Um Intercâmbio Muito Louco escrita por Mariced


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

~capítulo reescrito por conta da exclusão das categorias de histórias com pessoas reais~



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No capítulo anterior...

"Após algumas horas eu estava em casa novamente. Subi rapidamente para o meu quarto e me joguei na cama. Ficaria dormindo a tarde inteira. Bocejei. Amanhã eu ligava para Sra. Katy."


Capítulo II

POV – Katy


– Nana, neném, que a Cuca vai pegar – balançava Jacob nos braços – Papai foi pra roça e mamãe foi passear.


Suspirei aliviada quando o vi dormindo. Coloquei delicadamente no berço e fui para a sala, tentar ver um pouco de televisão.


Estava passando Opra e estava falando sobre Jace. Aumentei um pouco para escutar melhor. Estavam mostrando a carreira do meu filho e de como fez sucesso tão rápido. Ah, e daquelas taradas atrás dele...


Irritada, desliguei a televisão. O que foi? Eu era a mãe e ver aquelas pirralhas correndo atrás dele não era legal. Pelo que entendi, as sogras tem de ser chatas.


Após colocar a lasanha no forno, ouvi o telefone tocando.


– Alô – disse assim que atendi.

– Srta. Katy? – reconheci a voz de imediato. Porque, afinal, não é todo mundo que tem aquele sotaque.

– Marina, querida. Como vai? – perguntei.

– Bem, obrigada.

– Quando você vem?

– Então, liguei para perguntar quando podia ir.

– Quanto antes, melhor – sorri. Ela iria passar alguns meses na minha casa, fazendo intercâmbio.

– Esse final de semana está bom? – perguntou hesitante.

– Está ótimo – murmurei animada – Até daqui alguns dias.

– Até – desliguei.


Essa sim era uma notícia boa. Respirei fundo e estava voltando para a sala quando senti um cheiro de queimado. Mas de onde vinha? Não deixei nada ligad... Droga.


Corri até a cozinha e abri o forno. Saiu muita fumaça. Ah, céus, cadê os bombeiros? Peguei um pano e tirei a lasanha de lá dentro, e joguei na pia.


– Mãe, que cheiro é esse? – Olhei para trás e Jace estava encostado na porta.

– Probleminhas técnicos – sorri amarelo.


Ele riu.


– Quem é Marina? – perguntou de repente, enquanto eu abria as janelas para sair a fumaça.

– Marina? Ah, é uma brasileira que vai vim... – me interrompi – Como sabe da Marina? – Não lembrava de ter comentado sobre ela. Era surpresa.

– Você comentou outro dia... – ele desviou o olhar.

– Não, não comentei – cruzei os braços. Tentei segurar o riso.

– Eu confesso – ele jogou os braços para o alto. Que filho dramático que eu tenho... – Eu escutei a sua conversa.

– Essa foi a educação que te dei? – ele abriu a boca – Não responda. Respondendo sua pergunta, ela vai passar alguns dias aqui em casa.

– Alguns dias quantos?

– Dois meses – sorri.

– Mas você nem me avisou!

– Estou fazendo o que agora? – ele me olhou feio – Vou limpar essa cozinha, então saia – apontei para a porta.


Jace estava saindo quando se virou de repente.


– Ela é bonita?

– Quem?

– A Marina – ele sorriu malicioso.

– Sinceramente? Eu não sei. Nunca vi pessoalmente. Mas estou de olho em você, Jonathan Bellony.


POV – Marina


– Não vai – Mari choramingou.


A semana tinha passado rapidamente e hoje era o grande dia. Estávamos no aeroporto, e meu avião iria decolar dentro de minutos. Minha mãe me abraçava chorando e meu pai carregava minhas malas, dando-me um sorriso triste. Nunca fui boa com despedidas. Odiava aquela vontade imensa de chorar.


Depois de alguns minutos, eu estava dentro do avião, sentada confortavelmente. Peguei meu ipod e comecei a escutar músicas.


Katy havia me dito que tinha três filhos. Dois meninos e uma menina. O mais velho era da minha idade e os outros dois eram menores.


Será que esse garoto da minha idade era bonito? E se fosse gay, usando roupas apertas e coloridas? Ou até mesmo emo, daqueles bem tristes, chorando pelos cantos. Sacudi a cabeça. As imagens vinham como um flash. Credo, porque tenho uma imaginação tão fértil?


[...]


Como iria achar Katy agora? Por que mesmo fui trazer tanta mala? Ah, lembrei. Porque sou uma idiota. Eu arrastava com dificuldade toda a tralha, quando vi uma mulher segurando uma plaquinha escrito BEM VINDA, MARINA com purpurina rosa.


Caminhei até ela. A moça olhou para mim com expectativa. Resolvi me apresentar:


– Prazer, Marina – sorri, estendendo a mão.

– Marina – ela gritou me abraçando. Coitadinho do meu ouvido – Como vai?


No caminho para sua casa, Katy contou-me sobre os três J. Jace, Juliett e Jacob, seus filhos. Arregalei os olhos quando chegamos. Eu não sabia que Katy era tão rica. Não era uma casa e, sim, uma mansão.


Enquanto conversávamos, Katy me mostrou um pouco da casa. Curiosa, perguntei onde estavam os empregados, afinal, uma casa daquele tamanho deveria ter alguém para limpá-la.


– Digamos que aqui a gente gosta de privacidade. Não temos empregados no dia a dia. De vez em quando uma equipe vem para limpar a casa e um senhor para aparar o jardim – respondeu.


Ela me mostrou o meu quarto e voltamos para a grande cozinha. Após alguns minutos, uma garotinha de maria-chiquinha apareceu correndo. Ela devia ter uns três anos.


– Ju, temos visita – Katy apontou para mim – Ju, esta é Marina. Marina, esta é Juliett.

– Ooooooooooooi Malina – ela disse, sorrindo. Ajoelhei para ficar da sua altura.

– Oi Juliett – sorri para ela – Tudo bem?


Ela assentiu e olhou para Katy.


– Mamãe, estou com fome.

– Vai assistir televisão que já estou levando.


Depois disto, ficamos o resto da manhã na sala. Ora brincando com Ju, ora conversando. Por volta do meio-dia, um garoto, da minha idade, apareceu na porta somente com samba canção de coraçãozinho.


Ele era alto e bonito. Seu cabelo castanho estava todo desarrumado, como quem acaba de acordar. Meus olhos desceram para seu peito e barriga – definidíssimos, diga-se se passagem – e foram até os pés e voltaram. Lindo!


Olhei atentamente para o seu rosto. Era familiar. Eu já o tinha visto antes... OMG. Era ele! Ou no mínimo, muito parecido. Era o garoto do meu sonho. Mas eu lembro-me de tê-lo visto em outro lugar também...


– Mãe, tem caf... – ele se interrompeu quando me viu. Ele parecia surpreso.

– Ah – Katy levantou do sofá – Marina, este é o meu filho Jace. E Jace, está é... Vocês entenderam.


Nesse momento lembrei de onde o conhecia. Senti meus olhos se arregalarem. O tinha visto em milhares de lugares, mas o último foi na revista da Mariana.


– Jace Bellony? – disse espantada.


Continua..


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Notas finais do capítulo

Heeeey,
Tudo bom?
AAAH, só duas pessoas comentaram no capítulo anterior?
Ai, e eu com esperanças que as antigas leitoras voltassem...
Então povo amado, sei lá, divulga, diz que quem ler ganha batata doce e o diabo a quatro.
SASHUASHAS'
Enfim, até o próximo capítulo.
;*
http://www.mariihgoomes.blogspot.com/