Um Intercâmbio Muito Louco escrita por Mariced


Capítulo 5
Capítulo V


Notas iniciais do capítulo

~capítulo reescrito por conta da exclusão das categorias de histórias com pessoas reais~



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No capítulo anterior...

"– De qualquer forma, fiquei uma gata – ela gargalhou.

– Só você, Jace, só você – senti algo estranho quando ela pronunciou o meu nome – Hoje foi um longo dia. Até amanhã.

– Até amanhã – murmurei, indo para o quarto.

De uma coisa eu tinha certeza. Esses dois meses serão muito divertidos."


Capítulo V


POV – Marina


Já fazia duas semanas que eu estava no exterior. Meu inglês estava dez vezes melhor e comecei a aprender francês. Não foi tão difícil quanto eu pensei que seria morar com Jace Bellony. Eu nem o via.


Noutra noite, Katy comentou que ele iria entrar de “férias” dos shows por quase dois meses. Isso ai! Até eu ir embora, Jace ficará de férias. Pelo menos foi engraçado contar para Mariana.



Flashback On



É prosti, é prostituto, é prosti, é prostituto, é prosti, é prostituto, é prosti, é prostituto


Mais ta de calça nós abaixa, tá de saia nós levanta, Ricardinho é o prostituto o Buiú é o muleque piranha.


Saltei da cama quando ouvi meu celular tocando. Que droga é essa? Mariana deve ter fuçado no meu celular, só pode. E por falar no diabo...


– Oi, Mari – murmurei ao atender.


– “Oi, Mari”? É isso que você me fala depois de cinco dias sem nenhuma notícia? – ela gritou – Eu pensei que o avião caiu, que te seqüestraram e roubaram seus órgãos, que...

– Já entendi – a interrompi – Eu estou bem, obrigada. Eu só esqueci de ligar.

– Só esqueceu de ligar... Claro. Para que ligar, não é? – ela disse em um tom magoado – Tem alguma novidade?

– Mas é claro! Lembra que eu falei que Katy tinha três filhos?

– Os 3 J?

– Isso ai. Então, o filho mais velho é – ela me interrompeu:

– Um ser estranho que usa aparelho, óculos, blusa por dentro da calça e cheio de espinhas.

– É o Jace Bellony – continuei irritada.


Do outro lado da linha só se ouvia a respiração de Mariana. Ficou assim por alguns minutos. Será que eu a matei?



– O que? – ela perguntou finalmente. Suspirei aliviada.


– Eu disse que o filho mais velho de Katy é Jace Bellony.

– Não acredito – ela murmurou.

– É sério!

– Posso te fazer uma pergunta? – ela parecia hesitante.

– Claro – o que essa criatura queria perguntar?

– Ele é tão gostoso quanto nas fotos?


Foi a minha vez de ficar em silêncio. Não podia acreditar nisso. Tanta coisa para perguntar e a menina pergunta isso.



– Prefiro não te responder.


– Marina, pode ir falando – ela mandou. Ouvi um grito e Mariana respondendo algo que não entendi – Agora tenho que ajudar minha mãe com um negócio, mas depois eu te ligo para saber do meu gostoso.

– Do seu gostoso? O que Ian acha sobre isso?

– Não te interessa – ela desligou.


Quanta educação, viu?



Flashback Off



Suspirei e mudei de página. Naquela tarde, eu comprei três livros. Crepúsculo, Fallen e Mundo das Sombras. É, eu era louca por livros sobrenaturais. Afinal, quem não é?


– Posso entrar? – Jace perguntou enquanto enfiava a cabeça para dentro do quarto.


– Claro – peguei o marcador e coloquei onde parei, fechando o livro. – A que devo sua ilustre presença?

– Abriu uma balada aqui pertinho e vim aqui ver se você quer ir. E não aceito um não como resposta – ele sorriu.


E agora? Só tinha uma resposta.



– Sim, é claro que eu vou – dei um meio sorriso.


– Eles vão passar aqui às nove, tudo bem? – olhei para o relógio digital em cima na cômoda. Eram sete horas.

– Tudo bem – concordei. Ele estava fechando a porta quando perguntei: - Jace, quem vai?

– Deixe-me ver... – ele parou para pensar – Nati, Paul, Dulce, Dudu e um amigo dele.

– Que legal, hein? – sorri amarelo. Quem diabos eram eles?


[...]



– Marina, já está pronta? – Jace perguntou do outro lado da porta.


– Já é a décima vez que você pergunta isso! – exclamei brava.


Terminei de colocar a sandália e me olhei no espelho. Meu cabelo estava preso em um rabo de cavalo. Meus olhos estavam negros, por causa da sombra e do lápis. E por fim, um vestido preto tomara que caia.



– Pronto – disse abrindo a porta – Estou pronta.


– Finalment... – ele se interrompeu quando me viu – Nossa, você está linda.

– Você também – murmurei envergonhada – Eles já chegaram?

– Faz uns cinco minutos – ele assentiu.


