Capitulo 10°: A Certeza

 - Com quem você pensa que ta falando hein? – Rony perguntou vermelho de raiva – e você Gina? Olha as suas roupas, foi por isso que você passou correndo não foi?

 - Rony eu...

 - Você nada Gina, você já é bem grandinha ele que ele vai fazer? – Harry perguntou encarando Rony, o ruivo se aproximou deles e Gina com medo ficou bem em frente a Harry – vai bater em mim? – Harry perguntou desafiando o garoto.

 - Não é preciso muito para isso – Rony disse entre dentes, se irritava muito fácil – Gina vai pra dentro agora – ele disse e a garota continuou no lugar – eu mandei você entrar – ele disse e olhou para ela.

 - Eu não fico me metendo nos seus rolos Rony, então me deixa em paz ta.

 - O que? – ele disse não acreditando em Gina, ela nunca o desafiava assim.

 - Ta acontecendo alguma coisa? – perguntou atrás de Rony, Gina olhou por cima do ombro do irmão e viu Vitor se aproximar se sentiu um pouco mais aliviada com a presença dele.

 - Ta sim Vitor, a Gina ta com um cara aqui.

 - Um cara? Que cara, ah é você – Vitor disse ao ver que era o garoto que a prima tinha lhe apresentado na festa – Harry não é? – ele perguntou sorrindo, Rony olhou para o primo desacreditado.

 - Isso mesmo – Harry respondeu.

 - Você o conhece?

 - Gina nos apresentou na festa na casa da Hermione – ele disse dando de ombros – veio visitar a minha prima? – ele perguntou, percebeu na festa o interesse dele por ela.

 - Resolvi aparecer – Harry disse simpático – pelo menos você é simpático com as visitas porque esse ai – Harry disse apontando com a cabeça Rony.

 - Não ligue para o Rony ele...

 - Agora chega – ele disse revoltado – você vai embora da minha casa agora e você Gina vai entrar – ele disse e puxou Gina pelo braço arrastando a garota.

 - Para Ronald, me solta – ela reclamava enquanto era arrastada.

 - É melhor você ir, acho que não foi um bom momento para visitar a Gina – Vitor disse vendo Rony sair com a irmã.

 - Concordo – Harry disse e foi embora.

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 - Você ta estranho – Simas disse, estavam andando pelas ruas de Londres e o garoto comentou em relação a Lino.

 - É desde que você foi... – Luna começou, mas parou ao ver o olhar de Lino.

 - Impressão de vocês – ele disse, os três passavam em frente a uma lanchonete e Lino viu Tiago, ele não estava ali por coincidência, o homem queria conversar com ele – eu já volto – ele disse e entrou, Luna olhou para dentro do local e viu Tiago, tratou de tirar Simas de lá para que ele não visse Tiago.

 - Demorou – Tiago disse quando ele sentou-se à mesa, Neville olhou para o garoto sem conhecer ele – Neville esse é Lino.

 - É um prazer – Neville disse educado, Lino só acenou com a cabeça.

 - Você disse que mora com uns amigos, onde é isso mesmo? – ele perguntou, conhecia aquele papo, era história de crianças que não queriam ir para nenhum abrigo.

 - Em um lugar ai – ele disse dando de ombros, Tiago negou algo com a cabeça e chamou um garçom indicando que Lino fizesse um pedido – um sanduiche ele disse simplesmente.

 - Mais alguma pergunta para fazer? – Tiago perguntou – ou vai trazer o seu amigo?

 - Ele não sabe que vim falar com você.

 - Da pra você falar a verdade? – Tiago pediu, o garoto olhou para ele e depois para fora onde estavam seus amigos.

 - Eu to falando a verdade, ou você esta...

 - Neville pode deixar a gente conversar um pouco? – ele pediu, não queria que o garoto escutasse a conversa.

 - Claro tio Tiago – ele levantou e foi para fora da lanchonete.

 - Você esta procurando esse seu filho? – Lino perguntou e Tiago olhou para um garoto que mais parecia um homem agora.

 - Ta, você ganhou, estou sim procurando o meu filho, passei os últimos dezessete anos procurando por ele, e nada ate você aparecer com as suas perguntas – ele disse nervoso.

