Thorny Roses escrita por Lirium-chan


Capítulo 3
A trilha de pedras azuis...


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiii :3
Eu sei que demorei minna-san! Mas vocês sabem como é...Sou apenas uma irresponsável que tá postando muitas fics ao mesmo tempo e vai entrar em combustão à qualquer minuto @_@ /táparei
Me desculpem pela demora ^^
Boa leitura :)



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“Tento transformar o meu desespero em um sorriso, mas desço até o fundo em lágrimas”

 Rin acordara, seus olhos demoraram a se acostumar com a luz e com o céu azul sereno, precisou de um tempo para que sua mente processasse tudo o que havia acontecido.  Levantou-se vagarosamente, ainda tentando lembrar-se da noite anterior;

 Os gritos, as mortes, a destruição, o terror, ele... E então, tudo ficou escuro;

 Era isso mesmo... Acabou!

 Ela começou a chorar, seus olhos transbordavam as grossas lágrimas em um sofrimento mudo, ela se sentia impotente, não pode fazer nada quando viu tudo que já fez parte de sua vida desmoronar... Achava-se fraca... Muito fraca.

 Len, por outro lado, havia acordado muito tempo antes. Quando a Diva desmaiou, ele a carregou até o mais longe que pode daquilo tudo, desmaiou de cansaço sem nem saber à que momento isso acontece exatamente, quando acordou, viu-se na Clareira de Luz, uma pequena área circular rodeada de árvores e iluminada pela luz. Olhou ao redor, vendo com mais clareza as árvores escurecidas, que passavam uma sabedoria milenar, elas aparentavam ter vida. E ele sabia que não era apenas uma impressão sua... Aqueles bosques eram cenários de muitas lendas sobre espíritos da natureza adormecidos. No entanto, esses em especial, eram pacíficos.

 Já havia feito uma visita a esse lugar, era um dos pontos seguros que o Capitão da Guarda Real lhe disse ser seguro, se sentiu competente, apesar de ter parado ali por mero acaso, nem ao menos prestou atenção para onde ia, sua maior preocupação foi fugir daqueles monstros. Tentou avistar a enorme torre do castelo do Reino de Amarelo, um sentimento ruim tomou conta do seu corpo, lembrava-se de que quando criança fora perfeitamente capaz de ver a ponta da torre, e se ela estivesse lá, poderia ver muito mais agora que era mais velho do que naquela época. Por certo, havia sido destruída.

 Estava admirando o rosto da garota adormecida, é verdade que ele acordara com ela repousando em seu ombro, mas seria extremamente desrespeitoso a ela manter-se nessa posição, apesar de que era sua vontade desde o início.  Sentiu-se dilacerado quando a mesma acordou, e o rosto de quem dormia tão serenamente, acabou sendo trocado por lágrimas e soluços abafados, havia jurado a si mesmo que não choraria, mas estava sendo difícil não desabar ali ao junto dela... Droga... Era tão fraco e covarde.

 Teve vontade de lhe dizer que estava tudo bem, e então lhe abraçar... Mas não... Não estava tudo bem, e nunca conseguiria dizer isso e fazer soar convincentemente. Resignou-se a fingir que dormia (dado que a garota não havia notado sua presença) e deixá-la sozinha com seus próprios sentimentos, não era da sua conta, mas queria que fosse.

 A garota se manteve em seu lamento por certo tempo, até que resolveu que chorar não adiantaria nada, enxugou o seu rosto afastando as lágrimas com as mãos e ensaiou o seu sorriso mais convincente, olhou para o lado, viu o seu amado que respirava de maneira descompassada enquanto dormia, ficou feliz que ele estivesse em sono tão profundo, não queria que a visse chorar... Nunca mais.

 Levantou-se, com certa dificuldade, estava mais fraca que o habitual, mas atribuiu isso a ter corrido ao ponto de desmaiar... Nunca tinha corrido antes. Aproximou-se do rapaz, apoiando-se nos joelhos, balançando de leve os ombros dele, esperando que acordasse, em uma excelente atuação, ele piscou os olhos algumas vezes e soltou alguns murmúrios antes de fitá-la novamente, sorriu ao ver que não chorava mais, no entanto, era triste ainda poder perceber que os seus olhos estavam umedecidos e o rosto avermelhado.

 Levantou-se e deu a mão para que ela fizesse o mesmo... Quando ela o fez, o garoto vacilou um pouco e fez uma pequena careta de dor:

 -Está tudo bem?-Se preocupava com ele.

 -Sim, eu... Estou com fome!-Mentiu, estava com fome, mas essa não era a causa de sua dor, durante a fuga do palácio, conseguiu fazer um ferimento relativamente profundo em seu tórax, mas já havia conseguido improvisar uma espécie de curativo, amarrando um pano a fim de estancar o sangue. Não queria preocupá-la ainda mais.

