A Relíquia Perdida escrita por letter


Capítulo 7
Capítulo 6 - Devaneios


Notas iniciais do capítulo

Pessoal muito obrigado por cada review que mandaram nos últimos capítulos, é realmente bom saber que estão gostando, e eu quero muito agradecer ao IgorWood, elena-sjp, Lillissa_M e emmapotter, pelas recomendações. E se você também lê e gosta da fic recomende também :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/146693/chapter/7

                 Scorpius tinha certeza: Albus estava apaixonado. Sim, ele com toda a certeza estava apaixonado. A última vez em que se lembrava de ver Albus com a expressão vazia e a atenção em qualquer lugar menos no local onde estava de fato, foi no terceiro ano quando ele deu seu primeiro beijo em Emmie e não parara de falar nela, mas para a felicidade Scorpius a paixonite compulsiva de Albus durara não mais que duas semanas.

           Rose sentada na mesa ao lado, também percebera a situação do primo, ela fitava-o preocupada. No seu intimo ela sabia que Albus estava obcecado pelo caso da garota Gaunt. Por um segundo ela desviou seus olhos do primo e sem que planejasse encontrou um par de olhos cinzentos. Durou um segundo a conexão entre ela e Scorpius, mas seu coração bateu descompassado. Rapidamente Rose virou o rosto e Scorpius voltou atenção para professora. Talvez se ambos não fossem tão pálidos, nem Alice, nem Emmie, teriam percebido o rubor que tomara conta dos respectivos amigos.

           Um peteleco na cabeça de Albus o tirou de seus devaneios.

          - Cara, isso não é legal – resmungou ele para Benjamim.

          - Sabe o que não é legal? Você me ignorar – respondeu ele com evidente frustração

          - Não estou te ignorando – retrucou Albus tentando se lembrar em que aula estava e vendo o contorno bem traçado de um par de olhos negros levemente puxados e aquele cabelo tão liso e negro cortado a nivela da mulher sentada próximo ao quadro ele se lembrou.

          - Nunca mais me deixe lhe ver olhando para a professora assim – disse Emmie evidentemente assustada, causando uma crise de risos em Ben e Scorpius.

          - Ciúmes? – ironizou Ben      

          - Claro que não, mas fala sério, vai dizer que essa cara do Al não te assustou?

          - Tá explicado porque você está tão alucinado – concluiu Scorpius – Mas da um desconto Emmie, a Senhorita Chang é a única professora que realmente vale à pena olhar nessa escola.

          - Você se parece mais com seu pai do que eu imaginava – disse Emmie se dirigindo a Albus.

          - Por que diz isso? – perguntou ele se levantado ao ouvir o sinal.

          - Seu pai não deu uns pegas nela enquanto estudava em Hogwarts? – perguntou Ben nada discreto.

          - Às vezes esqueço que a vida de meus pais é de conhecimento universal – Albus tinha certeza que nunca se acostumaria com o fato de que todos soubessem mais da vida de sua família do que ele mesmo.

          - Roxanne sairia comigo? – Ben perguntava mais para si mesmo do que para qualquer um, enquanto caminhava atrás da ruiva em meio a Rose e Alice.

          - Ela não sairia com ele – disse Emmie fazendo o olhar correr a frente deles.

          - Não mesmo – responderam Albus e Scorpius em uníssono.

          - Onde vão passar o natal? – perguntou Emmie enquanto caminhavam em direção ao Salão Principal para o almoço.

          - Na biblioteca – disse Albus num suspiro – Se eu não tirar pelo menos um excede as expectativas em todos os NOMs, minha mãe confisca minha vassoura.

          - Cara, até parece que você não vai tirar um Ótimo em tudo – disse Scorpius – Vou ter que passar o natal na sua casa para você me ajudar.

           - Sem problemas. Mas você sabe que se for pra minha casa agente faz tudo menos estudar, não? – perguntou Albus com um sorriso um tanto maroto.

           - É aí que eu sobro – disse Emmie sorrindo, ela adorava aqueles dois.

           - Aparece lá em casa também – Albus falou esperançoso virando os olhos claro para a amiga – Vai ser divertido – porque Emmie não resistia a aquele sorriso?

           - Minha mãe odiaria saber que eu vou passar o natal ao lado de um Malfoy – disse ela balançando a cabeça.

