Letters To You escrita por Inês Potter


Capítulo 26
Bónus III


Notas iniciais do capítulo

Minhas queridas, peço muita desculpa pela demora mas a criatividade resolveu ir dar uma volta.
Ainda não respondi aos reviews, como disse que iria fazer já que a minha vida tem sido uma confusão completa. Vou fazê-lo assim que puder.
Este é o último bónus de Letters to You.
Mais avisos lá em baixo, leiam por favor (:



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20 de Novembro de 1978

Já era tarde quando finalmente acabámos de preparar o salão e fomos para os dormitórios para nos arranjarmos para o baile. Tomei banho, sequei o meu cabelo e prendi-o num coque, vesti o meu vestido bege super giro, calcei-me, pus os brincos e a Alice passou no meu rosto uma maquilhagem leve.

Depois de estarmos todas prontas resolvemos descer para a sala comum para elas se encontrarem com os rapazes. Eu, por outro lado iria descer até às escadas à frente do salão Nobre onde o Amos iria estar à minha espera. Depois de as deixar com o Remus, o Frank e o Sirius caminhei calmamente até ao local combinado onde encontrei um rapaz loiro vestido com um manto azul comprido e uma máscara preta de onde espreitavam dois olhos azuis e que sorriu largamente ao ver-me.

-Lily, uau! Estás linda! – sussurrou ao meu ouvido, fazendo-me corar. – És perfeita. – continuou, dando-me depois um beijo leve nos lábios.

-Tu também estás muito bem, Amos. – retorqui, sorrindo-lhe.

Estava tudo perfeito e iria ser uma noite espectacular. Pelo menos era o que eu achava.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

O baile já havia começado há mais de duas horas. Já tinha dançado com o Amos até ao momento em que o Sirius me tinha raptado para dançar com ele, devolvendo-me depois de seguida. Contudo, agora estava sentada numa das muitas mesas espalhadas à volta da pista de dança à espera do meu par que já tinha desaparecido há 15 minutos para ir buscar umas bebidas.

-Lily. – disse Sirius, trazendo Lene consigo para se sentarem na mesa onde eu estava.

-Six.

-Então, o loiro já se foi embora? Pisaste-lhe os pés tantas vezes que ele decidiu fugir, foi? – perguntou.

-Isso pergunto-te eu, Six. A Lene é que poderia ter fugido por tua culpa. Eu danço muito bem, como pudeste ver há bocado. – respondi, deitando-lhe a língua de fora.

-Sei, sei. – respondeu-me sarcasticamente.

-E olha que o Amos não gostou que dançasses comigo… - disse-lhe. – É melhor teres cuidado, Lene, o teu namorado anda a fazer-se a mim. – continuei, sorrindo e desviando o olhar para ela.

-Ele é um idiota, todos nós sabemos isso… Não é, Six?

-Marlene, querida, não tens moral para falar sobre isso! – respondeu-lhe.

-Não me chames de Marlene!

Decidi que aquela seria uma óptima ideia deixar o casal maravilha a discutir sozinho e procurar o Amos, que já me estava a preocupar com a demora.

Percorri o salão todo com os olhos mas não consegui encontrá-lo. Pensei então que ele pudesse ter ido lá fora apanhar ar e por isso saí do salão para o procurar nos corredores lá perto.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Andava pelo corredor sem encontrar ninguém quando ouvi um estrondo vir da sala que se encontrava à minha direita. Abri a porta para ver o que se passava e congelei com a cena que presenciei.

Amos e outra rapariga que eu não fazia ideia quem era estavam a beijar-se loucamente e tinham acabado de chocar com uma mesa, provocando o barulho que eu tinha ouvido.