Na sala estavam quatro adolescentes. Duas meninas e dois meninos. Elas estavam muito bonitas. Uma era ruiva com um vestido azul escuro. A outra era morena e usava um vestido vermelho. Os rapazes tinham cabelos castanhos e usavam calça jeans com uma camiseta, assim como Jace.



– Então você é a famosa Marina – a morena disse assim que me viu – Sou Natalia – ela estendeu a mão.


– Sou a famosa Marina – disse, apertando sua mão, e todos riram.

– Aquela é Dulce – apontou para a ruiva que acenou – Aquele ali é o Dudu, namorado dela. E esse daqui – puxou a mão do garoto perto do sofá – É o Paul, meu namorado.

– Prazer em conhecê-los – sorri.

– Onde está seu amigo, Dudu? – Jace perguntou, indo para a porta.

– Ah, cara, ele vai nos esperar lá.


A ida para a tal balada foi divertida. Nati e Dulce eram muito engraçadas. A cada minuto contando uma piada. O que será que aconteceria se juntasse as duas com a Mariana?



Chegando lá, passamos na frente de todo mundo. E recebemos olhares nada amistosos. Isso ai. Na saída, teremos que tomar cuidado ou nos matam...



Entramos na área vip, após passar pelos seguranças/armários.



– Eduardo – Dulce cruzou os braços, parecendo brava – Eu quero dançar.


– Nós já vamos – ele olhava em volta – Ali, achei o Derik.


Andamos em direção a um garoto de costas. Seu cabelo era castanho escuro, quase preto, e ele era meio baixo.



Dudu o cutucou e ele virou-se. Mordi o lábio, tentando segurar o riso. Pelo canto do olho, pude ver Jace fazendo o mesmo. Digamos que Derik não era nenhuma obra da natureza.



– Tudo bom, irmão? – eles deram aquele abraço/aperto de mão que os homens em geral fazem. Eles se afastaram e Derik cumprimentou as garotas e o Paul.


– Esses daqui são Jace e Marina – Dudu nos apresentou.

– É um prazer em lhe conhecer – ele segurou minha mão e a beijou. Segurei o impulso de puxá-la de volta e de vomitar. Em vez disso sorri.


Ele ia dar aquele abraço/aperto de mão em Jace, mas parou no lugar. Olhou atentamente para Jace e sorriu. Que nojo.



– Você não é Jace Bellony? – ele perguntou. Jace sorriu e abriu a boca para responder, mas Derik continuou – Aquele que quando canta parece mais um gato morrendo? – riu.



O clima ficou tenso enquanto o sorriso de Jace morria. Nati e Dulce pareciam ter prendido a respiração. Paul e Dudu pareciam prontos para apartar a briga. E Derik... Derik estava com a cara de bunda que nasceu com ele (aliás, eu acho que nasceu com ele).



– Vamos beber alguma coisa? – perguntei para Jace, colocando a mão sobre o seu braço. Ele pareceu relaxar um pouco e assentiu.



Entramos no meio daquelas pessoas dançando e juro que levei, pelo menos, oito chutes e três cotoveladas até chegar ao bar.



– Uma vodka – ele pediu, sentando no banco. – Pura – acrescentou.



Vodka? Levantei uma sobrancelha.



– E você? – o barman me perguntou.


– Um energético – sentei ao lado de Jace.


Depois de alguns minutos o barman voltou com os nossos pedidos. Jace virou o copo e pediu outro. Isso não ia dar certo. Olhei em volta, procurando os outros. Nenhum sinal. Suspirei e tomei um pouco da minha bebida.



Ficamos algum tempo sentados. Ora em silêncio, ora conversando. Depois de sexto copo dele, parei de contar. E eu já tinha deixado o energético e partido para a vodka também. Jace já estava um pouco, bem, alegre. E eu? Digamos que, às vezes, eu via as Meninas Super Poderosas passando por aí.



A música mudou e Jace puxou a minha mão, querendo dançar. Andou tropeçando até a pista e comecei a rir.



Música: http://www.youtube.com/watch?v=brYTO6JHMHs



Senti, realmente, o efeito da bebida quando comecei a dançar. Se estivesse sóbria, jamais dançaria daquele modo, ainda mais com Jace.



Cheguei perto do seu ouvido e comecei a cantar junto com a música, com as mãos apoiadas em seu peito.



Só há dois tipos de pessoas no mundo


As que participam

E as que observam


Bem baby, eu sou o tipo de garota que dá um show

Não gosto de sentar atrás

Tenho que ser a primeira


Só podia estar ficando louca, mas eu estava adorando. Para minha surpresa, ele começou a dançar junto, cantando a música no meu ouvido também.



Eu sou como um mestre



Eu chamo atenção (chamo atenção)

Eu sou como fogos de artifício

Eu faço isso esquentar



Na última frase, ele sussurrou sensualmente. Parei de dançar e olhei para o garoto na minha frente. O rosto de Jace estava a centímetros do meu, fazendo-me sentir sua respiração. Fechei os olhos quando os lábios dele encostaram os meus.




