Blood Moon escrita por Lost star


Capítulo 17
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente.
Bom, primeiramente eu quero me desculpar pela demora.
É que eu estou sem inspiração para os caps. que virão mais à frente ( na verdade me pergunto se vou conseguir terminar a fic, mas eu prometi, vou cumprir. Eu juro.).
Enfim, espero que gostem do cap.
Enjoy.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/146005/chapter/17

Antes que eu pudesse se quer pensar em atacar a coisa saiu detrás dos arbustos. Eu e Jannie congelamos.

                Mas era apenas um veado.

Foi só então que eu percebi o quanto minha garganta ardia. Jannie soltou a respiração que eu nem sabia que ela prendia.

- Vamos até as suas amigas.- pedi. Jannie assentiu, ainda tremendo.- Mas eu preciso caçar antes.- Afirmei.- Me dá um minuto?- perguntei.

                Não esperei que ela respondesse, pulei no pescoço do veado e suguei seu sangue, meu corpo vibrou ao sentir aquele delicioso liquido quente descer por minha garganta. Quando já havia drenado tudo o que podia do veado, eu entrei floresta adentro, esperei até sentir o cheiro da minha presa ideal, um leão da montanha. Havia dois deles, drenei os dois.

                Quando eu voltei para seu lado Jannie me olhava assustada.

-Vamos!- eu disse sorrindo. Jannie hesitou. Olhei-a intrigada.

-Sua roupa.- ela disse, assustada. Olhei para mim mesma. Minha jaqueta estava rasgada, minha blusa totalmente cheia de sangue, mas a calça superava essas duas, estava suja de terra, sangue e rasgada em várias partes.

-Droga!- ralhei. Jannie riu.- Qual é o lugar mais próximo daqui que vende roupas?- perguntei, ela parou de rir e me fitou curiosa.

-Port Angels.- respondeu. Bufei.

-Sobe.- Ordenei, abaixando-me para que ela subisse nas minhas costas.

-Não.- disse, desafiadora.

- Sobe logo, Jannie.- gritei, ela subiu hesitante. Comecei a correr.

                                                               (...)

                Encontrar a loja foi bem fácil, difícil seria que ninguém reparasse em minhas roupas. As pessoas nos olhavam enquanto  nós atravessávamos a rua, não sei se era por causa das minhas roupas ou pela risada de Jannie. Entramos rapidamente na pequena loja, lá dentro era quente. Eu e Jannie começámos a olhar as roupas, todas me pareceram muito caras.

                Escolhi um longo vestido branco, uma jaqueta e um all star de cano alto cinza. Meu vestido era muito bonito, a parte de traseira do vestido era mais longa que a frontal. Jannie me obrigou a comprar uma boina cinza, que combinava muito com meu all star segundo ela. Peguei uma pequena mochila também, encaminhei-me para o caixa.

-Bom dia.- eu disse.

-Bom dia.- a moça respondeu-me, sorridente. Ela começou a somar o quanto iria custar todas aquelas coisas.- dão trezentos e setenta dólares, querida.- disse, por fim.

                Suspirei. Não tinha todo aquele dinheiro. Lá iria eu usar meus poderes. Concentrei-me e senti meus olhos ficando verdes, a moça pareceu hipnotizada.

- Eu vou te dar minha camiseta, você vai ligar para a casa de Carlisle Cullen e vai dizer que Mabel esteve aqui.- alcancei para a garota minha camiseta e um papel com o número de meu bisavô. – e eu vou precisar de dinheiro.- a garota abriu o caixa e meu deu quinhentos dólares.- coloque na conta.- afirmei, rindo. A garota assentiu. No crachá dela dizia Cláudia.- Ah, querida, diga à ele que te recompense, diga também que eu estou com saudades. Não esqueça de dar-lhe a camiseta como prova.- Cláudia assentiu. Eu e Jannie saímos da loja apressadas. Corremos novamente para a floresta, Jannie vinha rindo, eu, culpada.

