Encantada Transformação escrita por Lady Riquelme


Capítulo 16
Capítulo 16 - Despedida


Notas iniciais do capítulo

Hoje infelizmente Eva vai embora de Los Angeles, mas não fique triste essa não vai ser uma ida pra sempre, a casa onde ela morra vai ser palco pra um acontecimento marcante... Ops! Isso não era pra ter saido!Primeira imagem de John.O proximo cap. vai ser especial só sobre ele.Valew e Curtam.



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Voltei pra casa quatro da madrugada, Dorian havia me levado de volta pra casa, e ainda exausta cai na cama tentando não pensar no dia que amanhecia no horizonte, capotei na cama, nem reparei quando minha mãe trocou minha roupa, estava muito bêbada pra notar... Apenas dormi.

Acordei com dor de cabeça, precisava de um remédio para fazer isso passar, sentei com as mãos na cabeça, minha mãe tinha deixado prontamente o remédio ao lado da minha cama com um copo de água, tomei sentindo-me melhor, só então percebi que meu quarto estava vazio, minhas malas sumiram e apenas um par de roupas estava em cima da escrivaninha. Uma roupa Pat! Não tinha escolha a não ser vestir aquele negocio.

Tomei um banho relaxante depois da ligação de Clara, Dark e ela estavam a caminho de casa para se despedirem de mim, olhei bem pra roupa que estava pronta para eu usar, a saia de cintura alta com a blusa justa florida, sapatinho fechado de salto de laçinho, a bolsa de mão com desenhos cor de rosa, ao menos os acessórios eram eu que escolhia pulseiras pretas e rosas com pingentes, colar também cheio de pingentes, anel de coração rosa com detalhes em letras, brinco de corujinha, e pra prender meu cabelo grampos de caveirinhas femininas.

(Look) http://1.bp.blogspot.com/-CQL1TtXH2Eg/Ti-FmSDk9gI/AAAAAAAAAD8/t7HuZpdvahM/s1600/19.jpg

Desci as escadas com meu celular na mão junto com o computador, tudo estava praticamente vazio, as porcelanas da mamãe estavam empacotadas e sendo levadas pelos pingüins quando entrei na cozinha, dona Claudia apenas olhava seus tão famosos conjuntos de casamento.

– Oi. – disse seria sentando junto ao balcão.

– Estamos saindo depois do almoço. – informou pegando um conjunto de xícaras – Tomou o remédio?

– Sim. – respondi olhando uma foto no celular.

Era uma foto de John e eu na festa da escola ano passado, o passeio cívico onde eu fui a miss da escola, meu cabelo estava preso em uma meia tiara de tranças, com um vestido amarelo, e John estava vestido com um terno daqueles antigos, estava tão lindo que me deixou tão feliz nesse dia.

– O que esta vendo? – perguntou minha mãe pegando o celular – Ó John!

– É melhor eu ir ver se Clara e Dark já chegaram. – disse puxando o celular de volta.

– Eva espere... – chamou ela quando já atravessei a porta.

Corri para fora vendo Dorian conversar com Ackel, ele rapidamente me seguiu quando entrei no carro fora da garagem, sentando no banco do carona Cales apenas me encarou quando arranquei para fora do terreno da casa.

Não atendi aos toques do celular, devia ser minha mãe, ela sempre sabia quando eu estava pra baixo, e agora indo embora de Los Angeles eu precisava me despedir, e onde ele estava não precisava pedir licença. Estacionei em frente ao cemitério, respirando fundo ao descer, o sol quente fazia minha pele brilhar, meu cabelo voar e meu coração gelar. Era a ultima vez que vinha aqui visitar o tumulo de John, meu John.

– Fique aqui, não preciso de companhia. – sussurrei jogando a chave pra ele.

– Você...

– Vou me despedir. – confirmei levantando a cabeça.

