Mary Jo Malfoy escrita por a grumpy panda


Capítulo 2
Chapéu Seletor.


Notas iniciais do capítulo

O título quase nem tá sem criatividade, mas enfim, espero que gostem, boa leitura!



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Snape disse que iriam ao Beco Diagonal comprar seus materiais e suas vestes, então lá foram eles. Mary não se atrevia a abrir a boca, tinha medo de receber outro “não é da sua conta”. Mas sem saber o porquê, estava gostando de ser acompanhada por Snape. Sentia-se protegida, e gostava de estar ao lado dele, ela sentia como se fosse um tio distante, gostara de conhecê-lo, só não gostara de sua grosseria.

Primeiro foram a Gringotes. Mary se assustara com os olhares feios dos elfos, queria sair logo daquele lugar. Quando chegaram até onde estava seu dinheiro, ela se surpreendera. Sua família era rica? Porque só isso explicaria os montes altos de moedas douradas que brilhavam na salinha pequena e úmida.

- Pegue bastante e coloque em seus bolsos. – Snape ordenou.

Ela fez o ordenado e colocou várias moedas em seus bolsos de seu casaco e então foram embora de Gringotes.

- Chamam-se galeões. – Snape disse enquanto iam até Olivaras escolher a varinha de Mary.

- O que? – Ela perguntou.

- O dinheiro dos bruxos. Chamam-se galeões.

E então foram comprar todos os materiais necessários. Livros, roupas, o chapéu pontudo, enfim, tudo. Passaram a tarde toda fazendo isso, Mary estava se divertindo, principalmente ao lado de Snape. Só estava incomodada com todas aquelas pessoas na rua apertada e estreita, não gostava de lugares cheios.

Mary estava faminta, mas não falara nada para não incomodar Snape.

Pronto, agora só faltava comprar seu animal para levar a Hogwarts. Estava decidida de comprar uma coruja, adorara animais noturnos. Escolheu uma coruja branca rajada de cinza, magnífica. Colocara o nome de Nougat.

Aparataram para um lugar em que Mary não tinha conhecimento. Era pequeno, escuro e bagunçado.

- É a minha casa. – Disse ele. – Procure algo para comer, daqui a pouco vamos à estação de trem para você ir a Hogwarts.

“Ir a uma escola de magia e bruxaria de trem? Mas que coisa estranha! E onde tem algo para comer nessa casa bagunçada? Snape, você precisa se casar.” – Era tudo o que passava pela cabeça de Mary. Então ela foi até a cozinha e abriu a geladeira. Estava mais bagunçada que a casa toda, e não tinha muita coisa que parecia comestível. Mas viu uma coisa parecida com sanduíche de presunto e queijo embrulhado em plástico. Ela se abaixou para pegar o sanduíche quando Snape chegou na cozinha.

- Não coma isso. – Ele disse, assustando-a. – Comprei isso em alguma barraca qualquer ontem, e me avisaram que é comida de trouxa depois que comprei.

- Comida de trouxa?

- É. Chamamos de trouxa quem não é bruxo.

Mary não hesitou e pegou o sanduíche, fechou a geladeira e desembrulhou-o. Tinha certeza que era um simples sanduíche de presunto e queijo, só que estava gelado. Ela abocanhou-o e aquilo parecia não saciar sua fome, já que passara o dia sem comer.

Snape mostrara uma face de extremo nojo ao vê-la comer a comida trouxa.

- Suas coisas já estão aqui. Você vai passar as férias aqui.

- Quem disse? – Ela perguntou sem querer parecer grosseira, mas não conseguiu. Só queria saber o porque iria passar as férias na casa de Snape, um homem que acabara de conhecer.

- Sua mãe disse. Garota insolente. – Ele disse mais agressivo que o normal, se aproximando de Mary. Seu coração palpitou do peito quando ouviu a palavra “mãe” – E não ouse bancar uma de durona comigo de novo. Pirralha.

- Me desculpe. Mas... E minha mãe? Porque não vou morar com ela?

- Porque ela não quer e seu pai não sabe da sua existência. E, aliás, não era para você estar sabendo disso. Não tenha esperanças só porque sabe que sua família existe. Eles não ligam para você.

Era coisa demais para a cabeça de Mary Jo. Ela tinha apenas 11 anos, acabara de descobrir que era bruxa e acabara de ouvir que sua família não ligava para ela. Snape não ligava para os sentimentos alheios, mas isso já fora demais.

Mary fingiu não ligar, lançou um olhar assassino a Snape e voltou a sua atenção ao seu sanduíche. Terminou de se servir e foi se trocar. Vestiu as vestes de Hogwarts e voltara a cozinha, onde Snape estava. Pegaram as coisas de Mary Jo e aparataram até a estação de trem.

Snape lhe dissera que Mary deveria atravessar uma parede que dividia a plataforma nove da plataforma dez, lhe entregou um bilhete e sumiu, deixando Mary Jo com seu malão e Nougat.

No bilhete lia-se “plataforma nove e meia”. Mary não conseguia compreender. Como existira uma plataforma com o número nove e meio? Não fazia sentido. Mas mesmo assim foi, confiante que iria perder o trem de Hogwarts se não achasse essa plataforma. Snape lhe dissera que teria que atravessar a parede que dividia a plataforma nove da dez, só que isso era completamente impossível.

Então Mary foi. Posicionou-se na frente do muro que dividia as plataformas, encarando a parede vermelha sem saber o que fazer. Ótimo, estava perdida! Iria perder o Expresso Hogwarts e assim iria perder todo o ano letivo.