           - Ela ainda odeia meu pai? – questionou Scorpius com um ar divertido enquanto se sentavam a mesa da Sonserina. Emmie assentia em resposta, jogando a mochila de lado e servindo de uma maravilhosa macarronada ao molho de dragão.

           Do outro lado do Salão, na mesa da Grifinória, Fred tentava azarar Benjamim por estar paquerando sua irmã. Rose tentava ignorar Jeremy, mas em vão conseguia. Todo aquele barulho de Jeremy, de Fred e Ben discutindo, de James ensinando ao Hugo como conquistar uma garota, de Lily e Dominique planejando o que dar de aniversário para Molly, de Louis implicando com Alice, incomodava Rose mais do que devia. Seria falta de educação berrar para que todos se calassem? Sem saber como conseguira, em meio a toda agitação do horário de almoço seus olhos vagaram e se prenderam a aquela figura pavorosa e repugnante que atendia pelo nome de Malfoy.

               O garoto que assistia a cena de Ben e Fred não soube explicar quando foi que a pessoa de Rose lhe chamara tanta atenção, e se esquecendo da noção de tempo, ambos ficaram fitando um ao outro. O barulho sumira, Rose já não ouvira nem via mais nada. Ouvia apenas seus batimentos descompassados e via aqueles olhos cinzentos, muitas vezes frios e arrogantes, mas agora tão envolventes e cativantes. Scorpius se perguntava desde quando Rose Weasley tinha olhos tão claros e clamorosos. E agora que parava para pensar viu que ela não era mais aquela garotinha sabe-tudo, que sempre o ignorava e implicava. Ela havia crescido, havia mudado, havia se tornado tão linda. Espere um momento, linda? Scorpius Malfoy admirando uma Weasley? Não, isso não estava certo. Ele balançou a cabeça para tentar clarear a mente saindo do transe em que se metera.

                  - O que temos agora – perguntou Albus terminando de almoçar, o garoto que observara o que a pouco acontecera, fingiu ignorar o fato de que Scorpius estava secando sua prima e vice-versa.

                  - Dupla de Herbologia com a Grifinória – respondeu Emmie com um suspiro, era de conhecimento geral que Emmie odiava ter de dividir os amigos com os garotos da Grifinória com quem tinham tamanha amizade.

                  - Por isso que você está feliz Scorpius? – insinuou Albus para o amigo.

                  - Hm? – perguntou o loiro se fazendo de desentendido.

          Albus apenas balançou a cabeça e riu, passando os braços pelos ombros de Emmie e Scor desceram até as estufas.

                  - Roxanne aceitou sair com você? – perguntou Scorpius rindo ao ver Ben entrando nas estufas com a cara enfezada.

                  - Cala a boca – resmungou ele se colocando num canto pressionando a boca que sangrava. Fred era bem ciumento em relação à irmã, a ruiva acabava de entrar na estufa ao lado de Alice e Rose. Alice se meteu no outro canto, afinal, ela não gostava de assistir as aulas do pai, morria de vergonha de sempre ser usada como exemplo. Roxy ficou na frente, mantendo a maior distância o possivel de Ben. Rose foi para o lado do primo, causando repentino desconforto em Emmie e fazendo Scorpius sentir um frio na barriga que ele tinha certeza que não deveria sentir.

                  - Boa tarde turma – cumprimentou o professor Neville Longbottom gentilmente ao entrar na estufa – Boa tarde Alice.

             A loira resmungou um: “boa tarde” e abaixou a cabeça em meio às plantas.

             O professor começou a falar sobre os NOMs e o que ele tinha certeza que seria cobrado em Herbologia. Os alunos fingiam prestar atenção, mas cada um estava imerso em suas próprias atividades. Alguns, como Ben, tirava um cochilo pós-almoço, outros como Roxy, faziam os deveres da próxima aula, que era poções, às escondidas, e tinham os que como Albus e Rose cochichavam descaradamente.

                  - James disse que você está com a capa de invisibilidade – sussurrou ela no ouvido do primo.

                  - E...?

                  - E eu vi você outro dia andando pelo terreno da escola à noite – continuou ela a sussurrar – Na verdade o vi várias vezes, por quê?

                  - Você... Você viu? – perguntou ele incrédulo, como sua prima vira?

