- Droga, minha cabeça – reclamei me levantando. Vi que eu ainda estava vestido e de sapatos. No relógio marcava cinco horas da manhã, com certeza eu não conseguiria dormir novamente, então decidi tomar um banho para ocupar meu tempo. Não demorou tanto o quanto eu esperava, sai do Box do banheiro.

- Ahhh – senti que alguma coisa passou em cima do meu pé.  Vi saindo do banheiro um rato enorme e peludo. – Ah eu não acredito, seu filho de uma.. de uma.... rata. Você me paga. – peguei o rodo que havia no banheiro e corri atrás desse rato, quase caindo ali na porta. Ele foi em direção as escadas, fui atrás dele. Ao chegar ao ultimo degrau, a minha toalha engarranchou na escada e fiquei totalmente nu, Charlie que estava tomando café na cozinha, quando me viu cuspiu todo suco que ele estava bebendo.

 - Que isso muleque, tá pensando que aqui é praia de nudismo, coloca logo uma roupa, posso te prender por tentado ao pudor – ele falou isso olhando em direção da janela.

   Peguei minha toalha rapidamente e me cobri.

 - Tem um rato aqui embaixo. – olhei em volta para ver se achava ele.

 - O que? Rato?

 - É ele está aqui na cozinha.

  Charlie foi em direção a sua arma que ele pendurava ali perto,  e voltou para cozinha.

 - Charlie o que você vai fazer com isso? – perguntei assustado.

 - Matar o rato. – falou ele como aquilo fosse o obvio, e ficou vasculhando a cozinha.

 - Charlie é melhor não – nem queria imaginar o que pode acontecer com Charlie com essa arma aqui dentro.

 - Não,  esse desgraçado merece morrer, ninguém mandou ele invadir minha casa. – ao terminar de falar Charlie deu um tiro, no desespero corri e pulei atrás do sofá. – Vem cá não foge não. – fiquei escondido atrás do sofá. Fui dar uma espiadinha para ver o que estava acontecendo, e o vaso que estava ao lado de mim se espatifou todo e voltei pro meu esconderijo rapidinho.

 - CHARLIE EU ESTOU AQUI. – gritei para ele.

 - Foi mal.

 Queria correr lá para cima, mas o jeito que o Charlie é louco não era muito confiável. Avistei o rato correndo na minha direção, meu deus isso só pode ser perseguição. Pulei o sofá e com as mãos na cabeça.

 - Charlie ele está atrás de mim – falei isso e Charlie disparou mais uma vez, graças a deus não acertou em mim, olhei para trás e o rato estava todo espatifado no chão.

 - Perdeu, ratinho, perdeu. – Charlie ao falar isso soprou o cano do revolver e colocou no bolso, como se fosse aqueles filmes de faroeste. – Agora tire o cadáver da sala, tenho que ir pescar, quando eu voltar é melhor você ter tirado isso daí. – ele pegou uma vara de pesca que estava perto da porta e saiu. Fiquei mais alguns minutos parado ali em choque.

 Depois de tirar o cadáver do rato da sala, subi para jogar um desinfetante, água sanitária soda caustica, qualquer coisa no meu pé. Fiquei um longo tempo esfregando meu pé, vai saber onde esse ratou passou. Fui para o meu quarto colocar uma roupa. Coloquei uma calça de moletom confortável e uma regata branca depois de toda essa loucura, não ocupou tanto o meu tempo e aquele assunto voltou a minha cabeça. Liguei o meu computador pré histórico, a internet aqui era uma porcaria, só para conectar demorava uma eternidade e fazia um barulho assustador. Desci lá pra cozinha e peguei uma tigela de cereal e subi. Aquele negocio ainda estava conectando, me sentei na minha cama e comi o lentamente. Depois de horas – exagero meu – a internet conectou. Até desanimava mexer, agora era mais uma eternidade para procurar, digitei na caixa de pesquisa.

  vampiro

Depois de eu ter quase dormindo na cadeira os resultados apareceram, havia muita coisa para ver, apareceram The Vampire Diaries, True Blood e outros. Cliquei no Sanguessuga de A-a-10, não deveria ser de A-Z? ah tanto faz. Tinha varias fotos de vampiro nesse site e falava de várias lendas de vampiros de todas as partes do mundo. No primeiro falava que a sua principal presa era mulheres bonitas, então já fui para o próximo porque eu não me encaixava nesse requisito. E depois a maioria dos mitos de vampiros tinha mulheres bonitas como demônios. Nessa parte eu apavorei, Bella demônia? Engoli em seco. Tinha dois que se encaixavam, era o Varacolaci que era um morto vivo que era capaz de parecer como um ser humano tão bonito de pele clara e um tal de Nelapsi, uma criatura tão forte e rápida, e tinha outro que tinha um nome de prato de macarrão italiano, Stregoni benefici, que era um vampiro que diz estar ao lado do bem e é inimigo mortal dos vampiros do mal. Pelo menos tinha um bom. Mas nenhum se encaixava com as historias que a Leah me contou ou minhas próprias observações que eram velocidade, força, beleza, pele clara, olhos que mudam de cor, e sobre o que a Leah me contou, bebedores de sangue, inimigo do lobisomem e imortais. Nenhum coincidia. Pelo que vi em filmes eles viravam churrasquinho no sol, queimavam até virarem pó.

    Eu devo estar ficando louco, puxei rapidamente a tomada do computador, deu uns curto circuito e uns pipoco, quase que eu boto fofo na casa.

