Blood Moon escrita por Lost star


Capítulo 30
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Aham, Quem é team Aaron levanta a mão!
soiasoiaosaoisioaoi'
Bom, people, parece que alguém sabe valorizar o impriting do Seth.
osiaosiaoisioaoisaoi'
Enjoy!



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Tentei sorrir, tentei mesmo, mas eu não conseguia. Leah aumentou seu aperto em torno de mim.

-Seth? O que você quer aqui?- Perguntou Leah, irritada. As dobras de seus dedos já estavam brancas de tanta força que ela fazia, parecia que meus olhos iam pular para fora das órbitas.

-Leah, solte-a agora!- ele gritou novamente, já começando a tremer. Leah fitou-o sem entender nada e então me soltou. Eu cai com um baque no chão, via tudo que acontecia com meu corpo de um lugar distante, parecia que alguma coisa estava tomando o controle sobre mim.

-É bom estar viva de novo, sabe?- Uma voz conhecida disse. A imagem de uma garota com longos e cacheados cabelos negros e olhos bem verdes surgiu em minha mente. Luna.

-Luna, o que é isso?- Indaguei, minha voz tremia. O lugar onde eu estava era frio e úmido, tudo era escuro e , acima de minha cabeça, eu tinha a visão dos que estavam ao meu redor.

-Isso é o lugar onde eu fico enquanto você está se divertindo, mas você foi amaldiçoada, não é? Eu não preciso mais ser boazinha. Aliás, eu gostei desse tal de Aaron, quem sabe eu não possa sair com ele um pouquinho? Parece que Seth já nos magoou demais.- Ouvi uma gargalhada e levantei-me, tudo ao meu redor tremulou e ao longe pude ouvir Luna falando com meus pais.

-Pai, eu tô bem.- ela disse, sua voz era alta e clara em minha mente.

- Leah, fora daqui, não queremos nem você e nem Seth perto de nossa família novamente.- Minha mãe gritou, ela abraçava Luna com tamanha força que eu jurei que podia sentir seus braços quentes me envolvendo.

-Sarah é meu impriting, Jacob! Não pode me proibir de vê-la!- Seth gritou, desesperado.

-Parece que você tem a Sophia!- Anthony gritou de volta. Leah olhou-o espantado.- Fique com aquela vadia e pare de fazer minha irmã sofrer.

                Ephraim jogou uma bermuda velha para Aaron, ele deve ter corrido e pegado uma em casa enquanto eu estava apagada.

-Você Aaron, pelo contrário, é muito bem vindo.- Luna falou.- E, é claro, Sue também, afinal, ela é irmã de Sally e Ephraim, não podemos impedi-la de vê-los.

-não vou deixar minha filha perto dessa sanguessuga.- Ela protestou.

-Aposto que Sally ia gostas, no fim das contas, Leah, é mais fácil conquistar a abelha com mel do que com fogo.- Todos me mandaram um olhar estranho e Leah pareceu pensativa.

-Luna!- gritei. Minha voz ecoou por aquele lugar vazio e ela levou as mãos à cabeça.- Luna!- gritei mais alto. Ela pareceu meio tonta. Respirei fundo e berrei o mais alto que pude:

-LUNA!- gritei até sentir que minha voz saia pela minha garganta, até que eu pudesse ver com clareza todos ao meu redor. Meu olhar se focou em Seth e Aaron, eu sorri um pouco e desmaiei.

                                                               (...)

-Luna está tomando o controle sobre ela, Jacob. Temos que fazer alguma coisa, a notícia da volta de Leah afetou-a.- minha mãe sussurrava para meu pai rapidamente do outro lado do quarto, muitas pessoas estavam perto de mim, mas nenhuma delas pareceu notar que eu estava acordada. Todos estavam amontoados em volta do meu quarto. Meu avô Edward estava sentado próximo à mesinha onde ficavam meus livros, ao seu lado estava minha avó Isabella, que avaliava meus livros com cuidado.