Caminhei em direção ao tumulo onde enterrou John, sua família ainda estava longe, longe de todos depois do que aconteceu com o filho, Nina a irmã dele ligava para mim freqüentemente, e sempre que isso nos acontecia chorávamos lembrando os nossos bons momentos naquela família onde me encontrei.

O tumulo coberto de flores de nossos amigos estava afastado com a grama verde e bonita, a lapide formosa expressava saudades da família e amigo, a frase ao qual escolhi para fazê-los lembrar dele. Meu John estava enterrado nessa terra, afastado da vida, longe de mim.

Sua felicidade fará falta,

mas a alegria de ter te conhecido ficará guardada em nossos corações.

Com amor família, amigo e namorada.

As lagrimas caíram conforme as lembranças do meu amado invadiam minha mente, eu precisava respirar... Parar de chorar! Não conseguia, eu precisava me controlar, senão passaria mal novamente, e minhas pílulas ficaram no carro, Deus! Como sentia saudade dele, seus olhos, seus toques, nossos beijos.

Senti os braços me abraçarem, mas Dorian apenas segurou forte enquanto eu chorava e me despedia do meu amor, não queria partir, mas era necessário, quem dera meu pai estar certo quando deixou na carta que John ficaria do meu lado nessa hora tão difícil, mas ele estava enganado meu amor se fora depois de papai, à tragédia que tirou sua vida ainda assombrava meus sonhos, todos os pensamentos.

Dorian apenas me balançava e acariciava meus cabelos, apesar de mais velho ele podia entender a mente de um adolescente, ainda mais uma complicada como a minha, me apertei junto ao seu peito sentindo o delicioso aroma de sua colônia pós-barba, um cheiro amadeirado que podia encantar qualquer mulher... Que estava me encantando.

– Você está bem? – perguntou ele tirando meu encanto.

Não consegui responder apenas balancei a cabeça negativamente, se falasse poderia estragar tudo o que tentei controlar, não podia falar meus sentimentos, seria fraca se falasse, chorar poderia, é o alivio de um tormento, de uma dor que ficava em meu peito. A saudade que sentia de John era imensa, ele fazia parte da minha vida e agora que se foi um pedaço do meu coração foi junto, estava enterrado aqui neste cemitério.

– Vamos embora. – sussurrei me soltando – Já deve estar todo mundo me procurando.

– Você está mesmo bem? Não acha melhor ficar um pouco quieta no carro, respirar um pouco. – questionou me segurando novamente.

– Vou respirar quando estiver a caminho de casa, agora me solte. – reclamei brava.

– Não tente se fingir de forte, você não é essa parede de pedra que tenta mostrar! – disse serio – Você é uma adolescente que passou por muitos dramas durante esse tempo, não tente ser uma mulher que não é!

– Cale a boca! Você não sabe nada da minha vida! – gritei me afastando.

– Como não sei? Você parece uma criança! – continuou me puxando – Seja você mesma! Não é porque perdeu o pai e o namorado que vai ficar como uma pedra fria! Porra garota!

– Desgraçado! Eu não sou criança! – bati em seu peito com força – Sou mais forte que você! Não abandonei minha família pra viver como escravo dos outros!

– Sua criança...

Minha mão voou para seu rosto, mas antes que eu pudesse encostar em sua face ele me puxou para si e meus lábios tocaram os seus com raiva e fervor, era um beijo cheio de ódio e paixão, não sabia por que aquele beijo estava mexendo comigo, mas era mais forte do que eu... Eu precisava disso, precisava desse beijo, sentir seus braços se fecharem ao meu redor me apertando fortemente, esse homem estava mexendo com meus sentimentos, e isso não podia acontecer.

Meu coração não podia sofrer...


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Notas finais do capítulo

PRIMEIRO BEIJO!Quem gosto bate palma! Vai ficar marcado isso no coração da Eva!Comentem sobre tudo!Vem um concurso ai pra as leitoras participarem da fic como amigas da Eva em Londres, no proximo cap explico melhor.Xoxo