 - E se o meu amigo for o seu filho? – ele perguntou curioso – o que você vai fazer?

 - Eu não tenho certeza, o meu foco sempre foi encontrar ele, mas eu vou cuidar do meu filho, esse é o objetivo.

 -Aham – Lino disse olhando para Tiago – mas como a gente pode saber se ele é seu filho? – Tiago sentiu seu peito encher de esperança, poderia estar mais perto do seu filho do que imaginava.

 - Um exame de sangue talvez, mas você disse que ele parece comigo então eu acredito que ele é meu filho porque ele já parecia comigo quando nasceu – Tiago disse novamente se lembrando.

 - Eu não sei como falar isso com ele, ele é bastante desconfiado.

 - Eu vou esperar, tenho paciência, só não demore muito com isso, convença ele a me ver se o garoto não acreditar ou me leve para vê-lo – Tiago disse e Lino assentiu foi então que lembrou da proposta que faria ao garoto – eu tinha umas coisas para te falar, junto com um amigo eu criei um lar para crianças, e temos muitas lá, a maioria fui eu quem convenci a sair da rua – ele disse e olhou para Lino que parecia imparcial – eles sempre vinham com a mesma historia quando eu os abordava, eu não moro na rua divido um lugar com amigos e...

 - E você acha que eu estou mentindo? Eu não preciso do seu abrigo e...

 - Eu só estou querendo ajuda-lo – Tiago disse vendo que o garoto se irritara, sempre eles se irritavam – mesmo que você more com os seus amigos se você quisesse ir morar com eles eu tenho certeza que você iria gostar muito, eu criei aquele lugar pensando que poderiam ter abandonado meu filho por ai e tinha a esperança de encontra-lo, todos que estão lá estão porque gostam de lá, se você quisesse conhecer tenho certeza de que iria gostar.

 - Talvez um dia, agora eu estou pensando no meu amigo, sabe ele não pensa em encontrar os pais, ele diz que se os pais quisessem saber dele o procurariam e como não o fazem ele também diz que não se importa – Lino alertou Tiago para quando encontrasse com Harry.

 - Mas você mesmo que ele é o meu filho?

 - Acho.

 - Eu já volto Luna – Simas disse deixando a garota onde estava e indo para o banheiro da lanchonete, instantes depois Luna viu um garoto sair, era o garoto que estava com o homem que talvez fosse o pai de Harry, ela sorriu quando viu ele mais de perto.

 - É bonitinho – ela falou para si mesma vendo ele se aproximar – oi – ela falou quando ele passou perto dela, ele olhou para ela desconcertado, mas se recuperou.

 - Ah, oi – ele respondeu com um sorriso – não vai entrar? – ele perguntou, viu que ela estava parada perto da entrada da lanchonete.

 - Não estou esperando alguns amigos – ela disse e mordeu o lábio arrependida pela cara que ele fez – sou Luna – ela disse estendendo a mão para ele.

 - Neville – ele respondeu segurando a mão dela suavemente, ele olhava Luna nos olhos e a garota gostou daquilo demonstrava confiança.

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 - O que você pensava que estava fazendo em Gina? Se encontrando com esse cara? – Rony perguntou irritado, tinha entrado com Gina a segurando pelo braço, arrastou a garota ate o quarto, Gina correu para a varanda, mas Harry não estava mais lá.

 - Eu não estava fazendo nada Rony – ela respondeu se voltando para o irmão com raiva por ter passado pouco tempo com ele – e você não devia ter tratado ele daquele jeito.

 - Devia ter chamado a policia, como foi que ele entrou aqui?

 - Não sei – ela respondeu sem olhar para o irmão, ela também não tinha tido tempo de perguntar ao garoto.

 - Ele é o cara que estava com você na festa não é?

 - É ele mesmo.

 - Você esta proibida de ver esse cara – ele disse, Gina olhou para ele não acreditando no que ouvia.

 - Você não pode me proibir de ver ninguém, você não é o meu pai – ela gritou para o irmão, não ia deixa-lo interferir assim na sua vida.

 - Não? Mas os nossos pais podem, e é o que vai acontecer – ele disse e saiu do quarto batendo a porta com força.

