My Little Fairy escrita por Luna95


Capítulo 14
Confronto Final


Notas iniciais do capítulo

Olá. Faz mais de 7 anos que não posto aqui não é mesmo?
Então... É a vida amigos. Muita coisa aconteceu, perdi as notas que tinha pra essa historia, comecei uma outra conta de fic e fiquei tão acostumada a escrever em inglês que foi difícil voltar ao fio da meada dessa historia.
Mas estamos aqui! E lhes trago, FINALMENTE, o final dessa historia!
Se preparem por que vai ser longo e aproveitem! ;3



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Alarmados, Edward e Claus se entre olham, um mais pálido que o outro. Se o Sr. Lockheart não estava mais presente, ele deve ter escapado de alguma forma sem eles verem, sabe-se lá a quanto tempo atrás, ele provavelmente já havia chegado ao destino dele.

—Eliza, você e Isabelle fiquem aqui. -Edward exclamou descendo as escadas rapidamente.

—Não! -Eliza retrucou. -Eu preciso ve-la! Eu quero ajuda-la!

—Liza, seu irmão tem razão. Pode ser perigoso, especialmente por causa de como você me falou que seu pai estava agindo. -Claus explicou calmamente.

—Claus, por favor! Você sabe como isso é importante para mim! Ela é minha amiga! -Eliza disse, seus olhos brilhando com suas lágrimas.

 -Claus, eu concordo com Eliza e demando ir com vocês também. -Isabelle disse ao lado de Eliza.

—Isabelle!? -Claus retrucou surpreso.

—É por causa dela que nós conseguimos nos acertar e conversar honestamente pela primeira vez em tanto tempo. -Isabelle explicou com determinação. -Eu devo muito a ela e quero ajudar o máximo que puder.

Claus, pego de surpreso, sem encontrar palavras para contraria-la, olha para Edward que simplesmente suspira completamente derrotado. Seu olhar retorna para as duas, um aviso cheio de hesitação e ansiedade para sair dali.

—Você vem, mas se as coisas ficarem perigosas eu quero as duas o mais longe possível assim que eu mandar, entendido!? -Edward disse colocando o casaco.

As duas afirmam silenciosamente, com determinação no olhar e seguem Claus e Edward porta afora em direção a cidade.


Na cidade...

—Não! Me solte! -Alana gritou se debatendo.

Havia uma multidão a cercando, olhares surpresos e cochichos para todos os lados, a pressão e a ansiedade crescendo cada vez mais no peito de Alana enquanto ela lutava para se soltar do aperto que o Sr. Lockheart tinha sobre seu pulso.

—Vocês estão vendo! Ela se infiltrou na minha casa, fingiu ser humana e enganou minha filha! -Sr. Lockheart gritou, puxando Alana de um lado para o outro. -Ela é um monstro, fingindo ser gente para Deus sabe lá pra que fim!

—Oh Deus! -uma moça exclamou.

—Isso é verdade? -sussurrou um jovem.

—Como ela se escondeu até agora? -um senhor questionou.

—Olha mamãe, uma fada! -um menino pequeno apontou.

—Shiu, não chegue perto demais. -a mãe repreendeu.

Ficando cada vez mais desesperada, sentindo o seu pulso ficar cada vez mais dolorido a cada momento que ela era puxada de um lado para o outro, os olhos de Alana começaram a arder, lagrimas começaram a escorrer enquanto ela implorava ao Sr. Lockheart para solta-la.

—Não! Você esta errado! -Alana suplicou. -Por favor! Eu nunca machuquei ninguém! Eu nunca pensei em fazer nada disso!

—Mãe, ele ta machucando ela!

—Quieto. Você não sabe a situação toda. -a mãe repreendeu.

—Coitada. -uma menina suspirou com pena.

—Ele esta machucando a menina! -um jovem exclamou.

—Não caiam nos truques dessa criatura! Ela não é como nós! -Lockheart esbravejou. -Foi dessa maneira que ela conquistou o carinho de minha filha!

—Cada suas provas!? -um homem gritou.

