Luigi chegou correndo em seu quarto e foi direto para sua cama, procurar seja lá o que fosse que Hermes disse que deixaria. Procurou, procurou, procurou, mas não achou, revirou as cobertas, fez tudo mas não achou nada. Começou então a achar que o que ele virs em seu sonho não foi real, e sim uma alucinação.

     -Hermes meu pai, fala sério. -Resmungou para si mesmo.

      De repente Arthur chega no quarto segurando um pergaminho todo velho e completamente rasgado.

     -Isso é aqui é seu Luigi? -Perguntou Arthur ainda examinando o pergaminho.

      -Aonde conseguiu isso?

      -Apareceu na sua cama de repente. -Respondeu Arthur como se nada disso fosse estranho.

      Luigi congelou, o seu sonho foi real, aquele monstro era bem real, e o mais estranho, Hermes era seu pai. Luigi correu na direção de Arthur e lhe arrancou o pergaminho da mão para poder examiná-lo. Estava tudo escrito em uma outra língua, possivelmente, o grego antigo.

     -O que é isso? -Perguntou Arthur.

     Luigi todo o seu sonho com Hermes.

     -Conta outra cara! -Caçoou Arthur.

     -É sério, Hermes é meu pai, e ele me disse que seu pai é um deus olimpiano também, só que não sabe qual.

      -E como eu nunca soube disso?

      -Porque talvez não fosse a hora séria para contar!

       -Isso é patético.

        -Então explica a pedra que está no seu bolso!

         Nesse momento Arthur ficou parado, seu olhar parou em seu bolso enquanto ele retirava a pedra.

        -Não pode ser, isso não é possível. -Disse Arthur olhando para a pedra. -Quer dizer que isso aqui é um dos quatro elementos?

       Luigi assentiu com a cabeça.

       -E se não fomos rápidos, o nosso mundo pode acabar. -Acrescentou Luigi.

       -Mas por quê?

       -Sei lá, deve por causa desse troço do equilíbrio dos quatro elementos, alguma coisa assim.

       -Mas por que tem que ser a gente?

       -Hermes disse que a gente tem uma aura de poder muito forte, e como os deuses não podem sair do olimpo, ele quer que agente vá recuperar as pedras.

       -Sei não... o que está escrito nesse pergaminho?

        -Não sei, parece algo em grego antigo.

        -Espera aí. -Arthur saiu correndo do quarto, e voltou com um livro na mão. -Meu livro de história da escola, ele tem uma página com algumas traduções do grego antigo. -Explicou.

       Juntos, Luigi e Arthur conseguirão decifrar o que estava escrito, algo como: "Na plantação de milho, o portal se encontra."

      -O quer dizer isso? -Perguntou Arthur.

       -Não sei, mas hoje a noite a gente vai lá na plantação de milho. -Respondeu Luigi.

        Quando já devia ser umas onze horas da noite, Luigi chamou Arthur para ir ver o que tinha na plantação de milho. Pegaram duas lanternas e saíram na escuridão da noite. Chegaram na plantação e deram uma vasta olhada para ver se não tinha ninguém.

        -Eu vou primeiro. -Disse Luigi, Arthur não disse nada.

         Não dava para se ver nada na escuridão da noite, somente os milhos, só dava para se ouvir o vento uivando e soprand, deixando uma leve brisa no ar. Ficaram ali por minutos, mas não acharam nada.

        -Vamos embora.- Disse Arthur. -Não iremos achar nada aqui.

        -Concordo, vamos embora.

         Mas no caminho, a lanterna de Luigi iluminou algo que refletiu a luz.

        -Vem aqui. -Chamou Luigi.

         Arthur foi atrás, resmungando. 

         Ao chegarem mais perto, viram que se tratava de um cajado, mas não um cajado comum, um cajado de ouro com duas cobras e duas asas, era o cajado de Hermes.

         -Você pega. -Disse Arthur se afastando.

        -Claro, claro, -Disse Luigi se aproximando lentamente do cajado. -É de meu pai, que mal pode fazer?

       Ao tocar no cajado, as cobras que estavam enroladas neles se soltaram e começaram a flutuar.

       -O que é isso?! -Gritou Arthur e já ia sair correndo, mas Luigisegurou sua camiseta.

         As cobras começaram a rodar em círculos no ar, e foram aumentando a velocidade, aumentando, aumentando, até que no centro do círculo que estavam girando se formou um portal.

       -Eu não entro aí! -Disse Arthur querendo correr.

        Mas a força da pressão do portal começou a sugar Luigi e Arthur, primeiro foi o cajado, depois alguns milhos, e depois Luig com Arthur junto, Depois as cobras entraram e o portal se defez, como se nunca tivesse existido.