É melhor eu descer, estou com fome. — Diz Elena depois de alguns minutos sentindo o corpo de Damon.

—Fala para mim, o que você ta pensando?— Damon tentar manter o olhar em Elena que desvia olhando para janela, reparando no sol que mesmo cedo já estava forte.

—Nada demais. — Damon levanta o rosto da menina e a encara com seus olhos azuis.

— Me fala?!

—É besteira Damon, coisa idiota de menina. — Elena luta para não contar o que pensava para Damon, que insiste com seu olhar fascinante.

—Por favor, me deixa saber o que essa menina linda está pensando. —Damon se sentia mais romântico do que nunca.

—É que... Eu e o Matt... Já namoramos e... Tipo eu realmente não faço ideia de como vou... Transar com ele. — Elena sente dificuldade de deixar as palavras saírem.

— Você está deitada comigo pensando em como vai transar com o Idiota lá em baixo. — Damon recupera seu tom sarcástico.

—Não é bem isso. Eu só estou... Droga! Sabia que não era para te contar. — Elena empurra Damon e senta na cama procurando suas roupas.

— Ei foi brincadeira. — Damon alisa o braço da menina. —Eu sei que isso está te deixando... — Ele pensa nas palavras. — Preocupada. — Elena coloca a mão em cima da dele. — Desculpe por não consegui conversar antes com você, mas imaginar vocês dois juntos era meio... — Ele solta um sorriso meio torto... — Estranho.

— Não é mais?— Elena olha para ele curvando a testa.

— É. E como é. — Ele suspira. — Mas... É...

— Fala logo Damon!

— Acho que eu tenho uma solução. Isso é claro, se você topar. — Ele tenta não demonstrar que contava firmemente que ela topasse.

—Qual?— Ela levanta a sobrancelha fazendo a expressão curiosa desconfiada.

—Você já ouviu falar em possessão?

— Que?— Damon molha os lábios se preparando para explicar Elena.

— Uma “pessoa” pode tomar a mente de outra, então essa mente e esse “espírito” fica com aquele corpo durante determinado momento. E o dono do corpo fica sem saber exatamente o que aconteceu, ele fica ausente da sua própria mente.

— Não entendi o que está tentando dizer. — Elena se ajeita na cama, olhando para os olhos de Damon que falava bem devagar.

— Ontem quando eu sair. — Ele pega a mão da menina sentindo a pele macia. —Eu estava indo em uma bruxa, Rose disse que conhece uma que faz essa troca. Eu iria fazer isso com o Matt.

— Você iria possui o Matt?— Elena puxa a mão.

—Vamos dizer que sim. — Damon perceber o tom de Elena mudar.

—Por quê?Você não iria me contar?

— Porque vampiros não podem... — Ele revira os olhos. — Fazer bebês e... Eu não queria que você fizesse um bebê com ele. — Damon solta um sorriso com se falasse o obvio.

— Damon!Você ia mentir para mim? Você ia me deixar pensar que eu estava transando com o Matt quando na verdade era você?

—Seria minha mente, não meu corpo. — Ele fala em tom sarcástico. — E sim, deixaria, mas não deixei. Isso não conta?— Ele pergunta vendo Elena levantar da cama e procurar roupas pelo chão. Ela pega a blusa que ele estava vestindo e joga por cima do corpo nu que Damon admirava. —Prefiro do outro jeito. — Ele fala e Elena joga um olhar reprovador em sua direção voltando a caminhar pelo quarto. Damon observava cada detalhe do rosto tenso de Elena.

—Isso o machucaria?Causaria algum dano na cabeça do Matt?— Damon balança a cabeça como um não. — Você faria isso hoje?— Damon solta um sorriso ao perceber que Elena toparia.

— Como todo prazer.

—Seria diferente do que foi hoje?—Elena pergunta preocupada com o que aconteceria.

—Claro meu corpo é muito melhor que o dele. — Damon segura a mão dela e a puxa para cama fazendo a cair em seu colo. — Vamos resolver qualquer problema que aparecer está bem?— Elena solta um sorriso. — Eu prometo! — Eles se beijam voltando para debaixo dos lençóis.

Tudo parecia perfeito naquela manhã, exceto pelo fato que faltava pouco tempo para o feitiço de Sheila acabar.

— Eu preciso encontrar a Rose. Precisamos encontrar a bruxa. — Damon acaricia os cabelos de Elena que estava deitada em seu peito.

—Você é Rose são... Amigos?— Elena pergunta lembrando-se da noite anterior.

—Está com ciúme?— Damon solta um sorriso irônico. — Só você pode ficar com outros por aí?

— Damon!Eu não quero ficar com ninguém! — Elena reclama saindo do peito dele e batendo o com o travesseiro.

— Deixa de ser boba Elena, é brincadeira! — Ele a puxa sentindo os lábios macios e molhados da menina. — Eu preciso ir, durma um pouco!— Ele levanta da cama e veste sua calça. — Bem que você podia me libera essa blusa. Heim?— Ele pede Elena que faz não com a cabeça deitando no travesseiro e admirando o peito nu de Damon.