—Ei! Larga ela! -Rupert veio voando em direção ao Sr. Lockheart.

—Rupert, não! -Alana gritou preocupada.

As pessoas ao redor murmuraram em surpresa ao ver um pequeno rapaz com asas voar na direção do Sr. Lockheart, tentando de tudo quanto é jeito soltar Alana de suas mãos.

—Vejam! Que mais prova vocês querem!? -Sr. Lockheart gesticulou para Rupert. -Aposto que há milhares só esperando para tomar nossa cidade.

Com um aceno de mão, Sr. Lockheart afugenta Rupert para longe dele e antes mesmo que o jovem possa tentar se aproximar novamente, Sr. Lockheart o acerta com as costas de sua mão e arremessando-o para longe.

—NÃO!! -Alana chora ao observar seu amigo desaparecer na direção da floresta.


Na floresta...

Após ser arremesado para longe, Rupert esta com parte de sua asa machucada e sua cabeça lateja com a força da pancada que levara, mas sabendo que sua amiga e princesa precisa de ajuda agora mais do que nunca, ele se esforça para bater suas asas e voar o mais rápido o possível para encontrar ajuda de seu povo.

—Aguenta Alana. Eu prometo que tudo vai ficar bem. -Rupert sussurra pra si mesmo ao se afastar da cidade.


Na cidade...

Edward, Eliza, Claus e Isabelle chegam na cidade e se separam para procurar tanto pelo pai quanto por Alana.

A cada beco ou rua vazio sem vestígios de qualquer um dos dois, o coração de Edward e Eliza crescem cada vez mais pesado e ansioso imaginando o que pode estar acontecendo com Alana naquele momento.

Os quatro voltam a se encontrar novamente, um pouco mais próximos do centro, completamente cansados de correr, a ansiedade de todos alcançando um outro nível completamente novo, beirando ao desespero.

—Nada? -Edward perguntou apreensivo.

—Nada. -Claus se lamentou tentando recuperar o folego.

—Olhamos em tudo quanto é parte e entramos em diversas lojas ou lugares onde ela poderia ter se escondido. -Eliza explicou, lágrimas se formando em seus olhos.

—Ela tem que estar aqui em algum lugar! -Edward esbravejou, impaciente.

—Se acalme Edward! Ficar afobado não ira nos ajudar a encontra-la mais rápido. -Isabelle repreendeu.

—Eu sei disso, mas... -Edward murmurou.

De repente eles escutam um grito, uma voz muito familiar alcançara seus ouvidos naquele momento juntamente com outras diversas vozes e exclamações de surpresa que pareciam vir de não muito longe dali.

Sem dizer uma palavra uns aos outros, eles se entre olham rapidamente e correm na direção da comoção que ouviram.

Logo eles chegam no centro da cidade, perto do chafariz, onde uma pequena multidão esta parada, observando algo, sussurrando entre si.

Eles escutam os gritos do Sr. Lockheart enquanto ele tenta convencer todos ali presente de algo que Edward não consegue compreender e não escuta por completo, pois sua atenção se volta aos choros e imploro de Alana.

—Alana! -Edward chama atravessando o grupo de pessoas.

—Edward espera! -Eliza tenta para-lo, mas já tarde.

Os 4 conseguem chegar para frente da multidão e a cena que os recebe é algo completamente inesperado e de partir o coração para aqueles que sabiam.

Alana, os olhos vermelhos com lagrimas escorrendo, orelhas pontudas e belas asas de borboleta cor de pérola saindo de suas costas e o Sr. Lockheart com um olhar honestamente louco com suas roupas e cabelo desgrenhados enquanto agarra forte o pulso da jovem deixando marcas vermelhas em sua pele.

Alana encara Edward com terror, ela sente seu sangue gelar ao ver seus amigos aparecerem e Isabelle cobrir sua exclamação de surpresa com as mãos o espanto dela completamente vísivel em seu olhar.

—NÃO!! -Alana exclama fechando seus olhos novamente.

