Diário de Elena escrita por Keyla Magalhães


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, espero que gostem.
Continuando a historia de Katherine!



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Abri os olhos tudo estava escuro, mas eu conseguia enxergar muito bem. Stefan estava ao meu lado e senti sua mão em meu cabelo.

_Como você está se sentindo?_ Ele pergunta.

Eu não entendia direito o que havia acontecido, pensei que tivesse morrido, quantas vezes vou achar que morri e acordar na escuridão?

_ O que aconteceu?_ Tentei me levantar.

_ Fique deitada.

_Eu sentir meu corpo sufocar e...

_Eu sei! _ Ele segura minha mão.

_Se eu não morri...Então eu sou..._ A palavra não saiu, ela travou dentro da minha garganta me deixando sem ar, queria chorar, mas não conseguia, parecia que eu não tinha lágrimas._ O que você fez?_ Levantei da cama.

_Katherine me desculpe, mas eu não podia..

_Stefan você me traiu, disse que respeitava minha vontade e me traiu.

_Mas você não queria morrer.

Ele tenta me abraçar, mas eu saio do quarto e sinto minha pele queimar.

_Ai!!!

_Katherine! _Stefan me puxa para dentro do quarto. _Está sol lá fora, qualquer raio de sol queima sua pele.

Olhei para minha pele queimada se recuperando e parando de doer, o êxtase daquilo me causou uma sensação boa.

_Incrível!_ Stefan sorri _ Não dói mais.

_Tem muita coisa que é incrível Katherine.

_ Porque você não queima no sol?

_Porque possuo um anel mágico, Molly está preparando um para você.

Meu sorriso se fecha e olho para Stefan.

_Então o que eu faço agora que sou como você?

_Me beija e depois se case comigo!

_Como posso casar com você? Meu pai me matou, esqueceu?Estou morta.

_Fique tranquila Katherine eu vou resolver tudo para ter o prazer de ser seu marido.


08 de julho de 1712


Eu não dormi, mas não me sentia cansada e nem sentia raiva de Stefan por me transformar em vampira, pois sei que no fundo a morte me assustava demais, não que ser uma vampira não me assustasse, mas morrer de verdade me causava ainda mais medo.

Molly fez um anel para mim, já podia passar pelo sol sem me queimar, o que me fez bem já que o sol é uma das coisas que mais gosto de sentir.

Estava do lado de fora da casa, pensando em como seria minha vida agora que eu era uma vampira e foi quando Stefan me abraçou por trás me causando sensações que nunca senti antes, eu saí dos seus braços com o susto da resposta positiva que meu corpo teve com seu toque.

_Desculpe, te assustei?

_É que nenhum homem... É que eu nunca tive... Um namorado.

_Tudo bem, não farei de novo._ Ele sorri.

_Não! E que ... Eu só me assustei.

_Katherine tudo bem, não precisa ter medo de mim, na verdade não precisa ter medo de ninguém. _Ele riu e eu tentei sorrir, mas não consegui. _Vamos embora hoje.

_Para onde?

_Para minha casa, quer dizer nossa.


As palavras de Stefan me causavam insegurança, acho que ainda tinha esperança de acordar e tudo ser um grande pesadelo.

_Estou com fome!_Digo sentindo uma dor forte no estomago. Stefan fecha a expressão de alegria e faz expressão de duvida.

_ O que quer comer?

_Não vai adiantar uma fruta, vai?_ Eu digo e Stefan tenta sorrir, mas sinto que ele está tão tenso quando eu.

_Podemos tentar! _ Diz Stefan antes de chamar Molly que aparece na porta me causando uma sensação de fome ainda maior. Minha mão começou a suar e minha boca salivar. Não conseguia entender o que estava acontecendo, não conseguia me controlar tudo que queria era pular em cima de Molly e sentir seu gosto. Mas antes de eu me movimentar Stefan me segurou.

_Olha para mim Katherine! Olha pra mim! _ Eu não conseguia parar de olhar para Molly, não conseguia parar de ouvir seu coração.

_Eu estou com fome Stefan. _ Eu queria chorar.  _ Estou com fome!

_Calma, vai passar toma. _Stefan leva seu pulso a boca.

_O que está fazendo? _ Eu perguntei ouvindo seus dentes ferido sua pele.

_Mate sua fome!

_Não!Não quero machucar ninguém.

_ Você não vai me machucar. Agora se beber qualquer outra pessoa, você vai machuca-la e pode até matá-la. Agora beba.

_Não! Eu não quero ser isso Stefan, eu não quero beber sangue._ Eu salivava ao ver o sangue de Stefan escorrer.

_Você já bebeu meu sangue Katherine por isso que você não morreu.

_E foi por causa do seu sangue que eu virei vampira. _ A ferida de Stefan cicatrizou.

_Me desculpe! Eu não tive a intenção, só não queria te perder.

