Heaven And Hell escrita por letstrabach, callmenikki


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

seguinte galera, eu to postando de novo, mas não to feliz. Eu só recebi dois reviews no capítulo anterior? Poxa vida, né D: mas tá bem, eu to postando por que eu sei que vocês podem fazer melhor do que isso, ah sim, eu já tenho mais TRÊS, isso mesmo, TRÊS CAPÍTULOS PRONTOS, só esperando ser postados. Só depende de vocês. Agora, lá vai o capítulo.



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Quando a noite chegou, a casa estava silenciosa. Eu e Sam tínhamos passado a tarde toda pesquisando, e quando nos demos conta, já passam das oito da noite.

O dia não tinha sido muito produtivo. Não havíamos descoberto nada que pudesse ser realmente importante. Nada sobre ceifadores, nem nada. E nada do Castiel dar as caras também. E por um segundo, apenas por um, eu comecei a achar que ele estava evitando contato.

Eu estava sentada na cozinha, conversando com Bobby sobre como ele conhecia os meninos, quando Sam apareceu no portal da cozinha, e ficou encostado lá, apenas nos vendo conversar.

Bobby era um cara legal, apesar de tudo. Ele me disse que sempre ajudou os garotos em tudo o que eles pediam. Eu estranhei o fato de como Bobby falava dos meninos. Bobby tinha muito orgulho deles. E eu podia sentir isso em sua voz.

Quando eu me virei para Sam, ele estava com um sorriso escancarado no rosto, e nem parecia esconder aquilo. Era bom vê-lo sorrir.

- Conversando muito? – Sam perguntou.

- Apenas o suficiente. – Bobby respondeu e se virou para mim. – Vou ver como Anny está.

- Ok. – eu respondi e o observei ir até a escada e subi-la para ir até o quarto onde Anny estava.

Eu fiquei em silêncio e não esperei que Sam começasse uma conversa. Eu podia ver em seus olhos a marca do meu afastamento lá no galpão ainda. Mas a culpa não era minha. Apesar de não deixar muito claro, eu achei que ele sabia que eu nunca mais deixaria que algo acontecesse entre nós. Eu queria que Sam soubesse disso melhor do que, por que no momento, eu não conseguia controlar minhas emoções muito bem. Parecia que tudo estava rodando, rodando e rodando.

Eu me levantei da cadeira, e fui até a geladeira. Bobby tinha ido à cidade, mas os suprimentos dele ainda estavam em falta, e minha fome estava ameaçando começar. Eu queria sair pra comer, mas não poderia ir sozinha. Sam talvez fosse comigo, mas Dean era outra coisa.

- Com fome? – ele perguntou e eu me virei apenas para vê-lo bem perto de mim.

Como é que ele tinha chegado aqui?

- Hm, é. – eu respondi e engoli em seco quando ele passou por mim, seu braço roçando indefinidamente em mim. – Acha que Dean aceitaria ir comer?

- Talvez. – ele respondeu e me lançou um sorriso provocativo. Espera, ele viu quando eu fiquei corada ao vê-lo se roçando em mim? Droga.

Mas então, a pergunta circulou na minha mente. Sam estava me provocando? Era isso? Ele queria mesmo me provocar depois de tudo aquilo, e depois de saber o efeito que tem sobre mim? Ah merda, eu tenho que aprender a me controlar, se vou ter que conviver com ele.

- Vou falar com ele. – eu disse.

Eu saí em direção a porta da frente, e vi Dean lá fora, sentado em cima do capo do carro, com uma cerveja na mão e um radinho aos seus pés. Eu saí sorrateiramente de casa, e fui até ele. Mas não sorri.

Dean percebeu que minha relação com ele estava estranha, e mesmo assim não forçou nada. E aquilo estava bom pra mim. Eu acho que ainda teria que me acostumar com o fato de que Dean já tinha torturado pessoas e que aquilo era mais comum do que eu imaginava.

Eu cheguei perto dele, e me recostei no capo ao seu lado. Nossas respirações no frio e na noite deixavam o lugar mais assustador ainda.

- Tá a fim de ir comer? – eu perguntei.

Dean ponderou sobre o assunto e ficou em silêncio durante um tempo. Eu já estava começando a achar que ele recusaria que aquilo era uma péssima ideia, quando ele interrompeu os meus pensamentos e disse que sim.

Eu sorri, apenas pela segunda vez no dia, e meu estomago roncou, me fazendo tirar o sorriso do rosto e me lembrar que minha situação com Dean ainda não era boa.