Com tudo destruído e desmoronando na sua frente, Alana sente sua magia simplesmente derramar e atacar a mão do Sr. Lockheart que a prendia naquele momento. A magia não é algo forte o suficiente para feri-lo, mas forte o suficiente para espanta-lo e faze-lo soltar Alana o suficiente para ela tentar fugir novamente.

—Alana! Espere! -Edward grita, tendo encontrado sua voz novamente.
Antes mesmo que ela possa ir muito longe, suas pernas ficam bambas e ela tropeça no chão, fazendo-a cair machucando suas mãos e braços.

—Aonde você pensa que vai!? -Sr. Lockheart para na frente dele, impedindo o de avançar.

—Saia da minha frente pai! Como ousa machuca-la daquele jeito!? -Edward esbraveja, fúria ardendo em seu peito.

—Como podem estar do lado dela!? -Sr. Lockheart esbravejou.- Ela não é como nós!

—Isso não importa! -Edward retrucou furioso. -Enquanto ela não tenha mentido sobre quem ela é, não me importo com o que ela seja!!

Edward se solta de seu pai e corre para auxiliar Alana, deixando Eliza e Claus muito aliviados para tomar conta da bagunça que sobrara para eles.

—Alana... -Edward chama cautelosamente ao se agaixar ao lado dela.

O coração de Alana esta batendo mais rápido que nunca, suas lágrimas simplesmente não param de cair não importa o quanto ela tente e seu corpo todo treme cada vez que ela se quer tenta se levantar.

As palavras que Edward dissera ecoam em sua mente, a felicidade de ouvir aquilo a deixa com um aperto no coração tão grande que a cada momento que ela se lembra as lágrimas começam a escorrer mais forte do que nunca.

—Edward... -ela sussurra se virando para ele.

Edward pega uma de suas mãos, limpa a terra de sua palma e planta um beijo carinhoso ali fazendo o coração de Alana simplesmente se derreter de alegria.

Não muito longe dali, na beirada entre a floresta e a cidade, Rupert, a Rainha e seu povo observaram a cena inquietos prontos para intervir a qualquer momento.

—Rupert. Aquela é... -a rainha disse cautelosamente.

—Sim minha rainha. -Rupert respondeu, segurando seu braço machucado.
—E aquele humano com ela? -a rainha não tirou os olhos da cena, as palavras do homem ecoando em sua mente.

—A pessoa por quem Alana decidiu permanecer no mundo humano por tanto tempo. -Rupert respondeu, melancólico.

A rainha olhou o jeito carinhoso como o humano olhava para sua filha, como ele se agaixara e sussurrara gentilmente acalmando-a e como Alana olhava para ele com mesmo nível de carinho.

—suspiro- ... Ela ficou tempo demais aqui. Temos que ajuda-la a se transformar de volta. -a rainha instruiu.

—Sim senhora! -os soldados ao seu redor responderam.

Aos poucos eles começaram a se aproximar, ignorando as pessoas ainda presentes no local, eles saíram das sombras e se aproximaram de Alana e Edward.

—Alana!

—Mãe!? -Alana olhou para o alto, seu rosto marcado pelas suas lagrimas.

—Alana! Você esta bem? -Rupert gritara.

—Rupert! -Alana respondera aliviada.

As pessoas em volta exclamaram e começaram a sussurrar observando com surpresa a pequena nuvem de pessoas com asas que simplesmente aparecera na frente de todos, voando perto dos jovens no chão.

—Vejam! Olha como são muitos! -Sr. Lockhear experniou, tentando se soltar do aperto de Claus. -Ainda acham que estamos a salvo!? Ainda acham que eles não iram nos atacar!?

Pessoas se entre olharam, ponderando as palavras dele, mas haviam outras que ainda duvidavam da capacidade de criaturas tão pequenas como aquelas de simplesmente dominar a cidade e expulsar todos de lá como o Sr. Lockheart estava implicando.

—Como ousa assumir que queremos suas casas!? -a rainha respondeu ofendida.

Assim que essas palavras saíram de sua boca, os momentos seguintes passaram como um flash. Sr. Lockheart conseguiu se soltar das mãos de Claus, tropeçou alguns passos para frente e de dentro de seu caso retirou uma pistola e mirou-a na direção da rainha.