                Perto do meu closet estavam tia Rosalie e Alice, ambas mexiam em um amontoado de roupas que já haviam sido usadas. Elas colocavam todas elas empilhadas em uma caixa onde estava escrito “doação”. Tio Emmett e tio Jasper olhavam suas esposas trabalhando. Pelo cheiro, Esme estava na cozinha. Carlisle falava com meus pais.

                Ephraim e Anthony estavam sentados em cadeiras à direita de minha cama, ambos dormiam. Sally e Nahuel sentavam-se à esquerda, os braços de Nahuel estavam em volta de Sally, que dormia. Ele a observava dormir. Eu ainda não podia acreditar que Nahuel era o impriting de Sally, eles eram tão diferentes. Literalmente.

                -É tudo culpa do Billy!- Meu pai esbravejou, chamando a atenção de minhas tias, que o olharam com reprovação.

-Não culpe seu pai desta maneira, Jacob!- Mamãe apressou-se em xingá-lo.- Ele fez o que achava melhor, sabe que agora mas do que nunca precisamos da ajuda de todos. Talvez alguém possa ajudar Sarah. Ela é poderosa, Jacob, mas ainda é uma.

                Meu pai assentiu calmamente e voltou seu olhar para mim, pareceu tomar um susto quando me viu acordada.

-Sarah?!

-Oi, lobão.- zombei. Ele abriu um sorriso maior que seu próprio rosto e veio me dar um beijo na testa. Sally acordou e olhou-me preocupada.

-Eu preciso falar com a Sally.- Anunciei. Todos apenas me olharam e assentiram, bufei.- Sozinha...

-Okay, pessoal, saindo.- Minha avó chamou. Todos resmungaram baixinho, eu abafei minha risada. Tia Alice ficou sentada nomeio da pilha de roupa como se não tivesse ouvido.- Você também, Alice.

                Tia Alice bufou para minha avó.

-Fala sério, Bella, não é como se nós não fossemos ouvir toda a conversa delas do andar de baixo.- Ela deu uma piscadela para nós e sumiu no corredor. Nahuel deu um beijo na testa de minha irmã e correu até minha avó, ele pegou-a no colo, piscou para nós, imitando o gesto de Alice, e fechou a porta atrás de si.

-Pode me largar agora, Nahuel.- ouvimos minha avó exclamar do corredor. Depois ouvimos o som de um baque surdo, como se algo muito pesado houvesse sido largado no chão.- Nahuel!- minha avó gritou.

                Sally e eu não contivemos a risada, e rimos. Muito. Muito mesmo. Mas depois de todas aquelas risadas, eu pude ver lágrimas nos olhos de minha irmã.

-Sally...-murmurei, usando meu dedão para secar uma lágrima que escorria por seu rosto. Ela levantou sua cabeça e encarou-me com os olhos marejados.

-Me...me desculpe se a Leah te machucou, Sarah.- ela limpou algumas lágrimas com a manga da camiseta.- Quer dizer, é óbvio que ela machucou. Ela conseguiu até libertar Luna.- Sally deu uma risada irônica.- Sinto muito por isso.

                Havia tanta sinceridade em suas palavras que eu até fiquei sem ar. Ajoelhei-me perto de sua cadeira e levantei seu queixo com cuidado.

-Eu já falei isso para Jannie e vou falar para você também.- Sally fitou-me com atenção, eu sorri.- Você não é a sua mãe, Sally. Então pare de se culpar pelos erros dela.- Sally limpou mais algumas lágrimas e então sorriu.- Assuma seus problemas, Sally, é mais do que o suficiente.

-Eu não esperava nada dela, Sarah, então por quê ela foi a pessoa que mais me decepcionou?- Sally irrompeu em lágrimas. Eu puxei a cadeira em que Ephraim estivera sentado momentos antes e abracei minha irmã com força.

