A Relíquia Perdida escrita por letter


Capítulo 20
Capítulo 19 - Problema Gaunt


Notas iniciais do capítulo

Eu to postando super rápido, perceberam? Mas acredite, esto tão curiosa pra saber o que estão achando quanto vocês pra lerem, então, sem mais, boa leitura.



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                 Meryl McLoren conseguia tudo o que queria, e se empenhava da maneira que fosse. Não aceitaria perder, ou talvez até aceitasse, mas não de alguém que não existe, porque para ela, Elizabeth Gaunt não existe.

                 Depois de colocar suas ideias em ordem ela resolvera se ajudar, ajudar Albus e por incrível que pareça, ajudar Elizabeth. Um único plano que seria o ponto final do problema que ela auto o intitulara “Problema Gaunt”

                 No outro dia, fizeram mais três NOMs, colocando sua mascara e escondendo tudo o que poderia ser considera sentimento, Meryl encontrou Albus no campo de quadribol com alguns garotos do time da Sonserina. E logo expôs seu plano, como imaginara Albus aceitou. Nenhum dos dois tocara no assunto do ocorrido da ultima vez que se encontraram.

                 Albus Severus estava no quinto andar, ao topo da torre do relógio observando os ponteiros se colocar um sobre o outro e o soar da meia noite.  Enquanto o som agudo penetrava por seus ouvidos, Albus se permitiu observar a noite e admirar as várias estrelas que o céu de verão proporcionava enquanto remoia os últimos acontecimentos.

                 Em sua cabeça, o moreno não se lembrava de algum vez em todos os seus dezesseis anos de vida ter ao menos pensado em fazer algo tão insano quanto ao que estava prestes a fazer agora, mas naquele ultimo ano letivo muito coisa havia mudado a concepção e muitas coisas que ele nunca imagina um dia fazer estavam todas sendo feitas agora.

                 Albus nunca pensara que um dia negaria uma garota, muito menos uma garota como Meryl do modo como fizera a três noites atrás, ele também nunca imaginara que um dia se apaixonaria tão jovem, e muito menos por uma garota que nem viva estava. Também nunca imaginara matar aula, como tantas que metara esse ano, ou praticar seu dom de ofidioglota como vinha fazendo junto com Coraline, nunca imaginara que cabularia suas atividades de monitor, ou que faltaria aos treinos de quadribol. Pela sua cabeça também nunca passara a possibilidade de vencer a temporada de quadribol jogando contra Grifinória, competindo com se irmão, mas ele vencera também há exatos três dias. Nunca imaginara que um dia recusaria uma verdade a seu melhor amigo, ou até que ignoraria as preocupadas cartas escritas por sua mãe. E muito menos, nunca e de forma alguma passara por sua cabeça a possibilidade de um dia usar magia e feitiços proibidos por uma causa tão falha e banal.

                 E tudo que nunca fizera e estava fazendo era por Elizabeth Gaunt. Albus realmente a amava e devia a ela isso, mesmo que fosse lhe custar detenções e pontos perdidos, castigos por parte dos pais e intermináveis sermões vindos de Gina, o olhar de reprovação do Harry. Mesmo que isso fosse lhe custar seu coração. Era por Elizabeth.

                 Junto com terminar do soar das batidas do relógio, veio Meryl McLoren adentrando a torre. A luz que provinha da lua e das estrelas a mostrava com suas vestes da Corvinal perfeitamente arrumadas no lugar, e uma pesada capa sobre pondo tudo por cima, inclusive a mochila que a garota trazia nas costas.

               - Você é bastante pontual – disse Albus enquanto Meryl ajoelhava no chão, tirando a capa e a mochila das costas.

               - Você está aqui desde que horas? – indagou à morena olhando para cima para poder manter Albus em seu foco – Não te vi no jantar.

               - Não jantei – Albus deu de ombros ajoelhando de fronte Meryl e pegando em suas mãos tudo que a garota retirava de dentro da mochila.

