Red String escrita por hikari-san


Capítulo 1
Red-Shot


Notas iniciais do capítulo

Alou~

Olha como eu sou cara-de-pau, aparecendo aqui depois de... 5 meses? 8D
Mas bem, a vida é dura pra quem é mole, e eu sou praticamente um pudim.
Essa fanfic é um presente para minha Rússia, Tachin, porque ela é uma linda e eu nunca dei presente pra ela~ [e porque eu ainda não terminei a RusAmerica dela, te-he]
Espero que goste, Rússia~ ♥

Boa Leitura!



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            Acordei cedo. Olhando pela janela, tudo parecia correr bem. A vila estava se reerguendo aos poucos. Da varanda eu via cada habitante de Konoha indo de um lado para o outro, carregando toras de madeira e ferramentas. No relógio ainda marcavam oito e meia da manhã. O céu estava limpo e os pássaros gorjeavam como sempre. Debruçado na grade, eu comia os restos de verduras no pote de lámen. Meus olhos passeavam entre a vastidão além das florestas que cercavam a vila. A brisa batia no meu rosto, retirando as mechas de cabelo que cobriam meus olhos. Ainda estava de pijama. Acho que, ainda deveria estar dormindo... sonhando. Por mais que eu tentasse me distrair, nem que fosse com as formigas que andavam debaixo da embalagem de sembei, eu não conseguia pensar em outra coisa, que não fosse a última missão.

~x~

            Enquanto eu e a Sakura-chan carregávamos os baldes com pregos para carpinteiros até a ponta oeste da vila, Kakashi-sensei veio nos convocar para uma missão. Ficamos meio surpresos, porque, no meio de toda aquela confusão para reconstruir a vila, quem diabos ia solicitar serviços dos nossos shinobis? Mas, naquela situação... não estávamos em condições de recusar nada.

             - Awnn... uma missão... agora? – reclamou.

             - Não é nada de mais, Sakura... uma senhora perdeu sua neta... aliás, disse que ela fugiu de casa.

             - Eh? Resgatar uma criança? Por que não chamam os genins’ttebayo?

             - O problema, é que a criança foi vista pela última vez numa área de risco... perto de uns vulcões.

             - ... Criança só dá problema mesmo...

             - Ah tá, Naruto... e você fala como se tivesse sido um anjinho. – ironizou.

             - Sakura-chan...

             - ... Então, as duas criançonas me encontrem ao meio-dia no portão da vila, ok?

             - Ok... – eu e ela respondemos com muito ânimo.

            Como tivemos apenas uma hora para nos arrumar, voltamos pra casa naquele mesmo instante, largando os baldes com Konohamaru. Chegando em casa, joguei, digo, arrumei minhas coisas na mochila e fui tomar banho. Viram como eu evoluí? Até banho eu tomei.

            Já no portão da vila, encontramos Kakashi-sensei e o Sai. É, o Sai. Não que eu ainda nutrisse algum desgosto por ele, só que, aqueles livros de auto-ajuda, pelo amor de deus. Nem nessas situações ele largava aqueles lixos. Como o caminho até o outro vilarejo era tranquilo, Kakashi-sensei foi lendo seus livros pornôs, Sai estava lendo um mangá e, ao mesmo tempo, conversando com a Sakura, discutindo a importância deles. Como se ela estivesse muito aí com histórias em quadrinhos.

            Chegamos um pouco antes do anoitecer. Nesse meio tempo, Kakashi-sensei já estava no segundo livro e a Sakura-chan tinha dado uns quatro ou cinco socos no Sai. Demoramos um pouco para encontrar a casa da senhora, já que ficava no fim da vila. Pelo o que entendemos, ela era tipo um hokage, a líder da vila. Ao pedir permissão para entrar, fomos recepcionados por uma bela mulher de longos cabelos brancos e olhos grandes. Ela vestia um kimono azul com detalhes tão verdes quanto os olhos.

             - Ah~ mas que belos visitantes~! O que desejam queridos?

             - Por gentileza, procuramos pela senhora... Kubo. [Kubo > Mantido há muito tempo]

             - Ah, mas sou eu mesma~!

             - Eh... mas... pensei que fosse uma velh- fui interrompido por uma cotovelada da Sakura-chan.

             - Naruto!

             - Uma senhora’ttebayo, uma senhora!