-Eu acho...- foi minha vez de dar uma risada irônica.- Você vai me achar uma louca, mas eu acho que você deveria conversar com sua mãe.- Sally fitou-me transtornada.

-Falar com a Leah?!Você só pode ser louca.- assenti.

-Por acaso você tem ideia melhor?- indaguei.

                                                               (...)

                Nós caminhamos em direção ás rochas, eu ainda estava com o olhar que meu pai me dirigira antes de sairmos de casa gravado em minha mente, ele parecia incerto e preocupado. As mãos de Sally soavam e ela esfregava uma na outra a cada cinco segundos. Sally  pediu para que caminhássemos em velocidade humana, o que para mim era mais do que frustrante, mas no fundo eu entendia minha irmã, ela devia estar com medo.

                Ephraim não quis vir, ele não considerava Leah sua mãe, o que para mim era bem compreensível. Ephraim sempre foi mais difícil do que Sally nesse aspecto. Ele é o tipo de cara que morreria por você, se você morresse por ele também.

                Avistamos uma casa verde água, sua base era feita com pedra rochosa e a parte de cima era feita com madeira, ela tinha dois andares. Não era imponente, e era isso que a tornava linda.

                Ela contrastava perfeitamente com a paisagem e se escondia um pouco sob as árvores. Havia um trilho de pedras que levava até a entrada principal. Empurrei Sally até a entrada de carros.

-Vamos, Sally, pare de criancice!- exclamei.

-Quem são vocês?- Uma garota alta e magra perguntou. Seus olhos eram castanhos claros e seus cabelos castanhos estavam presos em uma longa trança. Reconheci-a na hora, aquela era Sophia Smith, a garota do Seth- É uma propriedade particular, vão embora!- ela gritou com raiva. Logo duas pessoas correram porta afora.

-Sophia Smith, seja legal com as pessoas!- Uma garota, um pouco mais velha que a primeira, exclamou. A garota mais velha era loira e os olhos bem azuis, igual a Aaron.

-Sophia, Melanie, acho bom pararem de brigar na frente da...- O garoto estava de costas para nós, mas quando se virou seus olhos penetraram nos meus e eu não pude evitar um sorriso.- Sarah!

-Olá, Aaron.- eu disse, meio desconcertada. Olha, sei que você deve estar pensando “que garota idiota”, mas a verdade é que Aaron é realmente muito atraente e gostoso, sério. Claro, ele não é como Seth, se bem que nem teria como, mas... O Aaron é realmente legal, bem, foi o que pareceu no outro dia. Não sou como Seth e nem quero, e é por não ser como ele- e por amá-lo- que eu não pulo nos braços de Aaron agora mesmo.

                Sally pigarreou.

-hum, eu vim falar com a minha...com a Leah. – ela tossiu.- Eu vim falar com a Leah. Ela está?- Aaron e Melanie se entreolharam, ele assentiu.

-Está sim, hum, Sophia, seja legal e vai chamar a Leah, tá? Diga que Sally quer falar com ela.- Sophia cruzou os braços sobre o peito.

-Porque você não manda a Mel fazer isso?- perguntou, indignada.

-Porque eu vou levar Sue para passear, priminha querida.- Melanie ironizou, ela bateu o dedo na ponta do nariz de Sophia.- Agora vai lá, birrenta, vai chamar sua mamãe.- Sophia bufou e entrou correndo em casa. Ficamos estaqueados observando enquanto a porta se fechava com um baque.

                Melanie se virou para Aaron, fingindo uma decepção.

-Sophia nem parece ter dezessete anos.- Aaron concordou, rindo. Seu olhar desviou-se de Melanie e voltou-se para nós.

-Ammm... Sarah, Sally, essa é minha irmã Melanie e, bem, Mel, essas são as garotas de quem eu falei para você.- Melanie me olhou da cabeça aos pés. E sorriu.