                  - Eu gosto de ficar olhando pela janela da torre antes de dormir – deu ela de ombros como se fosse algo muito obvio – O que você estava fazendo nessas noites fora do castelo?

                  - Procurando alguém – sussurrou ele em respostas, afinal ele realmente estava procurando alguém.

                  - Quem estaria fora do castelo no meio da noite?

                  - Uma pessoa, ora.

                  - Jura? – ironizou ela – Que pessoa?

                  - Alguém.

                  - Albus! – ralhou ela dando um tapa no ombro dele – Não começa a brincar.

                  - Seria legal, vocês falarem mais baixo – interveio Scorpius.

                  - Estamos de atrapalhando Malfoy? Pois bem, tem espaço lá na frente, por que não se senta lá?

                  - Psiu vocês três – ralhou Emmie – Alguém quer prestar atenção.

               Agradecido pelo silêncio da prima Albus passou o resto da aula pensando em formas de encontrar novamente Elizabeth. Desde a trágica conversa no começo da semana, ele a procurou, foi na casa dos gritos, vasculhou todo o castelo e até tomara forças para ir até a orla da floresta, mas não a encontrou. Na noite passada ao voltar para o castelo ele realmente se perguntou se Elizabeth existia mesmo ou era apenas fruto de sua imaginação, mas finalmente percebeu que nem em seus mais desvairados sonhos conseguiria imaginar alguém tão perfeito.

                Ele sabia que ela estava por perto, ele sentia. Isso era normal? Sentir as pessoas? Isso ele não sabia, apenas sabia que a sentia por perto. E se fosse verdade que Elizabeth Gaunt realmente desaparecera em 1933, se fosse verdade que ninguém a encontrou, se fosse verdade tudo isso, Albus sabia que possuía um motivo. Ele tinha certeza que não fora coincidência ter sido ele a encontrar, não sabia o porque, mas estava mais do que disposto a descobrir.

                E o que mais intrigara: Como Elizabeth poderia estar aqui? Ela estava viva, certo? Afinal ela a tocara, falara e vira ela. Não se pode falar, nem tocar muito menos ver os mortos. E ela continuava com sua perfeita aparência de adolescente com seus dezesseis anos de idade. Ela parara no tempo? Não, isso era um absurdo. Mas Albus já não sabia o que pensar, realmente estava ficando louco com aquilo.

           - Acorda – chamou Rose – a aula acabou – acabou? Mas ele nem a vira passar!

           - Foi tão rápido...

           - Pra você – disse Emmie apressando o paço e andando a frente.

           - Ela resolveu virar bipolar? – perguntou Scorpius.

           - Ela realmente não gosta de mim – disse Rose num suspiro

           - Azar dela, não sabe o que está perdendo – falou Albus sorrindo para a prima, porque o simples sorriso de Albus tinha o poder de melhorar as coisas para todos?

           - Al – chamou Lily correndo para o lado do irmão – Papai está aqui! – anunciou a ruiva radiante puxando o irmão pelo braço.

              Rose e Scorpius contemplaram a cena um ao lado do outro, e pouco depois se deram conta de que estavam sozinhos. Rose tinha certeza que era apenas por causa do primo que suportaria andar ao lado de um Malfoy. E depois de um constrangedor silêncio Scorpius foi o primeiro falar:

            - Acho que devíamos andar.

            - Andar? – perguntou Rose confusa.

            - É... Quer dizer –falou Malfoy coçando a cabeleira loira – Estamos no meio do caminho – disse ele olhando para os lados.

            - Ah... Claro... Vamos andar...

            - Você tem aula de que agora? – perguntou Scorpius tentando quebra o gelo, porque ele se sentia tão nervoso ao lado daquela grifana?

            - Poções... E você?

            - Runas...

            - Pensei que ninguém da Sonserina fazia Runas – disse Rose surpresa.

            - Eu sou acostumado a copiar as coisas do Al, e quando ele se inscreveu em Runas eu me inscrevi sem saber o que era – o loiro deu de ombros.

                    Enquanto a conversa aos poucos fluía entre os dois, Lily corria na frente de Albus até o quarto andar, e parado em frente a gárgula do gabinete do diretor estava um homem não muito alto, moreno, de cabelos rebeldes e óculos redondos, trajava uma típica capa preta e conversava avidamente com James. Era Harry Potter, seu pai.

