A Relíquia Perdida escrita por letter


Capítulo 9
Capítulo 8 - Ceia de natal


Notas iniciais do capítulo

Postei rapidinho *o* é porque o Igor betou rapidinho *-* Esse capítulo é legal *o* E sabem quem também que é legal? a _Hoppee_ e a Juuu_zinhaa, duas ótimas escritoras e leitoras que fizeram recomendação no último capítulo. Magina se eu nem dei a louca aqui... Obrigada lindas ♥ Anyway, boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/146693/chapter/9

           - Vamos Lily! – gritava James aos pés da escada – Só falta você!

           - Eu perdi minha mochica! – respondia outra voz aos gritos vindo do segundo andar.

      - Já peguei ela – disse uma mulher de cabelos ruivos e curtos – Onde está seu irmão? – Gina Potter, perguntou a James enquanto saía da cozinha e fechava as mochilas a sua mão.

      - Não podemos ir ainda – interveio Albus, ele que não estava visível na cena, deveria estar metido em algum dos quartos – Scorpius ainda não chegou!

      - Que Scorpius? – perguntou Lily descendo a escada aos pulos.

      - Malfoy, é claro – respondeu James andando até a lareira – Duvido que o Malfoy chefe vá o deixar vir.

      - Na verdade – começou Harry ajeitando a gravata enquanto saía de seu escritório – Ele também vai – três pares de olhos se arregalaram na direção de Harry, enquanto Albus abria um grande sorriso – Eu o encontrei  no ministério, e não foi difícil convencê-lo – na verdade havia sido sim, mas Harry preferiu não dificultar as coisas.

      - Tio Ron não vai ficar nada feliz – disse Lily balançando a cabeça e se colocando ao lado de James – Podemos ir?

      - Harry, você não poderia ter chamado Malfoy pra ceia de natal! – exclamou Gina pegando uma pequena jarra sobre a estante ao lado da lareira

      - Os Malfoy vão viajar para passar o ano novo com os pais de Astoria,  Al e o Scorpius precisam terminar um trabalho para quando as aulas voltarem. Será a única data que têm para reunirem, e vai ser interessante ver a reação do Ron quando eles aparecerem – Harry deu de ombros, escondendo da família que fora o próprio filho que lhe implorara para convencer o senhor Malfoy a deixar Scorpius passar o natal com eles, e Harry como não resistia a nenhum pedido de seus filhos, intimara o colega de trabalho e a família a ir passar o natal com eles – Quem vai primeiro?

      - Então, eles vão direto pra lá? – Albus queria ter certeza dos fatos.

      - Vão – Harry disse de forma confortadora para o filho que aparecera na sala – Não se preocupe, vá à frente James.

      O moreno andara até a mãe e enfiara a mão na jarra que ela segurara, foi de volta à lareira, e de forma alta e clara, gritou:

      - A’toca! – por quatro vezes o mesmo ato se repetiu, e segundos depois os Potter, se encontravam em meio à sala de estar da família Weasley.

      - Vovó! – exclamaram os três Potter em uníssono correndo para os braços de Molly Weasley que carregava em uma das mãos uma badeja brownies recentemente saída do forno.

      - Ó meus amores, feliz natal – dizia a mulher, sorrindo em meios as rugas – George! George! Merlin, Angelina, olhe seu marido! – ralhou ela correndo atrás do filho que brincava com Fred II, o levitando no ar.

      - Chamou, Molly? – perguntou uma morena alta colocando a cabeça de fora da cozinha – GEORGE! – berrou a mulher correndo com uma colher de pau para o lado do marido – Coloque seu filho no chão agora!

O ruivo mal ouvia a mulher, e em meio às gargalhadas continuava brincando com o filho, que, diga-se de passagem, adorava levitar.

      - Lily? – Hugo apareceu na ponta da escada, a prima virou e os dois ficaram muito vermelhos, sem que ninguém notasse – Oi.

      - Oi – respondeu à ruiva se aproximando.

      - Oi – falou ele de novo

      - Oi! – exclamou Molly II saindo de dentro da lareira, ao lado do pai Percy Weasley e correndo até os primos mais novos – Feliz natal! – disse ela juntando Hugo e Lily num abraço triplo. Logo depois veio sua mãe Audrey ao lado de Lucy, irmã mais nova de Molly II. Lucy por sua vez correu para o colo do avô, Arthur, lhe espremendo num abraço e choramingando que Percy a colocou de castigo.

      - Cale a boca Roxy! – exclamou Rose zangada, descendo as escadas ao lado da prima – Odeio quando você fica falando isso.

