Complicated escrita por Miss Moonlight


Capítulo 11
Capítulo 10 - Tempo para pensar


Notas iniciais do capítulo

Olá, negads! -nnDesculpem a demora -de novo- sei que querem me matar agora. E estão com razão D:MÃAAAS, para compensar,escrevi dois capítulos!!! YEAH!!!Enfim, sem mais delongas...Divirtam-se.



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Narrado por Katherine McDonnell.

Raiva, era esse sentimento que eu sentia naquele momento misturando-se junto ao meu sangue e correndo por todo o meu corpo. Aquele com certeza não era o Thomas que havia me pedido em namoro, aquele não era o Thomas em que eu às vezes pegava-me imaginando nós dois no altar. Não duvido nada que um espírito do mal tenha tomado o corpo dele. Tudo bem, me desculpem, porém é a unica resposta provável para aquela cena dramática, típica de filme de adolescentes e seus problemas amorosos, que aconteceu lá fora.

Está bem, chega de falar besteira Katherine, volte a fazer o que estava fazendo maravilhosamente antes... O que seria: Descontar toda a raiva em cada peça de roupa que era jogada em cima da minha mala. Eu bufava enquanto fazia isso, mas ao mesmo tempo piscava rapidamente para que aquela vontade de chorar passasse. Sim, eu sairia daquela casa e provavelmente nunca mais olharia para cara de nenhum Walker para não correr o risco de levar um olhar fuzilador mortal de cada um deles. Aquela família deveria estar morrendo de raiva de mim agora, pois eu fiz os dois herdeiros homens da família brigarem e quase partirem para a violência física no meio da entrada da casa deles próprios.

- Kate? - eu parei o que estava fazendo e olhei para a porta.

Ela se abria lentamente e logo era possível ver o dono da voz embaraçada, Thomas. Quando ele entrou totalmente no quarto, olhou para mim com uma expressão totalmente arrependida e depois encarou a minha mala, entreabriu a boca para argumentar algo, porém fui mais rápida.

- Eu vou voltar para o hotel.

- Kate, não faz isso... - ele dizia com uma voz baixa, olhando diretamente para os meus olhos, que ainda eram tomado por lágrimas - Eu não queria ter feito aquilo, eu estava fora de mim, eu... - o interrompi.

- Thomas, não quero estragar todo o seu barato e nem nada. Porém eu tenho que arrumar a minha mala e não tenho tempo de escutar "desculpinhas esfarrapadas" - eu disse com a voz mais fria que pude, me virei para o guarda-roupa e comecei a pegar algumas roupas e jogá-las na mala novamente.

- Me escute, por favor - Thomas pedia se aproximando de mim.

- Já te escutei demais lá fora.

- Eu estava morrendo de ciúmes, Kate. Eu não fazia ideia do que eu estava dizendo ou fazendo naquele momento - resolvi não dizer nada, pois eu sabia que se eu falasse eu ia acabar chorando - Ei, não vai dizer nada? Vai me ignorar agora?

Finalmente havia terminado de arrumar a mala de roupas, agora eram os sapatos e os meus objetos pessoais. Fui até a sapateira, sem falar nada ainda, que se encontrava do outro lado de quarto, porém Thomas fora mais rápido. Ele parou na frente da sapateira e me encarou.

- Saia da frente, Thomas - eu dizia de cabeça baixa, pois algumas lágrimas teimosas haviam caído.

- Prometa que vai ficar aqui... comigo. E que vai esquecer essa ideia idiota de voltar para o hotel.

- Não posso prometer algo que não irei cumprir, desculpe. Agora me deixe ir, me deixe ter um momento só meu, em que eu possa pensar bem no que irei fazer. Thomas, por favor, entenda - agora eu já estava com a cabeça levantada o encarando, pouco me importava as lágrimas que caíam, queria mostrá-lo o que ele causou em mim.

- Kate... - ele disse em um sussurro.

- Por favor, Thomas.

Vi os olhos de Thomas transmitirem tristeza e sua cabeça cair como forma de derrota, devagar ele foi saindo da frente da sapateira. Soltei um suspiro  e então comecei a pegar alguns sapatos, logo depois os colocando na outra mala. Pelo canto do olho eu via Thomas me encarando a todo instante.

Depois de ter pego todos os meus pertences, apanhei minhas malas e caminhei até a porta, vi Thomas se desencostar na cômoda aparentemente apreensivo, talvez estivesse esperando que eu mudasse de ideia, pois ainda havia tempo. Comecei a descer as escadas com dificuldade por causa das malas e Thomas me seguia chamando-me. Todos que estavam na sala olhavam para mim com uma expressão surpresa.

- Kate, o que você está fazendo com essas malas? - perguntou Christopher se aproximando da escada.

- Kate, não me diga que vai voltar para o hotel... - disse Lily se levantando do sofá em que brincava com Zoe.

- Não posso dizer isso, Lily. Pois eu vou mesmo voltar para lá - eu respondi secando uma das lágrimas com as costas da mão.

- Não, ela não vai - Thomas disse descendo as escadas logo atrás de mim.

- Ei, você não precisa ir. Eu sei que você e o Thomy brigaram, mas não precisa voltar para o hotel. Pode ficar aqui ainda, tem o quarto de hóspedes e...