_O que eu faço agora? Eu não quero viver como um animal._ Eu senti o gosto de minhas lágrimas, eram diferentes das lágrimas de um dia atrás, acho que tudo em mim era diferente. Stefan me abraçou.

_Vem cá, vamos dar um jeito._Ele me levava para dentro.

_Não quero entrar, posso machucar Molly.

_Fique tranquila. Molly já saiu.

_Como?

_Molly é uma bruxa e ela sabe se cuidar, venha.

Entramos na casa e Stefan me levou para o quarto, ele fechou um pouco a janela deixando somente um pequeno espaço clareando o quarto.

_O que está fazendo?

_ Tentando fazer você se sentir melhor. _ Stefan senta na cama.

_Vai me colocar pra dormir? _ Eu falo sem pensar, Stefan ri e me ignora dizendo:

_Vem cá? _ Ele me estende a mão, apensar de tudo eu confiava nele, segurei sua mão, ele me fez sentar ao seu lado. _Ontem quando eu te beijei confesso que nunca senti nada parecido em todo o tempo que estou vivo.

_Você está mentindo?_ Digo mordendo os lábios e sorrindo.

_Não!Não tenho motivo pra mentir pra você Katherine, já tive mulheres especiais em minha vida, mas nunca alguém como você. Seu beijo faz-me sentir vivo.

Eu queria dizer que o beijo tinha sido bom e queria falar do que senti, mas conversar dessa forma com alguém, principalmente com um homem me parecia tão estranho. Ainda mais quando uma enorme vontade de beijá-lo tomava conta de mim.

Meus lábios se aproximavam dos dele, sua mão jogou meu cabelo para trás da orelha, seu toque me fazia querer pular, minhas emoções estavam tão fortes dentro de mim. Encostei meus lábios nos dele sentindo o macio de sua boca na minha, ele me beijava com delicadeza, mas meus lábios partiam para os dele com força e velocidade, a vontade de sentir sua boca estava cada vez maior, eu não consegui me reconhecer, senti vontade de morder cada pedacinho de sua boca. Não consegui conter a excitação que tomava meu corpo, me joguei em cima de Stefan que segurou minha cintura, senti meus dentes perfurarem seus lábios, o gosto do seu sangue passou pela minha língua, descendo pela garganta, ele chupava meus lábios superiores delicadamente enquanto eu sugava o sangue dos seus lábios inferiores curtindo cada gota.

_Não! _ Eu saí de cima de Stefan me sentindo um mostro. _ Eu te machuquei?

_Não! Volta aqui._Ele segurou minha mão. _ Seus lábios estavam sujos de sangue, eu queria mais, minha fome era muito grande eu queria muito mais.

_Eu não posso ser um animal, eu não quero!

_Katherine deixa de ser boba eu não sinto dor, olha já nem está ferido. _Ele passa a mão na boca.

_Posso beber sangue de animal?

_Pode, mais vai ter que esperar chegarmos em casa, pois aqui não poderemos sair para caçar.

_Como não? Por quê?

_ Seu pai e outros homens estão atrás de mim, por isso vamos embora hoje.

_Meu pai?

_É Katherine, agora beba mais um pouco.

_ Não! ­

Fui novamente para frente da casa, deixando Stefan no quarto, eu tinha achado maravilhoso tudo que tinha acontecido, mas machucar ele não é certo, ou pelo menos não era. Abri a porta da casa e tive uma surpresa.

_Pai?

_Katherine!

_Pensei que tivesse matado você. _ Disse Adolfo despertando em mim uma fúria desconhecida.

Não pude saber exatamente o que aconteceu, foi tudo tão rápido e inesperado, fui dominada por uma fúria que eu desconhecia. Só me dei conta quando sentir o sangue de Adolfo descer pela minha garganta como um veneno de ódio e dor.

_Atirem nela! _ Senti muitas dores e perfurações em meu corpo, mas nada me fez parar de beber aquele sangue nojento, eu queria tirar o último sopro de vida dele, ele não merecia viver. Uma mão me puxou de cima de Adolfo.

_Saia daqui, Corre!_ Disse Stefan.

_O que? _ O sangue me causou um estado de letargia tão grande que não conseguia pensar em nada que não fosse sangue.

Stefan estava em cima de um homem quando meu pai chegou por trás dele com uma estaca. Uma emoção tomou meu corpo e eu pulei em cima de meu pai.

_Sai daqui seu mostro!_ Ele dizia matando em mim a menina que o amava.

Eu não conseguia falar, estava me transformando em um verdadeiro animal.Tinha muitas coisas que queria falar para meu pai, uma delas era que foi por a causa dele que eu estava assim agora, mas parecia que a palavra não fazia mais parte de mim.

Senti o gosto do sangue de minha família escorrer pela minha garganta e alimentar meu corpo, lembranças passaram por mim e agora eu tinha certeza: A Katherine havia morrido.





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Notas finais do capítulo

Esse capítulo foi curtinho, mas espero que tenham gostado!
Aguardo os recadinhos! Beijos!