-Isso foi demais!- ela exclamou após eu me trocar.- devia ter te conhecido antes.- continuou rindo. Suspirei.

- Foi errado.- disse simplesmente. Ela parou de rir e fitou-me furiosa.- Vamos procurar suas amigas, elas tem que nos ajudar.- Jannie deixou de lado as brincadeiras e concentrou-se em Anthony.

-Beleza. Elas moram há alguns quilômetros daqui, se formos rápido chegamos antes que anoiteça.- Disse, segura. Assenti. Peguei ela nas costas novamente e corri com ela até que ela me fez sinal para parar. Estávamos em frente à árvore do meu sonho, porém, pessoalmente, ela parecia maior. Jannie esgueirou-se pelas raízes, fiz o mesmo, não demorou e chegamos em frente a porta da casa. Jannie deu dois toques e abriu, lá dentro haviam três mulheres, Sarina, Amber e uma que eu não conhecia.

- Natasha!- Jannie exclamou.- bom te ver.- Natasha era mais nova do que as outra mulheres, parecia ter no máximo vinte anos, enquanto as outras aparentava trinta. Sarina, a mulher de olhos claros, dava um liquido para Anthony. Jannie me tirou de trás de si e me apresentou.- Essa é a Sarah. Irmã do Anthony.

                Amber fitou-me impressionada. Seus olhos brilhavam em lágrimas secas, ela sorria, estava incrivelmente bonita. Seu rosto se iluminou.

-Luna.- ela murmurou. Algo pareceu remexer-se dentro de mim. Mãe, a voz de Luna soou melodiosa em minha cabeça. Uma onde de confusão me atingiu, fitei-a curiosa.

-É uma vampira.- não soou como uma pergunta, eu estava afirmando isso. Sabia que vampiras não podiam ter filhos, assim como sabia que Amber não era uma bruxa de verdade, tampouco uma feiticeira.

- Sou.- ela disse, emocionada. Dei um passo para trás.-  Minha menina, você voltou como prometeu.- ela correu até mim e me abraçou, eu podia ouvir seus soluços ficando cada vez mais audíveis, eu fitava Anthony deitado naquela cama, podia ouvi-lo respirando. Sabia que não era a minha imaginação, ele estava ali mesmo.

- Não sou sua filha, Amber.- disse com cuidado, não queria feri-la.- Luna é, eu sou apenas uma reencarnação mal feita dela.- Amber afastou-se de mim e sorriu. Pegou minha mão.

- Sua alma.- disse, controlando-se.- é tudo o que importa para mim.- ela colocou a mão em sua barriga.- sua alma veio daqui, o corpo não é importante.- sorri fraco, não iria chama-la de mãe, se era isso que ela esperava.

-Amber, você não pode ter tido uma filha.- Jannie afirmou.- vampiras não podem ter filhos.- Amber continuou a fitar-me.

-Foi magia, Jan.- respondeu, olhando em meus olhos, que oscilavam entre verde e castanho.- mais forte que o impriting.- ela apontou com a mão para as cadeiras e nós sentamo-nos.- eu era uma humana, meu pais haviam acabado de serem mortos e eu corria com meu pequeno irmão em meus braços, Sarina estava viajando naquela época, bendita viagem.- exclamou. Suspirou, concentrou-se.- foi quando um dos homens que matou meus pais me alcançou, ele tirou meu irmão de meu colo e sugou seu sangue, lembro-me de chorar muito.- conforme Amber ia contando sua história eu ia visualizando-a em minha mente, como se fosse uma lembrança.- quando o vampiro me mordeu aconteceu alguma coisa, juro ter visto um lobo matando-o, mas não posso ter certeza, pois logo o fogo se espalhou pelo meu corpo.

                Olhávamo-la atentas, prestando atenção em tudo o que ela falava, como se tudo fosse um detalhe importante que custaria nossa vida se esquecido.