                  - Pai! – gritou Lily correndo ao encontro do homem – Achei ele! – disse animadamente apontando para Albus

                  - Albus! – exclamou Harry apertando o filho do meio em um apertado abraço – Como vai meu filho?

                  - Ótimo – exclamou Albus sorridente – O que faz aqui?

                   Harry apenas olhou para James em resposta, o garoto abriu um largo sorriso e fez cara de inocente.

                  - Qual é pai! – exclamou James sorridente – Vai falar que você não adora vir aqui e ver agente?

                  - James, isso não é o caso... – começou Harry.

                  - Viu? O senhor ama gente! – Harry não se conteve, ele não era quem colocava os limites nos filhos e sabia as horas de se manter firme, esse era o trabalho de Gina, não podia deixar de negar que realmente fora engraçado o que o filho fez, embora totalmente errado.

                  - Papai, você veio por causa das detenções que pegamos, ou por causa das outras duas que James está cumprindo?

                  - Duas? – perguntou Harry estupefato.

                  - Valeu Lily – disse James censurando a irmã com o olhara enquanto ela dava um grande sorriso.

                  - Sua mãe não vai gostar de saber nada disso – disse ele balançando a cabeça.

                  - Harry – Minerva McGonagall aparecera – Desculpe a demora, estava realmente ocupada. Boa noite crianças – disse ela com um sorriso cumprimentando os garotos – Vamos entrando? 

                  - Claro, claro – respondeu o homem – Nada de aprontar, tudo bem? – disse ele olhando para os filhos – Fiquem de olho nele para mim? – pediu ele a Albus e Lily.

                  - Pai! – exclamou James

                  - Pode deixar pai – disse Albus rindo.

                  - Se cuidem – disse ele subindo ao lado de Minerva dentro do escritório.

                  - Sorte sua não ser a mamãe a vir na escola – disse Lily enquanto os três desciam – Ela faria Minerva te tirar do time de quadribol.

                  - Não exagera Lily.

                  - Você não tem medo de ser expulso? – perguntou ela

                  - Ninguém teria coragem de expulsar um Potter maninha – disse James, com um ar de importância – Por isso digo que vocês deviam curtir mais... Falando em curtir, como se sente perdendo sua primeira aula maninho?

                   - Normal – disse Albus rindo – Porque?

                   - Porque? Você estava com sarampo e mesmo assim correu pra aula de Feitiços, no segundo ano! Toda a turma ficou infectada depois disso... Você nunca perdeu uma aula.

                   - James, era aula de feitiços! Você acha que Albus perderia a oportunidade de ver a senhorita Chang? – perguntou Lily rindo.

                   - Tá explicado! – exclamou James caindo na gargalhada.

                   - Calem a boca vocês dois – dizia Albus rindo ao lado dos irmãos.

                   - Desculpe vir tão tardiamente Minerva, mas tenho tido muito trabalho no ministério ultimamente...

                   - Creio que controlar uma equipe de aurores não seja fácil – disse ela sentando-se na poltrona e indicando para que Harry fizesse o mesmo – Mas eu realmente precisava falar com o senhor.

                   - James passou do limite outra vez? – perguntou ele num suspiro.

            - O que não é de se surpreender – disse a diretora juntando as mãos sobre a mesa – Tenho que lhe dizer Harry, seus filhos realmente fazem jus aos nomes que receberam.

            - Desculpe? – perguntou Harry confuso

            - James sozinho consegue ser pior que a dupla que mais já aprontou nessa escola... Sim, sim, James Sirius Potter, ele realmente faz jus a esse nome.

             - Juro que vou conversar com ele novamente.

             - Por favor, faça isso, já conversei com ele, mas ele só ouve você. Chega a um ponto em que não poderei facilitar para ele.

             - Agradeço Minerva, mas não facilite. James precisa apreender por seus atos. E quanto a Albus e Lily?

             - Albus realmente é um exemplo. Talvez o nome também tenha influenciado na personalidade? – perguntou a diretora com ar divertido.

             - Talvez – respondeu Harry – Significa que Lily também está indo bem?

             - A melhor do ano dela. Seus filhos são de se orgulhar Harry, apenas peço que trate de conter James, não queremos mais incidentes como o que aconteceu nessa semana.

