Ciclone: o Romance de Edward e Bella escrita por Déborah Ingryd


Capítulo 11
Capítulo 11 - Noiva


Notas iniciais do capítulo

Bom, sei que deixei vocês na mão, maldade parar de escrever em um capítulo tenso como aquele, bom minha vida estava uma correria esses dias. Escrevi um capítulo pequeno, só pra saciar um pouco, mas amanhã ou domingo posto outro com certeza, esse aqui vai explicar o porquê e de quem ela está noiva, deu 5 folhar apenas, mas o próximo compenso prometo ;)
Espero que gostem...



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Capítulo narrado por Bella Swan

Dias atrás

Eu estava ali sozinha na varanda como de costume, costume adquirido logo após receber a notícia que mudou completamente a minha vida. É claro que com a carta de Edward eu deveria me preparar para o pior, mas eu tinha esperança, muita esperança de que quando retornasse a Chicago, fosse encontrar o amor de minha existência esperando por mim... Mas foi exatamente o contrário, quando fui até o hospital recebi a mais infeliz notícia.

Estava entrando na recepção quando um médico interrompeu minha ida até o balcão.

– Senhorita Isabella Swan?

– Sim – respondi confusa.

– Meu nome é Carlisle Cullen e peço que me acompanhe-me, por favor – disse estendendo o braço pra mim.

Peguei seu braço e ele me conduziu até uma sala.

– Sente-se.

Obedeci.

– Desculpe, mas não entendo porque me trouxe até aqui.

Ele suspirou.

– És noiva de Edward Cullen? – perguntou com pesar.

– Sim.

– Sinto muito em lhe informar, mas ele faleceu tem alguns meses.

Arregalei os olhos.

– O que?!

– A senhorita deveria saber seu estado de saúde, a gravidade da doença, presumo que ficou meses fora tentando se proteger e... – eu já não ouvia, só conseguia pensa: Não, não, NÃO!

Edward, o meu Edward! Não!

Chorava inconsoladamente. Dr.Cullen veio até mim. Abraçou meus ombros e tentou me reconfortar.

– Senhorita Swan?

Olhei pra ele.

– Edward lhe deixou uma carta, guardei em minha casa, mas garanto que amanhã ela estará em sua residência.

– Uma última carta... – sussurrei.

– Sim.

Enxuguei a lágrima que agora caia ao lembrar-me do que dizia a carta. “Esqueça-me”. Como se fosse fácil. Estava soluçando. Ergui-me do banco e caminhei no jardim, fui até o estábulo e peguei um cavalo, em direção a floresta, esse era outro costume, ali era o único lugar onde não havia lembrança alguma de Edward, era melhor, não que eu quisesse esquecê-lo, mas era o lugar aonde não vinham milhares de lembranças dele, de seus toques, palavras, beijos. Respirei fundo ao descer do cavalo, me sentei na grama e comecei todo o processo de tentar me acalmar, impossível, era uma dor insuportável, era como se meu coração e pulmão não estivessem mais ali. Resolvi voltar pra casa.

Quando cheguei, Lizzy, minha criada, praticamente me empurrou para o quarto.

– Mas o que é isso? – perguntei irritada.

– Vista-se com um vestido mais elegante. Um tal de Mr. Darcy quer ver você.

– O que?

– Sua mãe mandou vestir-se! – dito isso se retirou.

E eu bufando fui me trocar. Penteei os cabelos e desci. Mas quem diabos era esse tal de Mr. Darcy? Deve ser algum inglês convencido.

– Querida! – chamou minha mãe. Franzi o cenho, boa coisa não era.

– Sim?

– Este aqui é Mr. Darcy – deu um sorriso até a orelha.

*Mr. Darcy: Inglês, soldado que lutou na Primeira Guerra Mundial, mas voltou cedo devido ter se machucado. Herdeiro de um homem bem sucedido, tendo muitas terras na Inglaterra. Belo, desejado por várias mulheres ao seu redor, mas nenhuma de seu interesse, seu desejo é aproveitar a vida através de seu variado "cardápio". Seu único interesse em casar com Isabella Swan, é satisfazer a vontade do pai que dissera que não gostaria de ver seu único herdeiro viver solteiro repleto de "damas de companhia". É claro que a jovem era apelativa para si, mas não mais que isso, ele almeja que casando com a bela dama conseguisse calar os rumores ao seu respeito*

Olhei de soslaio para meu pai e vi ele olhando para minha mãe com desaprovação. Estendi a mão para o homem de cabelos claros a minha frente.

