco grande, é claro, mas o elástico do cós não a deixou cair e pus o blusão por cima da toalha, depois de vestida tirei a toalha sem que precisasse levantar muito o blusão, fiz isso com o Tom me olhando de olhos arregalados. Andei até perto da porta e me olhei no espelho que tinha ali. Dei crise de risos. Eu estava horrível com um blusão que ia até o joelho, eu era muito baixinha, 1,58 apenas, com um cabelo em um coque fouxo com uns fios escapando descalça. Tom riu comigo, a risada dele era gostosa.

- Me mostre onde é o quarto? Estou com sono.

- Claro. Por aqui senhorita. – disse ele se abaixando, fazendo gracinha

- Obrigado nobre cavalheiro – ri disso, há muito tempo eu não ria como eu ri hoje. O quarto era bonito, com uma cama de casal arrumadinha pronta pra alguém, no caso eu, dormir, ele era todo em tons claros. – Boa noite. – ele disse tão baixo que eu quase não ouvi, quando virei pra responder ele já tinha saído do quarto.

Andei até a janela e percebi que chovia de novo, dessa vez mais forte, um relâmpago tocou o céu e eu dei um pulo de susto. Mein Gott além de ter que dormir no escuro vou ter que escutar barulhos de relâmpagos? Sim, eu tinha medo de escuro e relâmpagos. Fui para a cama tentar dormir. Assim que deitei escutei um raio mais forte, dei um gritinho, deitei de novo e tentei dormir, quando estava quase conseguindo eu escutei um pior do que o anterior, maior, mais barulhento e mais assustador.

Levantei num pulo e sai correndo do quarto em direção ao quarto do Tom, fiquei batendo que nem uma louca ate que ele abriu a porta só de bermuda, se eu não tivesse com tanto medo eu ia ficar babando por ele.

- O que foi Deba? – ele perguntou meio cansado, meio alarmado.

- Tô com medo. – respondi baixinho.

- O que? Serio? – ele riu de leve. – pode entrar.

- Obrigada. - eu entrei no quarto dele e deitei na cama, bem na ponta. Ele deitou e se virou de frente pra mim.

- Você quer que eu te abrace também? – ele perguntou passando novamente a língua no piercing.

 - Não precisa. – dei um sorriso. – assim tá bom, além do que seu quarto é mais claro.

- Você tem medo do escuro também? – ele riu.

- Tenho. Agora cala a boca que eu quero dormir. – fechei os olhos e quando eu estava quase dormindo ouvi outro raio, instantaneamente eu abracei Tom, tentando me proteger. Não me pergunte do que. Ele riu e me enlaçou pela cintura. Deitei a cabeça em seu peito e finalmente me entreguei aos braços de Morfeu.

Foi a melhor noite de sono da minha vida, eu dormi me sentindo segura, e já acordei vermelha ao lembrar de como dormi, percebo que não tem ninguém ao meu lado.

-Tom? Tom cadê você? – quase pude ouvir grilos em resposta.

Pensei que talvez ele estivesse na cozinha tomando café, desci procurando por aquele cômodo naquela casa enorme, não demorei muito, eu estava certa em descer as escadas, a cozinha era no primeiro andar. Quando estava quase chegando lá pude ouvir uma voz bonita, mas que aparentava estar com raiva dizendo:

- Tom eu já não te disse pra não trazer essas prostitutas pra dormir aqui? – a prostituta era eu?

- Hey eu não sou prostituta! – vi quatro pares de olhos olhando pra mim.


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Notas finais do capítulo

Heey gatinhaas *--* oq acharam??comeetem e me digam.. obgd a qm comentou no ultomo :D:Ddesculpe pelos erros.. beijos amores :*