Foi como no meu sonho, mas agora não havia um despertador para atrapalhar. Seus lábios moveram-se ferozmente contra os meus, sua língua pediu passagem então eu dei. Passei minhas mãos por seu pescoço e prendi-as no seu cabelo com força.



Todo o meu controle acabou quando ele levou suas mãos até minha nuca, fazendo-me erguer a cabeça, interrompendo o beijo, e foi descendo sua boca por meu pescoço, beijando. Jace foi em direção a minha orelha e deu uma mordidinha, e logo voltou para minha boca. Então minha mente clareou o suficiente para saber que aquilo era errado. Pelo amor, ele estava bêbado. Amanhã ele nem se lembraria.



Com o que restava de bom senso, empurrei-o.



– Jace, para – pedi – Você está bêbado. Nós estamos bêbados.


– Estou perfeitamente bem – ele disse de modo arrastado e riu.

– Vamos embora – peguei sua mão e o arrastei entre as pessoas.


Encontramos Paul e Nati se engolindo em um canto. Depois de alguns minutos, encontramos Dulce e Dudu dançando.



– Todos aqui? – perguntei.


– Só falta o Derik – Paul disse. Ele parecia sóbrio.

– Então vai procurá-lo.

– Dedo? Tá me ouvindo, dedo? Dedo? Tá me ouvindo, dedo? – Nati falava com o dedo dela. Quando perguntava se ele estava ouvindo, ela o colocava perto do ouvido.


A menina estava chapadona.



– Dulce – a chamei – Você pode ficar com eles? Vou atrás do Paul e do Derik – ela assentiu.



E novamente levei chutes e cotoveladas. Vou chegar em casa roxa. Encontrei-os em um canto um pouco isolado. De início, só vi a expressão de nojo de Paul. Chegando mais perto, descobri o porque.



Derik estava agarrado a uma mulher que tinha, no mínimo, 49 anos. Seu cabelo era crespo e armado e vestia roupas de cigana. Deus é pai, vou me benzer.



– Com licença – disse e eles se separaram – Derik, você vai ficar?


– Ah, oi Marina – ele sorriu – Marina está é Janine. Janine está é Marina.

– Derik, meu nome é Joyce – ela o lembrou. Credo, ela nunca ouviu falar em chapinha?

– Idai? – Nossa, desculpa então – Mas eu acho que vou ficar mais um pouquinho – ele sorriu malicioso para a mulher que retribuiu, mas sem alguns dentes.

– Tudo bem – sai com Paul logo atrás de mim.


Fomos todos para fora. Tentei o máximo possível esconder o rosto. Imagina se as pessoas da fila nos reconhecessem? Como Jace estava quase dormindo, Paul foi dirigindo.



O caminho para casa foi... Esquisito. Nati continuava falando com o dedo. Dulce dormia com boca aberta no colo de Dudu, que estava olhando pela janela. E Jace ficava me encarando. Quando estava chegando, ele caiu no sono.



– Chegamos – Paul suspirou aliviado. As garotas já estavam dormindo também e Dudu estava parecendo dopado.


– Ajuda a levar Jace lá para dentro? – pedi. Nem fodendo conseguiria carregá-lo pela escada.

– Claro – ele deu a volta no carro e abriu a porta. Eu sai e ele pegou Jace pelo ombro.


Abri a porta tentando não fazer barulho. Katy e as crianças já deviam estar dormindo. Subimos as escadas e abri a porta do quarto dele. Paul entrou e o jogou na cama.



– Quanta delicadeza – murmurei sarcástica. Ele se limitou a sorrir.


– Já vou indo. Tenho que levá-los para casa ainda – ele me abraçou – Foi um prazer em conhecê-la.

– Foi um prazer em conhecê-lo também. Vocês todos – disse com sinceridade.


Paul saiu do quarto e depois de alguns segundos ouvi a porta da frente batendo. Eu precisava dormir. Bocejei. Estava saindo do quarto, quando escuto:



– Marina, não vá.



Olhei para trás e vi que Jace ainda dormia. Parecia um anjinho com o cabelo castanho claro em caindo sobre os olhos.



– Amanhã eu volto – prometi e fechei a porta.



Continua...



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Notas finais do capítulo

Heeey :D

Tudo boom?

Então, eu dei uma sumida (alguém ai notou?), mas tenho uma boa explicação: provas. Já estamos no terceiro bimestre e, como eu quero uma "folga" no quarto, tenho que tirar notas boas agora. Amanhã é a última prova, que é de Português, e tenho um simulado (pro qual eu não vou estudar)..

Por conta disso, não pude postar mais capítulos e nem mesmo escrever D:

Enfim, quero bastaaaaaante comentários nesse capítulo, oks? Estou até perdendo o ânimo para continuar UIML (chantagem emocional, diz oi). Não aceito menos de sete u.ú

AUSHAUSHAUSHAUSA'

Entããão, você, que lê UIML e não comenta, vem dizer um oi e me contar o que achou do capítulo! :D

Beijooos,

http://www.mariihgoomes.blogspot.com/

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@MariihGoomes