Mas que grande porcaria.

Sentira alguém colocar a mão em seu ombro e virou-se imediatamente. Encontrara um garoto ruivo e com sardas quase invisíveis aos olhos olhando para ela, segurando um malão parecido com o seu.

- Vai para Hogwarts também? – O garoto perguntou.

- É, eu vou sim. – Respondeu normalmente, sorrindo logo após.

- Mamãe, é a primeira vez dela! Vai embarcar conosco! – O ruivo disse para uma mulher baixinha e gorducha, com os cabelos ruivos ardentes e a pele branca, branquíssima. – Eu sou Fred. Vai me reconhecer em Hogwarts pelo os futuros fogos de artifício que eu e meu irmão vamos soltar! – Sorriu o garoto ruivo, um sorriso levado. - Fred Weasley. E você?

- Ah, sim! Prazer, Fred. – Mary disse. Apesar de ser considerada estranha por quase todos, era uma garota realmente muito educada e alegre. – Eu sou Mary Jo Malfoy. – E sorrira, mas fora fechando seu sorriso lentamente ao ver a cara de espanto da mãe de Fred. E de Fred também.

- Malfoy, querida? – A mulher perguntou com uma face de dúvida.

Ela não conseguira imaginar como uma garota tão educada assim fosse de uma família como a dos Malfoy. Não conseguira imaginar como essa garota existira, afinal, ninguém nunca soube sobre nenhuma Mary Jo na família Malfoy. Mas deixara de lado as dúvidas pensando “ah, então tá bom” depois que Mary acenou a cabeça positivamente respondendo sua pergunta.

- Eu sou Moly, querida. – A mulher disse, sorrindo. – Então, vamos atravessar?

Mary avistou um garoto empurrando um carrinho em direção a parede, e logo percebera que todos dali eram ruivos, logo da mesma – grande – família. Mas havia um garoto moreno ali no meio, que usara óculos e tinha os olhos incrivelmente belos. Tinha em seu carrinho uma coruja branca. Mary se encantou rapidamente pela coruja, mas ficara quieta em seu lugar, vendo os garotos ruivos atravessarem magicamente a parede – ato do qual ficou espantada e ao mesmo tempo maravilhada.

Logo era sua vez. Estava morrendo de medo, afinal não é qual quer um que passa por uma parede para chegar em uma plataforma com o numero de nove e meia. E também o medo de dar de cara com o muro.

E então foi. Foi correndo para que a ansiedade passasse logo. E então logo se viu em outra plataforma, cheia de gente com as vestes parecidas com as suas.

Logo viu uma placa indicando “Plataforma nove e meia – Expresso Hogwarts”. Chegara! Estava  feliz, não iria mais perder o trem e nem seu ano letivo!

Esperou por Fred e então os dois e o irmão gêmeo dele, Jorge, entraram no trem. Custara para achar uma cabine vazia, mas finalmente conseguiram. Se instalaram e logo Fred começara a falar. Ficaram conversando e se divertindo comendo doces na cabine.

E enfim chegaram a Hogwarts. Uma mulher de cabelos brancos e de óculos levara os alunos novos para um salão enorme com quatro mesas cheias de alunos e uma mesa em que, provavelmente, estariam os professores, já que vira Snape sentado alí. Logo a mulher de cabelos brancos anunciara seu nome, Minerva McGonagall. Ela falara que iria chamar os nomes dos novos alunos e os mesmos teriam que subir até onde ela estava, sentar no banquinho e receber em sua cabeça um chapéu falante que iria escolher em qual casa deveria entrar.

- Mary Jo Malfoy. – A mulher anunciara.

O salão enchera de cochichos e alguns olhares tortos para Mary, que subia até o chapéu seletor. Mas que estranho, porque todos ficaram surpresos ao saber seu nome?

- Humm, que interessante, mais uma Malfoy em Hogwarts. – O chapéu disse. “ótimo, até o chapéu tá me achando estranha por causa do meu bendito sobrenome” – Sim, sim, tem muita, muita coragem e uma curiosidade imensa de saber de onde veio. É inteligente, servirá muito para Hogwarts. Cairia bem na Sonserina, afinal é uma Malfoy e tem personalidade forte... Mas tenho que anunciar que, estranhamente, essa Malfoy irá entrar para A GRIFINÓRIA!

O salão enchera de cochichos e olhares atentos a Mary. “Uma Malfoy na Grifinória!” – Era tudo o que mais ouvia. Estava confusa, queria logo ir embora daquela sala enorme e se esconder em algum lugar, estava começando a ficar com dor de cabeça de ouvir “Malfoy” pra cá e “Malfoy” pra lá.

 Estava cansada, tivera um dia cheio. E estava cansada principalmente de ser julgada pelo sobrenome, já que muitos da mesa da Grifinória olhavam torto para ela, ou com cara de nojo.

- O que tem demais em uma Malfoy estar na Grifinória? – Cochichou para uma garota que estava ao seu lado.

- Normalmente os Malfoys caem na Sonserina. Uma casa cheia de gente má, esnobe e nojenta. Agradeça ao chapéu que você caiu na Grifinória, porque olha... Se você já está causando tumulto entrando para a Grifinória, imagina se estivesse na Sonserina!

Mary Jo reparara que Snape estava com os olhos atentos nela. Olhava com o olhar de decepção para Mary. Mas por quê?


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Notas finais do capítulo

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