 - IDIOTA – ela gritou depois que ele já tinha saído, deitou na cama e sentiu que algumas lagrimas caiam por seu rosto, tudo que Gina não queria era não poder ver o Harry, o conhecia a pouquíssimo tempo e mesmo assim pensava nele todos os dias, todos os momentos que podia estar pensando nele era o que acontecia.

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 - Ainda bem que daqui a pouco acaba – Lilian sussurrou para Sirius.

 - Não se preocupe futura senhora Black, logo você não será mais obrigada a participar desse tipo de jantar a não ser que deseje isso – ele sussurrou de volta.

 O Conde olhava satisfeito para Lilian e Sirius, não acreditava que depois de toda sua luta para afastar Lilian do maldito Potter ela poderia se casar com um homem como o Black, rico e influente, o que seria ótimo para ele já que os dois eram sócios dos negócios de Sirius.

 Haviam algumas coisas incomodando ele, primeiro foi por Snape ter visto Tiago passar em frente a propriedade no dia da festa e agora não conseguir nenhuma noticia dele, e a outra era com o comportamento de Hermione, assim que terminaram de jantar o Conde chamou seus convidados e ficaram na sala de visitas tomando um drink, uma hora depois todos já tinham ido embora e Sirius se despedia de todos dando algumas informações sobre o casamento.

 - Evidente Sirius, fico muito satisfeito que o casamento saia logo – ele disse, mas a razão em concordar que o casamento saísse logo era que o Potter aparecesse e fizesse algo impedindo assim que o mesmo acontecesse.

 Antes de ir para o quarto Richard Evans chamou Snape. Estavam os dois na biblioteca, o Conde verificando se não havia nenhum outro empregado por perto para lhes ouvir.

 - Sim senhor, pode falar – ele disse quando verificou que não tinha mais ninguém por perto.

 - Amanhã iremos a Loca, preciso verificar como estão às coisas por lá, e se estão fazendo tudo o que recomendei da ultima vez.

 - Amanhã? Acredito senhor, acredito que queira ir bem cedo para que ninguém o veja por lá como sempre.

 - Exatamente, meus negócios não devem ficar expostos – ele disse – pode se retirar – ele disse e Snape deu as costas – só mais uma coisa – ele se virou novamente – alguma novidade sobre o Potter?

 - Ainda nada senhor – ele respondeu hesitante e depois saiu.

No dia logo cedo antes que sua família e os outros empregados levantassem o Conde saiu com Snape, tinha que checar que estava tudo certo. Em minutos estavam em um lugar em Londres onde as pessoas da alta no imaginariam ver o Conde ali, as ruas eram sujas e mesmo de dia era escuro por ali. Parou em frente a um prédio igualmente sujo, sem cerimonia ele entrou acompanhado de Snape, depois de alguns passos pelo corredor passou por um homem que abaixou a cabeça e foi embora apressado, viu uma mulher enrolada num lençol parada na porta do quarto.

- Como anda Conde? - ela perguntou olhando para ele de forma insinuadora.

- Muito ocupado Bella, como andam as coisas por aqui?

- Bem, s alguns bêbados que no tem como pagar, mas depois que mandou os seguranças isso melhorou - ela disse sorrindo para o homem.

- Vim pegar o dinheiro e ver como anda o estabelecimento - ela sorriu e entrou no quarto, voltou depois com uma bolsa pequena que entregou a ele, o Conde tirou o dinheiro da bolsa e começou a contar, era uma grande quantidade - O negocio esta indo muito bem - ele disse satisfeito.

- Realmente, este negocio costuma dar dinheiro, olá Severo, nunca mais apareceu por aqui - ela disse reparando no homem atrás do Conde, ele olhou para Bella, era uma mulher bonita, tinha os cabelos avermelhados, era dois anos mais velha que ele.

- No preciso estar visitando bordeis - ele disse, fazendo Berta soltar uma risada.

- Com medo que a sua amada descubra o que você já fez comigo?

- Chega vocês dois - o Conde interrompeu - vamos Snape - ele disse e se retirou com o outro.

- Se possível senhor eu preferiria que quando viesse da próxima vez venha com outro.

- No Severo, sempre que eu vier aqui você quem vir, no quero saber de discussões idiotas como esta entendeu? - Snape assentiu e entrou no carro sem falar mais nada.