Till The Death Separate Us escrita por mariaeduarda_12


Capítulo 18
Capítulo 17 - Destino


Notas iniciais do capítulo

Desculpem meu sumiço!!! Crise criativa. Tipo, eu já sei como vai acabar, mas eu não sei como chegar lá..
Agradeço aos reviews de:
* belle_epoque
* sophia_08
Desculpem MESMO!



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Capítulo 17 – Destino

POV_ARITA

Talvez eu nunca tenha mencionado que moro na pacata cidade de Toulouse, na França. Bem, ela não é tão pacata assim, na verdade, mas é calma e sem muita violência, o que torna a vida aqui extremamente agradável.

Bem, sendo eu uma autêntica garota francesa, e por gostar muito do meu país, conheço bem o que diz o resto do mundo sobre este pedacinho de terra, principalmente Paris: o país do amor. Todos que vão à Paris dizem se apaixonar por alguém, por algo... Não é diferente no resto da França.

Talvez seja a aura que corre por aqui... Tanta beleza inspira doçura no coração das pessoas, eu acredito.

Pois bem, agora, eu tinha algo para pensar quanto a minha vida. Depois de ontem, o que Heitor faria? Pedir-me-ia em namoro? Ou ficaríamos no que chamam de amizade colorida?

Por certo que eu não sou daquelas meninas que passam os dias e as noites somente pensando nisso, mas, bem, eu era totalmente inexperiente.

L’amour...

Contudo, eu não poderia parar minha vida. Portanto, fui à escola, sentindo-me ansiosa ao extremo, tomando todo o cuidado possível para manter as unhas longe da boca.

Arrumei-me da forma mais despretensiosa que pude e desci para o café da manhã. Foi então que meu dia desmoronou.

- Arita, meu bem, tenho de lhe informar uma coisa. Vamos nos mudar para Bordeaux em um mês. – disse meu pai, assim que me viu na escadaria.

- Bordeaux? Ah, papai, mas por quê?

- Porque... essa cidade... me traz lembranças. – explicou, e uma lágrima correu por seu rosto.

Eu sabia muito bem do que ele falava. Desde a morte de minha mãe, papai queria ir embora dali, mas não teve forças. Um recomeço em uma nova cidade seria bom. Mas... Heitor... Logo agora... Poxa, eu gostava dele. E tinha sinceras esperanças de fossemos namorar e ser felizes. Eu não queria ir. Bordeaux fica a uma boa distância de Toulouse, e eu gostaria muito de ficar, também por Vitória. Como eu viveria sem meus amigos? Eu sentiria tanto a falta deles... Passou pela minha cabeça, não posso negar, pedir a meu pai para me deixar ficar. Mas eu simplesmente não podia abandoná-lo, ainda mais num momento desses. Uma lágrima escorreu por meu rosto, e então eu disse:

- Claro, pai, eu entendo perfeitamente.

Assim que pude me retirar, liguei para minha melhor amiga de sempre. Encontramo-nos em uma pracinha perto da escola, e contei tudo a ela. Nós duas choramos com a idéia de nos separar, mas juramos que a amizade jamais acabaria independentemente da distância.

- Além disso, serão só dois anos... E depois, estaremos na faculdade, juntas, não é? – disse ela, como sempre, tentando achar motivos para ficar feliz.

- Sim. Vamos nos reencontrar.

- E Heitor?

- Nem me lembre, por favor. Não sei como direi que vou me mudar. Para longe...

- Tenho quase certeza de ele irá pedi-la em namoro, mas agora...

- Se começarmos isso agora, só teremos um mês, e namoro a distância causa sempre grandes preocupações.

- Sim, é verdade. De todo modo, a melhor maneira é conversar, Arita.

Então, aconteceu o inevitável: Heitor chegou de surpresa, e eu tive de lhe falar naquele momento. Vitória deu um jeito de sair dali, para nos dar mais privacidade.