               - Os alunos do quinto ano estão todos comemorando o fim dos NOMs, provavelmente vão sentir sua falta – disse Meryl tirando um pequeno maço de folhas encadernadas e as folheando até chegar à página desejada, colocando a posicionada ao seu lado.

               - Não vão sentir minha falta – respondeu o garoto com certeza pensando que apenas quem notaria sua ausência seria Emmie e Scorpius, muito talvez Benjamin e Rose, fora eles, ninguém mais – E quanto a você? – Meryl deu de ombros sem dar qualquer resposta a Albus e voltou a tirar notações e objetos peculiares de dentro da mochila – Meryl? – chamou Albus.

               - Sim?

               - Você não está com raiva de mim... Está? – perguntou ele incerto firmando um candelabro entre si e a garota.

               - E porque estaria? – depois de esvaziar toda a mochila Meryl se sentou ao chão com as penas cruzadas e com um aceno de varinha acendeu o candelabro sendo possivel iluminar o rosto de Albus a sua frente. O garoto estava com as feições preocupadas, e a fitava firmemente com seus olhos esmeralda penetrantes. Por mais tempo que queria Meryl o fitou, e notou detalhes que sempre percebia em Albus. A forma em como seus lábios se mantinha firmes quando sério, e como a cor faltava a suas bochechas quando estava preocupado, também notou como seu cabelo estava bagunçado e sua roupa desengonçada, e apesar de tudo, notou que Albus ainda continuava bonito e charmoso, como sempre fora em sua opinião.

               - Você sabe... Pelo que aconteceu outra noite... Quer dizer... – Meryl colocou o indicador nos lábios do garoto o silenciado, e sobre a luz do candelabro ele notou o pequeno e discreto sorriso que surgiu nos lábios da garota.

               - Esquece isso, tudo bem? – disse ela abaixando sua mão e pequeno o maço encadernado que a pouco havia colocado de lado, colocando-o sobre as penas cruzadas – Eu te sugeri a idéia, não sugeri? E me coloquei disposta a te ajudar, certo? Estou aqui, não estou?

               - Quer dizer que está tudo bem entre nós? – perguntou ele seguro.

               - Com certeza.

               - Fico aliviado – respondeu ele sincero, soltando um leve suspiro enquanto um sorriso nascia em seus lábios – Obrigado.

               - Tudo bem – respondeu a garota correndo os olhos pelas páginas em seu colo.

               - Não por isso Mel, por tudo... Por desde o começo ter estado do meu lado e ajudado, sem nunca pedir nada em troca – Meryl levantou os seus olhos escuros para Albus, nunca se lembrara de alguma vez o garoto ter falado com ela dessa forma. Ela sorriu, e no fundo desejou que o sorriso fosse sincero. Acenou com a cabeça

               - Me passe à pedra – pediu ela, o moreno demorou alguns segundos para entender, mas logo enfiou a mão direita em um bolso por dentro das vestes, e com mais cuidado do que costumava ter retirou a Pedra da Ressurreição de dentro dele e colocou sobre a palma aberta de Meryl. 

               - Isso vai dar certo? – perguntou Albus inseguro, começando a pensar duas vezes ao ver a garota arrancar sem piedade um papel no meio dos tantos outros encadernados e enrolá-lo  sobre a pedra.

               - Torcemos para que sim – respondeu ela

               - O que está fazendo? – indagou ele em um tom assustado ao ver Meryl colocar a pedra enrolada sobre as chamas do candelabro.

               - É única forma Albus, e torça para da certo.

               - Quantas chances nós temos de fazer isso?

               - Depende – respondeu à morena puxando para seu lado sua capa que estava jogada próxima a si, e colocando dentro dos bolsos pergaminhos amassados que a pouco tirara da mochila, havia pequenos objetos, mas Albus não sabia os reconhecer para dizer o que era.

