-        Princesa. – sussurrou Harry.

-        Príncipe. – sorri parando a sua frente.

-        Eva. – riu ele – Não precisamos de formalidades.

-        Concordo.

Dando seu braço como convite, deixei-o me conduzir até minha avó parada ao lado de mamãe, todos ao nosso lado sorriam e nos cumprimentavam, eu era a atração de hoje. Ao longe avistei Dorian conversando com uma moça também arrumada, encarei-o até nossos olhares se cruzarem, ele gostava de mim, mas ficava com a frescura de ser o homem correto, eu mudaria isso, ele vai cair aos meus pés.

-        Está mesmo linda. – sussurrou Harry em meu ouvido.

-        Você também. – disse sentindo um calafrio por sua respiração tão perto.

-        Richard ficou bravo por rejeitar o convite?

-        Não faço idéia, não conversamos ainda desde ontem. – confessei apertando seu braço.

-        Melhor assim, posso tê-la só pra mim enquanto isso. – sorriu parando em frente a minha avó.

-        Não conte com isso jovem. – disse ela pegando minhas mãos.

-        Rainha. – sorriu beijando meu rosto enquanto se afastava conversando com Dark.

-        Obrigada vovó. – sussurrei abraçando-a – Obrigada por tudo.

-        Seu pai estaria orgulhoso de você, e eu também estou. – afirmou ela beijando minha testa – Divirta-se, quando o relógio badalar meia noite, você será uma nova Eva.

-        A princesa encantada. – disse sorrindo – A minha Encantada Transformação estará completa.

Meus amigos e conhecidos sorriam conforme a festa corria Harry nunca saia do meu lado, e com sorrisos e parabéns eu via minha antiga vida despedindo-se nessa festa, todos aqueles que conheci em Los Angeles estavam aqui, desde meu ex-rolo, Eric, á Tyler amigo de John, aquele que tinha dado em cima de mim, meus amigos que bebiam comigo nas festas, todos que iam nas apresentações da banda, os que ficaram ao nosso lado quando decidimos criar a banda, os loucos que fizeram questão de ser como nós,  que se espelharam em nós para se rebelarem contra a hipocrisia da sociedade. Irônico não? Hoje eu sou praticamente controlada por essa sociedade, que a garota rebelde, a que vivia a vida adoidado, que muitos chamavam de puta, de vadia, por eu me divertir e experimentar o que tem de bom na vida, pegando tudo e todos pra tentar esquecer e reviver novamente depois da tragédia que tinha acontecido na minha vida, a garota que muitas vezes se via no olhar de pena dos adultos ao redor, e que agora era o exemplo, mesmo torto, de uma princesa real, uma classe que ainda duvidava existir em mim, mas que tinha aprendido das piores formas como é crescer e ser uma mulher de verdade, essa sou eu, Evangeline Evans Cornélia Seldon de Ashforth, princesa de Gales.