      - Então diga que eu estou mentindo e eu paro – implicou a Ruiva de cabelos extremamente lisos virando no segundo andar e entrando em um quarto batendo a porta com tanta força que Rose poderia jurar que sentiu as escadas tremerem. Rose apenas revirou os olhos e continuou a descer as escadas, sendo surpreendida por um abraço de Albus.

      - Saudades priminha? – perguntou o moreno, abrindo aquele sorriso.

      - Muita! – disse ela se afastando – Não é nada legal aguentar a Roxy sozinha, e ainda por cima ter de aturar as beldades da...

      - Victorie! – gritou Fleur com seu típico sotaque francês dependurada na janela – Parra dentro! Agorra! – Rose apenas soltou um pesado suspiro e revirou os olhos.

      - Como eu disse, não é fácil – falou ela pegando na mão do primo e andando com ele até a cozinha – Precisa de ajuda mãe?

      - Tudo bem aqui, apenas fique de olho em seu irmão – respondeu Hermione cortando legumes ao modo trouxa. Hermione obrigava a todos a evitarem fazer tudo com o uso da magia para não perderem o senso e o costume de como é viver ao modo trouxa – Oi Al – cumprimentou a morena com um sorriso ao ver o sobrinho – Como eu ia dizendo – continuou ela se virando para Gina, que terminara de dar um beijo na bochecha da afilhada Rose e dobrava as mangas da blusa e se sentava para ajudar – Acho que as novas leis que querem que eu aprove no ministério são bem promissoras...

      -... Eu sei – Angelina entrava na cozinha balançando a cabeça ao lado de Molly e Audrey – George pensa que, Fred II é seu irmão, não seu filho... Aqueles dois parecem duas crianças!

      - Eu não tenho o que reclamar de Lucy ou de Molly, são duas perfeitas princesas – dizia Audrey com um ar de orgulho, parecido com o ar que o marido Percy tinha ao contar alguma vantagem.

      - Daqui a pouco vão começar a falar é da gente – supôs Albus puxando Rose para fora dali – Onde está James?

      - No quintal com Louis vendo Teddy e Victorie brigarem – respondeu Dominique, amarrando os cabelos loiros num curto rabo - Onde está Roxy?

      - Emburrada no quarto – disse Rose sem nenhuma emoção – Oi padinho – cumprimento a ruiva ao ver Harry rindo de alguma coisa que Ron falava enquanto tomava um gole de whisky de fogo.

      - Uau Rose, você está muito bonita essa noite – elogiou Harry, e Ron abriu um grande sorriso.

      - A melhor parte, é que ninguém de fora vai ver meu bebê – era de conhecimento geral que Ronald Weasley morria de ciúmes da filha mais velha.

      - Pai! – disse ela corando – Eu não sou seu b... – mas antes que pudesse terminar de dizer algo a lareira a frente se explodiu em cinzas novamente, e três cabeleiras loiras apareceram nela.

      - Mas que diabo... – começou Ron se levantando do sofá.

      - Draco! – exclamou Harry andando até os convidados – Que bom que veio. Astoria, é bom te ver! Scorpius, como está crescido...

      - Scor! – Al soltou as mãos da prima e correu para abraçar o amigo.

Ronald começava a ficar com as orelhas extremamente vermelhas. Como Harry chamara aqueles... aqueles...

      - Trouxemos presentes – disse Draco, sorrindo de modo sincero, mostrando um grande saco cheio de pequenos embrulhos.

      ... Aqueles adoráveis convidados, concluiu Ron em pensamento.

      Rose cruzara os braços e fitava a cena dos dois garotos a sua frente. Ela não podia acreditar que Scorpius Malfoy estava em sua casa. Afinal, ela não morava ali, mas mesmo assim, continuava sendo sua casa. Como Albus ousara fazer isso com ela? Será que ele não via como se odiavam? Scorpius pela primeira vez viu a ruiva, parada de modo ameaçador à frente. Ela estava realmente bonita com os cabelos soltos e a franja de lado, o camisete cumprido seguidos por um jeans escuro e o coturno preto. Ela não estava parecendo a Rose Weasley, aluna número um de Hogwarts.

      - Rose – cumprimentou ele, sem conter o sorriso, e Rose percebia que era a primeira vez que Malfoy a chamava pelo primeiro nome – Bom te ver – tudo bem, Malfoy estava sendo gentil com ela? Deveria ser efeito do natal.