             - Pode deixar – respondeu Harry – Farei meu máximo – mas no fundo ele sabia que era impossível controlar o filho, afinal, a própria diretora dissera, ele realmente fazia jus ao seu nome. E alguém em vida alguma vez conseguira controlar os marotos James e Sirius?

             - Existem algumas regras básicas que devemos seguir para dar um perfeito primeiro beijo – Lily lia uma revista tipicamente adolescente no Salão Comunal com o primo ao lado – Primeiro: É primordial tomar cuidado com a Higiene, nada de mau hálito.

             A prima parou de ler e retirou de seu bolso uns tabletes verdes.

             - São da loja do Tio Jorge – ela entregou alguns ao Hugo – Você masca e seu hálito fica refrescante por um dia inteiro.

             O ruivo pegou os tabletes do suposto chiclete e guardou no bolso.

             - Segundo: Antes de iniciar o beijo procure olhar nos olhos da pessoa, acariciar seu rosto, lhe falar algumas palavras bonitas – Lily voltou a ler – Vamos praticar!

             Ela se postou de frente a ele.

             - Vamos, acaricie meu rosto e me diga coisas bonitas.

             - Está louca? – ele perguntou com os olhos arregalados

             - Vou ser sincera, galã de uma palavra só, se você não praticar só irá dizer "oi" para Quin.

             Hugo encolheu o ombro derrotado. O que a prima não sabia é que era muito mais difícil falar palavras bonitas olhando para ela do que para qualquer outra garota do castelo.

             Ele se ajeitou e levantou meio hesitante sua mão no ar. Encarou as íris castanhas de Lily.             Respirou fundo e começou a falar:

             - Eu nunca tinha parado para pensar em como você é diferente das outras garotas, te vi crescer sei todos seus defeitos, suas manias, quando está nervosa, ansiosa, triste, preocupada, determinada a realizar muito uma coisa como agora – Lily olhou para baixo constrangida mas Hugo passou levemente seu dedo indicador em seu queixo e ergueu de novo a encarando - Sempre estabanada, verdadeira, limpa e transparente, você é assim inteira, não tem máscaras que cobrem seu rosto mostrando uma Lily diferente – ela respirava irregularmente enquanto sentia ele a acariciando no rosto – E eu adoro isso, cada pedacinho disso que é você e não mudaria nada – ele passou os dedos levemente nos lábios rosados dela - Mas de todas as coisas que gosto em você, o que mais me chama atenção, são os seus olhos. Às vezes, sinto que você consegue ver através de mim, ver o que mais ninguém nunca viu e nunca verá. Eu gosto dessa sensação que me constrange, me intimida e ao mesmo tempo me conforta. Pois sei que sempre estaremos juntos – já dividiam o mesmo ar há tempos e Lily se permitiu fechar os olhos para enfim sentir seu primeiro beijo – E ai o que achou?

                    Hugo perguntou se distanciando dela. Lily abriu seus olhos frustrada e virou seu rosto que estava extremamente vermelho afim de que o primo não a visse assim.

                  - Ainda bem que você não diz só "oi" – ela tentou descontrair o ambiente.

                  - Ok quais são as outras regras? – ele perguntou e Lily voltou a ler a revista.

                    Albus não sabia por que continuava a insistir em procurar por Elizabeth. Derrotado, colocara a capa de invisibilidade e entrara para o castelo. Ben e Scor a muito já dormiam. O garoto sentado na cama colocou sobre o criado mudo ao seu lado a foto, já amassada de tanto segurar, da turma de 1934, a outra foi levada por Elizabeth naquela noite na casa dos gritos. Albus pensava nisso como uma prova de que ela realmente existia. Deitou-se na cama e pouco antes de pegar no sono sentiu alguém ao seu lado. Estaria ele sonhando? Talvez... Aquela sensação de que estava sendo vigiado foi sumindo à medida que adormecia e ela sumiu assim como a foto que estava sobre o criado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse capitulo não ficou dos melhores, eu sei, mas acreditem, por mais chato que tenha ficado é necessário, prometo que sei o que estou fazendo, e juro solenemente que o próximo vai ser bem melhor pra recompensar.


Não deixem de comentar, por favor, é muito importante para mim saber o que estão achando, e eu queria muito saber o que cada leitor espera da fic, os comentários além de animar qualquer autor, é de extrema importância para ajudar nas idéias e adaptações. Até semana que vem :)