Eu estava caminhando pelo corredor movimentado de meu colégio. Já estava acostumada com os olhares. Andava apressadamente, olhando sempre para frente.

 Prazer, Yamanaka Ino, líder das líderes de torcida do Konoha School. Loira original, 16 anos. Amo cantar. Estudo aqui desde a sétima série, mas bem, isso não vem ao caso. Olhos azuis céu. O Konoha School é um colégio de classe média, nem ricos nem pobres. Meu pai é um importante empresário, portanto, não sei por que estudo aqui. Amo rosa, amo Taylor Swift. Moro em Tóquio, mas o colégio é um pouco longe da cidade, um pouco mais afastado.

 Bem, agora que eu já me apresentei vamos voltar à história.

 Você deve estar se perguntando porque todos estavam olhando, é meio normal quando você é popular, o único problema em ser popular é a falsidade das pessoas.

 Continuei andando apressadamente, ouvi me chamarem, olhei para o lado, mas continuei olhando, sorri. Quando vejo esbarro com tudo em um garoto bem alto e derrubei tudo que estava em minhas mãos; dois cadernos e uma agenda pequena.

- Garota, você tem problema? É cega por um acaso? – disse o garoto, grosso.

- Desculpa, não vi você – disse eu, massageando minha cabeça, ainda agachada, pois havia caído.

- Então tá precisando de um óculos, idiota. – disse ele, já levantando para ir embora.

- Não vai me ajudar a pegar minhas coisas? – disse eu, encarando ele com uma cara de “poker face”.

- Não, quem derrubou as coisas foi você, e eu não tenho culpa se você é uma ceguinha. – disse ele, levantou e saiu.

- Grosso- gritei todo mundo olhou.

- Além de cega é surda, não sabe nem falar baixo- disse ele, de longe.

 Me deu uma raiva, respirei fundo e contei até dez. Peguei minhas coisas e sai dali.

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 Dirigi-me até o ginásio, chegando lá encontrei a treinadora e mais algumas meninas aquecendo.

- Isso não é sua festinha particular pra você chegar a hora que quer, estamos te esperando faz uns vinte minutos- disse ele.

- Desculpe treinadora. É que um garoto grosso esbarrou em mim no corredor e por isso eu me atrasei. – disse eu, tentando me justificar, e brava, lembrando-me da grosseria daquele garoto.

- Tudo bem, você tem cinco minutos para se vestir, pois vocês irão treinar mais, pois no sábado terá jogo. – disse ela.

- Ok. – sorri.

- Ah, eu quero uma coreografia descente, quero que anime a plateia, e não os faça dormir – disse a treinadora, saindo.

 Fui até o vestiário e me troquei.

 Meu uniforme era uma saia branca, muito curta, rodada, no fim dela, havia uma listra amarela que dava a volta. A blusa era bem justa, amarela, com uma escrita em branco. Usava um tênis branco.

 Cheguei ao ginásio e as garotas estavam treinando algumas cambalhotas no ar, outras alongando.

 - A Treinadora disse que quer uma nova coreografia. – disse eu, olhando para elas.

- Mas agora? Hoje é quarta, o jogo já é no sábado. – disse Hikari, surpresa.

- Foi o que ela disse. – disse eu, sentando na arquibancada.

- Você está pensando em mudar o que na coreografia?- perguntou Tenten.

- Não sei ainda. Estou pensando em fazer um salto duplo com cambalhota. – disse eu, levantando e indo buscar minha agua no outro banco.

- Boa ideia, mas o único problema vai ser conseguir treinar tudo até Sábado de tarde. – disse Samanta.

- Tudo bem, nó conseguimos, só que vamos ter que treinar muito mais. – disse eu. – vamos lá, se ficarmos conversando aqui não vamos conseguir fazer nada.

 Treinamos até uma e quarenta. Aqui no colégio, nós ficamos até as três da tarde, almoçamos ao meio dia até a uma hora da tarde, e depois temos educação física ou qualquer outra aula, mas não aula normal, aulas de xadrez, espanhol, e no meu caso, nós treinamos pois somos lideres de torcida, e competimos por isso.

 As garotas foram embora, eu fiquei ali, mexendo em um caderno e anotando algumas coisas para a coreografia, pensando na roupa e em outras coisas.

 Eu amo o silêncio, este estava presente até o instante momento em que um garoto começou a quicar uma bola de basquete.

 Tirei o caderno de frente do meu rosto e fitei-o.

 Era o garoto grosso de antes.

- O que você está fazendo aqui? Essa parte da quadra é só pra quem joga ou treina – disse eu, com desdém.

- Eu sei- disse ele, marcando uma cesta. Uau, ele era alto.

- Então o que você está fazendo aqui? – perguntei.

- Treinando. – ele parecia não ligar para nada que eu falava. Espere, esqueci, ele é um grosso mesmo, já era de se esperar.

 Esperei cinco minutos, ele quicava demais aquela bola, já estava me irritando. Dirigi-me até ele e tomei-a da mãe dele.

- Garota, você tem problema mental é? Eu to treinando- disse ele, irritado.

- Não tenho não, esse barulho está me irritando e eu tenho que pensar em tudo para o jogo de Sábado, então poderia me fazer o favor de vazar daqui? Se possível evaporar – disse eu, me sentindo.

 Ele tomou a bola da minha mão e fitou-me.

 - Primeiro, eu posso jogar aqui porque aqui não é espaço privado seu oh mimada. Segundo; a partir de agora eu sou o novo capitão do time de basquete, então, se nós não jogarmos não haverá jogo nenhum pra vocês ficarem se exibindo e aumentarem suas popularidades. Terceiro; se está incomodada, pode se retirar, irá fazer um grande favor a humanidade. – disse ele, indo fazer outra cesta.

 Como assim? Ninguém fala assim comigo. Isso não vai ficar barato. Ah, eu não sou mimada, eu só quero silêncio pra eu poder pensar nas coisas pro jogo. E eu não acredito nem um pouco que ele seja o novo capitão do time de basquete, e se isso for verdade, a escola está em decadência, porque ele, ele é um idiota.

 Sai da quadra.

Continua...