Casus escrita por NRamiro


Capítulo 2
Capítulo 2




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- Não vai pegar novamente água? Já que você derramou a que havia pegado toda em você.

Frannie não sabia muito bem o que fazer, então apenas se afastou dele e voltou a se abaixar perto da nascente, enchendo o vaso novamente. Sabia o que alguns filhos de nobre faziam quando iam até as vilas. Estava com medo do que ele poderia fazer com ela. Quando o vaso estava cheio novamente, levantou-se e passou por ele abraçada ao recipiente com água.

- Desculpe-me por assustá-la. Não era minha intenção – Desculpou-se cordialmente, impressionando a garota um pouco. Então o homem de culottes não a faria mal. Sorriu, além de diferente dos demais ele era muito bonito. Atreveu-se olhar para trás, e viu que ele ainda a observava. – Meu nome é Leyre, posso saber o seu?

A garota loira escondeu seu sorriso e balançou a cabeça negativamente para ele, e percebeu que Leyre sorria também.

Com passos lentos ela voltou até a vila, encontrando Ernie com cenho franzido numa preocupação eminente. Passou-lhe o vasilhame e esperou que ela entrasse na casa, para voltar alguns minutos depois arrumando as roupas rapidamente com as mãos.

- O que aconteceu? – Perguntou Frannie curiosa para saber porque a morena estava tão preocupada.

- Eu vi alguns deles passar aqui perto – Suspirou – Fiquei com medo de que algum te encontrasse e você sabe, eles não ligam muito para quem está abaixo deles.

- Na verdade, eu me deparei com um deles lá na nascente – Frannie confessou. Divertiu-se com o olhar assustado de Ernie – Mas ele não fez nada contra mim. Só me assustou, e até se desculpou – A garota explicou arrancando um sorriso breve da outra.

- Então seu sorriso provou que pode amolecer o coração até dos mais bravos, huh?

- Ele era tão bonito – Então uma expressão reprovadora apareceu no rosto de Ernie.

- Nem pense nisso.

Os dias se passaram ainda com o solo repleto de folhas vermelhas, amarelas e laranjas. Essas três tonalidades deixando a paisagem bonita e calma, mas dando um demasiado trabalho para quem as arrastava para o lado no intuito de liberar caminho.

Frannie ainda trajando um vestido longo e branco continuava a andar pela vila e pelos arredores desta para se entreter com as folhas de outono. Não conseguia explicar o quanto amava aquela época do ano. O verão era quente demais, o inverno frio demais e a primavera até que era bonita, mas nada se comparava ao outono. Quando suas mãos se enchiam das mais variadas folhas, ela as jogava no chão e logo começava a procurar por mais. Frannie só parava com seu entretenimento com aquela estação do ano quando Ernie lhe pedia para fazer algo.

Tinha acabado de ir buscar mais água na nascente perto da vila, quando entregou o vasilhame para Ernie e se sentou encostada num tronco de árvore mais afastado; estava um pouco cansada, então decidiu permanecer alguns minutos ali.

- Então é aqui que tu moras, Frannie – Uma voz conhecida soprou em seus ouvidos.


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