             - Perdão senhorita, mas na nossa ficha, estava escrito que era uma senhora.

             - E que diferença faz? – ela desceu de uma plataforma próxima a porta – A aparência não importa, porque fui eu mesma que solicitei sua ajuda para encontrar minha neta.

             - Ceeeerto.

             - Por favor, venham por aqui. – ela disse, afastando uma cortina de origamis da porta a esquerda. Eu e Sakura nos entreolhávamos, enquanto Sai só ficava com aquele maldito sorriso falso na cara. Após um corredor, encontramos uma bela mesa com chá e bolos. Tudo parecia... delicioso! Antes de sentar, as velas, repentinamente apagaram, logo depois, acenderam. Ao lado das velas, tinha um porta-retrato com a foto de uma menina de longos cabelos vermelho-escuro, de íris amarelas e um largo sorriso.

             - Vamos, sentem-se! O chá vai esfriar! - A mulher que havia nos atendido, agora, parecia MESMO uma velha, digo, senhora. Com os mesmos cabelos brancos, lisos bem cuidados.

             - Ah! É o mesmo jutsu que a Tsunade-sama usa!

             - Hum... verdade... aquela pinta sumiu. – disse Sai, abrindo a boa pela primeira vez, colocando a mão no canto da sua boca.

             - Heh, as aparências enganam, não? – disse, pegando um bolinho cor-de-rosa na mão.

             - Ahn... – Isso não queria dizer que aqueles bolinhos eram ruins ou algo do tipo, né?

             - Uuh, não precisam se preocupar! Os bolinhos não tem veneno e nem estão estragados! – respondeu, como se tivesse lido minha mente.

            Depois do chá, ela começou a contar sobre sua neta. Seu doce sorriso logo foi substituído por uma expressão de angústia. – Eu... não sei porque a Akiko está assim. Eu gosto muito dela... – falava, lacrimejando – Antes... ela era muito feliz. Não sei porque ela fugiu... – realmente, não era uma situação agradável... principalmente porque ela falou tanto, que quando terminou, já estava na hora de dormir. Levantamos, e enquanto Kakashi-sensei ainda conversava com a senhora, eu, Sakura-chan e Sai, tiramos a louça suja.

            Voltando para a sala, Sakura apontou para um cartaz e perguntou: - A senhora faz consultas sobre o futuro ou algo do tipo?

             - Não exatamente... eu descubro sua alma gêmea.

             - Juuuuuura? Pode descobrir a minha?! – ela pulou.

             - Claro, minha querida~!

            A senhora a levou para um quarto separado. Logo depois de uns quinze minutos, ela saiu, nem um pouco contente. – Menina, não fique assim... – disse a senhora. Fiquei curioso por causa da reação da Sakura-chan. Ela deve ter ficado brava, porque, provavelmente, a “alma gêmea” dela.... não é... digo, deve ser o Lee... ou.... será que sou eu?

             - Você também quer que eu veja a sua, meu garoto? – me surpreendeu mais uma vez, falando antes de eu perguntar.

             - Quero... – respondi, caminhando em direção a ela.

            Entrei em uma sala com iluminação baixa. Ela tinha vários objetos ocidentais e estranhos. Sentei em uma almofada roxa com detalhes dourados. Ela pegou na minha mão, apertando em vários pontos, logo depois, me encarou, olhando diretamente em meus olhos.

             - Hum... – balbuciou, apertando os olhos.

             - O que foi?

             - A sua linha... está ligada a alguém muito distante...

             - Linha?

             - Sim... sua linha do destino.

             - Linha de quê?

             - Quando uma pessoa nasce, os deuses amarram uma linha vermelha em seu dedo... – disse, pausadamente, piscando entre as palavras – conectando-a na pessoa a qual ela será destinada a estar, viver e amar no futuro.

             - Mas eu não vejo corda nenhuma!

             - Mas é claro... é invisível aos olhos humanos... É uma corda vermelha que conecta aqueles que estão destinados a se encontrar, independente de tempo, lugar ou circunstancias...

             - E... quem é?

             - É uma pessoa que você já conheceu no passado... alguém muito querido... mas muito distante.

             - ...

             - A corda pode ser esticada ou emaranhada... e pelo o que vejo, a sua está completamente embaraçada... ela vai até um ponto muito escuro... parece que...

