Heaven And Hell escrita por letstrabach, callmenikki


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

gente, desculpa a demora D: eu sempre perco o tempo quando é pra postar D: desculpem KKK mas ok, aqui vai mais um (:



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Com um último suspiro, eu já tinha decido que morreria ali mesmo pela arma daquele desconhecido. Eu apenas abaixei a cabeça, e esperei pela dor alucinante que eu sabia que viria, mas aquilo não aconteceu.

O que realmente aconteceu foi tão estranho, que eu ainda não sabia como explicar.

Bem, depois de não sentir dor alguma, eu senti que minhas mãos pareceram se mexer sozinhas, e uma delas, foi até o meu ombro onde a faca estava, e a retirou de lá. E por incrível que parece, eu não senti dor alguma.

Depois daquilo, eu senti que eu me levantara, e eu já encarava os desconhecidos. Eu pisquei algumas vezes e então algo mais estranho ainda aconteceu; eu comecei a ver dobrado.

É, tipo, como se eu estivesse passando mal, mas eu me sentia mais do bem. Eu senti então alguém falar dentro da minha cabeça.

- Eu estou com você.

Eu tentei por alguns segundos decifrar aquela voz, e quando eu descobri quem era eu quase sorri.

Kairos.

Ele estava comigo, e eu podia senti-lo na minha cabeça, comandando os meus movimentos, para que nada desse errado. Eu levantei meu braço e a dor cresceu, mas eu senti Kairos fazendo-a parar. A faca que estava na minha mão estava cheia de sangue, mas isso não me impediu de partir para cima deles.

Com um único movimento, eu corri até a mulher e passei a faca bem rente ao seu rosto. Ela, por sua vez, pulou para longe e sacou uma adaga que estava presa ao seu cinto.

O meu medo cresceu, mas eu senti Kairos trabalhando novamente para me manter estável. Eu não estava bem, e por mais que eu tentasse esquecer, a dor no meu ombro ainda dizia que eu estava a ponto de perder mais e mais sangue.

Eve veio na minha direção e passou a adaga a centímetros do meu abdômen. Eu pulei para o lado e o homem sacou sua arma novamente, mas antes que ele pudesse sequer pensar em atirar, eu apoiei meu pé no chão, transferi o peso do meu corpo para o pé apoiado no chão, e com o outro pé, eu fiz um circulo marcado, e meu pé foi bem no rosto do homem.

Ele urrou de dor, e a mulher gritou um sonoro não. Eu me virei para ela, e minha visão escureceu. Eu só podia sentir sua aura e nada mais; estava tudo escurecido. Então, ela veio na minha direção, com a adaga em por cima de sua cabeça, mas antes que ela pudesse me atacar, um tiro soou na noite fria e escura, e a mulher caiu no chão.

Andras se levantou rapidamente, e foi até Eve que tinha sangue saindo de sua boca. Ele a ajudou a levantar, e me encararam. Com um rosnado, eles se afastaram com medo, e tentaram correr, mas eu fui mais rápida e cheguei até eles.

- Pensem antes de nós atacarem. Somos mais fortes de que pensam. – eu até diria que fui eu quem disse, mas eu não sentia como se tivesse sido eu. Parece Kairos.

Depois disso, minha visão voltou ao normal, e eu os vi ainda me encarando, e eu me preparava para matá-los quando eu ouvi uma voz conhecida.

Eu me virei apenas para ver Sam vir correndo em minha direção com uma arma nas mãos, e com Dean em seus calcanhares. Eu os olhei e me virei para terminar o trabalho, mas quando eu voltei Andras em Eve não estavam lá.

Da minha boca saiu eu grito de frustração, e eu podia sentir Kairos se esvaindo de mim. Mas ainda era muito cedo. Eu sabia que eu tinham feito um grande mal a ele, mas eu o queria comigo. Me apoiando, me dizendo que tudo ficaria bem quando nada parecia bem.

