Lótus Negra escrita por Remmirath
— E então, qual sua porcentagem de sincronização? – perguntou Lavi para Serenhiel, na fila do Refeitório.
— Isso é importante mesmo, não é? – comentou ela, já era a terceira vez que a perguntavam. E rolou os olhos para o olhar brilhante que Lavi lhe lançava. – 93%
— Muito bom para uma novata! – afirmou o ruivo, com a mão fazendo sinal de positivo. E deu uma rápida olhada para a saída, esboçando um sorriso. – Ei ei, olha só isso.
— O que? – perguntou ela não entendendo nada, olhando para trás e para frente, aonde estava Kanda. Ele era o próximo.
— Próximooo! – gritou o cozinheiro de pele escura, cabelos rastafári roxo e óculos de sol. Quase se debulhou em lágrimas ao ver quem estava à sua frente.
— O de sem… – começou Kanda, mas foi interrompido por uma coisa branca que havia se metido na sua frente.
— Jerry-san! – falou alegre o albino, fazendo a paciência de um certo alguém explodir e raios e nuvens roxas cercarem o local. – Eu vou querer carne assada, tofu, salada de batata, dois frangos assados, batata frita, sopa de legumes, curry, pizza, nachos, lasanha, torta de carne…
— Hoe, broto de feijão.. – rosnou Kanda, possesso.
— … bife acebolado, yakisoba - acho que o BaKanda também quer, Jerry - sashimi, anéis de cebola e suco de tamarindo. E para a sobremesa…
— Broto de feijão idiota! – gritou Kanda, fazendo o albino se virar para olhá-lo. – Sai da minha frente, pirralho!
— É bom te ver também, BaaaKanda. – falou o outro sombrio, lançando raios com os olhos. Todos no refeitório estavam os olhando, apesar de aquela cena se repetir sempre. E o albino se virou para o cozinheiro novamente. – Um bolo de chocolate, sunday de morango, pudim de creme e trinta mitarashis dango tamanho gigante.
— Tsk.— bufou Kanda, ao ver o outro sair da sua frente. Alguns observadores fizeram um aaah, desanimado. O moreno pediu o seu sobá diário e foi se sentar na mesa mais longe e isolada do local, sem ninguém para lhe incomodar.
Até que viu uma bandeja cheia de doces ser colocada à sua frente.
— Cena estranha aquela, agora a pouco. – comentou Serenhiel, experimentando uma trufa e aprovando o recheio, nozes.
— Por que não foi sentar com o Lavi? – perguntou o moreno, sombrio.
— E por que você não foi? – emendou Serenhiel, franzindo o cenho. – Ele é seu amigo, não meu.
— Tsk…— fez ele, assoprando o sobá e a observando de canto. – desde quando você come tantos doces?
— Desde agora. – declarou ela, mordendo uma fatia de bolo de chocolate. Esse tal de chocolate era bom mesmo. – Além do mais, prepararam especialmente para mim.
— Como assim? – estranhou o outro, a olhando.
— Era algo sobre não poder preparar uma festa adequada e querer adoçar a vida de alguém. – comentou ela, despreocupada, encarando um bolinho japonês colorido e gelatinoso. – Estranho, não?
— Nem imagina… – sussurrou ele, os olhos semicerrados voltados para onde vinha a voz de Lavi, Allen e Lenalee.
— Ei… – chamou em um tom estranhamente suave, atraindo os olhos azuis-escuros para si. – Eu nunca gostei do seu nome mesmo, tem problema te chamar de Kanda?
— Me chame do que quiser. – o samurai voltou-se para o sobá. Aqueles doces à sua frente estavam irritando–o.
— Uhun… – fez ela, as sobrancelhas castanhas erguidas. E lembrou de uma coisa. – Antes você não era tão fresco com a comida.
— Eu não sou fresco! – indignou–se ele, batendo com a mão na mesa, atraindo a atenção à sua volta.
— Se você diz… – desmentiu ela, dando de ombros, e comendo mais um pedaço de bolo de chocolate.
— Eu… não aguento mais… – rugiu o moreno entre dentes, levantando com a mão no punho da Katana.
— É a verdade. – declarou Serenhiel sincera, se levantando calmamente, mas também com a mão perto da espada curva que levava na cintura. – Desde que chegamos, você está mais ácido do que nunca, e ainda por cima fica explodindo por qualquer coisa!
— Maldita… – rosnou, trincando os dentes e ficando em posição de ataque com a katana desembainhada.
— Ah, então agora você quer lutar comigo! – exclamou ela indignada, cruzando os braços. Desde quando ele estava tão descontrolado? – Não me faça rir!
— Ei, Kanda! – intrometeu–se aquele albino, entrando no meio dos dois. Sim, ele estava em cima da mesa. Mais longe estavam Lavi, Lenalee, e outros exorcistas. Todo o pessoal refeitório já assitia a cena. – Não se deve bater em mulher!
— Sai do meio, pirralho! – ameaçou Kanda, colocando a lâmina no pescoço de Allen.
— Mas você não pode…
— Cai fora!– cortou Serenhiel, pegando o albino pelo ombro e o jogando para o lado, Allen deslizou pela mesa e olhou-os em choque.
A famosa nuvem negra com raios pairava entre os dois meio elfos, que se encaravam raivosamente. E então, se atacaram.
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