- Não, Chris, muito obrigada de verdade, porém já está decido - soltei um meio sorriso, se é que aquilo ficou parecido com um sorriso - Obrigada pela hospitalidade, adorei passar esses dias com vocês aqui, mas agora tenho que ir - com medo de que alguém acabasse me interrompendo de tal ato, olhei para todos eles rapidamente e corri para porta a fora.

Depois de um tempo consegui finalmente pegar um táxi e com ele rumei até o hotel que servia-me de lar à um tempo atrás. Durante o caminho era impossível segurar as lágrimas, então, sem ligar para os olhares de preocupação que o motorista do táxi me lançava pelo retrovisor, derramei todas as lágrimas que eu segurava à alguns minutos atrás. Não dava para aguentar, Thomas achava que era meu pai por acaso? Ele acha eu só sirvo para satisfazê-lo? Isso realmente me irritava e me magoava.

Alguns minutos se passaram e então eu já podia avistar aquele grande prédio, o motorista parou em frente a ele e eu o paguei. Vi um rapaz se aproximar do carro e abrir a porta para mim, era o Jason, o garoto que se encarregava de levar as malas dos hospedes para seu determinado quarto.

- Seja bem-vindo, espero que aproveite sua estadia aqui. Será que eu poderia levar suas bagagens para o... - ele parou de falar assim que olhou para mim - Katherine? Mas o quê? Você não tinha ido embora, para casa do seu namorado? E nem se quer lembrou de se despedir de mim - Jason fez um beicinho e me puxando para fora do táxi.

- Oh, Jay, me desculpe, tudo bem? É que você não estava lá no dia em que eu vim entrar a chaves do meu antigo quarto - eu o abracei e ele retribuiu.

- Er, Jason, aqui estão as malas da moça - dizia um outro homem tirando a ultima bagagem do porta-malas do táxi.

- Certo! Vamos, Kate, vamos arrumar um quarto para você - ele sorriu com as minhas malas já em suas mãos e ofereceu o braço para que eu o pegá-se, e assim fiz.

Fomos andando até a recepção, conversando sobre o que havia acontecido nesses dias em que não nos vemos, ele perguntou o que houve para eu ter voltado para o hotel e eu dei a desculpa de que o contaria depois. Não que eu não confiasse em Jason, eu confiava, ele era um bom amigo, só que eu não estava afim de falar sobre o que aconteceu hoje.

Chegamos ao saguão e lá estava Susan, toda desesperada tentando atender dois telefones ao mesmo tempo e ainda tentar ajudar um hóspede que parecia irritado com algo. Fomos até lá e a mulher pareceu nem notar nossa presença.

- Moça, será que dá para você me dar atenção? Só vou tomar 5 segundos do seu tempo, só quero saber aonde fica o banheiro aqui no saguão - dizia o tal hóspede irritado que eu falei.

- Senhor, o banheiro masculino fico ali - disse Jason colocando minhas malas no chão e apontando para o local aonde estava esse tal banheiro.

- Obrigado, porque se eu fosse esperar essa recepcionista me dar atenção, eu ficaria aqui até amanhã de manhã.

O rapaz disse e saiu apressado até o local que Jason disse, coitado, ele parecia bastante "apertado". Vi Susan conseguir desligar um dos telefones e depois colocar outro no ouvido, distraída e com um olhar cansado, ela acabou virando para frente. Quando ela me viu, seu olhar mudou completamente para um olhar de surpresa. Vi um sorriso nascer em seus lábios.

- Tudo bem, tudo bem, eu mando levarem toalhas para aí. Tenha uma boa noite - aquela morena colocou o telefone no gancho e saiu de trás daquela bancada, me dando um abraço um tanto apertado.

- Calma, Suse, nem faz tanto tempo assim que nós não nos vemos - eu disse rindo.

- Eu sei, mas eu estava com saudades de ver você aparecer aqui no saguão toda manhã, cambaleando de sono e cheia de remela nos olhos, reclamando de Deus e o mundo - ela brincou me soltando.

- Mentira, pois eu lavo meus olhos quando acordo, sua chata.

- Bom, voltou mesmo então? Mas o que aconteceu?

- Ah, Suse, depois eu te conto - eu a olhei com um sorriso meio triste.

- Ela disse a mesma coisa para mim - Jason revirou os olhos.

- E eu não vou esquecer disso tão cedo, Dona Katherine. Vai ter que contar - ela disse e voltou para atrás do balcão - O mesmo quarto?

- Sim!

─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─

Depois de pegar minha chave, fui acomodar-me no meu antigo quarto. Nem Jason, nem Suse resolveram perguntar sobre o que aconteceu para eu querer voltar para cá, mas aposto que amanhã nenhum deles vão perder a chance de perguntar. Olhei no relógio e já passavam das 23h00, resolvi ir dormir. Foi um dia cheio de emoções... Começou feliz e terminou triste. O que me fez lembrar que eu terei que pensar bastante no que irei fazer, mas vou deixar isso para amanhã. Tirei meus sapatos e me joguei na cama, não me dei ao trabalho de trocar minha roupa. Depois de me acomodar na minha antiga cama, fechei meus olhos.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo já está pronto. Vai demorar um pouquinho para postar, porque vou ter que arrumá-lo. Mas ainda hoje ele vai ser postado *--*



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