- Não se preocupe. Voltarei antes mesmo de você saber que fui embora. – e dizendo isso, eu o senti indo embora definitivamente.

Então, Sam chegou até mim. Eu senti meus joelhos cederem e eu cair em seus braços. Ele me segurou junto a ele, e tocou meu ombro de leve, fazendo uma prensa, para estancar o sangue.

Com os poucos sentidos que ainda me restavam, eu consegui ouvi-lo dizendo que tudo ficaria bem, que tudo se resolveria, e que o meu machucado iria parar de doer. Meu rosto estava molhado devido às lágrimas, e eu já conseguia sentir um frio aterrorizante. Eu só queria um cobertor e alguma coisa para encostar a minha cabeça e descansar.

Mas Sam não deixou. Eu o ouvi dizendo a Dean que fosse buscar o Bobby para que ele cuidasse de mim. Dean gritou que estava indo e Sam se abaixou até o meu ouvido.

- Tudo vai ficar bem. Você ficará bem. – ele sussurrou. – Sinta a minha respiração e não feche os olhos. Sinta a minha respiração, sinta... – ele colocou a minha mão em cima do seu peito, bem onde o seu coração estava.

O seu peito subia e descia o mais controladamente possível, mas eu sabia que Sam estava tão assustado quanto eu.  Eu tentei me concentrar no seu batimento cardíaco, tentei senti-lo.

Seu coração batia rápido e descompassado. Eu o que eu senti foi que eu queria acalmá-lo de alguma forma. Eu queria que Sam se acalmasse para me dar calma.

Os meus olhos, que estavam fechados, se abriram e eu vi um Sam abatido. Ele estava me olhando e quando me viu com os olhos abertos, deu um pequeno sorriso. Eu sorri de volta, e encarei seus olhos verdes.

Eu me fixei em seus olhos enquanto ele se levantava e me carregava para dentro de casa, ainda pressionando a mão contra o meu braço.

Ele se livrou de meu olhar, e me pegou no colo e segui para a casa. Lá dentro, eu ouvi Dean gritando por Bobby, e com um baque surdo, alguma coisa desceu as escadas correndo e veio até a sala.

Sam estava a ponto de me deixar no sofá, quando Bobby disse para me levar para o quarto. Sam subiu as escadas, entrou no primeiro quarto que era de frente as escadas e me colocou na cama.

Ele gentilmente deitou minha cabeça no travesseiro, e eu fechei os olhos de dor quando ele pressionou com mais força o meu ombro.

Sem perguntar, ele pegou a faca que ainda estava na minha mão, pegou a barra da minha blusa, e cortou a blusa de fora a fora. Eu me senti exposta, mas agora não era hora pra isso. Ele terminou de tirar a minha blusa, passando pelos meus braços, e eu fiquei só de sutiã, e eu percebi que em momento algum ele me olhou com malicia; e aquilo me impressionou.

Ainda com os olhos fechados, eu percebi que havia mais pessoas no quarto e que Sam trabalhava no meu ombro.

Ele se abaixou e falou para mim novamente. – Isso vai doer. – e com isso, ele jogou um liquido, que ao entrar em contato com a minha pele, ardeu como fogo.

Eu urrei de dor, e Sam pressionou o meu ombro mais. Aquilo ardia e eu queria fazer com que parasse.

Num pulo, eu me sentei repentinamente, e me agarrei ao braço de Sam. Eu finquei minhas unhas no seu braço, e escondi meu rosto da curva de seu pescoço. Ele afagou as minhas costas, mas aquilo ainda ardia muito.

Eu senti alguém puxando os meus braços, para me deitar novamente, mas eu me agarrei mais a Sam. Eu o ouvi dar um pequeno gemido devido as minhas unhas que estava cravadas no seu braço.

A dor já começava a se dissipar aos poucos, e eu fui me soltando de Sam. Eu me dentei, e abri os olhos.