Eu corri para dentro, e fui direto chamar Sam. Ele estava esparramado no sofá, zapeando pelos canais quando eu cheguei. Eu pigarrei duas vezes, mas mesmo assim ele não me viu, então eu deduzi que o barulho da tevê estava muito alto. Então, eu fui até a sua frente, e fiquei na frente da tevê e ele não reclamou. Ele não parecia realmente interessado no que estava passando.

- Vamos comer. – eu disse.

Ele se demorou em se levantar e para me seguir. Ele apenas pegou o seu casaco, e eu peguei a jaqueta enorme de Dean, mas ao mesmo tempo, eu me lembrei de que eu não queria realmente estar com a blusa dele.

Mas eu esqueci esses pensamentos, assim que nós saímos de casa.

Nós entramos no carro, e Dean o ligou. E bem, nós íamos só comer, certo?

Por que que é que eu tinha a estranha sensação que isso não seria nem de longe o que aconteceria realmente?

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- UHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUL! – Dean gritou.

Merda, nós estamos realmente ferrados.

Lembra quando eu disse da sensação estranha? Bem, aqui estava a prova dela. Dean estava bêbado, e eu Sam estávamos tentando controlá-lo, mesmo que parecesse impossível.

Dean estava gritando com um dos motoqueiros que estava perto das mesas de sinuca. Nós estávamos num bar bem perto da entrada da cidade. O lugar era estranho, mas tinha uma comida boa. Eu estava comendo um hambúrguer com fritas, Sam uma salada e fritas, e Dean não comeu. Ele só, tipo, bebeu a noite inteira. Eu parei de contar depois da sétima cerveja.

E agora nós estamos encrencados.

Dean implicou tanto com o cara, que agora ele está querendo bater nele, mas Sam está tentando convencê-lo que o melhor é nos deixar ir embora, enquanto eu tento segurar Dean pelos braços. Ele estava inquieto e eu tive a ideia de deixá-lo sonolento.

- Cara, esquece, tá bem? Já estamos de saída. – Sam disse ao cara. Ele tinha sua mão no peito dele, parando-o, que por sua vez, estava bufando e olhando furiosamente para Dean, mas o que Dean fez mesmo foi apenas sorrir e mostrar a língua como uma criança faz.

- Ah, meu velho, isso eu não posso. O garotinho aí mexeu com a pessoa errada. – o motoqueiro apontou para Dean.

- Apenas esqueça. Nós iremos embora agora. – Sam disse, e tirou sua mão do peito do cara.

Mas o homem não aceitou. Ele levantou o punho em direção de Sam, e eu só tive tempo de arregalar os olhos e gritar “Não!” antes que a mão do cara acertasse o rosto de Sam. O soco pareceu ser fraco, por que Sam se levantou na mesma hora, e quando sua mão se levantou para dar um soco no rosto do cara, eu pedi que ele parasse para irmos embora.

As pessoas do bar estavam assustadas, e não foi preciso o dono do bar pedir duas vezes para nós sairmos de lá. Eu caminhei irregularmente pela calçada carregando um Dean bêbado, e com as mãos nas costas de Sam, que estava de cabeça baixa colocando a mão em seu nariz para ver se tinha alguma coisa quebrada.

Nós caminhamos em silêncio até o carro. Ele estava parado numa viela escura. Sam pegou as chaves com Dean, que praticamente já estava dormindo nos meus braços, e o colocou no banco de trás, fazendo-o cair num sono pesado. É, esse já foi.

Eu me virei para Sam. Ele estava com a cabeça virada pra cima, como se quisesse fazer com que o nariz parasse de sangrar. Com um suspiro, eu peguei seu braço, abri o porta-malas, e peguei a caixinha de primeiro socorros.

 Ele se sentou na borda da abertura do porta-malas, e olhou para cima de novo. Eu abri a caixinha e peguei um algodão e água para limpar o sangue que já estava seco. Eu cheguei mais perto dele e ele abriu as pernas e eu me encaixei ali, e aquilo foi estranho, mas eu tentei manter na cabeça que eu estava cuidado de Sam. Enquanto eu limpava, eu me perguntei de o nariz de Sam estava quebrado. Assim que eu passei o algodão um pouco mais perto da parte interna, Sam rugiu de dor, e eu constatei que ele estava quebrado sim.

Eu sussurrei um “desculpe” baixinho, e joguei o algodão fora. Para me ajudar a olhar melhor, eu prendi meu cabelo num coque frouxo, e deixei que a minha franja caísse de lado. Assim que ela começou a atrapalhar, Sam a colocou atrás da minha orelha, e eu estremeci com sua proximidade.

Eu não o tinha visto se aproximar assim, tão rápido.