      - Tudo bem – disse Albus alto de mais para chamar a atenção do pai – Vamos subir, trouxe alguns livros para auxiliar na pesquisa, o quanto antes começarmos melhor – Harry sentia forte orgulho do filho, além de estudioso sabia muito bem disfarçar uma mentira, mas ele também já fora jovem, e para agradar Albus iria fingir que acreditava na tal desculpa.

      - É brincadeira isso, não? – perguntou Rose seguindo Albus pelas escadas.

      - Segundo meu pai, eu vim para estudar – disse Scorpius subindo logo atrás de Rose, ele nunca fora ali, mas se sentia em casa. Sim, Scorpius era folgado.

      - Entrem – disse Albus empurrando a porta de um quarto no terceiro andar, era o antigo quarto de Fred e George, hoje abarrotado de caixas da loja do tio George, e experimentos de novos produtos. O moreno tirou a varinha de dentro dos jeans e em direção a porta, falou: Abbafiato.

      - Então não podemos ser ouvidos – supôs Rose, sentando-se em uma cama – Com certeza não vamos estudar – Scorpius sentou ao seu lado e Albus sentou no poeirento piso de madeira, de frente aos dois.

      - Você está com aquela cara de “vou confessar um assassinato, mas não me julgue” – falou Scorpius, Albus revirou os olhos e deu um sorrisinho amarelo.

      - Não vou confessar um assassinato... Quer dizer, acho que não – Rose arregalou os olhos para o primo, aquilo era sério? – Não sei como, mas preciso contar para vocês algo muito, muito importante mesmo. Só não sei como...

      - Começa do começo – disse Scorpius tentando ajudar.

      - Uau, brilhante idéia Einstein – ironizou Rose, olhando de relance para o loiro.

      - O que é um Einstein? – perguntou Scorpius.

      - Podem começar a brigar depois? Estou tentando contar para vocês que encontrei um desaparecido – disse Albus com descrença.

      - Você encontrou o que? – Rose perguntou estupefata

      - Tecnicamente – começou Scorpius – Se você encontrou, não é desaparecido...

      - Bom... Não é exatamente um desaparecido... – como, por Merlin, Albus conseguiria contar para eles sobre Elizabeth?

      - Fala logo Al, estou aflita!

      - Quem é? – Scorpius foi direto.

      - Hm... Bom... Ela se chama Elizabeth. Elizabeth Gaunt – por um momento nenhum dos três nada disse, Scorpius e Rose fitavam Albus em silêncio, e do nada Rose se explodiu em uma gargalhada e deitou na cama, rindo como Albus nunca vira. A cara de susto de Scorpius deveria ser a mesma de Albus, se não pior.

      - Qual o problema dela? – Scorpius perguntou com os cinzentos olhos arregalados, virando de um para o outro.

      - Aí – disse Rose tentando respirar e apertando os braços sobre a barriga – Agora minha barriga até doeu – ela limpou algumas lágrimas de riso que escapuliram de seus olhos – Essa foi boa Al, muito mesmo – disse ela tentando se controlar para não dar uma crise de risos novamente – Você falou tão sério que por um momento pensei que era verdade.

      - Espere um momento – Scorpius retirou a varinha de dentro do bolso e a levantou – Accio graça – um, dois, três segundo de silêncio se passaram – Não, nadinha, ainda não encontrei a graça – disse ele se virando para Rose.

      - Idiota – praguejou ela o olhando com desdém – A graça é que Al fez uma bela e elabora piada, mas sua mente em desenvolvimento não pode entender.

      - Rose, não é piada – disse Albus de forma séria.

      - Qual é! – disse ela rindo, e olhando o primo que continuava com a postura séria – Albus, fala sério!

      - Estou falando.

      - Ainda não entendi qual é a graça – Scorpius olhava de um para o outro, e de repente Rose tomou um ar sério.

      - Não é possivel Albus – disse ela fitando o primo – É?

      - Eu também achava que não... Até encontra lá no castelo, e depois aquela noite em que fomos a Hogsmeade, e até na biblioteca...

      - Mas Elizabeth Gaunt está morta a mais de oitenta anos! – exclamou Rose.

      - Agora eu entendi – disse Scorpius – Mas... Mas... Não, eu não entendi. Você vê fantasmas Albus... Quer dizer, um fantasma espírito?

      - Ela não é fantasma, eu a toquei... Era sólida – disse ele meio sem graça – Por favor, acredite em mim, eu não estou ficando louco.

      - Al, isso é tão impossível quanto querer que a murta pare de gemer... – começou Rose

      - Eu sei Rose! Só estou contando o que aconteceu.