O som do tiro foi alto e ensurdecedor, abafando o grito de desespero de Alana que veio assim que ela avistou a arma. Mas a coisa mais assustadora foi ver como Edward se movera rápido o suficiente para proteger a mãe dela e sua tribo, recebendo a bala em seu peito.

—NÃO!!! -Alana gritou vendo Edward cair no chão.

—Não... Ed. -Sr. Lockheart gagueja, a arma caindo de suas mãos. -O-O que foi que eu fiz?

Nesse momento Claus agarrou Sr. Lockheart novamente, olhando em horror na direção de seu amigo, agora caído no chão com Alana tentando examina-lo completamente pálida quando vê o sangue começando a manchar a sua camisa.

—Edward. Não, por favor. -Alana repetiu, completamente desesperada.

—Alana... Esta tudo bem. Eu estou bem. -ele respondeu meio fraco.

—Jovem... Você salvou nossas vidas. -a rainha se aproximou cautelosamente. -Por que?

—Vocês são a família da Alana, não? Vocês... Só vieram ajuda-la. -Edward afirmou. -Não preciso... de outra razão, para ajudar.

—Edward... -Alana acariciou seu rosto, lagrimas escorrendo pelos seus olhos. -Não fale mais. Conserve suas forças. Vai ficar tudo bem eu-

—Alana... -Edward a interrompeu, limpando suas lágrimas, seu rosto ficando cada vez mais pálido ao suar frio. -Obrigado... Por aparecer nas nossas vidas.

—Não. Não! Pare de falar assim! -Alana o abraça, suas lágrimas caindo no peito dele. -Não me deixe!!

Alana se agarra fortemente a Edward, seu rosto enterrado na clavicula de Edward, suas lagrimas enxanrcando o ombro dele enquanto Alana soluçava, implorando silenciosamente para Edward permanecer acordado, permanecer ao seu lado.

Eliza começa a chorar e soluçar nos braços de Isabelle que tenta dar o máximo de conforto possível para a jovem enquanto seus próprios olhos começam a se encher de lagrimas.

O grupo de pessoas, ainda presente, observa com incredulidade, incapazes de fornecer qualquer auxilio, o momento que algo muda completamente.

Calmamente e muito sutilmente, Alana começa a brilhar. Uma brisa fria emana e dispersa dela para as pessoas ao seu redor, fazendo as pessoas exclamarem com a súbita mudança de temperatura.

De repente o brilho entorno de Alana aumenta, vindo de um ponto central em seu peito e iluminando até a ponta de suas belas asas fazendo todos ao seus redor olharam com admiração.

—Alana! O que pensa que esta fazendo!? -sua mãe tenta se aproximar.

—Eu o amo mamãe. -Alana confessa calmamente.

—O que? -ela sussurra, surpreendida.

—Se eu perde-lo agora... Jamais me perdoaria. -Alana sorri tristemente.

—Alana, pare!! -a rainha implorou.

Ignorando os pedidos da mãe, Alana se concentrou, desejou e implorou para que a ferida de Edward se fechasse, para que ele não estivesse mais machucado, para que ele acordasse são e salvo.

Com seus olhos fechados, se agarrando forte a Edward, Alana o fez se sentar com facilidade, as pessoas a sua volta exclamaram com surpresa novamente e outras com admiração ao ver a luz em seu peio crescer e envolver tanto ela quanto Edward.

Até que finalmente, a luz se expandiu cegando temporariamente aqueles que assistiam a cena com interesse.

Quando a luz finalmente diminuiu, o sangue havia desaparecido e a ferida no peito de Edward havia desaparecido e sua condição parecia ter melhorado um pouco comparado com antes.

Os olhos dele tremeram um instante antes de se abrirem e encontrarem os de Alana que ainda se agarrava fortemente a ele.

—Alana? -Edward chamou, confuso. -O que...?

—Edward! -Alana sorriu aliviada. -Que bom. Você acordou.