Então eu coloquei a mão de leve em seu nariz, mas Sam se afastou na mesma hora e eu vi que estava bem quebrado.

- Sam, eu vou ter de colocar no lugar. – eu disse. – Vai doer, então fique quieto.

Ele assentiu e eu me preparei. Eu só tinha feito isso duas vezes, e foi quando Kairos uma vez tinha se machucado jogando futebol, e outra quando ele brigou com um cara. O negócio era a pergunta que estava me consumindo. Eu iria conseguir colocar no lugar certo? Se eu não conseguisse, Sam iria sofrer muito e ele poderia até ter problemas respiratórios.

Sem pensar mais, eu coloquei minhas duas mãos no nariz de Sam, e ele respirou fundo, e com uma puxada só, eu o movi e o coloquei no lugar. Eu ouvi quando Sam travou seu maxilar e rugiu de dor por baixo de sua respiração. Eu respirei de alivio quando eu vi que o sangue já tinha estancado, e que Sam estava melhor.

- Tudo bem? – eu perguntei, quando terminei de limpar e joguei outro algodão fora cheio de sangue.

- Melhorou bastante. – ele disse. Eu sorri e tentei sair do aperto de suas pernas, mas elas se envolveram ao meu redor, e eu fiquei sem saída. Eu estremeci quando vi que ele estava cada vez mais perto de mim, e que eu precisava sair dali. Sam não podia ser menos lindo e respeitar a minha decisão, apesar de que no momento eu não sabia muito bem qual era ela?

- Ahm... Vo-você... O que você está fazendo? – eu consegui finalmente formar uma frase inteira.

- Te agradecendo. – ele disse, já bem perto do meu ouvido. Sua respiração fazia cocegas no meu pescoço, e sem saber o que fazia, eu fechei os olhos, apenas apreciando.

- Não precisa. Eu estou bem. – eu disse, quase sem som, e saí do aperto de suas pernas.

Eu andei até o final da viela e Sam me seguiu. Antes que eu pudesse formar alguma pergunta, Sam foi mais rápido e começou a perguntar coisas que eu não sabia responder.

- Por que você está agindo assim comigo? – ele perguntou.

- Merda, Sam. Não. Eu só não quero ficar de beijos com você quando o mundo está caindo sob os meus pés. – eu disse. Agora, eu estava brava o suficiente para saber o que queria.

- Qual é o problema? Nós nem mesmo sabemos o que estamos enfrentando. – ele disse, e eu o vi se aproximar.

- Sam, vamos combinar uma coisa? Nós até somos compatíveis, mas é aqui o negócio muda de rumo. Você precisa saber que uma relação, ou algo desse tipo só vai estragar ambas as vidas. E eu não quero estragar a minha vida. – eu disse, alto o bastante para Sam fazer uma cara irônica e se virar para mim.

Então eu soube. Eu soube o que estava na minha cara e eu não queria enxergar o tempo todo. O rosto dele, seus olhos, lábios, tudo. Tudo. Eu não sabia como isso sairia da minha boca, mas só de pensar nisso, meu estomago embrulhava e eu ameaçava perder os sentidos. Aquilo sempre esteve na minha cara, desde quando eu o abracei pela primeira vez, chorando, praticamente implorando por abrigo, que eu estava perdida. Aquilo tudo tinha sido um erro. Um erro grotesco que até eu me atrevia a pensar nele. Por que diabos eu não admiti logo? Seria tão mais fácil, mas eu sabia o que certo não era compartilhar. Sam nunca dividiria esse sentimento comigo. Eu era apenas uma brincadeira, alguém com quem ele brincava hoje e amanhã ele esquecia. Os caçadores eram assim, e por mais que eu relutasse em admitir, Sam era um e seus instintos eram esses. Brincar e abandonar.

- Estragar a sua vida? Me diz qual foi a última fez que você chorou? Qual foi a última vez que esse brilho que está agora nos seus olhos, apareceu depois que o seu irmão morreu? – ele gritou.

Eu me encolhi com a rispidez de suas palavras e desejei morrer ali mesmo. Uma faca talvez não fizesse tanto estrago como Sam agora estava fazendo. O seu sorriso irônico tinha ido embora, e agora tudo o que restava era raiva e tristeza por eu jogar uma coisa assim pra ele, sem ao menos saber se era isso mesmo o que aconteceria.

Talvez Sam fosse o cara. O cara ideal para mim. Mas as circunstancias não ajudavam, e quem é que iria querer ter um marido que vivesse na estrada, matando sabem-se lá quantos dessas coisas por mês, e quase nunca parar em casa? Pois é, eu também tinha perdido o meu sorriso.

- Sam... – eu comecei.