             - Parece o que?

             - Que a sua alma gêmea vive nas trevas... colocando os dois pontos juntos, há um enorme contraste... entre a sua luz, e escuridão dele.

             - Ahn... mas... – ela disse... DELE? Não... não pode ser...

             - Existe um longo caminho para desembaraçar sua linha... – eu já não estava entendendo praticamente nada do que a mulher dizia... nada – muitos nós...

             - Olha dona, obrigado mas...

             - Oh, você já entendeu quem é?

             - Acho que sim... digo, entendi quem a senhora quis dizer, mas eu francamente duvido disso.

             - Entendo... você é muito novo ainda... – ah tá, eu não sou novo, ela que é velha demais e já não está enxergando direito, isso sim – Mas não se assuste com o que eu disse... a corda por ter milhares e milhares de nós, mas ela nunca arrebenta. – terminou, sorrindo.

             - Tá chateado Naruto?

             - Hein?

             - Quem é sua alma gêmea.

             - É... bem... alguém que não deveria.

             - Ih, relaxa... Ela também errou a minha. Ela disse que é o Sai! Imagina...

             - É... imagina...

             - Naruto...

             - Que foi? Não disse nada...

             - Tá, tá bom... essa passa. E quem é a sua?

             - Ah, você não vai querer saber...

             - Ahn, não quer contar, não conta, tá. Boa noite.

             - Boa noite, Sakura-chan.

            Ainda bem que ela não insistiu, pensei, bufando. Pff... tadinha da senhora, deve estar gagá. Aposto que ela também deve ter errado feio na da Sakura, por isso ela saiu tão aborrecida. – Obrigado. – eu disse antes de sair. Agradeci, mas francamente... vou dormir. Essas superstições de velho, tsc...

~x~

            Acordamos cedo e fomos divididos para ir aos quatro cantos da vila. E, para variar, eu que peguei o lugar mais longe, o norte. Saímos logo depois que tomamos o café-da-manhã. Andei pelo menos uns três quilômetros, até chegar nos rochedos que a Kubo-san descreveu. Era um lugar alto e vazio. Depois de andar mais um pouco, avistei o templo da vila. Quando eu ia dar meia volta, escutei uns soluços. Corri para dentro do templo para ver. Logo depois da segunda entrada, vejo uma menina encostada na parede, com as pernas encolhidas, com a cabeça abaixada, debruçada nos braços. Seu cabelo era comprido e vermelho como na foto. Me aproximei um pouco, e no mesmo segundo em que baixei a guarda, ela me atirou um castiçal.

             - Akiko-chan?

             - Quem é você?! – perguntou ela, em alto tom, mas com os olhos cheios de lágrimas.

             - Sou Uzumaki Naruto... eu vim buscar você...

             - Foi aquela velha que te mandou aqui, não é? Fala pra ela que eu não vou voltar!

             - “Aquela velha”? É assim que trata sua avó?

             - E daí? O que você tem com isso?

             - Tenho muito com isso, vim aqui te buscar.

             - Mas eu não quero ir. – ela insistia.

             - Sua avó está muito preocupada’ttebayo!

             - ELA NÃO É MINHA AVÓ. – suas palavras ecoaram pela sala vazia do templo.

             - Como assim... não é sua avó?

             - Eu... eu não tenho pais, tá legal?

             - E daí? Eu também não tenho pais.

             - Eu... fui abandonada... e a Kubo-san me encontrou.

             - Ela te encontrou e te criou, certo? Aposto que ela te ama muito. – ela abaixou a cabeça.

             - E o que tem se ela me ama...? Ela não é nada meu. Me criou por dó.

             - Você está enganada. – disse, abaixando – Ela pode até ter tido ‘dó’, quando te encontrou, mas isso não quer dizer que ela não tenha adquirido amor em todos esses anos que ela cuidou de você.

             - ... – ela olhou de canto.

            Passei a mão nos macios fios de cabelo dela, porém, quando fui ajudá-la a se levantar, todas as janelas do templo se fecharam. Uma densa fumaça começou a sair das juntas do templo e minha vista ficou embaçada. Tentei segurar na mão dela, mas acabei desmaiando.