               - Depende exatamente de que?

               - Quantas Pedras da Ressurreição você tem? – perguntou ela o olhando firme.

               - Uma... – respondeu ele incerto, afinal ela sabia disso.

               - Pois então temos uma chance – continuou ela sem desviar o olhar – Tem certeza de que é isso que quer?

               - Sim – não, ele não tinha certeza.

               - Então terei de te dar alguns avisos antes de eu começar.

               - Começar exatamente o que? – perguntou ele, mas ele ignorou-o por completo, e continuou a falar como se Albus não a tivesse interrompido.

               - Não é garantido que este plano funcione, e se funcionar, não teremos muito tempo. Não devemos ficar longe um do outro, uma força irá nos puxar de volta, sem aviso prévio, deveremos estar juntos na hora. Pode haver efeitos colaterais.

               - Que tipos de efeitos? – perguntou ele semicerrando os olhos ao fitá-la.

               - Dores de cabeça, convulsões, falta de ar, ataque do miocárdio catastrófico, perca de memória permanente, um fim na sua existência.

                 Albus arregalou os olhos diante de tais possibilidades, o garoto começara a abrir a boca para contestar, e dizer que era melhor deixar pra lá, ou ao menos adiar para depois, mas antes que tivesse a chance ou a oportunidade, Meryl havia fechado os olhos e começou a balbuciar palavras que eram estranhas, desconhecidas e inteligíveis aos seus ouvidos.

                 O livro em seu colo começara a folhear de forma rápida, como se um vento tempestuoso o estivesse soprando, o candelabro que o separa de Meryl levantou as suas chamar a uma altura desproporcional, e as mesmas adquiriram um tom azul surpreendente. Albus quis gritar ao ver a Pedra da Ressurreição se desmanchando em pedaços por entre as chamas azuis, e só então ele notara que a magia que estava sendo invocada no recinto não era qualquer tipo de magia, era magia negra. Não era possivel destruir uma Relíquia tão facilmente, e em questão de segundos, Albus a viu se desmanchar diante de seus olhos e se transformar em cinzas.  

                 Meryl continuava em seu transe, enquanto Albus lutava sem sucesso para se levantar, era como se algo o segurasse ao chão. Mas então aconteceu de as poucas cinzas que um dia formaram a pedra da Ressurreição, a Relíquia perdida, se levantarem, e envolver o corpo de Albus. E incrivelmente se duplicarem e envolver o corpo de Meryl.

                 Por um segundo Albus se sentiu flutuando, e piscou para ter certeza de que não estava vendo coisas. Mas quando abriu os olhos novamente tudo a sua volta havia desaparecido. Inclusive Meryl. Piscou novamente, e continuou a se forçar a piscar até que uma claridade voltou a surgir, no começo era mínima, mas logo se tornara ofuscante, tão ofuscante de tal modo que Albus teve que semicerrar as vistas, e ir acostumado aos poucos com o ambiente. 

                 Quando por fim abriu os olhos, continuava no topo da torre do relógio, e ambos os ponteiros se colocavam um sobre o outro no numero doze. Mas não era noite, era o sol que provinha visível que ofuscava seus olhos. E então o relógio soou as badaladas anunciando o meio-dia. Olhou para o lado e viu Meryl com um sorriso presunçoso ao rosto, e um olhar orgulhoso que dizia “Eu consegui”.

                 Ela se virou para Albus, e com as feições transformadas de forma que Albus não sabia dizer o que significava, ela disse:

               - Bem vindo a 1933. 


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Notas finais do capítulo

Pois bem, vou postar rapidinho o próximo, mas preciso saber se leram e o que acharam, e bom... Eu to gostando muito de escrever o desfecho, e vocês estão gostando? AAAA uma pergunta super básica, Albus e Meryl, ou Albus e Lizzie? Acredite, preciso muito saber o que preferem.