Edward olhou para si mesmo surpreso, apalpando seu peito em busca da ferida sem encontrar nenhum vestígio, olhou para Alana pasmo enquanto a outra simplesmente sorria aliviada para ele, lagrimas ainda presentes em seu olhar.

Ele acabou sorrindo com ela, sem saber o que tinha acontecido ou como ele estava acordado e bem naquele momento. As pessoas em volta compartilharam do alivio, Eliza sorrindo enquanto abraçava Isabelle fortemente.

Tudo parecia bem... Até o momento seguinte onde tudo mudou rapidamente.

O corpo de Alana novamente começou a brilhar gentilmente, suas asas lentamente se desfazendo ao se tornarem algo parecido como pequenos vagalumes que flutuaram para o alto vagarosamente e desapareciam.

—Não. Alana! -Edward falou alarmado.

—Esta tudo bem Edward. -ela diz, gentilmente. -Eu não me arrependo de nada.

—Não. Não diga isso. -Edward implorou, agarrando-a pelos ombros. -Não faça isso parecer um adeus!

—Me perdoe, Edward. Eu fui muito feliz pelos momentos que passamos juntos. -ela fala, uma lágrima escorrendo de seus olhos. -Me perdoe, eu simplesmente me apaixonei por você.

Com um sorriso gentil, Alana fecha seus olhos e seu corpo, brilhando suavemente, lentamente desaparece, deixando as mãos de Edward tentando agarrar ou alcançar qualquer vestígio deixado para trás dela no ar, lágrimas escorrendo pelas suas bochechas, completamente paralisado com sua perda.

Edward grita, completamente consumido pela perda, ele deixa as lagrimas caírem livremente, ele mal percebe quando sua irmã se ajoelha ao seu lado e abraça seus ombros com força, soluçando enquanto suas próprias lágrimas caem.

—Então é assim que termina. -um sussurro, quase inaudível, alcança os ouvidos de todos.

—O que você quer dizer com isso? -Edward pergunta, angustiado, raiva começando a borbulhar em seu peito. -Não há nada que você fazer!? Não tem como traze-la de volta?

—Se houvesse um meio eu ja teria feito isso! -a rainha responde frustrada. -Você realmente acredita que eu não tentaria de tudo para recuperar minha filha!?

A palavra ecoa, as pessoas em volta da cena, algumas se afastam, sentindo a angustia e a perda de uma mãe, que apesar de ser diferente deles, se sente estranhamente familiar nesse aspecto.

—Eu tentei alerta-la. Afasta-la da sua civilização o máximo possível, mas ela sempre fora uma menina que gosta de desafiar e descobrir coisas novas. -a rainha explica, seu coração se esvaziando com cada memória que surge em suas palavras. -Acredito que o destino de vocês dois sempre foi inevitável, não importa o quanto eu havia tentado para-lo.

Outro momento de silencio, as palavras e acontecimentos se encaixando lentamente na mente e coração de todos presentes. Pensamentos de como eles continuaram com suas vidas depois de tremenda perda é algo frio e vazio em alguns aspectos.

—Nossa existência foi exposta de uma maneira que nenhum de nós previu, mas acredito que não há como retornar as coisas para o que eram antes. -a rainha racionaliza. -Peço que ouçam ao meu pedido egoísta e decidam por si mesmo.

"Nós vivemos nessa floresta por milhares de anos, observamos a chegada de seus decendentes e ficamos afastados quando eles decidiram derrubar parte de nossas casas para construir suas próprias.

Decidimos não interferir com crescimento e evolução de sua espécie em medo de sermos capturados e caçados como vocês ja haviam feito uma vez com seres que se mostravam diferentes de vocês em natureza.
Mas minha filha foi diferente.

Ela, idependete de meus avisos, se aproximava, colhia coisas que vocês deixavam cair e as trazia para sustentar nossa população. Ela foi corajosa e acreditou no potencial nesta cidade, algo que eu jamais consegui acreditar ou aprovar."

—Ela tomou um risco ao se relacionar com humanos, mas agora vejo que desse risco ela adquiriu muito mais que uma amizade. -a rainha fala, olhando para Eliza, Claus e Isabelle. -Eu desejo continuar e expandir esse relacionamento de acordo com os desejos dela. Se vocês permitirem.