       Era loucura demais, essa cidade estava me deixando louco, o que e deu em mim, pra ficar procurando coisas sobre vampiro?  Deitei em minha cama, queria esquecer esse assunto, mas estava impossível. Seria verdade o que Leah disse sobre os Cullen? Mas alguma coisa eles tinham, eles não eram normais, velocidade, força, e mais umas coisinhas que vieram a minha cabeça, eles sempre pareciam não comer, e havia a elegância perturbadora com que cada um deles de movimentavam. Será que eles são vampiros? Algumas coisa eles tinham que ser. Bella não era humana, era alguma coisa a mais. Mas e se ela for uma vampira de verdade, o que eu iria fazer? Vamos ver minhas opções, hmm deixa eu ver... primeira, eu iria fazer o que ela disse, ser inteligente e evitar ela, ficar longe dela, cancelar a viagem até Seattle e ignorá-la e falar para ela me deixar em paz, não gostei dessa opção, vamos para a outra...letra B, quero dizer segunda opção, eu não ia fazer nada, se ela era mesma uma vampira, até agora ela não fez nada para me machucar, ao contrario ela tinha me salvado, se não fosse por ela tinha já teria batido as botas, então pelo menos ela era do bem, e terceira opção eu não tenho no momento, então acho que fico com a segunda opção. Acho que já tinha ido longe demais, só de pensar na voz dela, nos olhos hipnóticos, e da sua personalidade o que eu mais queria era estar com ela, dá nada não se ela for vampira, não tenho preconceito. Pensando em tudo isso acabei cochilando, e acabei acordando só de tarde . Ao descer as escadas, Charlie já havia chegado, colocando vários peixes em cima da pia.

 - O que você vai fazer com isso daí?

 - Comer.

 - Mas pra que tudo isso? E afinal você sabe cozinhar peixe? – Charlie também não tinha dotes culinário que nem eu.

 - A gente dá um jeito.

 - A gente virgula, eu não vou fazer nada, detesto peixe. – falei pegando alguma coisa para comer e subi para o meu quarto.

 - Ok, eu não preciso da sua ajuda – Charlie falou lá de embaixo.

  Fiz o meu dever de casa que ocupou grande parte do meu tempo, principalmente o de matemática, odeio aqueles números e depois disso dormi.

   Acordei, feliz por não ter sonhos estranhos e também porque havia uma luz amarela vindo da janela, era o sol. Aleluia senhor, uma luz para iluminar essa cidade de Lost. Pulei para a janela, para tentar abri-la, e parte dela caiu do lado de fora.

 - Ah que ótimo. – já era de se esperar, há quantos anos não abrem essa janela.?

 Desci alegre as escadas. Charlie viu meu estado de espírito.

 - O que você viu? Mulher pelada. – Charlie perguntou tomando seu café.

 - Não, está sol aqui.

  - Você tinha que se preocupar logo com sol, com certeza não é o meu filho.

  - Espero que você tenha razão. – concordei. Até hoje ainda não entendo como minha mãe foi se envolver com Charlie, e ainda ter um filho, acho que ela não tinha nada na cabeça nessa época, pra falar verdade ela não tem nada até hoje.

    Tomei meu café rapidamente e fui para escola. Foi um sacrifício para mim abrir aquelas janelas, pensei em quebrar elas, mas pensei bem porque não ia ser toda dia que ia acontecer um milagre para fazer sol aqui, Chevy boca de fumo iria virar uma piscina.

       Fui um dos primeiros a chegar na escola, então fui para os bancos de piquenique que ficavam do outro lado do refeitório e me sentei lá, meu dever já estava pronto, se nada para fazer, fiquei lá mesmo tomando um pouco de sol pro palmito aqui pegar uma corzinha. Estava curtindo o sol quando escuto alguém me chamar. Lá se foi meu banho de sol.

 - EDWARD! – tinha que ser o Eric, percebi que a escola já tinha lotado. Todos estavam de camiseta, e uns também de short. Eric estava vindo na minha direção com um bermuda branca acima dos joelhos, aquilo estava curto e muito apertado – apertado mesmo – com uma blusa agarrada Pink. Ô visão dos inferno.

look Eric http://fashion.me/looks/1904413/look-eric

 - Oi fofinho, que dia bonito. – falou ele se sentando ao meu lado.

 - Estava bonito – falei mal humorado.

 - Sabia que você está um pedaço não uma rodovia inteira de mau caminho. – ele abaixou os óculos e piscou para mim.

Edwardhttp://2.bp.blogspot.com/_8xQksnnWxoI/Smi7W2G5_zI/AAAAAAAADNg/1paDb_ARv1o/edward-cullen1.jpg

Olhei em volta para ver se alguém estava olhando se eu matasse ele ali e jogasse ali no bosque ninguém iria perceber.

 - Vai procurar quem te quer – sai de lá e fui para minha aproxima aula. Mike foi junto comigo, falando o tempo inteiro sobre aquela droga de baile. Me chamou também para ir a Port Angeles com ele e os outros garotos,  para a gente se divertir, respondi lhe um talvez. Quando deu a hora do almoço Mike ainda estava tagarelando , nem prestava mais atenção, ele não tem um botão de desligar não? Chegando perto do refeitório minha ansiedade aumentava mais, queria ver Bella principalmente, mas também o resto dos Cullen, para ver se minhas suspeitas faziam algum sentido. Ao chegar olhei o que era costume para a mesa deles, e eles não estavam lá. Ai meu deus, cadê os Cullen? Gente eles sumiram, cadê eles? Entrei em pânico, olhei na esperança de ver Bella sentada sozinha esperando por mim, mas também estava vazia. Droga. Me arrastei para a mesa onde  sentávamos, e me joguei lá de qualquer jeito, não queria saber mais de nada também. Revoltei.