– Srta. Swan – cumprimentou-me.

– Mr. Darcy – disse sem um pingo de emoção.

Sentamo-nos e ele começou:

– Vim aqui hoje para lhe pedir a mão a seu pai – curto e grosso.

Pisquei freneticamente e precisei de dois longos minutos para absorver o que aquele homem acabara de dizer.

– O que?!

Ele pareceu confuso.

– Por que da reação?

– “Por que da reação”? – repeti sarcasticamente – Que complô é esse? – dirigi-me aos meus pais.

– Bella, querida – meu pai começou.

Minha mãe levantou um dedo interrompendo-lhe.

– Se nos derem licença gostaria de falar a sós com minha filha – disse puxando meu braço e levando-me para fora da sala.

– O que pensa que está fazendo? – perguntei azedamente.

– Garantindo seu futuro – respondeu no mesmo tom.

– Acabei de perder meu noivo!

– Isso já faz meses Isabella, só que você só soube agora.

– Como pode ser tão fria? Eu o amo!

– Ele está morto!

As lágrimas caíram em meu rosto.

– Você vai voltar lá e aceitará o pedido.

– Não – neguei veemente.

– Se você não aceitar... Serei obrigada a fazer algo muito ruim.

Franzi o cenho.

– O que?

– Vou destruir o patrimônio Masen!

– Você não tem poder pra isso.

– Engano seu querida. Quando eles morreram, deixaram tudo, mas como não tinham herdeiro, o governo ficou tanto com a casa quanto a biblioteca e outras coisas pequenas, é claro que me procuraram sabendo que você era noiva de Edward e minha filha, perguntaram se era de meu interesse comprá-los, eu obviamente aceitei.

Olhei desacreditada para minha mãe, não a reconhecia. Estava bem claro agora, ela poderia sim destruir tudo, ela sabia que a biblioteca, os livros eram uma das coisas mais importantes para Edward e que se as destruísse, destruísse algo que ele amava tanto, acabaria comigo. Era golpe baixo, pois sabia eu jamais permitiria que ela acabasse com isso, que eu moveria os céus para que o patrimônio de Edward ficasse intacto, e isso incluía ter que me casar com um homem que eu não conhecia e muito menos amava.

– Eu tenho nojo da senhora, como pode? – as lágrimas caíam agora – És um monstro! Eu soube há tão pouco tempo e você já quer que eu...

– Eu já sabia! – cortou-me asperadamente – sabia que Edward estava morto, só queria poupar-lhe! Mas vejo que cometi um grave engano, se soubesse há mais tempo não reclamarias tanto!

Eu via tudo embaçado, era dor demais, decepção demais.

– Monstro! – balbuciei.

– Chamas-me de monstro agora, mas amanhã de anjo! Estou dando-lhe um futuro melhor, não vê? Nunca quis que se casasse com Edward, um bibliotecário! – disse com desprezo, eu tinha vontade de voar em cima dela e calar-lhes os lábios, para que nunca mais falasse assim dele – Isabella, querida, não vês? O quanto Mr. Darcy pode-lhe ser bom? Um soldado, herdeiro de muitas posses, um homem de bem!

Engoli em seco.

– Edward era um homem de bem – falei lentamente, tentando me controlar.

– Disse bem: era! Não é mais, pois está morto. Agora vá até aquela sala e diga sim a aquele homem que lhe espera! Ou se preferir fique solteira e com o peso na consciência de ter sido a responsável por destruir o patrimônio Masen!

Eu odiava-a, odiava-a internamente por tudo, estava claro que não dava a mínima para minha felicidade e sim para o status social. Como queria estar aqui quando a doença atacou, teria morrido feliz ao lado de Edward. Agora só me restava acatar, pois não seria capaz de viver pensando que fui a responsável por destruir uma das coisas mais preciosas do único homem que já amei e amarei em toda minha vida.