 -Ah! Entendo!-Afirmou, suspirando aliviada, constatando que estavam com um pouco de fome também.

 Ele lhe contou seu plano, teve muito tempo para refletir bem sobre isso antes que ela acordasse, queria ir para o reino mais próximo, que, por lógica, viria a ser atacado, o Reino de Amarelo era tão isolado dos demais que demoraria anos para que os outros percebessem por conta própria que ele havia sido destruído, bem porque não costumava manter contato com os outros. Tinham uma política muito rígida e rigorosa, custa acreditar que foi o primeiro a cair, se bem que, era tão isolado que temia que realmente fosse o último à ser atacado, pelo menos, resolveu esconder isso da garota. Ele precisava se agarrar a essa fagulha de esperança de que, assim como estão fazendo agora, sobreviventes de outro reino, ou até o murmúrio entre as vilas, pudessem chegar ao conhecimento do seu Rei para lhe avisar de um ataque iminente. Não podiam estar todos mortos. Isso era impensável.

 Não tinha a teoria de que outros reinos poderiam ter atacado o seu, aquelas coisas não eram humanas, não era o tipo de magia ou estratégia de batalha que aprendera ao longo dos seus estudos... Aquilo não era natural. Eram monstros, e se atacaram um, atacarão os outros... Isso de certo causaria uma desordem mística. Se preocupava com a saúde de Rin, sabia que haviam remanescentes de seu reino, aliás, ela parecia bem. O tempo estava contando, ele sabia que ela não estaria bem por muito tempo. Não queria pensar nessa possibilidade. Tinha que fazer alguma coisa a respeito, mas antes de tudo, precisava prevenir o Reino de Azul.

 Sabia que seguindo em frente, encontraria um vilarejo, cedo ou tarde, tinha algum ouro consigo (constatou tristemente, que aquele homem caído não precisaria mais dele, queria mais que tudo pagar o que pegou “emprestado”, mas isso não era possível) e o usaria para comer em alguma estalagem, pediria informações, ocultando o fato de o seu reino ter sido destruído, afinal, não queria causar pânico desnecessário.

 E assim o fez, atravessaram o bosque com certa facilidade, na verdade, as árvores pareciam até abrir o caminho ao ouvir a Diva murmurando uma canção.

Ru Ri Ra Ru Ri Ra...”

 Cantava a voz dela, e as arvores cediam passagem de bom grado. E seguiam seu caminho dessa forma, a garota passava boa parte do tempo murmurando essa canção. Por vezes, Len tinha de correr e tapar-lhe a boca, pois apesar de sua melodiosa voz, às vezes ele encontravam trolls passando, em busca de uma refeição, ele estava lastimavelmente cansado demais pra defendê-la de um por muito tempo antes de morrer, essa era a verdade. Aquela fuga lhe deu mais trabalho do que se podia imaginar. Pelo visto, chegava ao seu limite.

 Quando paravam em vilas, Len sempre perguntava se estavam indo pela direção correta até o Reino de Azul, e sempre ficava aliviado ao constatar que os outros reinos estavam imaculados. A moça apenas aparentava estar cada vez mais fraca, mas o seu rosto era tão corado e risonho, que a idéia de ela estar adoecendo nem se passou pela cabeça do seu protetor. Que via em seus risos um avanço, fazendo com que o seu coração se enchesse de esperança. Apesar de que no fundo, ele sabia que algo estava errado.

Demoraram alguns dias até que eles se viram em frente ao portão de um enorme e próspero reino, haviam comerciantes para todos os lado e as pessoas não pareciam parar, algumas crianças podiam ser vistas desenhando no chão e havia um majestoso palácio, suas paredes pareciam até mesmo feitas de um delicado cristal, havia um grande rio ao redor do reino, e por isso era necessária uma ponte para adentrar no mesmo.

 Não era parecido com o seu, mas os olhos de Rin se encheram de dor e ela quase teve o ímpeto de chorar. Mas conteve a si mesma, olhando o lugar com expectativa.

 Por um momento, ela conseguiu imaginar aquele lugar queimando em um incêndio, com todas aquelas criatura horríveis tirando as vidas das pessoas e destruindo tudo. Definitivamente, não deixaria esse cenário se repetir.

 O vento bateu e balançou seus cabelos;

Sua realidade estava se despedaçando aos poucos.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E aí? :3
Waaah! Eu sei que ficou meio curto, mas o próximo vai ter bem mais, é no próximo que as coisas vão começar à esquentar! mauahahahaha Ò.ó
Waay, tadinho dos dois né? T^T Mas eu tinha que fazer isso p.p
MANDEM REVIEWS SE NÃO EU VIRO EMO E ISSO AQUI NÃO VAI CONTINUAR! T^T (SÉRIO!)
Beijos, Lirium-chan ♥



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