-Pensei que fosse mais alta.- ela comentou. Sally abafou o riso.- Do que está rindo?- Melanie perguntou interessada.

-Nada, é só que Sarah escuta muito isso.- Sally não aguentou e caiu na gargalhada, assim como Melanie e Aaron. Eu apenas encarei-os como quem não acha graça, mas a verdade é que se não fosse comigo eu estaria rindo também.

                Não demorou para que Sophia gritasse para Sally subir, minha irmã me deu um abraço e entrou na casa. Minutos depois Melanie foi buscar Sue, Sue veio me dar um abraço e perguntar se eu estava bem. Ela pediu desculpas por sua mãe e depois ela e sua prima seguiram para a cidade de carro. Quanto a mim e Aaron? Bem, nós sentamo-nos na areia da praia e ficamos conversando.

-Eu soube sobre você e Seth.- Comentou logo após sentarmos.- Só tenho uma coisa para dizer: Ele é um babaca.- eu, que estava meio tensa por tocar nesse assunto com um, bem, “estranho”, me senti mais relaxada e ri.- Sarah, se um dia eu tivesse uma garota como você, eu não a deixaria escapar. Não mesmo.- ele tirou uma mecha do meu cabelo que estava na frente de meus olhos. O clima ficou meio estranho e eu resolvi me afastar.

                Aaron fez o mesmo.

Após alguns minutos de silêncio, e resolvi falar.

-Seth e eu somos muito diferentes- falei, sem tirar os olhos do mar.- Ele é meu impriting, mas parece que isso não foi o suficiente para nos manter juntos.- Eu encarei Aaron.- É como na música...” Ás vezes o amor dura, mas ás vezes machuca ao invés disso.”

                Aaron me olhou com um sorriso de canto.

-Parece que alguém anda escutando músicas tristes demais.- Dei uma gargalhada apesar do aperto que havia se formado em minha garganta. Isso sempre acontecia quando eu falava de Seth sem ele por perto, um choque percorra minha espinha e um aperto se formava em minha garganta. Eu o amava demais para poder suportar essa separação, doía cada vez mais, e mesmo eu tentando esquecê-lo o impriting me prendia a ele, me impedia de ser feliz.

- Sério Aaron, posso te dar um conselho?- ele me fitou interessado.- Nunca se apaixone, é uma merda, tudo se torna difícil quando envolve sentimentos.- Aaron deu um sorriso sem graça.

-Acho que é meio tarde pra você dizer isso.- Aaron comentou. Encarei-o com a sobrancelhas arqueadas.

-Ah, é? E por...- Foi nesse momento que senti algo quente tocando meus lábios, abri um pouco os olhos para ver o que era e percebi que Aaron estava me beijando. Juro que parei de respirar por um segundo.

                Não era como o beijo de Seth, não havia tanto...sentimento, eu acho. Eu sei que faltava alguma coisa, muitas coisas, na verdade. Tipo faltava o meu coração acelerado e querendo sair pela boca, faltava as borboletas no estomago e faltava aquele calor no peito que me fazia sentir completa. Mas, tirando tudo isso que só poderia ser encontrado no beijo de Seth, era bom. Muito bom pra falar bem a verdade.

                Quebramos o beijo por falta de ar.

-Aaron, eu...- A verdade é que eu não sabia o que falar, fiquei abrindo e fechando a boca sem encontrar palavras para explicar. E quando eu finalmente encontrei...- Ah, Aaron, eu si...

-Sarah, olha a hora...nós temos ronda agora.- Sally apareceu gritando do nada. Pus-me de pé rapidamente e corri até ela.

-Certo. Tchau, Aaron.- Transformamo-nos em lobas sem preocupar-nos com as roupas que usávamos. Corremos pela praia até que finalmente Aaron desapareceu do nosso campo de visão.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
2;*
Bom, eu fui no show do simple plan ontem, então, pra sorte de vocês (ou não) eu vou postar mais um cap. hoje.