As pessoas em volta trocam olhares confusos e perdidos, alguns cheios de pena e compreensão, absorvendo cada palavra que fora dita e cogitando se havia possibilidade de sucesso na proposta que lhes fora ofertada naquele momento tão tenso e carregado.

Pessoas trocam sussurros e olhares confusos, sem ter uma resposta adequada no momento, especialmente em uma situação tão desfavorável para todos.

—Compreendo que talvez não haja uma resposta ainda para minha sugestão e acredito que muitos tenham certo medo pelo seus próprios futuros, mas garanto que independente da resposta, eu e meu não estamos em busca de conflito algum. -a rainha explica calmamente, uma falta de emoção extremante palpável em sua voz. -Me retirarei por hoje. Acredito que todos nós precisamos de tempo para juntar nossos pensamentos.

Com isso, a rainha e seu povo voam para longe, deixando os cidadões ali presentes, perplexos com o que acabara de acontecer e lentamente abandonando o local para espalhar as noticias do que havia ocorrido ali naquele dia para conhecidos e familiares que não estavam ali.

Edward é guiado e amparado por Claus e Eliza de volta a sua casa, todos completamente desamparados e com olhares perdidos, tentando digirir e entender a situação presente diante de seus olhos.

Eliza, ao voltar para casa, foi diretamente ao seu quarto, onde por trás da porta fechada, chorou mais uma vez pela perda de sua amiga e pela perda que seu irmão sofrera momentos depois de descobrir a verdade, sem ter possibilidade nenhuma de poder responder aos sentimentos de Alana.

Isabelle e Claus adiam sua partida em alguns dias, decididos a ajudar Edward e Eliza o máximo que pudessem com o pouco que eles poderiam oferecer naquele momento e Edward ficou agredecido por suas ações.

Na primeira semana, a cidade inteira ja sabia do que havia ocorrido e da proposta da rainha fada. Muitos estavam amendrontados e desejam sair da cidade para se salvar, outros queriam caçar as fadas e se livrarem do "mal" pela raiz, outros acreditavam que a cidade inteira era intrusa naquelas terras e que um confronto era algo ilogico e desnecerario, enquanto muitos acreditavam nas palavras da rainha e desejam a paz e colaborção entre os dois, dizendo que se eles consiguiram viver até aquele momento sem perder qualidade de vida, então por que não proseguir desta forma e tentar uma cohabitação?

Com esse tipo de conversa pairando sobre a cabeça de todos, Edward se sentiu grato pela distração do trabalho de seu pai, agora passado para ele prematuramente, onde ele necessitava focar nas palavras e documentos que chegava em sua mesa diariamente.

Algo que ele acreditava ser temporario, mas mesmo assim muito bem vindo para Edward naquele momento onde ele acreditava que se não tivesse nada para fazer, o vazio em seu peito iria devora-lo de dentro para fora.

Agora que seu pai fora mandado para longe e retirado de seu cargo, Edward e Eliza se viam sozinhos, procurando conforto um no outro quando o silêncio e a realidade de suas perdas era um pouco demais para ambos.

No fim do mês, quando tudo estava em paz e todos achavam que nada mais iria vir daquele incidente que o Sr.Lockheart causara, a rainha se apresenta na praça da cidade com um pequeno grupo de guardas para protege-la e causando uma mudança de tempo percepitivel para os moradores, o suficiente para demonstrar sua força e chamar atenção para a sua chegada.

Como prefeito, Edward acompanhado de Claus e outro delegado, tiveram uma longa conversa que durara 3 dias foi realizada onde os resultados influenciaram e mudaram a vida de todos os cidadões daquela pequena vila da Inglaterra.


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Notas finais do capítulo

O próximo será um epilogo, com um time skip considerável. Espero que tenham gostado.
Deu pra reparar que eu evolui meu jeito de escrever comparado com as coisas que eu escrevia antes??
LOL. Isso que acontece quando a autora sofre um time skip e resolve voltar só depois de 7 anos. É rir pra não chorar. xD



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