~x~

            Quando acordei, senti minha cabeça latejar. Me levantei, depois de muitas tentativas. Meu corpo parecia uns vinte quilos mais pesado. Estava em uma sala toda preta, com o chão liso e lustrado. Quanto mais eu andava, maior parecia a sala. Ao chegar no final, me deparei com um vidro-fumê. Apertei os olhos, tentando ver quem era que estava do outro lado. Era um corpo deitado... parecia que tinha sido jogado. Tentei me aproximar do vidro e acabei escorregando no chão, batendo a cabeça no vidro. O barulho acabou acordando a outra pessoa. Ela caminhou até o vidro, como se soubesse que eu estava lá. Eu não podia enxergar nada mais do que sua silhueta. Ela apontou para direita, onde consegui visualizar uma porta. Eu assenti com a cabeça. Passamos pela porta, já que  no lado dela, também tinha uma.

            O vidro continuava impedindo que eu descobrisse quem era que estava do outro lado. Não podia ser a Akiko, já que a silhueta era quase da mesma altura que a minha, um pouco, mas bem pouco, mais alta. Era uma saleta azul, com a iluminação bem alta, o que fez com que eu espremesse meus olhos até me acostumar com a claridade. Do nada, veio uma ventania, que me forçou a cair no chão. Quando pude olhar para o outro lado, vi a silhueta cair também. Se não tivesse uma forma diferente da minha até diria que era um ‘reflexo’ atrasado. Após a ventania cessar, abrimos a outra porta. Reparei que não tinha mais divisória entre as salas, mas antes que eu pudesse olhar quem era que estava do outro lado, uma nuvem de gás cobriu todo o aposento. Senti que a nuvem já tinha se dissipado, só que, quando fui abrir os olhos, não enxergava nada. Tudo estava em um cinza turvo.

            Entrei em desespero. Tateava por todo canto, para poder me encontrar. Quando toquei na parede, segui andando, até tropeçar, provavelmente, na outra pessoa. Naquela hora, percebi que não podia falar também. Uma mão tocou na minha, então, segurei. Coloquei-me de joelhos e toquei em seu rosto. Voltei a apertar meus olhos, na falha tentativa de enxergar. A pessoa me ajudou a levantar, como se já estivesse acostumado com a cegueira. Aquele toque... me parecia familiar... o cheiro também. Fui guiado até uma outra porta. Ao por o pé na divisória da próxima sala, senti meu corpo gelar e comecei a tossir. Senti a mão da pessoa em minhas costas. Tentei colocar minha mão em seu ombro, mas me distraí com um ruído estranho, que veio atrás de nós. Fomos jogados contra a parede da esquerda. O frio só aumentava. Senti um abraço. Fiquei sem-graça, porque nem sabia quem era... era familiar... mas algo me impedia de chegar na ‘imagem’ da pessoa. Abracei também. Sua cabeça estava embaixo de meu pescoço. Por um impulso, passei a mão em seu cabelo, e percebi que era curto e liso. Batia uma brisa cortante vinda do outro lado da sala. De repente, senti uma pontada de ansiedade... como se por fora, meu corpo congelasse, mas por dentro, estivesse em chamas. Como se eu não controlasse meu corpo, aproximei aquele rosto do meu. Sue lábio roçou no meu. Sem pensar, selei. O fogo aumentou... meu âmago parecia o inferno. Mas mesmo assim, eu continuei, sentindo cada vez mais aquela pele macia na minha. Suas mãos apertavam meu ombro e meus abraços cercavam seu tronco. Era algo incontrolável, aquele contato. Parecia que... eu precisava daquilo. O vento aumentou, estávamos pressionados na parede. Ele puxou meu rosto para próximo do seu, e então, desmaiei.