- Quando acordei, três dias depois, descobri que havia sido objeto de um impriting, desde então fomos perseguidos por vampiros e lobos, um dia concordamos que um ancestral em comum seria a solução, porém eu não poderia gerar esse ser.- disse com pesar, podíamos sentir a tristeza exalando dela.- Foi quando Sarina voltou, acompanhada de Natasha. Descobri que elas eram “bruxas”.

-Feiticeiras!- Natasha exclamou.- eu, pelo menos.- deu de ombros. Amber sorriu.

-Continuando.- sorrimos.- Elas concordaram em fazer bruxaria pesada para que eu pudesse gerar este ser, e foi o que aconteceu. O ritual aconteceu à noite, sob a lua cheia, por isso o nome de Luna. Foi graças à lua que você nasceu.- Olhei-a confusa.

-Está me dizendo que vampiras podem ter filhos?- perguntei, se fosse realmente isso, Rosalie e Alice poderiam ter seus tão sonhados bebes.

- Não!- exclamou.- Apenas as predestinadas. Eu sou a última delas. Éramos dez, estamos em várias lendas Quileutes, pergunte ao seu avô.- disse, um tanto ofendida.

- Então era por isso que Luna era tão protegida pelo pai.- eu disse. Amber assentiu.

-Depois que Luna nasceu o pai dela não quis mais saber de mim, mandou que eu me afastasse de sua filha ou seria morta. Quando Luna já era mais velha eu a encontrei na floresta, salvei-a de um leão da montanha que iria ataca-la e contei-lhe minha história.- ela riu.- era uma garota esperta, logo soube que era dela que eu falava. Eu e ela nos tornamos muito próximas, o pai dela nunca descobriu nada sobre isso. Seu pai era um homem muito frio, querida, contudo amava-te mais do que a própria vida.- Senti que algo dentro de mim sangrava e logo fui tomada pelas memórias de Luna, chorei como se elas fossem minhas, doeu relembrar tudo aquilo. Amber abraçou-me.

-O que você sabe sobre John?- perguntei em meio as lágrimas. Amber afastou-me ternamente.

-Foi por causa daquele desgraçado que minha filha morreu, ela não aguentou perde-lo e entregou sua alma.- olhei-a confusa.- Morreu, querida. Luna amava muito John e a partir da morte dele a vida dela tornou-se sem sentido, ela viveu apenas uma semana depois da morte dele. Jogou-se do penhasco de La Push, costumava ser muito mais alto do que é hoje- balancei a cabeça afirmando que entendi. Fiquei insegura em contar-lhe que eu havia sofrido um impriting, afinal, Amber não me pareceu o tipo de pessoa que acredita em “felizes para sempre”- Me diga que não teve um impriting, querida.- sua voz tornou-se apelativa. Olhei para Jannie, ela me olhou de volta.

                Nada respondi.

-O que há de tão mal em ter um impriting?- perguntei. Amber levantou-se, atordoada.

-Não confie nos lobos, a maioria deles não presta. São mentirosos. O impriting é apenas um ilusão. Não existe, é magia. Pode ser quebrado por coisas simples. Assim como o meu. Ou o de sua mãe.- ela afirmou. Não sabia como Amber sabia sobre minha mãe, mas o que ela disse fazia sentido, muito sentido. Talvez mamãe tivesse deixado de amar meu pai, é claro que eu podia estar errada, eu rezava para que estivesse, porém isso é o mais perto que eu posso chegar da solução.

-Como um nascimento.- disse. Ela olhou-me espantada, e assentiu. Meu olhos correram o cômodo em busca de meu irmão, eu estava disposta a trocar de assunto, estava claro que nenhuma de nós queria falar sobre o impriting, era uma memória dolorosa para ambas. Para ela porque foi abandonada, e para mim, porque, bem, eu e Seth nunca nos demos muito bem, ainda mais com Sally no meio sempre para atrapalhar, e depois da morte de meu irmão...

-Como faço para salvar meu irmão?- perguntei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado 2;*