Na altura o meu raciocínio estava um bocado incoerente, motivo esse pelo qual demorei um pouco a assimilar o que se estava a passar. Alguns segundos depois o que vi atingiu-me finalmente e um soluço escapou da minha garganta. Vi o Amos levantar os olhos e largá-la por uns momentos. Ele disse qualquer coisa que eu não entendi e eu fechei a porta e corri dali o mais rápido possível. Teria sido bom que ao fechar a porta ficassem lá dentro as minhas emoções mas como é óbvio isso não aconteceu.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Na altura não pensei em nenhum sítio para ir, melhor dizendo, naquela altura eu tentava não pensar em nada. Não sabia onde estava quando me sentei toda enroscada num canto de um corredor escondida debaixo de umas escadas de pedra. Os soluços tornaram-se mais frequentes e mais audíveis e portanto se passasse ali alguém provavelmente iria encontrar-me. Contudo, isso seria dificílimo de acontecer uma vez que todas as pessoas de Hogwarts – menos Amos e a outra rapariga idiota – estavam na festa.

A certa altura deixei de tentar controlar o que pensava e a minha mente focou-se nos acontecimentos recentes desde que começara à procura dele até que os encontrei naquela sala. As lágrimas continuaram a correr e eu deixei de fazer qualquer esforço para impedir, seria melhor deitar tudo para fora porque depois provavelmente iria sentir-me melhor.

Eu não o amava, isso era óbvio. Eu tinha uma ligeira atracção por ele e começava a gostar dele. O que me estava a custar aceitar era a dor da traição. Nós nem sequer estávamos a namorar oficialmente, bolas! Como é que é possível uma pessoa trair outra tão cedo? Ainda nem sequer somos namorados e ele já me traiu! Continuo sem acreditar que ele pôde ser tão falso durante as vezes em que estivemos juntos. Afinal o perfeito Amos Diggory tinha alguns defeitos, grandes defeitos até. O James tinha razão… E o J também. Não acredito, ainda não acredito. Aquele idiota magoou-me.

Talvez a culpa tenha sido minha, talvez eu não seja boa o suficiente e pronto… Talvez ele se tenha cansado. É provável. É mesmo muito provável. Mas porquê? Os soluços continuavam e eu estava a ficar com sérias dificuldades em respirar como deve de ser.

-Lily? – chamou uma voz, fazendo-me saltar com o susto e chegar-me mais para o canto. – Calma, não te quero assustar.

-James? – sussurrei.

-Sim, sou eu. – ouvi novamente a sua voz embora tudo estivesse tão às escuras que eu não consegui vê-lo. – O que é que se passa?

-Nada. – respondi, tentando abafar um soluço. Pude jurar que quase o ouvi revirar os olhos.

-Sim, Lily. E eu sou Merlin. Uma pessoa a quem não aconteceu nada de especial foge da festa e esconde-se a chorar. – respondeu, com sarcasmo.

-Eu não estou a chorar. – Óptimo. Eu não estava a pensar antes de falar porque ninguém (nem que tivesse um atraso mental muito grave) iria pensar que eu NÃO estava a chorar.

Senti-o a sentar-se ao meu lado e a passar o braço por cima dos meus ombros, puxando-me para o colo dele e abraçando-me.

-Tu és uma péssima mentirosa, Lily. – sussurrou ao meu ouvido enquanto passava a mão nos meus cabelos.

Vendo que não tinha sido capaz de o enganar, desisti de o convencer de que não se passava nada quando obviamente tinha acontecido alguma coisa. Não sei se foi por ele estar ali ao pé de mim mas de repente tudo deixou de parecer apenas um pesadelo para se tornar bastante real e nesse momento consciencializei-me do que tinha acontecido. A dor da rejeição e traição ou o que seja bateu mais forte e por impossível que pareça as lágrimas começaram a correr ainda mais rápido.

-Shh, Lily… Está tudo bem. Vai passar, isso vai passar. – ele continuava a passar a mão nos meus cabelos.

Eu agarrei-me a ele, abraçando-o ainda mais forte e continuei a chorar enquanto ele me cantava uma canção para adormecer. A certa altura acho que as lágrimas acabaram e eu fiquei quieta apenas abraçada a ele a sentir a sua respiração, a inspirar o cheiro dele e a ouvir o coração a bater no seu peito.

-Bela adormecida… - chamou ele, passando o polegar na minha cara para limpar as lágrimas que não tinham caído.

Eu sorri.

-Não estou a dormir, James. – respondi-lhe, ainda a sorrir.

-Claro que não. Mas continuas a ser bela. – respondeu. Senti o sangue a aflorar ao rosto e pude constatar que estava a ficar corada.