            Acordei novamente no escuro. Percebi que podia enxergar, mas o breu era tamanho, que eu continuava a não enxergar um palmo a minha frente. Levantei e senti que estava preso a alguma coisa. Tentei procurar ele, mas não achei. Consegui ver uma luz bem, mas bem no fundo da sala. Andei até ela, percebendo que a sala, mudava de preto para azul escuro, e luzes, do mesmo tom da parede, só que mais claras, vinham de uma fenda no chão. Olhei para cima e vi Akiko, como se estivesse levitando. Chamei-a diversas vezes, mas ela não me ouviu. Tentei chegar até ela, mas continuava preso. Puxei várias vezes, tentando escalar a parede, mas não conseguia. Repentinamente, uma pressão me levou ao chão. Ouvi um alto ruído, abaixei, colocando minhas mãos na cabeça, tapando meus ouvidos com os braços. Olhava para os lados e via diversos rostos. Percebi que, se continuasse ali, não ia conseguir levar Akiko de volta. Então, vagarosamente, levantei, contra a força, e fiquei parado, até conseguir me manter em pé. Era como se minhas sandálias fossem chumbo. Puxei com toda a força aquilo que me prendia, e então, o vidro quebrou. Em forma de cruz, coloquei os braços na frente do rosto, para me proteger dos estilhaços. Quando abaixei, notei que tinha um fio preso no meu dedo mindinho. Segui com os olhos, o contraste do vermelho naquele chão negro. Assim que olhei para o outro lado, não pude crer no que via. Não podia... claro que não.

            A corda foi puxada. Eu continuava estático. Meus olhos arregalados o olhavam com tamanho espanto, que em meu reflexo, no chão, podia ver o quanto estava perplexo. Tentei me aproximar, enquanto ele continuava a puxar a corda. Eu queria chegar mais perto, mas parecia que a linha só aumentava, a cada passo que eu dava. Eu não podia ficar assim... olhando ele. Aquela mesma expressão vazia, aqueles olhos... Sasuke.

~x~

             - NARUTO!! NARUTO!!

            Ouvi a voz de Akiko me chamar. Olhei para os lados percebi que o templo pegava fogo. Como? O que tinha acontecido? Eu estava novamente na sala central do templo... as colunas que seguravam o teto começaram a cair. Ela voltou a gritar, estava presa em um altar, logo atrás de mim. Não era hora para pensar em outra coisa, que não fosse resgatá-la. Em um pulo cheguei até ela, a ergui e coloquei no colo, correndo para que não fossemos atingidos pelas paredes que desabavam.

            Quando conseguimos nos afastar, o templo já estava completamente destruído. – Você está bem? – perguntei.

             - Estou...

             - Então vamos, porque eu tenho que te levar pra casa.

             - Que casa...? Da Kubo?

             - É, sua casa.

             - Lá não é minha casa.

             - Olha... – eu já havia perdido a paciência – não importa se você não é parente de sangue dela ou coisa do tipo. Sua casa é aonde você é querida. Onde existem pessoas que gostam e zelam por você.

             - ... Então anda logo. – coloquei-a em minhas costas e parti em ritmo acelerado, porque já havia começado a escurecer. Eu não conseguia parar de pensar naquilo... quer dizer, o que realmente tinha acontecido?

             - Akiko...?

             - Quié?

             - Quantas salas tinha aquele templo?

             - Três, ué. A entrada, a principal, e o fundo.

             - Só...?

             - É. Porque?

             - Não... nada... só curiosidade mesmo.

            Chegamos na casa da Kubo-san uma hora depois do anoitecer. Foi incrível ver a felicidade da senhora... e as lágrimas da menina, mesmo depois de todas aquelas palavras duras. Todos já tinham chegado e arrumado suas coisas. Parecia até que queriam me largar lá. Quando já estávamos de saída, Kubo-san me chamou:

             - Akiko-chan me contou o que fez por ela... agradeço muito, Naruto-kun.

             - Ah, não foi nada...

             - E então... ela te mostrou que eu não estava errada ontem?

             - Hã...? – percebi que ela colocou a mão na cabeça.

             - Sabe, a Akiko-chan pode não ser minha neta, mas é uma menina muito especial.... – ok, tudo já estava muito estranho... – assim como eu posso ver quem está ligado a você, ela pode te mostrar quem é.

             - Você quer dizer que...

             - Bem, eu não sei como ela mostrou, mas pela expressão no seu rosto, não foi uma maneira muito boa, não é?

             - Ahn... é.

             - Vamos, Naruto! – Sakura-chan me chamou. Ainda bem, já estava começando a ficar confuso.

             - Até mais garoto... e não fique nervoso assim... lembre-se, a acorda pode ter mil nós, mas ela nunca arrebenta.

Fim~ 


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Notas finais do capítulo

Entom gente, tá estranha, eu sei.

Mas enfim, espero que minha Rússia tenha gostado~ fiz com muito amor e carinho 8D

Para quem quiser comentar, sinta-se a vontade, hoho~

Obrigado por lerem e voltem sempre~ /daquelas



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