Quando terminei de contar, Heitor olhou fundo em meus olhos e disse:

- Ah, não há problemas... Vamos nos reencontrar, com toda certeza, se for este o destino. – e saiu, deixando-me sozinha, sentada e chorando.

Consegui me recompor e me pus a caminho da escola. Não havia entendido muito bem como a situação entre mim e Heitor ficaria definida, mas achei que seria melhor não falar mais nada.

Infelizmente, o mês passou rápido, muito rápido, e enfim chegou o dia que tanto temia.

Tive uma festa de despedida, mas Heitor ficou lá só por alguns minutos. Eu e Vi repetimos nosso juramento e então eu parti.

Quanto a Bordeaux, a nova escola e meus novos amigos, nada muito relevante. Tive algumas paixões, andava com um grupo de garotas legais. Não se passava um dia sem que eu ligasse para Vitória. Ela me contava tudo o que acontecia na minha cidade natal, e vez ou outra mencionava Heitor. Eu não namorei ninguém durante esse tempo.

Assim se passaram dois anos.

Quando terminei a escola, entrei para a Universidade de Bordeaux, no curso de Literatura. Vitória entrou também, e passamos a dividir um apartamento muito charmoso no centro da cidade. Íamos a festas, restaurantes e nos divertíamos muito juntas. A vida estava ótima, e eu era muito feliz.

No meu aniversário de vinte e um anos, fizemos uma linda festa numa chácara. Faltava apenas um ano para terminar o meu curso.

Beatrice estava se tornando uma linda mocinha, com seus quatorze anos. Seus cabelos escuros e compridos chamavam atenção por todo lugar que ela passava, ela irradiava graça.

Cerca de dois meses depois do meu aniversário, eu tinha ido fazer compras no mercado, e quando estava voltando, decidi parar em um bristô para tomar chá. Estava eu, então sentada no balcão, tomando meu chazinho de maçã, quando percebi que a figura ao meu lado parecia familiar. Dei um jeitinho de chamar a atenção do rapaz, e ele virou-se para mim. Não tive mais nenhuma dúvida.

- Não esperava encontrar você por aqui. – eu disse, e sua face se iluminou com a compreensão que minha voz proporcionou.

- Achou que eu passaria a vida toda em Toulouse, sabendo que você estaria aqui?

- Ah, quantas saudades eu senti! Não houve um único dia em que eu não pensasse em você!!! – abraçamo-nos calorosa e longamente.

- Eu também senti tanto a sua falta! – disse Heitor.

- Nossa, você está muito bem! – estava bem mesmo. Ele não mudara muito nos últimos seis anos, seus olhos ainda tinham o mesmo poder encantador e entorpercedor; mas agora ele carregava consigo a propriedade de um homem, não era mais um garoto.

- Ora, e você! Está sem dúvidas, a jovem de 21 anos mais linda que já vi! – corei.

- Você ainda lembra meu aniversário!

- Claro. Todos os anos eu me lembrei, e desejei a você toda a felicidade do mundo, sem que você soubesse. – agora era a vez dele corar, sua voz baixou o tom.

- Por que não me ligou, ou me mandou um e-mail, se era assim?

- Tive medo. E... enfim, isso não vem ao caso agora, o que importa é que nos reencontramos. Lembra do que eu disse no dia em que você noticiou-me que iria embora?

- Que nos reencontraríamos se fosse este o destino.

- Sim.

- Há quanto tempo está aqui?

- Seis meses só.

- Oh... E por que veio pra cá?

- Você ainda pergunta? Vim por sua causa!

- Heitor... Fale sério. Você não pode ter simplesmente deixado toda uma vida em Toulouse e vindo para esta cidade assim.

- Tudo bem... Eu pedi transferência para cá, pelo meu trabalho.

- Já se formou?

- Sim senhorita.

- Em quê? Oh, há tanto para saber sobre você!

- Em arquitetura. Sou especializado em arquitetura medieval e renascentista.

- Parabéns! Estou fazendo Literatura.

- É a sua cara, sabia?

