Nosso vôo de volta foi tranqüilo, tínhamos ficado uma semana em Paris.. No dia seguinte começariam as aulas, e eu estava muito ansiosa. Silena estava quase chorando por pensar nisso. Ela que é boba.

O cordão de prata pesava em meu pescoço. Eu o tinha amado, mas devia ter sido muito caro, mas Tia Afrodite não aceita devoluções...

As nuvens negras passavam ao meu redor como borrões de algodão tingido.

As compras estavam nas nossas malas.

Todos ao meu redor dormiam.

E essa era toda a minha situação física e material do momento.

Eu estava morta de tanto andar, e estava com sono.

Desembarcamos e era dia. Dez da manhã, pra ser exata.

E estava tudo silencioso até o celular de Silena tocar e ela quase, não, quase não, ela pulou de alegria e gritou.

–Namoradinho hein filha? – disse Tia Afrodite.

–É o Charles, amiga, o que eu faço?

–Atende, menina! – disse e ela atendeu.

–Oi Charles... Tudo e com você?... Sério?... Na terça?... Tudo bem... Certo... Não, claro... No aeroporto... Também... Não sei... E o que você falou pra ela?... Vamos sim!... Mas... Não, lógico... Ok... Tchau.

–E? – eu perguntei.

–Tenho um encontro na terça às 20hs.

–E me perguntou se pode? – disse Tia Afrodite.

–Posso mãe?

–Claro Silena!

Todas rimos.

Saindo da fila de desembarque com as nossas malas, avistei minha mãe ao lado de Poseidon e o pescadorzinho mirim ao lado com cara de idiota.

–Annie! – disse Percy.

–Não me chama assim! É Annabeth!

Ele revirou os olhos.

–Filha! – disse minha mãe e me abraçou.

–Olá Annabeth!

–Oi Poseidon!

Depois de todos nos cumprimentar, Silena e Tia Afrodite seguiram pra casa delas e eu, mamãe, Percy, Poseidon fomos ao meu apartamento.

Minha mãe ficava mandando vários olhares nervosos em minha direção pelo retrovisor, e eu não entendia.

Chegamos, saímos do carro e entramos no apartamento.

–Annabeth, sente-se. – disse minha mãe.

Eu olhei pra ela com um olhar estranho, mas sentei. Todos sentaram também.

–Temos uma coisa pra lhe contar. – disse Poseidon.

Percy olhava com cara de idiota, mas isso é normal.

–O que foi? – perguntei.

–Bem... – minha mãe falou, ela estava um pouco nervosa e eu não entendia. – É que...