Lótus Negra escrita por Remmirath


Capítulo 9
Capítulo VIII - Preocupação




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O que era aquilo que vinha perigosamente em sua direção? A elfa estacou no começo do corredor negro, forçando os olhos para tentar enxergar a silhueta do pontinho verde luminoso. Estranhou o que Lavi falou, logo na frente, e mais ainda ao olhar o pavor nos olhos de seu guarda-costas. Logo atrás deles vinha aquele supervisor de roupas irritantemente brancas e voz incômoda.

O pontinho verde brilhante havia parado a sua frente, a menos de um palmo de seu rosto.

— O que quer? – sussurrou ela para aquela coisa, que era um quadradinho prateado emitindo uma luz verde, como se ele fosse responder. Voltar, falou uma voz angelical em sua cabeça. Eu também quero voltar. Respondeu ela mentalmente, estendendo a mão para a luz verde, quase a acariciando. Que brilhou mais forte, aumentando gradativamente, e trocando para um brilho prateado que cobriu o corredor negro. – Vai me ajudar a voltar?sussurrou, e recebeu um Sim como resposta, no mesmo momento em que o cubo acelerou e entrou pela sua boca, dissolvendo e se espalhando.

— Serenhiel! – o grito de Kanda ecoou pelo corredor, enquanto ela sufocava com aquela coisa que parecia percorrer as suas veias.

E percebeu que estava flutuando, aquela luz saia de todo o seu corpo, e um calor irradiava por suas costas, a queimando mas acalentando. Sons de várias pessoas correndo se aproximavam dela. E o som de milhares de pássaros voando incomodava sua audição sensível. A dor cegante, do mesmo modo que veio, sumiu. A luz se acabou, e ela caiu no chão com um baque, de joelhos, tossindo.

— … o que… aconteceu? – perguntou ela para o supervisor, junto dos outros, meio metro à sua frente.

— Você sincronizou com uma Inocência! YEAH!– comemorou Komui, numa voz meio afeminada, fazendo uma dancinha estranha.

— Cahan…– pigarreou Lavi, olhando estranho para o de óculos.

— Desfaça! – ordenou Kanda, pegando Komui pelo pescoço, os olhos brancos de raiva.

— Sinto muito Kanda-kun, você sabe que isso é impossível. – e repetiu, com medo do samurai, choramingando falsamente. – Impossível! E eu sou só um pobre supervisor, não tenho poderes para isso, não posso fazer nada! Lenaleeee–chaaannnn! – se livrou das mãos dele e disparou pelo corredor, correndo antes que fosse fatiado.

— Seren-chan, você está bem? – adiantou-se Lavi, dando uns passos até ela.

— Dagor…– chamou ela, que tateava as próprias costas. Levantou-se, ficando de costas para eles, e abaixou um pedaço da parte de trás de sua blusa bufante. – Tem alguma coisa nas minhas costas?– perguntou, preocupada com aquela sensação de calor que a queimou, olhando para ele por cima do ombro… mas, o ruivo ao lado distorceu completamente a situação.

— STRIIIIKEEE! – exclamou Lavi com o rosto corado e um fazendo um joinha com a mão. Recebeu um tapa na cabeça, de Kanda.

Coelho idiota!rugiu o moreno, para o outro que resmungava segurando a própria cabeça. E olhou por cima as costas dela, que balançava a cabeça de reprovação, pela cena do ruivo. – Parece o começo de uma tatuagem.
— Ah, tudo o que eu precisava! – reclamou Serenhiel, ajeitando a blusa e se desvirando. E comentou sarcástica, com uma sobrancelha arqueada. – Por que você gritou tão desesperadamente por mim?

Tsk.— fez Kanda, virando o rosto. – Peça para a Lenalee ver isso ai. E não deixe mais ninguém saber, é capaz de esses loucos tentarem arrancar a sua roupa.

— Eles que venham! – ameaçou, lembrando dos comentários da biblioteca. – Agradeço pela sua preocupação.

— Vou resolver um problema. – o moreno avisou, se virando e carregando Lavi junto, que começou a despejar comentários maliciosos.

 


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