Sirius, o Sedutor escrita por N_blackie


Capítulo 9
Capítulo 9




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A Maior Despedida de Solteiro da História

A boate que nós fomos para a despedida é um lugarzinho legal, com paredes forradas de veludo vermelho e dançarinas só de lingerie dançando nuns postes bem altos. James arregalou os olhos quando sentamos numa mesa circular, e uma garota vestida de bombeiro apareceu trazendo bebidas.

- Oi, gatinhos. – ela lambeu os lábios e olhou para a gente. Do meu lado Peter ofegou, e senti vontade de rir. Claro que eu já havia estado num lugar desses, mas eles não. – Hum... Vários garotões e um deles com cara de nervoso... Vai casar, né?

James balançou a cabeça para cima e para baixo com cara de assustado, e ela sorriu maliciosa. "Vou arranjar tratamento especial, então."

Comecei a rir e a bater palmas, bagunçando os cabelos de James. Chegaram, então, uma moça para cada um, e a minha era uma morena bem bonita. Todas subiram no nosso colo e começaram a dançar. Por mais legal e empolgante que elas fossem, minha cabeça não conseguia se concentrar em apreciar a moça na minha frente. Deixei que ela parasse e quando foi buscar outra bebida, me levantei. James ergueu as sobrancelhas. "Já vai?"

- Tenho um assunto para resolver. – disse, pegando meu casaco. James ergueu o polegar e eu sai, subindo na motocicleta com ansiedade, sem nem ver o caminho. Quando vi estava na porta da mansão dos Mckinnon, tocando a campainha.

- Alô?

- Sirius Black. – disse num tom mais autoritário do que estou acostumado, mas mesmo assim o mordomo abriu o portão assim que ouviu meu sobrenome. Estacionei na porta dos fundos e disquei o número de Marlene no celular.

- Marlene.

- Leninha, sou eu.

- Sirius? Você não devia estar na despedida de solteiro?

- Devia, mas eu quero ver você. – confessei, fechando os olhos de raiva por ter sido tão direto. Escutei o riso dela do outro lado, aquele riso sutil e discreto que ela dá quando sabe que é necessária.

- Onde você está?

- Na porta dos fundos da sua casa.

- E Oliver deixou você entrar?

- Sim.

- Um minuto.

E desligou. Esperei menos de cinco minutos ali, encostado na moto e batendo os pés nervosamente no chão. Marlene apareceu vestida para ficar em casa, com um vestido simples e azulado. Sem pensar, andei até ela em silêncio, trazendo-a para perto de mim pela cintura.

- Não achei que fosse aparecer aqui. – ela disse surpresa. Sorri involuntariamente.

- Estava na boate já, mas você fez alguma coisa em mim. Não consigo parar de pensar em você.

- Não me venha com essa.

- Estou falando sério. Você não sai da minha cabeça, sinto ciúmes, tenho esperança. Você é especial.

- Ora, ora. – ela se surpreendeu. Sorri e a beijei, sentindo como se estivesse viciado nela. Entramos pela porta dos fundos mesmo, ela enroscada nos meus braços. Não queria soltá-la em hipótese alguma, e foi assim que ela foi até seu quarto. Quando a porta foi fechada, tirei meu casaco e meus sapatos enquanto a beijava descontroladamente. Ter Marlene sóbrio é duas vezes melhor do que tê-la bêbado, conclui enquanto a beijava no pescoço, ombros e colo.

Ela pareceu pensar o mesmo, pois agarrou com força em meus cabelos, me trazendo para mais perto a cada investida que dava. Cai ao lado dela com um baque surdo, e nos olhamos, trêmulos e ofegantes. Marlene começou a rir, e rolando para o lado, subiu em cima do meu peito.

- Somos loucos.

- Você é, eu estava perfeitamente são. – acariciei seu rosto, sentindo a maciez dos seus cabelos e pele nos meus dedos.

- Não acredito que dispensou uma dançarina para ficar comigo.

- Você é melhor que a dançarina mais bem paga do mundo. – beijei seus lábios mais uma vez.

- Seria demais dizer que eu acho que te amo? – ela perguntou, e consegui sentir fisicamente o peso que aquela frase teria para mim. Claro que muitas garotas das quais fiquei já disseram coisas assim, mas nenhuma tinha tanto peso quanto Marlene. Neguei com a cabeça, mas esclareci:

- Eu não vou dizer nada até ter certeza. Tudo bem para você?

- Não estou cobrando nada. – ela sorriu, afastando meus cabelos do rosto e dando um beijo em cada bochecha. – Vai voltar à New York?

- Vou. Ainda mais agora. Se eu ficar aqui meus pais vão marcar a data do meu casamento com você assim que eu disser que dormimos juntos.

Marlene gargalhou, e meus olhos começaram a ficar pesados. "Estou com medo de dormir." Confessei, e ela me olhou curiosa. "E se você sumir de novo?" cogitei, interessado para saber o que ela responderia.

- Juro que não vou sumir.

- Olha que eu corro atrás. – garanti, e ela balançou a cabeça.

- Juro mesmo.

- Amanhã estará comigo no casamento? – perguntei, e ela fez que sim. Fechei os olhos, satisfeito, e ela se deitou ao meu lado. Com as mãos a abraçando, dormi.


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