- É... – eu ri. – Heitor, por acaso não gostaria de jantar hoje no meu apartamento? Vitória irá adorar revê-lo! Estamos morando juntas, sabe.

- Adoraria. Não será incômodo?

- Imagine, é claro que não!

- Sinto que quem deveria estar convidando alguém para jantar seria eu, convidando você.

- Esqueça as convenções. Você mal conhece a cidade ainda, e tenho certeza de que teremos muitas chances de jantar juntos.

- Eu realmente espero que sim.

- Bem, este é meu endereço. Esteja lá ás 20:00 hrs. Gosta de comida vegetariana?

- Como de tudo, não se preocupe.

- Espero por você! Tenho de ir agora. Até mais tarde. – comecei a caminhar, acenando.

- Até...

Cheguei em casa o mais rápido que pude. Vitória estava (tentando) praticando yoga na sala de estar.

- Você não vai adivinhar nem em mil anos quem eu acabei de encontrar!

- Não posso nem ter uma chance?

- Está bem. Tente.

- Um rapaz... De olhos azuis e cabelos negros... Que, ora, veja só, se chama Heitor. – ela terminou, com um sorriso malicioso.

- Ah, o quê? Como sabia?

- Ora, somos amigas desde antes de nascermos. Acha que eu não percebi a sua carinha de criança no Natal? Só podia ser uma pessoa nesse caso. Não me subestime, Arita.

-Certo... – ri. – Olha, ele virá jantar aqui hoje. Eu o convidei. – eu podia sentir meus olhos brilhando de expectativa.

- Mas que ótimo!!!

- Sim... E você não vai me deixar sozinha, não é? Você é um anjo. Vai ficar aqui durante o jantar inteirinho, e não vai sair à francesa como costuma fazer, não é, querida? – usei meu tom mais persuasivo. Ela acenava a cabeça positivamente, como um cachorrinho sendo adestrado. – Prometa.

- Prometo, prometo.

- Ótimo! Agora, ajude-me a escolher uma roupa.

Passamos a tarde toda como se fosse um dia de salão – mas só para mim. Vitória queria que eu estivesse muito bonita, “pois a anfitriã é sempre encantadora”. Enquanto ela fazia minhas unhas ou arrumava meu cabelo, ou vice-versa, contei a ela todos os detalhes do nosso rápido encontro de manhã.

- Ainda gosta dele, né.

- Acho que sim... Bem, sim.

- Ah, que gracinha! Bem, quisera eu ter tido um amor eterno. – ela ás vezes é muito sonhadora.

- Que amor eterno, Vitória? Não enlouqueça, por favor. Preciso da sua sanidade.

- Tudo bem...

Depois de quase prontas – ainda não estávamos vestidas – fomos para a cozinha, e já eram seis da tarde. Em apenas duas horas ele estaria ali.

Resolvemos fazer uma lasanha, o que não é muito do meu feitio, mas era uma lasanha vegetariana. Muito boa, modéstia a parte.

Lasanha no forno, com todo aquele queijo derretendo sedutoramente, fomos nos maquiar e vestir.

Eu havia escolhido uma saia rodada lilás, com uma blusa branca com alguns bordados simples e sem brilhos. Usava minha gargantilha preferida, cujo pingente era um coraçãozinho dourado – a única herança material que eu tinha de minha mãe, e brincos de pérola. Optei por uma sombra rosa claro, deixando tudo o mais leve possível. E estava pronta.

Vitória estava de calça jeans e uma camisa muito bonita, roxa. Mas estava com cara de quem ia para uma festa, não apenas jantar informalmente em sua própria casa.

Sentei-me na sala, esperando.

E meu coração não cabia dentro de mim.


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Notas finais do capítulo

Ai meu Deus, e então gostaram?
Bom, desculpem se os capítulos sào curtos, se a história é tosca e tals... Mas é a primeira história que reolvi postar, e nào, minha mente nào é original! x)
Enfim, reviews?
Beijos e até mais!!!



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