      - E como ninguém mais a viu? – perguntou Scorpius – Quer dizer...

      - Acho que ela não gosta muita de pessoas, eu custo a encontrá-la quando preciso.

      - Ela não esta viva de verdade, está? – perguntou Rose sem muita convicção na história do primo.

      - Não, mas também não está definitivamente morta... Ela sente dor, medo, felicidade – relembrou Albus da noite em que tanto conversaram e a vira rir, e das muitas vezes que a vira reclamar de uma dor na cabeça – Eu não sei exatamente o que ela é. Preciso de vocês para me ajudar a descobrir.

      - Então... isso não é uma piada? – perguntou Scorpius

      - Você sabe que não é.

      - Então é com a tal menina que você passa todas as noites? É que eu vejo você acordar escondido – Scorpius deu de ombros.

      - Crianças? – a conhecida voz de Hermione vinha do lado de fora da porta, enquanto as batidas eram escutadas pelo trio – Chegam de estudar, o jantar está servido.

      - Estamos indo mãe! – gritou ela se levantando, esquecendo que Hermione não poderia ouvir devido o feitiço na porta – Vamos... Depois vemos sobre isso. Albus tirou alguns livros da mochila e jogou os no chão para disfarçar. Os três saíram do quarto, e Rose correu a frente para o lado da mãe enquanto desciam as escadas.

      Como a casa estava realmente cheia a senhora Weasley concordou em que jantassem todos no quintal, a neve não seria problema.

      O jantar estava realmente saboroso, três perus foram assados, saladas desde tomates a tripas de dragões estavam sendo servidas, sucos de abóboras e cervejas amanteigadas corriam soltos pela mesa, e para os mais velhos hidromel e weasky de fogo.

      Draco se admirava com o tamanho da casa dos Weasley, era maior do que já imaginara em toda sua vida. Astoria parecia ter feito amizade com Fleur, e Scorpius se reunia em meio aos Potter e Weasley como se fosse da família. O jantar fora tranquilo, apenas perturbado por parte de Victorie que lançava furiosos olhares a Teddy, sentado ao lado de sua avó, Andrômeda, e de James. O casal havia brigado, os motivos eram desconhecidos. Mas Teddy não se deixava abalar pelas caretas e fúria de sua loira.

      - Porque Roxanne não para de te fuzilar com os olhos? – perguntou Scorpius a Rose, discretamente.

      - Ela gosta do Jeremy – disse Rose constrangida se servindo de brownies.

      - Mas ele não gosta de você?

      - Exatamente – disse Rose forçando um sorriso e levantando os olhos, constatando que Roxy ainda a fuzilava – Ela pensa que a culpa é minha dele gostar de mim.

      - Talvez seja. Você é bonita, legal, inteligente e não o culpo por gostar de você – e antes que Scorpius mensurasse seus pensamentos as palavras saíram, Rose arregalou os olhos não acreditando no que ouvia, enquanto Scorpius arregalava os olhos, não acreditando no que falara. Ambos muito vermelhos desviaram os rostos e começaram a falar com as pessoas que estavam próximas.

      - Arthur, não coma tantos doces – dizia Molly ao marido – Você sabe que não pode, não queremos que sua diabetes ataque novamente.

      - Fred – chamava James num sussurro – Olha o que eu tenho na mochila – o moreno abria a mochila embaixo da mesa, mostrando vários foguetes enfeitiçados dentro.

      - São da loja do papai? – o ruivo perguntou num sussurro, James assentiu com aquele seu sorriso maroto – Brilhante. Quando?

      - Meia- noite.

      - Vou chamar o Louis – disse ele se virando e cochichando no ouvido do garoto ao lado.

      - Harry já saiu do castigo? – perguntou Ron mastigando uma coxa de frango cuspindo enquanto falava.

      - Castigo? – perguntou Draco curioso e com ar divertido – Esteve de castigo Potter?

      - Hermione me contou que a Gina o colocou de castigo – disse Ron rindo enquanto recém mastigados pedaços de frango escapuliam de sua boca em direção a todos a volta.

      - Gina! Não acredito que você contou pra Hermione! – disse o moreno arregalando os olhos claros para a mulher.

      - Então é verdade – Draco acompanhava Ron na gargalhada, enquanto Gina mal dava de ombros – Mal posso esperar para chegar Janeiro e eu contar essa para o pessoal no ministério!

      - Não é verdade! – mentia Harry, implorando para que Gina desmentisse.