-Então… Não me queres falar do que aconteceu? – perguntou-me novamente, com um tom de voz receoso como se estivesse com medo de que as palavras dele me pudessem pôr novamente lágrimas nos olhos.

Eu inspirei bem fundo e ele abraçou-me ainda mais como se me quisesse dar coragem.

-Tinhas razão, James. Ele é um idiota. – murmurei. – Porque é que eu não acreditei em ti, porquê? – perguntei, começando a soluçar novamente.

-Shh… Lembras-te de eu ter dito que um dia tu ias descobrir que ele era assim? Neste momento quem me dera que não tivesses descoberto. Só de te ver neste estado dá-me um aperto no estômago. Não deixes que ele te deite abaixo, és mais forte que isso, Lily.

-Obrigada, James. – respondi, sentindo o meu coração bater mais forte.

-O prazer é meu, querida. – sussurrou, depositando de seguida um beijo na minha testa. Eu suspirei e aconcheguei-me mais a ele, inspirando o seu cheiro.

-Sabes… Tenho uma coisa muito importante para te contar. – começou a falar depois de um tempo em silêncio.

-Diz.

Ele pareceu ter de ganhar coragem antes de falar mas quando o fez, fê-lo de uma vez só.

-Sei que tens vindo a receber cartas de um rapaz que se tornou teu amigo. Sei o que se passa entre vocês. Sei que ele já te deu conselhos sobre mim e sobre o Diggory, sei que ele finge ser teu psicólogo porque tu tens muitos dramas na tua vida. Sei que a primeira carta que ele te mandou foi por engano e que supostamente nunca deveria ter chegado a ti. Sei que ele gosta mais de ti do que diz e do que tu imaginas. – afastei-me o suficiente do corpo dele para tentar ver o seu rosto.

-Humm, James? – sussurrei, ainda incrédula. – Como é que tu sabes isso tudo?

-Err…  Lily… - ele pigarreou, embaraçado. – Eu sou o J.

-Tu… - Hãn? Ele disse o quê? Que era o J? Engraçado, ahah. - O quê? – perguntei, ainda com a certeza de que ele estava a pregar mais uma das suas partidas. Olhei para ele, esperando ver um sorriso de deboche na cara dele mas (infelizmente) não o encontrei. Ele estava sério. E estava a olhar para mim atentamente como se esperasse para ver qual era a minha reacção, como se fosse mesmo verdade o que ele tinha acabado de dizer. Oh, droga. Era mesmo verdade!

-Não era suposto isto acontecer. A primeira carta era mesmo para ir parar à Ellie… Mas depois, como se fosse o destino, chegou a ti. E eu não consegui evitar continuar a escrever-te. Queria mostrar-te quem eu era realmente, já que tu não me vias como uma pessoa madura. – continuou ele.

-James… Tu… Tu enganaste-me! Eu não acredito… - sussurrei, afastando-me dele e encostando-me à parede, sentando-me do lado oposto ao seu. Ainda estava atordoada pelo que ele tinha dito. Duas revelações tão grandes no mesmo dia dão cabo de qualquer um.

-Lily… Eu não te enganei, eu apenas omiti informação… - explicou-me, tentando desculpar-se.

Mas nesse momento, com a tensão e o stress todo que estavam a tomar conta de mim, eu nem sequer quis ouvir.  A razão não estava, com certeza, comigo naquele momento.

-James Potter, tu estás feito comigo! Não acredito que me fizeste isto!

-Lily… Deixa-me explicar, por favor. – pediu-me, mas eu, evidentemente, não deixei o rapaz continuar a falar.

-É mais um esquema, não é? Daqueles que tu tentavas usar para me conquistares? Eu já estou completamente farta, Potter. Pensei que soubesses disso. Eu não gosto, nem nunca gostei desse tipo de coisas. Eu confiei em ti, e tu enganaste-me. Aliás, confiei em ti e confiei no J. E no final de tudo fui enganada por ti e por ele, que por acaso SÃO A MESMA PESSOA!               

-LÍLIAN EVANS, EU NÃO TE ENGANEI NEM TE USEI NEM NADA ASSIM PARECIDO, OUVE-ME, POR FAVOR. – gritou ele.

