Lótus Negra escrita por Remmirath


Capítulo 23
Capítulo XXII - Descanso




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— Eu estou bem, Lenalee. Não precisa se preocupar. – afirmava Serenhiel em seu novo quarto, dando um sorriso sincero para a outra, que parecia à beira de um ataque de nervos. – Eu só disse aquilo para poder sair, espero que entenda.

— De certa forma, eu entendo sua situação. – suspirou Lenalee, não imaginando como poderia tirá-los de lá, senão trapaceando também.

— Chantagem emocional sempre funciona. – disse, e a amiga confirmou seus pensamentos, esboçando um sorriso travesso. – Se não se importa, eu gostaria de descansar agora. Não durmo direito desde que cheguei aqui.

— Ah, sim, claro, que indelicadeza a minha. – desculpou–se a chinesa, indo para a porta. – Se precisar de algo, já sabe onde me encontrar.

— Fim do corredor, tudo bem. – afirmou a elfa, e olhou a porta se fechar. Indo rápido para lá, trancá-la. Bufou, ao se olhar no pequeno espelho que Lenalee havia lhe dado. Encontrara ela depois de fugir, pedindo que ela lhe mostrasse seu quarto. Mas esqueceu totalmente de perguntar sobre o banheiro, e a possibilidade de roupas novas. Aquelas já estavam em frangalhos, a blusa estava cheia do sangue de Kanda

— Hunf! – e ainda estava rasgada nas costas, suas asas eram ótimas para se estragar qualquer coisa, mesmo. A calça e as botas de caça verde–oliva estavam tão maltratadas que haviam-se rasgado em algumas partes. A única coisa que parecia em um estado mais ou menos era seu cinto, nem a espada ali prestava mais.

— Será que eles aceitam? – perguntou-se ela, ao vasculhar um bolsinho pendurado no cinto e encontrar moedas de ouro, prata e algumas pedras preciosas. Andava sempre com algum dinheiro, para emergências. Mas nunca imaginara ter que usar numa situação como aquela. Guardou o espelho na gaveta da pequena cômoda, e notou que ali estava seu corselet, que usava por baixo da blusa que ela já havia descartado, junto de sua capa de veludo verde-musgo, que nem lembrava onde havia deixado. Trocou a blusa que estava vestindo, notando só agora que os cortes não eram nada decentes, e colocou o corselet simples e preto, que era amarrado nas costas com tiras de couro.

Sentou na cama tirando suas botas e deitou, afundando a cabeça no travesseiro e olhando para o teto, deixando o sono vir. As pálpebras iam fechando lentamente. E então ela se lembrou de como abraçou Kanda, e arregalou os olhos. Ele nunca iria lhe perdoar. Bom, pelo menos ele vai parar de me seguir. Pensou, esboçando um sorriso fraco. Virou–se de lado, puxando o travesseiro extra e o abraçou, afundando naquela maciez novamente e deixando–se cair em sono profundo.

 


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