— Quero sentir seu cheiro até você voltar! — Ela Fala pegando um pedaço da blusa e levando até o nariz. — Damon ri e vai até o armário tentar achar outra blusa. Ele pega uma blusa de linho marfim, mesmo não gostando. — Você está lindo! — Elena olha para ele, o vendo pela primeira vez com roupa clara.

—Sei! — Ele debocha revirando os olhos. —Não tenho muito tempo para tentar achar uma roupa que preste. — Ele olha para o que vestia e acha graça. — Não convide ninguém, volto logo!

—Damon o que eu faço?— Elena não gostava da ideia de ficar sem ele.

—Sei lá ver TV, come,dorme, tortura o Matt, faz qualquer coisa, eu já volto. — Damon bate a porta do quarto deixando Elena com seus pensamentos maravilhosos sobre a noite perfeita que passou com Damon.

Damon não conseguia disfarça o sorriso. Ele desce a escada olha para Matt que estava emburrado no sofá.

— Bom dia! — Matt não responde e faz careta sabendo que não adiantaria tentar levantar do sofá já que Elena falou para ele ficar lá esperando-a para conversar.— Pra mim pelo menos é um ótimo dia! — Damon abre a porta da casa e olha para o sol sentindo-se abençoa pela primeira vez depois de centenas de anos.

—Nossa! Nossa que sorriso é esse em vovô!— Fala Rose de frente para porta.

—Você parece uma assombração! Desde quando anda no sol? —Pergunta Damon lembrando que ela sempre reclamava com ele por isso.

— É acho que você não é único sortudo agora. — Diz Rose. — Espero ter aproveitado sua noite de amor, porque já que perdeu a oportunidade de trocar de corpo.

— Que?— Damon dobra a manga da blusa.

—Não posso mais te levar lá, eu disse tinha que ser antes do amanhecer.

—Por quê? Que bruxa é essa que só trabalha de noite?— Fala Damon com seu tom debochando que faz Rose revira os olhos.

—Não é exatamente por causa dela.

—Como assim?

—Ela é uma mulher estranha que se protege com um feitiço que fica uma quadra de distancia da casa dela.

— Que feitiço?— Ele curva a testa.

—Um feitiço contra feitiços. Ou seja, os anéis não funcionam. Nenhuma magia funciona.

— Eu nunca ouvi falar sobre isso. Onde conheceu essa mulher?— Damon pergunta desconfiado.

—Porque se importa?Não vamos mais lá. — Ela sorrir ironicamente.

—Preciso saber se posso mesmo confiar em você.

— Ótimo! Sua noite de amor não lhe deixou mais confiante?— Damon solta um sorrisinho, percebendo Rose com tom enciumado. — Eu já disse Damon, vou te ajudar. Agora para de duvidar de mim a cada segundo. Toma pegue isso. — Rose joga uma bolsa de sangue e Damon pega.

—Como conseguiu isso?

—Acha mesmo que eu ficaria aqui ouvindo seus gemidos. — Rose faz careta. —Fui à Geórgia. — Damon morde a bolsa bebendo de uma só vez o sangue. Ele tinha esquecido o quando estava com fome. — Está recheada de vampiros, parece que eles estão cercando as cidades vizinhas. Isso é um péssimo sinal.

— Vampiros do Klaus?— Ele joga a bolsa de sangue fora.

— Não sei Damon, não reconheci ninguém. Só acho que precisa tirar a garota daqui. Quer mais uma?— Ela oferece mais uma bolsa de sangue.

—Mais? — Ele olha desconfiado.

— O hospital tem ótimo estoque! — Ela se explica reconhecendo aquele olhar. — Quer mesmo tentar ir?Talvez não seja boa hora para trocar de corpo. — Damon mexe a sobrancelha sem olhar para ela, ainda bebendo a sua bolsa de sangue.— Quanto tempo falta para a proteção dela acabar?

—Um pouco menos de 48 horas eu acho. — Damon termina de bebe a segunda bolsa de sangue.

—Então vamos, pegue o garoto. Como você pretende mudar de corpo com ele, se tá deixando ele aqui?

— Que?Pensei que não iríamos mais.

—Se você tiver preparado para queimar, por mim tudo bem, vou adorar ver você queimando. — Ela solta uma gargalhada e Damon curva a testa ignorando.

— Quanto tempo daqui até lá?

—Correndo? Uma hora eu acho!

— Uma hora com você falando sem parar!— Ele bufa.

— Também acho que é besteira afinal, sexo é só sexo Damon, não deveria se sacrificar tanto só para não deixar Elena transar com outro. — As palavras de Rose saíram acompanhadas de um sorriso que fizeram Damon sentir algo estranho. —Queimar, me ouvir tagarela e ainda correr o risco de encontrar um vampiro é muito sacrifício. Não vale a pena! —Rose falava com seu jeito debochado e Damon ignorava, porém sabia que de alguma forma ela tinha razão, era perigoso talvez não valesse a pena.