Sam me olhava assustado, e eu podia ver que por cima da blusa, haviam algumas manchinhas de sangue.

Na armário que tinham do lado da cama, Sam pegou uma gaze e colocou sobre o meu machucado. Dessa vez, não doeu. Ele terminou de tampar, e quando passou a fita para fixar, passou com um pouco de força demais, e com isso, eu soltei um pequeno gemido de dor. Sam sussurrou um silencioso “desculpe” e terminou de tampar.

Em poucos minutos, Sam já tinham terminado de tampar o meu machucado e já estava dormindo. Eu peguei no sono em poucos segundos e quando eu fechei os olhos, Kairos apareceu.

Eu estava num lugar onde só havia branco. Para onde eu olhasse, havia branco. Era como um espaço vazio.

Kairos estava bem à minha frente, sorrindo. Ele ainda estava com suas calças pretas, a blusa cor de céu, e seus tênis pretos. Seu cabelo ainda era propositalmente bagunçado, e aqueles olhos escuros que sempre me impressionaram. Com um pequeno impulso, eu olhei para o meu ombro, mas não havia machucado algum lá. Eu franzi o cenho e me perguntei o porquê de eu estar lá.

Eu olhei para Kairos e ele sorriu.

- Confuso, eu sei. – ele disse.

- O que eu estou fazendo aqui, Kairos? – eu perguntei. – Eu... Morri?

Eu temi a resposta, mesmo sabendo que eu deveria saber. E eu esperava qu não fosse verdade.

- Não, minha pequena. Você não morreu, só está inconsciente. – ele disse, com um sorriso estampado no rosto. Eu comecei a falar, mas ele me interrompeu e continuou. – Você lutou bem hoje. Sabia que conseguiria.

- Lutei bem?! – eu gritei com ele, e me aproximei dele. – Você quase nos matou. Você me fez quase perder um ombro!

- Kera, quer mesmo falar sobre quem quase matou quem?! Você não está em condições de fazer isso! Que fique bem claro que quem tirou a minha vida foi você! – ele gritou, e eu me senti perfurada de novo. Mas desta vez, no peito. Bem no meu coração.

Sem pensar duas vezes, uma lágrima escapou. Eu não achei que ele jogaria isso na minha cara, mas ele realmente fez o que eu achei que nunca aconteceria. Eu senti como se ele perfurasse o meu coração e o deixasse sangrar sem nem se importar.

Eu não tinha feito por que queria. Foi realmente um acidente, mas eu duvidava muito que ele fosse entender isso.

- Me perdoe. – ele pediu, e num piscar de olhos, eu senti seus braços me envolvendo, e sem pestanejar, eu envolvi seu corpo junto ao meu e o abracei. Senti seu cheiro, sorri contra seu cabelo, e vi o quanto ele fazia falta na minha vida. – Eu realmente não quis dizer aquilo. Foi... Impulso.

- Tudo bem, não tem problema. Eu mereci. – eu sussurrei, limpando as lágrimas.

- Não, não mereceu. Quem merece sou eu. Me perdoe ter feito aquilo tudo com você naquele dia. Eu fui um idiota e me deixei levar pelo momento. – ele se desculpou.

- Esqueça isso, por favor. – eu implorei. Eu não queria me machucar mais.

- Tudo bem, vamos ao que interessa, certo? – ele sorriu e me soltou. – Eu consigo ver que tem muita coisa te afligindo. Muitas perguntas, dúvidas.

- Kairos, o que é isso tudo? Por que estamos aqui? – eu perguntei.

- Kera, tudo isso é muito complicado. Eu sei que já te disseram que tudo isso é complicado, mas não é apenas uma frase. – ele disse e bagunçou sua cabelo preto e brilhante e sorri. – Venha, sente-se e aqui. Nós temos muito o que conversar.


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Notas finais do capítulo

reviews?
beeijo e até o próximo :*



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