-NÃO QUERO OUVIR-TE. ESTOU FARTA DE TI, POTTER. ÉS COMO O DIGGORY. VAI-TE EMBORA, POR FAVOR, QUERO FICAR SOZINHA. – respondi, e pude jurar que os olhos deles expressavam decepção e incredulidade causadas pelo que eu tinha acabado de dizer.

-Muito bem, Evans. Será como tu queres, então. Adeus. – sussurrou, sem olhar para o meu rosto. Ele virou-se e foi andando pelo corredor. Os passos dele ressoavam pelas paredes, fazendo eco e a distância que ele tinha de percorrer parecia muito grande, ou então era ele que estava a andar muito devagar. De qualquer das formas, o tempo passava demasiado lentamente para uma pessoa que, provavelmente, se fosse abrir a boca novamente iria dizer demasiada porcaria.

-Potter? – chamei-o,  pensando seriamente em pedir-lhe desculpa e tentar remediar o que tinha dito. Ele virou-se e ficou a fitar-me. Contudo, desisti a meio. Ele tinha-me magoado. Mesmo que o motivo fosse estúpido, eu continuava magoada. – Esquece. – sussurrei depois. Ele continuou a andar até desaparecer ao virar do corredor e eu fiquei sozinha, no mesmo sítio, enquanto as lágrimas voltavam aos meus olhos e me faziam soluçar novamente.

25 de Novembro de 1979

Eu amo o James. Uau. É estranho de pensar nisto, saber que é verdade e não tentar mudar ou ignorar o que sinto.

EU AMO O JAMES.

Sim, o JAMES POTTER. O rapaz que eu não suportava até ao inicio deste ano. Aquele que fez um pacto de tréguas comigo, pacto esse que implicava que nunca mais me iria convidar para sair. Aquele que se tornou no meu melhor amigo em apenas dois meses. Aquele com quem eu falava por carta, com quem eu podia desabafar, aquele que me dava conselhos e que brincava e ria comigo. James Potter, o maroto que passava o tempo a convidar-me para sair com ele à uns anos atrás. O único problema agora é que ele não quer ver-me nem pintada. Eu fui horrível para ele, fui idiota, egoísta e não me perdoo por isso. É natural que ele me evite.

É muito natural, mesmo.

MEU MERLIN, O QUE É QUE EU FAÇO?

Que porcaria, eu detesto a minha vida! O que é que eu fiz de mal para tudo me acontecer, hein? E porquê é que de todas as outras pessoas que existem em Hogwarts o J tinha logo de ser o JAMES? É claro que estava assim MUUITO óbvio desde o início e que só eu é que não vi, mas bolas, este tipo de coisas só devia acontecer nos filmes e assim… Eu deveria ser poupada a coincidências óbvias mas com probabilidades muito remotas, certo? Certo, eu deveria. Mas eu não fui.

Droga. Tenho de ir falar com ele.

30 de Novembro de 1979

-James? – chamei, tocando no braço do rapaz que estava mesmo à minha frente. – Posso dar-te uma palavrinha? – perguntei, consciencializando-me que tinha usado exactamente a mesma expressão que a Stevens quando o convidou para o baile.

-Diz, Evans. – Ele pronunciou o meu sobrenome e eu não consegui evitar ficar com os olhos molhados. Desviei o meu olhar para o chão e fingi que não se passava nada. Ele não iria descobrir que eu chorava por ele. - O que queres? – continuou, com um olhar frio.

-Tens um minuto? – mantive o meu tom de voz firme enquanto refazia a pergunta.

-Claro. Podes falar. – respondeu, com um olhar sério.

-Por favor, pode ser noutro sítio? – perguntei, olhando em volta para todas as pessoas que passavam por aquele corredor.

-Não. Quero testemunhas. – disse ele.

Queres testemunhas para quê, idiota? Achas mesmo que te vou matar? Como se isso fosse possível. A sério, James, às vezes dá-me vontade de te dar um pontapé ou um soco bem grande mas depois eu penso em ti magoado e a vontade passa. Sorte a tua, senão estavas feito.