—Já volto!— Damon entra e deixa Rose falando sozinha.

—Damon assim fica difícil! — Rose reclama pegando outra bolsa de sangue e bêbedo.

Damon entra novamente na casa e pelo som Elena tinha pegado no sono, pois sua respiração era lenta e seu coração batia normalmente. Ele olhou para Matt, algo em Matt lhe causava repulsão, talvez fosse o ciúme. O menino o encarou, ele ainda estava esperando a ordem de Elena para fazer alguma coisa.

Damon sobe para o quarto, ele tinha acabado de ver Elena, porem olhar para ela sempre lhe causava boas sensações e naquele momento ele sentia seu coração apertar, ele estava preste a tomar uma decisão e precisava do conforto da imagem dela.

—Era bom transar com ele?— Pergunta Damon enrolando os cabelos de Katherine nos dedos.

— Que? — Pergunta Katherine não acreditando no que estava ouvindo.

— Como é transar com ele?

— Não acredito que está me perguntando isso agora?— Katherine senta na cama.

— Qual o problema?!

— O problema é que você está estragando todo o clima. — Ela sai da cama.

—Você vai embora?

— Sim! Não vim aqui para falar de Stefan.

— Não sei por que está agindo assim, era só me dá uma resposta.

— Uma resposta?— Ela começa a se vesti.

— É uma resposta!— Damon senta na cama e olha para expressão confusa de Katherine.

—Por acaso eu fico lhe perguntando sobre suas namoradas?

— Você sabe que nunca existiram namoradas. — Damon aumenta o tom de voz. —Porque é tão difícil falar?Era bom? Ou devo perguntar, é bom?— O ciúme estava ficando cada palavra maior.

—Você sabe que eu e Stefan nem dormimos no mesmo quarto!

—Não Katherine! Eu não sei.

— Para de ser idiota Damon. Você está agindo feito uma criança!— Ele segura o braço dela que fechava o vestindo.

—É isso que eu sou para você uma criança?Um filho que você não pode ter?— Katherine suspira e puxa o braço saindo do quarto.

—Volta aqui! Você não vai embora!

—Não é? Vai fazer o que?Me segurar?— Katherine andava pelo corredor e Damon ia atrás gritando.

—Então é isso que você me acha? Um fraco! Katherine não finja que não está me ouvindo. —Ele tentava acompanhar o passo rápido de Katherine. —O sexo entre dois vampiros deve ser muito melhor, não é? Por isso que você...

— Cala boca Damon! — Ela descia as escadas fazendo força para agir normalmente. Damon não conseguia controlar o que dizia, ele descia atrás dela tentando alcança-la.

—Não custava nada você me responder Katherine. Você prometeu que não mentiria para mim. — Ela se vira para ele que ainda estava na metade da escada e olha bem dentro do seus olhos azuis.

— Eu não estou mentindo Damon! Mas a verdade não é o que você quer ouvir. — Damon sentiu seu estomago revira, um gosto amargo lhe veio na boca e Katherine abaixou a cabeça voltando à caminha em direção a porta.

—Damon você já voltou?— Damon perde suas lembranças com a voz meiga de Elena que mal conseguia abrir os olhos.

—Desculpe te acordar amor, mas vou precisar levar o Matt. — Fique dormindo, tá?— Elena fez sim com a cabeça. Seus olhos pesavam e seu sono a levava para uma continuidade do amor maravilhoso que fez com Damon.

Ele sai do quarto. Algo lhe incomodava. Ele desce as escadas e olha para Matt lembrando mais uma vez das palavras de Katherine:

“Eu não estou mentindo Damon! Mas a verdade não é o que você quer ouvir.”

Ele não deveria se sentir tão inseguro, afinal ele não era mais um menino, ele já tinha “muito anos” para poder ainda fazer algo motivado pelo ciúme. Mas porque perto dela era como se ele voltasse duzentos anos e ainda fosse um homem com medo de não ser bom o bastante para ela?

Ele se aproxima de Matt. Matt não era ameaçador ele não podia ser melhor para ela do que ele, então porque ele sentia aquilo?

— Vamos você vem comigo!— Diz Damon para Matt que estava sentando no sofá esperando ordens da Elena.

— Pra onde?Pensei que eu só fizesse o que Elena quer. — Ele pergunta com expressão de nojo que irrita Damon.

—Não me olho com essa cara, pois posso arrancar seus olhos e come-lo no almoço.

—Se fosse me machucar já teria feito. — Matt retruca o olhar.

—Estava meio ocupado ontem! — Damon mexe a cabeça.

— Elena me falou do bebê. — Matt não tira os olhos de Damon.— Se ela precisa de mim, eu estou disposto ajudá-la.

— Bom saber! Agora chega de conversa! Eu preciso desse seu corpo nojento. — Damon o puxa do sofá.