- Kera, não fui eu quem estragou a sua vida. Eu apenas achei que iria fazê-la melhor, mas se o caso é esse, acho que o momento foi inoportuno pra te dizer que acontece. – ele me cortou.

- O que acontece? – eu perguntei e olhei em seus olhos. Havia tanta tristeza, tanta coisa mal dita, mal esclarecida.

- Acontece que tudo mudou. Mudou assim que eu vi o seu corpo jogado no chão quando Dean te atropelou. Mudou quando você me abraçou e chorou na minha camisa. Mudou quando eu vi que poderia te perder quando aquela mulher enfiou a faca no seu ombro, e eu te encontrei deitada numa poça de sangue. Aconteceu, Kera. – ele murmurou tudo de uma vez.

Eu quase consegui sorrir de novo. O mundo caindo aos meus pés, e Sam preocupava comigo. Talvez fosse mais que preocupação, mas eu ainda não tinha certeza.

- Obrigada por se preocupar comigo. – eu disse.

- Não é preocupação! – ele gritou e quando eu vi, eu estava imprensada contra a parede e Sam na minha frente, me dando pouco espaço para respirar e me obrigando a olhá-lo nos olhos. Aquelas íris verdes eram tão lindas. Era como se eu pudesse me derreter lá dentro.

- Então, o que é? – eu perguntei. Meu coração falhando, minha respiração descompassada, meus olhos lacrimejando. Se fosse rejeição, eu não iria embora para casa. Eu ficaria ali mesmo e deixaria que qualquer que passasse pudesse me matar.

- É uma coisa maior que preocupação. Talvez maior do que proteção. – ele disse, e antes que eu pudesse ver, ele passou seu braço pela minha cintura e me agarrou junto a ele.

Seu corpo emanava calor, e seus braços fortes estavam me segurando protetoramente. E eu queria mais. Eu queria mias de Sam, e isso não era novidade. Eu sentia como se meu coração fosse sair do peito só de vê-lo, e agora, estar sentido seu calor, eu apenas não podia me separar dele.

Eu respirava pesadamente quando ele levou as mãos até o meu cabelo, e soltou o meu coque mal feito, e deixou o meu cabelo cair sobre o rosto. Sam passou a mão nele, e escondeu seus dedos no meu cabelo, atrás da minha nuca. Eu o senti puxar levemente e isso trouxe sensações maravilhosas ao meu corpo. Eu já quase não podia me controlar. Sam agora fazia parte da minha vida, e eu só queria mais e mais.

 Foi então que eu resolvi jogar tudo para o alto. Eu não tinha nada mais para perder. Se eu teria que pecar, que eu pecasse com Sam.

Sem ver o que fazia, eu joguei meus braços em volta de seu pescoço e esmaguei seus lábios nos meus. Eu suspirei de prazer quando ele colocou suas mãos dentro da minha blusa, encontrando minhas costas nuas.

E o puxei mais para mim, e ele correspondeu pedindo passagem para a minha boca com a sua língua. Eu cedi sem protestar. Sua língua brincava na minha boca, e mandava ondas de prazer pelo meu corpo.

Eu só queria mais dele. Mais e mais. Sam era tão importante para mim que eu não sabia o que seria de mim sem ele e eu não queria nem imaginar se eu o perdesse.

Ele tentou subir a sua mão e parou no meio das minhas costas. Ele tirou seus lábios do meu, e eu soltei um gemido de frustração. Ele sorriu e me deu um selinho demorado. Nós ficamos assim por um tempo, apenas fazendo caricias um no outro, e quando eu não aguentava mais, eu o beijava com força, e ele retribuía de bom grado.

Meu corpo ainda estava pulsado por causa beijo que tinha acabado de acontecer, quando Sam olhou para o carro e viu que nós tínhamos que ir embora.

- Tudo bem. – eu disse um pouco emburrada, por que o que eu queria mesmo era ficar ali com ele, com as caricias.

Nós andamos de mãos dadas até o carro e nós dois parecíamos dois adolescentes em êxtase. Nós estávamos sorrindo como bobos.

Eu dei a volta no carro, e entrei no lado do passageiro, e Sam entrou para dirigir. Eu olhei para trás e vi Dean dormindo com um sorriso bobo nos lábios.

Eu olhei no relógio de Sam, e vi que já eram quase onze e quinze da noite. Eu sorri em pensar que a noite estava apenas começando para mim, e que talvez, eu teria mais surpresas ao final dela.

- Já está sorrindo de novo? – Sam me perguntou enquanto tirava o carro da viela.

Ele olhou para um lado e para o outro e entrou na autoestrada.