Engolindo o choro que estava a borda, olhei-a friamente e fiz menção de abrir a porta quando ela segurou meu pulso, restringindo-me. Tive um fio de esperança, pensando que talvez ela se arrependera, mas logo se desfez ao ver o que ela queria, puxou a aliança de meu dedo anelar, o único laço que ainda me ligava a Edward. Estendi a mão querendo-o de volta.

– Não! Vai casar-se com outro!

– Disso já sei – falei amargamente – mas quero guardá-la.

Ela suspirou e me olhou com desaprovação, mas estendeu-me o anel. Coloquei-o na parte inferior do vestido, no vão do seio, e depois abri a porta e preparei-me para o inferno que seria minha vida dali em diante, como se já não bastasse tanto sofrimento já existente.

Entrei na sala ao lado de uma mulher com um sorriso vitorioso estampado na face cínica, ela não era mais minha, era um monstro manipulador e chantagista! Sentei-me de volta ao assento que estava antes e olhei com desprezo para meu pai, será que ele sabia dos meios de convencimento de sua esposa? Se sim, como permitia que ela fizesse isso? Ele percebeu meu olhar, e como se lesse meus pensamentos, dirigiu-me um olhar de desculpas. Virei o rosto para o desprezível Mr. Darcy, maldito soldado! Por que queria a mim? Logo a mim? Já ouvira falar dele, era filho de um velho amigo de meu pai, lembrava agora, conhecia sua fama, era um aproveitador de mulheres, por que diabos queria casar-se agora? Parecia que ficaria sem minhas respostas.

– Melhor? – perguntou-me o infeliz.

Segurei a língua para não mandá-lo ao inferno.

– Sim – falei sem por emoção na voz.

Ele sorriu, imediatamente lembrei-me do sorriso de Edward, não que esse fosse parecido, este não fazia jus ao do meu amado, senti uma pontada em meu coração ao lembrar-me dele, o que me levou a fazer comparações. O rapaz a minha frente tinha cabelos louros, alinhados demais para meu gosto, preferia o castanho avermelhado desgrenhado e ao mesmo tempo arrumado de Edward. Os olhos eram de um azul piscina, opacos em comparação aos verdes reluzentes de Edward. Iria continuar com as comparações se não fosse a pergunta a seguir.

– Bom, já que estás melhor, responda-me: Aceita casar comigo, Isabella Swan?

Engoli em seco e respirei fundo, e azedamente respondi:

– Sim, Mr. Darcy.

Ele estreitou os olhos devido à forma que falei, mas depois esboçou um sorriso e estendeu uma aliança, pegou minha mão e a colocou ali, imediatamente senti o coração comprimido, pois nunca mais veria a aliança que tanto adorava em meu dedo. Engolindo o choro, observei-o beijar delicadamente minha mão, senti nojo e naquele momento prometi-me que jamais o deixaria tocar-me, o único beijo que me daria seria no altar e seria um breve roçar de lábios, seria o ósculo mais rápido já visto.

Naquela noite chorei inconsoladamente, observando as duas alianças, imagens do dia em que Edward pediu-me em casamento, veio a minha mente, o que machucou-me ainda mais. Finalmente o sono atingiu-me e eu guardei as alianças em um pote,  deitei-me, uma última lágrima caiu de meus olhos e eu adormeci.


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Notas finais do capítulo

Foi pequeno, mas prometo compensar no próximo...

Bom, mas e ai? O que acharam do meu Mr. Darcy?

*Bom só pra explicar... Essa noite em que ela terminou chorando, foi a noite que Edward foi lá, eu sei que houve oscilações de tempo é que na época que escrevi a cena POV Edward eu não pensei que faria POV Bella, então peço desculpas e que tentem compreender, tudo bem?

Aguardando os reviews

O Nyah está com problemas pra postar a foto do noivo então pra quem quiser ver aqui está o link:
http://www.orkut.com.br/CommMsgs?cmm=86113045&tid=5586170444479388921&na=3&nst=1013&nid=86113045-5586170444479388921-5644053710137646329