-Olha James, agora quem está a ser criança és tu. Vens comigo e acabou, não há outra hipótese sequer! – resmunguei, lançando-lhe um olhar de raiva. Ele não me contradisse e eu comecei a puxá-lo pelo meio da multidão que estava naquele maldito corredor.

Assim que consegui avistar uma sala vazia, entrei e puxei James para dentro também, encostando-o à porta e ficando à frente dele.

Respirei fundo para ganhar coragem e olhei nos olhos dele que pareciam convidar-me a ficar a olhá-los para sempre. Mas não podia. Ele estava ali à minha frente à espera que eu falasse. Calma e concentração, calma e concentração.

-Err… James… Eu precisava de falar contigo porque eu fui uma completa idiota no outro dia.

-É verdade. – interrompeu-me.

-Pois. Ahn, queria que tu soubesses que sinto muito por tudo o que aconteceu.

-Já disseste isso por carta no outro dia. – retorquiu, virando-se e começando a abrir a porta para sair. – Se não vais acrescentar mais nada, eu vou-me embora. Tenho coisas que fazer.

Eu dei-lhe uma chapada na mão que estava no puxador da porta e ele olhou para mim, chocado.

-Ai, Lily!

AH-AH! Ele chamou-me de Lily!!!

-Ainda não acabei, James. Ainda não podes ir embora.

Ele revirou os olhos mas voltou à sua posição anterior, de costas para a porta e de frente para mim.

-Eu não quero que fiquemos chateados só porque eu resolvi agir impensadamente. Eu não estava a ser racional. De qualquer forma, tornaste-te demasiado importante para mim nos últimos tempos. Não sei o que me vai acontecer se te afastares. Estou cheia de saudades tuas e só passaram dez dias… E sabes, eu já te disse isto na carta mas… eu gosto mesmo de ti. – os meus olhos nunca deixaram os dele durante o tempo em que estive a falar. E quando ele ergueu as sobrancelhas como resultado da incredulidade e descrença que estava a sentir, resolvi que era melhor provar de uma vez por todas o que sentia por ele.

A minha respiração descompassou-se e eu fui-me aproximando cada vez mais. Os nossos narizes tocaram-se e eu pude cheirar o perfume dele, que me estava a fazer sentir impressões na barriga. Fechei os olhos quando senti uma falha na sua respiração e sorri por saber que ainda causava estes efeitos em James, antes de, por fim, juntar os meus lábios aos dele. O beijo foi calmo e repleto de amor. As nossas bocas moviam-se em sincronia e eu sentia as minhas pernas a tremer tanto que parecia que elas iam ceder e eu ia cair no chão. Inconscientemente os meus dedos embrenharam-se no cabelo dele e puxaram-no mais para mim, tanta era a falta que ele me fazia. E quando por fim nos afastamos, juntamos as nossas testas e por um longo momento olhamos apenas um para o outro. Eu sorri, abracei-o e contra o seu ombro murmurei:

-Amo-te. És a minha vida.

-Eu amo-te mais, Lily.

-Não sei se isso é possível.

-Com certeza que é.

-Perdoas-me?

-Perdoo. Nunca me deixes, minha princesinha.

-Nunca, nunca mais…

FIM


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Notas finais do capítulo

Fiquei muito tristinha quando tive apenas dois reviews do Bónus II :( Estava tão mauzinho assim?
Mas não interessa... Este vai ser o último bónus de LTY.
Queria agradecer a todas as pessoas que acompanharam a fic, mandaram reviews e à recomendação que recebi, fizeram-me muito feliz! No ínicio, quando comecei a escrever esta fic não estava nada à espera deste sucesso e foi muito importante para mim o vosso apoio.
Queria só pedir-vos um último favor: para deixarem reviews neste último bónus, eheh :)
Amei tudo o que me disseram e sei que vou sentir muita falta de LTY e de escrever cartas entre o J e a Lily mas isto tinha que acabar algum dia né? Ao menos teve um final feliz **
Obrigada por tudo, leitoras lindas, estão todas no meu ♥
Vêmo-nos por aí noutras fics minhas ou vossas.
Muitos beijinhos,
Inês Potter **



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