- Pois é. É pra você ver o efeito que tem sobre a pessoa aqui. – eu ri um pouco alto demais e imaginei se eu poderia acordar Dean com esse barulho. Eu me virei para trás, e Dean continuava a dormir tranquilamente.

- Sam, por que Dean tem tanto ciúme desse carro? – eu perguntei.

- Era do nosso pai. – ele respondeu e não falou mais nada, e eu imaginei que talvez tivesse tocado num assunto delicado.

- Desculpe. – eu disse, chegando perto dele. – Eu não sabia que era um assunto delicado.

- Tudo bem. – ele disse e abriu os braços e eu me aconcheguei perto dele. Eu inclinei a minha cabeça no seu ombro, e a descansei lá.

Nós conversamos durante a viagem toda, e agora eu quase podia jurar que conhecia Sam durante anos. E aquilo estava me fazendo bem. Sam me fazia bem. Eu adorava a sensação de formigamento na minha mão quando ele encostava-se a ela, e quando meu coração pulava quando ele me olhava com aqueles olhos verdes lindo que me faziam perder o ar.

Assim que chegamos à casa de Bobby, apenas a luz do quarto de Bobby estava acesa. Sam abriu a porta do quarto, e lutou para acordar Dean, e para colocar um de seus braços por seus ombros, e ele carregou um Dean acordado/dormindo.

Eu fui atrás dele, rindo quando Dean resmungava alguma coisa, que fazia Sam parar e xingar baixinho.

Sam largou Dean no sofá e se virou para mim com um sorriso. Um sorriso malicioso. Ele veio até mim e agarrou a minha cintura, me dando um selinho rápido e rindo logo em seguida. Num movimento rápido, ele correu comigo para o quarto e fechou a porta logo atrás de si.

- Rápido você, não? – eu perguntei provocando.

- Ah, um pouco. É que eu estou com sono. – ele respondeu brincando.

- Ah, você quer dormir? – eu perguntei sorrindo. – Tudo bem, vamos dormir então.

Eu me soltei de Sam e fui em direção à cama. Eu me deitei e fechei os olhos e fingi estar dormindo. Segundos depois, eu senti braços fortes e grandes me envolverem, e eu sorri baixinho.

Era tão bom estar no abraço de Sam. Era tão bom saber que apesar de tudo estar conspirando contra, eu podia pelo menos estar sorrindo agora. Sempre que eu pensava em felicidade, eu sempre pensava em barras de chocolates e um filme num dia chuvoso, mas agora Sam era minha felicidade. Era com ela que a minha felicidade crescia, e dizia “eu sempre estive aqui, só que você não me viu”.

Eu me virei e vi Sam me olhando. Ele sorriu e eu não pude evitar sorrir de volta. Então, eu me lembrei de que se isso não durasse nada, meu coração ficaria despedaçado com isso.

- Sam, o que vai acontecer daqui pra frente? – eu perguntei, seriamente.

- Você quer falar para eles? – ele me perguntou.

Eu ponderei por uns segundos. Assumir-nos seria dizer para todos que nós estávamos juntos, mas isso talvez nos prejudicasse no futuro. Mas eu queria tanto poder abraçar Sam na frente de todos, mas eu teria que aprender a me segurar. Eu não diria não, mas também não poderia dizer que nós saíssemos por aí anunciando que estávamos juntos.

- Não. – eu disse e confusão tomou o rosto de Sam. – Sim... Quero dizer, vamos esperar para ver no que isso vai dar e depois contamos.

- Tudo bem, eu aceito.  – ele sorriu contra a minha boca, e me beijo de novo.

Antes que eu pudesse relutar, ele estava por cima de mim e me beijando. Suas mãos brincando com o meu corpo, dançando pela minha barriga, me dando calafrios. Eu sorri contra a sua boca quando ele brincou com o cós do meu shorts, e soltei um pequeno gemido, mas eu voltei a minha realidade. Nós tínhamos que parar. Estava indo rápido demais, e eu não queria fazer isso agora.

- Sam. – eu o alertei.

- Hm? – ele perguntou, beijando o meu pescoço.

- Sam. – eu o chamei de novo.

Ele levantou o rosto para mim e viu que eu não queria aquilo agora. Pediu desculpas baixinhas e se deitou ao meu lado ainda. Meu coração batia pesadamente nas minhas costelas e eu respirava profundamente.

Bem, o negócio era esse. Eu estava perdida. Perdidamente e incontrolavelmente apaixonada por Sam.


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Notas finais do capítulo

tá aí, gente. Eu tenho certeza que vocês podem fazer melhor e mandar mais reviews. Beijos e eu espero o reviews de vocês (:



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