      - Lucy, o que você tanto olha? – perguntava Dominique acompanhando o olhar da prima e parando em Lily e Hugo que riam e conversava animadamente.

      - Eles não estão normais – disse Lucy – Veja como Lily cora toda vez que Hugo fala com ela.

      - Querida Lucy, você percebeu o quanto imagina coisas? – Dominique revirou os olhos – Lembra de quando pensou que Rose era a fim do Scorpius?

      - Eu não pensei, eu previ.

      - Está querendo tirar o lugar da Trelawney? – ironizou Dominique para a raiva de Lucy. A garota além de sensitiva amava adivinhação, simplesmente achava fascinante.

      - Rose? – chamou Albus – Você não acha que eu esteja ficando louco, acha?

      - Acredito em você Al... Só tenho medo de saber em que você está se metendo – disse a ruiva mirando o primo de forma preocupada – Mas esquece isso, quando voltarmos para Hogwarts daremos um jeito de te ajudar, não é Scorpius? – perguntou ela se virando para o loiro e lhe dando uma cotovelada – Fala que é!

      - Aí! Isso dói – resmungou ele.

      - Viu?! Scorpius disse que é – disse Rose com um grande sorriso

      - Sabe o que seria legal agora? – perguntou Teddy alto o suficiente para que todos ouvissem – Presentes. Seria bem legal.

      - Alguém me entende! – disse James levantando os braços de forma dramática.

      Vários sacos trazidos pelo aceno da varinha da Senhora Weasley apareceram sobre a mesa. Cada presente flutuava em direção ao dono, sendo que todos por um momento ficaram encantados com cada presente que recebia.

      O jantar se passou e terminou. Os homens levantaram, e caminhavam pelo enorme quintal da casa dos Weasley enquanto discutiam assuntos nada interessantes sobre o ministério. Teddy, Albus e Scorpius começaram de forma nada discreta a atacarem bolas de neve nas garotas que gritavam histericamente tentando proteger seus cabelos. As mulheres conversavam freneticamente a mesa luar. Não se via Hugo e Lily em parte alguma.

           James olhara o relógio em seu pulso e assentira para Fred, que olhara para Louis e piscara para ele. Sincronizadamente os três garotos incendiaram e jogaram os foguetes para cima.

       As explosões pegaram todos de surpresa, principalmente os gnomos que vivam nos jardins aos arredores da casa dos Weasley, esses se assustaram tanto com o barulho das explosões que saírem correndo de dentro de seus buracos para correr em volta da casa. Gritinhos escapuliram de Lucy e Molly que subiram nas cadeiras. Fred, James e Louis subiram nos galhos da árvore ao lado da casa e rindo apreciavam a cena.  Os foguetes estouravam por todas as partes, no céu e na neve. Os gnomos subiram na enorme mesa correndo por ela derramando cerveja amanteigada nas mulheres sentadas. Os pratos eram quebrados e o barulho era ensurdecedor.

      Gina se levantou de forma brusca e semicerrando os olhos procurava James e o avistou rindo em cima da árvore. James encontrando os olhos da mãe parou de rir instantaneamente.

      - Ôh-ou – disse ele arregalando os olhos e saltando do galho da árvore.

      - Aí! – exclamou Rose quando um gnomo passou correndo por ela fazendo a cair para trás e sendo salva pelos braços de Scorpius.

      - Opa – riu Albus vendo a prima ficar vermelhinha enquanto se desvencilhava dos braços de Scorpius.

      Os únicos que pareciam não se importar com o fuzuê eram Hugo e Lily que estavam sentados um ao lado do outro em cima do telhado.

      Albus via os foguetes coloridos formarem dragões nos céus, e correrem por ele. Por um momento ele mal notou os gritos de sua mãe correndo atrás de James bem as suas costas, ou as falsas histerias de Rose para com Scorpius, apenas ficou fitando o céu, admirando a lua.

           E bem distante dali, Elizabeth Gaunt, em meio às densas árvores da floreta proibida, conseguia vislumbrar a lua entra as copas das árvores, a mesma lua que Albus fitava. Com um suspiro a loira baixou os olhos e voltou a olhar em volta. Estava próxima, a sua passagem de volta para “casa” estava bem próxima, ela sentia. A força do pequeno objeto que teve o poder de lhe trazer era sentida ao longe, e ela não desistiria até achá-lo. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Foto da Lizzie por pedido de leitores, o que acharam? E falando nisso, como pude deixar de agradecer ao reviews? pois é, vocês me entenderam *-* Muito obrigada, sério mesmo, espero que tenham gostado.